❦Chapter Eighteen - Where we don't have five minutes of peace
Depois de tanto tempo, aqui está mais um capítulo!!! Comentem muuuito e votem, que talvez eu libere logo o próximo.
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Capítulo Dezoito: ONDE NÃO TEMOS CINCO MINUTOS DE PAZ
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Primrose Stuart
Atualmente
DEPOIS DE SALVARMOS PERCY E HAZEL, a garota nos fez seguir o caminho que aparentemente dava para sua casa de 70 anos atrás.
Para a surpresa dela, sua antiga casa ainda estava lá, apoiando-se sobre o píer incrustado de cracas. O teto cedeu. As paredes estavam perfuradas com furos como se fossem balas. A porta estava fechada com tábuas, e uma placa pintada à mão que dizia: QUARTOS - ARMAZÉM - DISPONÍVEL.
— Vamos lá — disse ela.
— Ei, tem certeza que é seguro? — Frank perguntou.
Ao invés de responder, ela encontrou uma janela aberta e pulou para dentro. A seguimos sem muita opção. O quarto não tinha sido usado por um longo tempo. Os nossos pés levantavam poeira que rodopiava na luz dos feixes de luz solar. Caixas de papelão estavam abandonadas, empilhadas ao longo das paredes. Em seus rótulos desbotados, podia-se ler: CARTÕES DE FELICITAÇÕES, FERIADOS SORTIDOS.
Parecia uma piada cruel para todos os feriados que Hazel havia perdido após morrer, pela sua expressão, ela tinha o mesmo pensamento.
— É mais quente aqui, pelo menos — disse Frank. — Acho que não há água corrente. Talvez eu possa ir às compras. Eu e Prim não estamos tão enlameados como vocês. Eu poderia encontrar algumas roupas para nós.
A ideia de compras imediatamente me animou.
— Isso é uma ótima ideia, Frank!
Hazel subiu em cima de uma pilha de caixas no canto, uma antiga placa estava apoiada contra a parede: SUPRIMENTOS PARA PROSPECÇÃO DE OURO. Ela moveu a placa, revelando fotos e desenhos ainda estavam presos ali. A placa deveria tê-los protegido dos raios solares e dos elementos. Eles pareciam não ter envelhecido.
Desenhos de Nova Orleans em giz de cera pareciam tão infantis. Numa das fotos, o que eu imaginei que fosse sua mãe, olhava para ela de uma fotografia, sorrindo na frente da placa de seu negócio: GRIS-GRIS RAINHA MARIE – VENDA DE FEITIÇO, LEITURA DA SORTE.
Ao lado tinha a foto de um garoto engraçado que era estranhamente familiar, franzi a testa tentando me lembrar, e então... O garoto que estava junto de Jason na mensagem de Íris.
Bizarro.
O dedo de Frank pairou sobre a foto.
— Quem...? — Mas ele viu que ela estava chorando e voltou atrás em sua pergunta — Desculpe, Hazel. Isto deve ser muito difícil. Você quer um pouco de tempo...
— Não, — ela resmungou. — Não, está tudo bem.
— Essa é sua mãe? — Percy apontou para a foto da Rainha Marie. — Ela parece com você. Ela é linda.
Então Percy estudou a imagem do garoto que parecia o novo amigo de Jason, ele parecia tão assustado quanto eu me sentia naquele momento, o que era muito.
— Quem é esse?
— Esse é... esse é Sammy . Ele era meu, hã, amigo de Nova Orleans — Ela parecia evitar encarar Frank.
— Eu o vi antes — disse Percy.
— Você não poderia ter visto ele — disse Hazel — Isso foi em 1941. Ele está... ele está morto agora, provavelmente.
Fiz uma careta, me sentindo desconfortável.
— Percy está certo — murmuro confusa — Esse garoto apareceu na mensagem de Íris, quando liguei para Jason, ele estava ajudando a fazer o navio.
Hazel parecia tensa, nos encarando sem entender enquanto Frank limpou a garganta.
— Olha, nós passamos por uma loja no último quarteirão. Temos um pouco de dinheiro restante e o cartão da Prim. Talvez eu devesse ir buscar um pouco de comida e roupas para vocês e, não sei, uma centena de caixas de lenços umedecidos ou algo assim?
— Isso seria ótimo, — disse ela — Você é o melhor, Frank.
O assoalho rangeu sob seus pés.
— Bem, eu e Prim somos os únicos que não estão completamente cobertos de lama, de qualquer maneira. Estaremos de volta em breve.
Ele agarrou meu pulso e me puxou para fora, não reclamei.
FRANK TINHA UM PÉSSIMO SENSO PARA MODA, ainda bem que fui com ele às compras, mesmo que não pudéssemos desperdiçar tanto tempo, fiz milagre.
Comprei um novo par de botas para mim, botas próprias para gelo, felizmente.
Terminei de pagar as coisas da loja de caça que Frank havia escolhido e voltamos para a antiga casa de Hazel, no caminho, notei o garoto nervoso.
— Você não está nervosa com essa missão?
O encarei surpresa pela pergunta, em seguida, dei de ombros.
— Lembro da guerra que lutei no ano passado — murmuro pensativa — Lembro da adrenalina passando pelo meu corpo, teve um momento onde eu achei que ia morrer e só conseguia pensar: merda, eu não quero que meu pai perda um filho de novo.
Ele franziu a testa.
— De novo?
— Antes de conhecer minha mãe, meu pai era casado e a esposa dele estava um esperando um filho, mas então ele perdeu os dois numa tragédia, isso machucou ele pra caramba — respondo lentamente — Então ele conheceu minha mãe e me tiveram, ele sempre diz que eu sou o motivo do coração dele continuar batendo.
Frank suspirou.
— Eu estava nervoso pra caramba quando Marte me colocou numa missão com você, porque todos do Acampamento sempre falavam das histórias de tudo o que aconteceu nas suas missões com Jason, sobre como você era incrível e poderosa pra caramba pra uma filha de uma deusa menor, como era uma lutadora acima do normal e droga, você era uma lenda... E então meu pai me colocou numa missão com você e Percy, os dois semideuses mais poderosos que eu já conheci.
Empurrei seu ombro, atraindo sua atenção.
— Você é poderoso também, Frank — retruquei — E tenho certeza que vai ser um dos semideuses mais incríveis que nosso Acampamento já viu... Ninguém é poderoso e perfeito logo que descobre que é um semideus, lembro que quando cheguei, era uma bagunça total. Queria voltar para o meu pai, tudo parecia difícil e todos me olhavam estranho porque eu era filha de Proserpina sendo que normalmente ela não tinha filhos com mortais, me sentia uma aberração, sério. Não conseguia segurar uma espada direito e era uma porcaria no arco e flecha.
Um sorriso tímido surgiu no rosto de Frank, me fazendo sorrir junto.
— Então somos amigos?
Gargalhei, passando o braço pelos seus ombros.
— Óbvio que sim, Frank.
Logo chegamos novamente a casa e entramos dentro, eu exibia orgulhosamente um broche na minha jaqueta que dizia "Alasca, você esteve aqui!", comprei um para Percy também.
Frank exibiu de forma triunfante os sacos de compras, eu provavelmente não estava muito diferente.
— Sucesso!
Ele mostrou nossos prêmios. De uma loja de caça, Frank obteve um novo conjunto de setas para si mesmo, alguma comida e um rolo de corda.
— Para a próxima vez que nós atravessarmos um pântano — disse ele.
De uma loja de turismo local, a gente havia comprado três conjuntos de roupas frescas, algumas toalhas, sabão, algumas garrafas de água, e, sim, uma enorme caixa de lenços umedecidos.
Hazel se escondeu atrás de uma parede de caixas de cartões para se limpar e se trocar, felizmente eu já havia feito isso no banheiro de uma loja.
— Então — disse ela — Agora nós encontramos um barco para a Geleira Hubbard.
Frank bateu seu estômago.
— Se vamos para a batalha até a morte, eu quero primeiro almoçar. Prim e eu encontramos o lugar perfeito.
Sorri para eles, a comida definitivamente seria algo que me deixaria feliz agora.
Fomos a um centro comercial perto do cais, onde um vagão de trem velho tinha sido convertido em uma lanchonete, o cheiro era divino. Percy e Frank se ocuparam de fazer os pedidos enquanto eu seguia Hazel até as docas, onde fizemos algumas rápidas perguntas para conseguir algumas informações.
Ao voltar, havia um cheeseburger com batatas fritas me esperando.
— Estamos em apuros — disse ela, o que eu estava tentando ignorar desesperadamente — Eu tentei pegar um barco. Mas... calculei mal.
— Não podemos pegar um barco? — Frank perguntou.
— Oh, nós podemos pegar um barco — disse Hazel. — Mas a geleira é mais longe do que eu pensava. Mesmo em alta velocidade, não conseguiremos chegar lá até amanhã de manhã.
Percy ficou pálido e eu encostei a cabeça em seu ombro, imagino que se eu tivesse um irmão mais velho, ele seria como o projeto de aquaman ali, o pensamento me confortava muito.
— Talvez eu pudesse fazer o barco ir mais rápido?
— Sim, você poderia — disse Hazel, — Mas, pelo que os capitães me disseram, é perigoso – icebergs, labirintos de canais para navegar. Você teria que saber onde está indo.
— Um avião? — Frank perguntou.
Hazel balançou a cabeça e eu fiz uma careta.
— Eu perguntei para os capitães dos barcos sobre isso. Eles disseram que poderíamos tentar, mas é uma pista pequena. Nós teríamos que fretar um avião com duas, três semanas de antecedência.
— Nem mesmo todo o dinheiro que ofereci adiantou alguma coisa — resmunguei.
Percy me encarou.
— Prim, você e Salazar não conseguem nos atravessar pelas sombras?
Dei de ombros, desanimada.
— Muitas pessoas e muito longe, e eu não tenho a mínima ideia de onde é, poderia acabar acontecendo um desastre e nos mandar para mais longe ainda. Melhor não arriscar.
A gente comeu em silêncio depois daquilo.
Um corvo pousou no poste de telefone acima e começou a grasnar para eles, aparentemente apenas Hazel havia percebido isso.
De repente, o grasnar do corvo se alterou para um grito estrangulado. Frank levantou-se tão rápido que ele quase derrubou a mesa de piquenique. Percy puxou sua espada.
Olhei para onde eles estavam focados, empoleirado no topo do poste onde o corvo tinha estado, um grifo gordo e feio olhava para baixo, para eles. Ele arrotou e penas de corvo voaram de seu bico.
Hazel ficou de pé e desembainhou sua spatha, peguei minhas adagas, as segurando firmemente nas mãos.
A gente não podia ter cinco minutos de paz, não?
Frank pegou uma seta e mirou, mas o grifo gritou tão alto que o som ecoou nas montanhas. Frank se encolheu, e seu tiro passou longe.
— Eu acho que é um pedido de ajuda — advertiu Percy — Temos que sair daqui.
Sem nenhum plano claro, a gente correu para o cais.
O grifo mergulhou depois de nós. Percy cortou com sua espada, mas o grifo desviou para fora do alcance.
A gente foi para o cais mais próximo e corremos até o fim. O grifo mergulhou depois da gente, suas garras da frente estendidas para matar. Hazel levantou a espada, mas uma parede de gelo bateu lateralmente no grifo e o jogou dentro da baía. O grifo gritou e bateu suas asas. Ele conseguiu subir para o cais, onde ele balançou o seu pêlo negro como um cachorro molhado.
Frank grunhiu.
— Muito bem, Percy.
— Sim — disse ele. — Não sabia se eu ainda podia fazer isso no Alasca. Mas as más notícias... olhe lá em cima.
— Eu queria boas notícias, Percy — retruquei, mal humorada.
Quase um quilômetro de distância, sobre as montanhas, uma nuvem negra estava vindo em sua direção – era um bando de grifos, dezenas, pelo menos. Não havia como a gente lutar contra tantos, e nenhum barco poderia nos levar embora rápido o suficiente.
Frank pegou outra seta e eu convoquei as sombras ao redor, fazendo pequenas lâminas giraram ao nosso redor, prontas para atacar.
— Não vamos desistir sem lutar.
Percy levantou Contracorrente.
— Eu estou com você.
Bufei, revirando os olhos.
— Eu estou com duzentos e quatro prontos, acho que vou ganhar essa.
O projeto de Aquaman me encarou incrédulo.
— Eu estou com duzentos e dez, é óbvio que eu vou ganhar. Aliás, isso que fiz com aquele grifo ali valeu ao menos quatro pontos.
— Para de tentar roubar!
Frank nos mandou um olhar indignado.
— Vocês ainda estão competindo para ver quem mata mais monstros?
— Ou escapa de situações de morte com menos machucados — Percy murmurou.
— Yep, mas alguém fica tentando roubar na cara dura.
Percy me empurrou, bufando no meio de uma risada.
Hazel começou a gritar desesperadamente, nos assustando:
— Arion! Por aqui!
Um borrão bronzeado veio rasgando da rua para o cais. O garanhão se materializou logo atrás do grifo, ergueu seus cascos da frente, e bateu no monstro, que virou pó.
— Bom cavalo! Realmente bom cavalo!
Frank se moveu para trás e quase caiu do cais.
— Como...?
— Ele me seguiu! — Hazel vibrou. — Porque ele é o melhor – cavalo – SEMPRE! Agora, subam!
— Todos os quatro de nós? — Percy disse. — Será que ele pode lidar com isso?
Arion relinchou indignado.
— Tudo bem, não há necessidade de ser rude — disse Percy.
Revirei os olhos e transformei as adagas de sombras no mais próximo que eu poderia de uma biga, a prendendo com mais sombras em Arion, que relinchou novamente e definitivamente não queria saber o que ele estava falando.
— Vamos.
Percy pulou para a parte da biga de sombras, o segui rapidamente, me segurando numa beirada enquanto Hazel montava em Arion.
Frank parecia hesitante, mas sem muitas opções, subiu.
— Corra, Arion! — ela gritou — Para a Geleira Hubbard!
O cavalo disparou através da água, seus cascos transformando a superfície do mar em vapor e eu me segurei na borda, deveria ter pensado em cintos de segurança.
— Não acredito que estamos passando por isso de novo!
Percy bufou, mas parecia concordar.
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