❦Chapter Fifty Five - Evil nymphs
001🌹 ━━ Em breve vou publicar uma fanfic com o Percy! Então fiquem ligados.
002🌹 ━━ Para ser postado o próximo capítulo da nossa maratona, esse aqui precisa ter vinteee e cinco comentários.
003🌹 ━━ Não esqueçam de votar e comentar, isso me incentiva muito.
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Capítulo Cinquenta e Cinco: NINFAS DO MAL
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Primrose Stuart
ENCONTRAR O LUGAR FOI FÁCIL. Percy nos levou direto para lá, em um trecho abandonado da encosta que dava para o fórum em ruínas.
Entrar também foi fácil. Usando a espada de ouro, Jason quebrou o cadeado, e o portão de metal se abriu com um rangido. Nenhum mortal nos viu. Nenhum alarme foi disparado. Degraus de pedra desciam em espiral até sumirem na escuridão.
— Eu vou na frente — disse Jason.
— Não! — gritou Piper.
Todos nós nos viramos para ela, sua reação estava começando a me preocupar.
— Piper, qual é o problema? — perguntou Jason. — Aquela imagem na adaga... Você já a tinha visto, não é?
Ela assentiu.
— Eu não sabia como dizer isso a vocês. Vi aquele lugar lá embaixo se enchendo de água. Vi nós quatro nos afogando.
Fiz uma careta, eu já estava virando profissional em me afogar.
— Eu não me afogo — disse Percy, embora sua frase soasse mais como uma pergunta.
— Talvez o futuro tenha mudado — especulou Jason. — Na imagem que você acabou de nos mostrar, não tinha nenhuma água.
— Então — disse Percy. — Primeiro vou dar uma olhada. Está tudo bem. Volto já.
Olhei indignada para ele.
— Você não vai sozinho, idiota.
Percy me encarou.
— Se tiver água, eu sou o único que não me afogo, então...
— Eu não perguntei.
Empurrei ele para o lado e comecei a descer, ouvi Percy resmungar um palavrão e me seguir, a escada era uma espiral de alvenaria, com menos de dois metros de diâmetro. Enquanto a gente descia, vi velhas pichações marcadas nas pedras: numerais romanos, nomes e frases em italiano, o que significava que outras pessoas tinham estado ali mais recentemente que na época do Império Romano
— Esse lugar é bizarro.
Ele fez uma careta, segurando sua espada com determinação.
— Eu me surpreenderia se fosse normal.
Quando finalmente chegamos ao último degrau, eu quase caí com tudo. O piso da sala circular era a um metro e meio mais baixo que o fim da escada. Por que alguém projetaria algo daquele jeito? Talvez a sala e a escada houvessem sido construídas em períodos diferentes.
A sala era exatamente como vimos na lâmina de Katoptris, só que não havia água. No passado havia afrescos nas paredes curvas, que agora haviam desbotado até um branco casca de ovo com pequenos pontos de cor. O teto abobadado ficava uns quinze metros acima.
Do outro lado da sala, oposto à escada, havia nove alcovas esculpidas na parede. Cada nicho ficava a cerca de um metro e meio do chão e era grande o bastante para uma estátua humana em tamanho natural, mas estavam todos vazios. O ar era frio e seco. Não havia outras saídas, o que era preocupante.
— Prim, tudo bem?
Concordei e olhei ao redor.
— Sem água.
A única luz da sala vinha da espada de Percy.
Ele começou a explorar a sala e quando chegou no meio, luzes azuis e verdes ondularam nas paredes. Eu ouvi o som de uma fonte, mas não havia água.
— Sente o cheiro do oceano? — perguntou Percy.
— Sim, deve ser alguma ilusão estranha — respondi — Suba para chamar os outros, eu vou esperar aqui.
Percy estreitou os olhos.
— Prim...
— Nada vai acontecer, relaxa.
Por um momento, ele relutou, então apenas desistiu e subiu as escadas para chamar os outros. Fiquei parada onde estava, esperando pacientemente que Percy voltasse com Jason e Piper, demorou algum tempo até ouvir o barulho dos passos deles se aproximando.
— Cuidado com o último degrau.
Jason saltou e então caminhou até onde eu estava.
— Muito bem. — Percy ergueu as sobrancelhas. — Essa é a parte estranha. Observem.
Ele repetiu o processo de ir até o meio, tudo aconteceu de novo.
— Tem cheiro do oceano.
— Uma ilusão? — perguntou Piper.
— Não sei — respondeu Percy. — Tenho a sensação de que devia ter água aqui... muita água. Mas não tem nada. Nunca estive em um lugar assim.
Jason se dirigiu à série de nichos. Tocou o inferior do mais próximo, que ficava bem no nível de seus olhos.
— Esta rocha... está cravejada de conchas. Isto é um ninfeu.
— Um quê?
— Temos um desses no Acampamento Júpiter, na Colina dos Templos — eu expliquei — É um santuário dedicado às ninfas.
Jason deu alguns passos atrás e examinou a série de alcovas.
— Havia santuários como este por toda parte na Roma Antiga. As pessoas ricas os erguiam do lado de fora de suas villas para homenagear as ninfas e garantir que a água local estivesse sempre boa. Alguns foram criados em torno de fontes naturais, mas a maior parte era construída.
— Então... nenhuma ninfa de verdade viveu aqui? — perguntou Piper, esperançosa.
— Não tenho certeza — murmurei — Este lugar deve ter sido um lago com uma fonte. Muitas vezes, se o ninfeu pertencesse a um semideus, ele ou ela convidava ninfas para viver aqui. Se os espíritos se fixassem ali, isso era considerado um sinal de boa sorte.
Aquele lugar era estranho.
— Para o proprietário — deduziu Percy. — Mas isso também ligaria as ninfas à nova fonte de água, o que seria ótimo se a fonte se encontrasse em um belo e ensolarado parque com água corrente passando pelos aquedutos...
— Mas este lugar está no subterrâneo há séculos — supôs Piper. — Seco e enterrado. O que aconteceria às ninfas?
O som da água se transformou um coro de sibilos, como cobras fantasmagóricas. A luz ondulante passou de azul-mar e verde para tons doentios de roxo e verde-limão. Acima deles, os nove nichos brilharam. Já não estavam vazios.
De pé em cada um havia uma velha enrugada, tão murcha e frágil que eu achei que se pareciam com múmias — só que múmias normalmente não se moviam. Os olhos eram de um roxo escuro, como se a água azul e límpida de sua fonte da vida houvesse se condensado e espessado dentro deles. Seus leves vestidos de seda agora estavam esfarrapados e desbotados. Em algum passado distante os cabelos haviam sido penteados em cachos e enfeitados com joias no estilo das mulheres romanas nobres, mas agora os fios estavam desgrenhados e secos como palha.
— O que aconteceria às ninfas? — repetiu a criatura no nicho central.
Ela se encontrava em um estado ainda pior que as outras. Suas costas estavam curvadas como a alça de uma jarra. As mãos esqueléticas tinham apenas uma finíssima camada de pele que mais parecia uma folha de papel. Em sua cabeça, uma maltratada coroa de louros dourados cintilava nos cabelos emaranhados.
Ela fixou os olhos roxos em Piper.
— Que pergunta interessante, minha querida. Talvez as ninfas ainda estejam aqui, sofrendo, à espera de vingança.
Me virei para a escada, na esperança de conseguir fugir, mas ao me virar, a porta havia desaparecido. Já era de se esperar. Não havia nada ali agora, somente uma parede.
Peguei minhas adagas e me preparei para lutar, nós três estávamos com as armas em punho, Piper estava atrás de nós. Eu não tinha um bom pressentimento e talvez todos nós acabassemos morrendo naquela sala, mas isso não iria me impedir de lutar até o último minuto.
— Quem é você? — perguntou Percy.
A ninfa do meio voltou a cabeça.
— Ah... nomes. Já tivemos nomes. Eu era Hagno, a primeira das nove!
— As nove — repetiu Jason. — As ninfas deste santuário. Sempre houve nove nichos.
— Naturalmente. — Hagno mostrou os dentes em um sorriso maléfico. — Mas nós somos as nove originais, Jason Grace, as que presenciaram o nascimento de seu pai.
Jason baixou a espada.
— Você se refere a Júpiter? Vocês estavam lá quando ele nasceu?
— Zeus, era assim que o chamávamos então — respondeu Hagno. — Que bebê chorão. Ajudamos Reia durante o parto. Quando o bebê veio ao mundo, nós o escondemos para que seu pai, Cronos, não o comesse. Ah, que pulmões tinha aquele bebê! Fizemos de tudo para abafar o barulho, de modo que Cronos não o encontrasse. Quando Zeus cresceu, prometeram-nos honras eternas. Mas isso foi no velho país, na Grécia.
As outras ninfas gemeram e arranharam seus nichos.
— Quando Roma assumiu o poder, fomos convidadas a vir para cá — contou Hagno. — Um filho de Júpiter nos tentou com benefícios. Um novo lar, prometeu. Maior e melhor! Não é preciso pagar entrada, é uma excelente vizinhança. Roma vai durar para sempre.
— Para sempre — sibilaram as outras.
— Cedemos à tentação — continuou Hagno. — Saímos de nossos poços e fontes simples no Monte Liceu e nos mudamos para cá. Durante séculos, nossa vida foi maravilhosa! Festas, sacrifícios em nossa homenagem, vestidos e joias novos toda semana. Todos os semideuses de Roma flertavam conosco e nos reverenciavam.
As ninfas choramingaram e suspiraram.
— Mas Roma não durou para sempre — rosnou Hagno. — Os aquedutos foram desviados. A villa de nosso mestre foi abandonada e destruída. Fomos esquecidas debaixo da terra, sepultadas aqui, impedidas de partir. A fonte da nossa vida estava presa a este lugar. Nosso antigo mestre não achou conveniente nos libertar. Há séculos murchamos aqui na escuridão, com sede... tanta sede.
As outras levaram as mãos à boca com desespero.
— Lamento por vocês — Piper falou, tentando usar seu charme. — Deve ter sido terrível. Mas não somos seus inimigos. Se pudermos ajudá-las...
— Ah, que voz mais doce! — gritou Hagno. — Que lindo rosto. Já fui jovem como você. Minha voz era tão suave quanto um riacho na montanha. Mas sabe o que acontece com a mente de uma ninfa quando ela é aprisionada na escuridão, sem nada com que se alimentar a não ser o ódio, nada para beber a não ser pensamentos de dor? Sim, minha querida. Vocês podem nos ajudar.
Percy ergueu a mão.
— Hum... sou filho de Poseidon. Talvez possa invocar uma nova fonte de água.
— Rá! — gritou Hagno, e as outras oito ecoaram: "Rá! Rá!" — É verdade, filho de Poseidon. Conheço bem seu pai. Efialtes e Oto prometeram que você viria.
Fiz uma careta.
— Os gigantes — murmurei. — Vocês trabalham para eles?
— Eles são nossos vizinhos. — Hagno sorriu. — Seus aposentos ficam além deste local, para onde a água do aqueduto foi desviada por causa dos jogos. Assim que dermos um jeito em vocês, uma vez que vocês tiverem nos ajudado, os gêmeos prometeram que nunca mais sofreremos.
Hagno voltou-se para Jason.
— Você, filho de Júpiter... pela traição horrível de seu antecessor que nos trouxe aqui, você vai pagar. Conheço os poderes do deus do céu. Cuidei dele quando era bebê! Nós, ninfas, antes controlávamos a chuva sobre nossos poços e fontes. Quando eu tiver acabado com você, teremos esse poder novamente. E Percy Jackson, filho do deus do mar... de você, tiraremos a água, um suprimento infinito de água.
— Infinito? — Os olhos de Percy foram de uma ninfa a outra. — Hum... Olha, eu não sei nada sobre infinito, mas talvez eu possa arranjar alguns litros.
— De Primrose Stuart, de você, tiraremos sua juventude, seus talentos.
— E você, Piper McLean. — Os olhos roxos de Hagno reluziram. — Tão linda, tão talentosa com sua voz doce. De você, vamos recuperar nossa beleza. Guardamos nossa última força vital para este dia. Estamos com muita sede. De vocês quatro, beberemos!
Os nove nichos brilharam. As ninfas desapareceram, e a água começou a jorrar de suas alcovas — água asquerosa e escura como petróleo.
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