❦Chapter Fifty Six - Where I become the greatest drowning professional
001🌹 ━━ Musica citada: You & I, do One Direction
002🌹 ━━ Para ser postado o próximo capítulo da nossa maratona, esse aqui precisa ter vinteee e nove comentários.
003🌹 ━━ Não esqueçam de votar e comentar, isso me incentiva muito.
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Capítulo Cinquenta e Seis: ONDE EU ME TORNO A MAIOR PROFISSIONAL EM AFOGAMENTO
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Primrose Stuart
A CÂMARA SE ENCHIA DE água em uma velocidade alarmante. Piper, Jason, Percy e eu batemos nas paredes, procurando uma saída, mas não encontramos nada. Subimos nas alcovas para ganhar alguma altura, mas, com a água jorrando delas, era como tentar se equilibrar na beira de uma cachoeira. Mesmo de pé, a água logo alcançou os meus joelhos. A partir do chão, provavelmente já chegava a altura de dois metros e meio e subia rapidamente.
— Eu poderia tentar um relâmpago — disse Jason. — Quem sabe abrir um buraco no teto...
— Aí não vamos morrer afogados e sim eletrocutados, nossa, ótima ideia, Jason.
Ele me lançou um olhar desesperado.
— Isso poderia fazer a câmara inteira desmoronar e nos esmagar — falou Piper.
— Não temos muitas opções — disse Jason.
— Vou investigar o chão — sugeriu Percy. — Se este lugar foi construído como uma fonte, tem que haver uma forma de drenar a água. Verifiquem os nichos em busca de saídas secretas. Talvez as conchas sejam maçanetas ou algo assim.
Era uma ideia desesperada, mas fiquei feliz por ter alguma coisa para fazer. Percy pulou na água enquanto eu, Jason e Piper subíamos de nicho em nicho, chutando, socando e balançando conchas engastadas na pedra, mas não tivemos sorte.
Mais rápido do que eu esperava, Percy surgiu na superfície, arfando e debatendo-se, eu ofereci a mão e ele quase me puxou para a água antes de conseguir subir.
— Não consegui respirar. — Ele engasgou. — A água... não é normal. Quase não consegui voltar.
A força vital das ninfas era tão venenosa e maligna que nem mesmo um filho do deus do mar conseguia controlá-la.
À medida que a água subia à volta, eu sentia que também estava sendo afetada. Os músculos das minhas pernas tremiam como se eu tivesse corrido por quilômetros. Minhas mãos ficaram enrugadas e secas, apesar de estar no meio de uma fonte.
Os garotos se moviam com lentidão. O rosto de Jason estava pálido, e ele parecia ter dificuldade em segurar a espada. Percy estava encharcado e trêmulo. Seu cabelo não parecia tão escuro, como se a cor estivesse desbotando.
— Elas estão tirando nossos poderes — falou Piper. — Estão nos esgotando.
— Jason. — Percy tossiu. — Invoque o relâmpago.
Jason ergueu a espada. A sala rugiu, mas nenhum raio apareceu. O teto não se quebrou. Em vez disso, uma miniatura de tempestade formou-se no alto da câmara. A chuva desabou, enchendo a fonte ainda mais rapidamente, mas não era uma chuva normal. A água era quase tão escura quanto a do poço.
As gotas caíam como ferroadas na minha pele.
— Não era o que eu queria — disse Jason.
A água agora chegava até o pescoço.
Percy começou a afastar a água com a mão, como se estivesse espantando um cachorro mau.
— Não consigo... não consigo controlá-la!
— Não podemos lutar contra isso — disse ela. — Resistir só nos deixa mais fracos.
Olhei para ela, me sentindo exausta.
— Você quer que a gente desista de lutar?
— O que quer dizer? — Jason gritou acima do barulho da chuva.
A água chegou até o queixo. Mais alguns centímetros, e a gente precisaria nadar. Porém a água ainda não havia alcançado a metade das paredes. Eu esperava que isso significasse que ainda tínhamos tempo.
— A cornucópia — falou Piper — Temos que sobrecarregar as ninfas com água fresca, dar-lhes mais do que podem usar. Se conseguirmos diluir essa coisa venenosa...
— Esse seu chifre pode fazer isso?
Percy mantinha a cabeça acima da água com dificuldade, o que era obviamente uma experiência nova para ele, que parecia apavorado.
— Jason Grace, se a gente morrer hoje...
Ele me encarou.
— A gente não vai morrer, Prim.
— Preciso que vocês três canalizem tudo que puderem para a cornucópia — disse Piper — Percy, pense no mar.
— Água salgada?
— Não importa! Desde que esteja limpa. Jason, pense em tempestades, muito mais chuvas Prim, pense na sua juventude e na beleza... Segurem a cornucópia também.
Nos aproximamos enquanto a água os erguia das saliências de pedra. Segurei a cornucópia e tentei pensar naquilo.
Nada aconteceu. A chuva desabava torrencialmente, ainda escura e ácida.
— Não adianta! — gritou Jason, cuspindo água.
— Não estamos conseguindo nada — concordou Percy.
— Vocês precisam trabalhar juntos — gritou Piper — Os dois pensem em água limpa... uma tempestade de água, em juventude e beleza. Não reprimam nada. Visualizem todo o seu poder, toda a sua força deixando-os.
— Isso não é difícil! — disse Percy.
— Mas forcem-na a sair! — insistiu ela. — Ofereçam tudo, como... como se já estivessem mortos, e seu único objetivo fosse ajudar as ninfas. Tem que ser uma oferenda... um sacrifício.
Um silêncio surgiu diante dessa palavra.
— Vamos tentar de novo — disse Jason. — Juntos.
As ninfas queriam sua juventude, sua vida? Ótimo. Eu abri mão de tudo de boa vontade e imaginei todo meu poder me deixando.
A água límpida jorrou do chifre com tamanha força que os empurrou contra a parede. A chuva transformou-se em uma torrente branca, tão limpa e fria que me fez perder o ar.
— Está funcionando! — gritou Jason.
— Até bem demais — disse Percy. — Estamos enchendo a câmara ainda mais rápido!
Ele tinha razão. A água subia tão rápido que o teto agora estava a poucos centímetros de distância.
— Não parem! — pediu ela. — Temos que diluir o veneno até que as ninfas estejam limpas.
— E se elas não puderem ser limpas? — perguntou Jason. — Estão aqui embaixo se envenenando há milhares de anos.
— Não reprimam — disse Piper. — Deem tudo. Mesmo que fiquemos debaixo...
Nossas cabeças bateram no teto. As nuvens de chuva se dissiparam e misturaram-se à água. A cornucópia continuava a jorrar uma torrente límpida.
Jason me puxou e me beijou.
— Eu amo você.
— Eu te amo.
Naquele momento, submergimos. Eu prendi a respiração, a corrente rugia em meus ouvidos e bolhas giravam ao redor, a luz ainda atravessava a câmara, eu estava surpresa por ainda conseguir vê-la.
A água estava ficando mais clara?
Meus pulmões pareciam prestes a explodir e eu só conseguia pensar que era uma maneira merda de morrer. A minha visão escureceu, pensei que o rugido em meus ouvidos fosse o meu próprio batimento cardíaco morrendo, mas então percebi que o poço estava tremendo. A água rodopiava mais rápido.
Senti alguém agarrar meu pulso e me puxar para cima, minha cabeça rompeu a superfície e eu arquejei em busca de ar, a água escoava quase tão rápido quanto enchera a câmara antes. Percebi que Piper havia me puxado, mas quando olhei ao redor, não havia nenhum sinal de Jason e Percy, o que me fez ficar desesperada, respirei fundo e lembrei das rápidas aulas de natação que havia tido com Percy, então mergulhei até encontrar os dois, os puxei para cima.
Percy inspirou e começou a se mover, mas Jason mantinha-se tão inerte quanto um boneco de pano. Gritei desesperada, me agarrando ao loiro e chamando por seu nome, bati em seu rosto, mas nenhuma daquelas coisas o fez reagir, mal consegui perceber quando toda a água escoou, deixando-os no chão molhado.
— Jason!
Meus olhos estavam lacrimejando, coloquei as mãos em seu peito e fiz a única coisa que conseguia pensar: o dom de Apollo.
— Você e eu, não queremos ser como eles, podemos levar isso até o fim. Nada pode ficar entre você e eu, nem mesmo os deuses lá em cima podem separar nós dois. Não, nada pode ficar entre você e eu. Oh, você e eu.
Por um momento, nada aconteceu. Então, lentamente, a cor começou a retornar para o seu rosto. Jason se sentou e arfou, tentando recuperar o ar.
Joguei meus braços ao redor dele, sentindo lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
— E-eu pensei que tinha perdido você — sussurrei, desesperada — pensei que...
Jason retribuiu o abraço.
— Piper salvou nossa vida — Percy murmurou.
Sim, ela salvou, uma voz ecoou pela câmara.
Os nichos brilharam. Nove figuras apareceram, porém não eram mais criaturas decrépitas. Eram ninfas jovens e bonitas, em vestidos azuis cintilantes, os sedosos cachos negros presos com fivelas de prata e ouro. Seus olhos tinham tons suaves de azul e verde.
Enquanto eu observava, oito das ninfas se transformaram em vapor e sumiram. Somente a ninfa do centro permaneceu.
— Hagno? — perguntou Piper.
A ninfa sorriu.
— Sim, minha querida. Eu não acreditava que tamanho desprendimento existisse em mortais... especialmente em semideuses. Sem ofensa.
Percy se pôs de pé.
— Como poderíamos nos ofender? Vocês só tentaram nos afogar e sugar nossa vida.
Hagno estremeceu.
— Sinto muito por isso. Eu estava fora de mim. Mas vocês fizeram eu me lembrar do sol e da chuva e dos riachos nas campinas. Percy e Jason, graças a vocês, eu me lembrei do mar e do céu. Estou limpa. Graças a Primrose, me lembrei de como é bom ser jovem e bela, mas, principalmente, agradeço a Piper. Ela partilhou algo ainda melhor do que água corrente e limpa. — Hagno voltou-se para ela. — Você tem uma natureza boa, Piper. E eu sou um espírito da natureza, sei do que estou falando.
Hagno apontou para o outro lado da sala. A escada que levava à superfície reapareceu. Logo abaixo dela, uma abertura circular surgiu, como um cano de esgoto, grande o bastante apenas para passassem rastejando.
— Vocês podem voltar para a superfície — disse Hagno. — Ou, se insistirem, podem seguir o canal até os gigantes. Mas decidam logo, pois ambas as portas desaparecerão assim que eu me for. Aquele cano se conecta ao antigo aqueduto, que alimenta tanto o ninfeu quanto o hipogeu que os gigantes chamam de lar.
— Argh. — Percy apertou as próprias têmporas. — Por favor, chega de palavras complicadas.
— Ah, lar não é uma palavra complicada. — Hagno parecia completamente sincera. — Eu pensava que fosse, mas agora vocês nos libertaram deste lugar. Minhas irmãs foram em busca de novos lares... um riacho em uma montanha, talvez, ou um lago em uma campina. Eu vou com elas. Mal posso esperar para rever as florestas, pradarias e a água limpa e corrente.
— Hã — disse Percy, nervoso — as coisas mudaram lá em cima nos últimos milhares de anos.
— Bobagem — falou Hagno. — Que mal poderia haver nisso? Pã não permitiria que a natureza fosse contaminada. Na verdade, mal posso esperar para vê-lo.
Percy fez menção de dizer algo, mas pareceu mudar de ideia.
— Boa sorte, Hagno — desejou Piper. — E obrigada.
A ninfa sorriu uma última vez e sumiu.
Por um breve instante, o ninfeu reluziu com uma luz mais suave, como a de uma lua cheia. Senti o aroma de temperos exóticos e rosas desabrochando. Ouvi música e vozes felizes conversando e rindo a distância. Deduzi que estivesse ouvindo centenas de anos de festas e celebrações contidas naquele santuário ancestral, como se as lembranças houvessem sido libertadas junto com os espíritos.
— O que é isso? — perguntou Jason, nervoso.
Fiz uma careta.
— Os fantasmas estão dançando. Venham. É melhor irmos encontrar os gigantes.
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