001🌹 ━━ Em breve vou publicar uma fanfic com o Percy! Então fiquem ligados.

002🌹 ━━ Para ser postado o próximo capítulo da nossa maratona, esse aqui precisa ter vinteee comentários.

003🌹 ━━ Não esqueçam de votar e comentar, isso me incentiva muito.

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Capítulo Cinquenta e Quatro: VOCÊ NÃO ESTÁ FRACASSANDO

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Primrose Stuart

QUANDO TODOS PARTIRAM, SENTI MEU CORAÇÃO apertar, Beatrice era a minha melhor amiga, minha irmã de coração, era eu que deveria estar revirando toda a cidade de Roma para a encontrar.

Piper havia descido para a sua cabine.

— Você está pensando demais.

Virei para Jason, que estava me observando com atenção.

— Odeio me sentir inútil — admiti, cansada — A gente deveria estar pelas ruas da cidade, tentando encontrar a Trice e o Nico, não aqui no navio sem fazer nada.

Jason suspirou e se aproximou, colocando o braço ao redor do meu pescoço.

— Amor, por mais frustrante que seja, existem ocasiões que precisamos fazer exatamente isso: esperar.

O treinador Hedge entoava cantigas de roda (com armas em vez de animais) que estavam começando a me dar dor de cabeça, me escorei na beirada do navio, observando o parque ao nosso redor.

— Eu nunca pensei que estaríamos aqui, em Roma.

— Prim...

— Deveríamos ter paz depois da última guerra — resmunguei — agora conseguimos entrar em mais uma guerra, somos o inimigo número um do acampamento, estamos em Roma e Trice pode ter pouco tempo de vida.

Ele me cutucou.

— Quer dar um passeio pelo parque?

Dei de ombros.

— Tudo bem, acho.

Hedge concordou, resmungando:

— Fiquem onde eu possa vê-los.

— O que nós somos? Crianças? — perguntou Jason.

Ele bufou.

— Crianças são como cabritinhos. São fofas e têm algum valor para a sociedade. Vocês definitivamente não são crianças.

Descemos do navio e fomos para o parque, depois de muito andar, acabamos sentando na sombra de uma árvore. Eu sabia que Jason também estava frustrado e ansioso com toda aquela situação.

— Estive pensando...

Olhei para ele, percebendo sua expressão nervosa.

— O que foi?

— No Acampamento Júpiter, durante todos os anos em que treinamos lá, nós sempre estimulamos o trabalho em equipe e trabalhávamos como uma unidade. Eu achava que entendia o significado disso por causa das missões em equipe que a gente fazia, porque nós três éramos o trio invencível, mas agora eu percebi que você e Trice sempre me deixaram assumir o papel de líder, porque sabiam que isso era importante para mim.

Coloquei a mão em seu braço.

— Você era o garoto estrela e perfeitinho, o filho de Júpiter, todos colocavam pressão demais em você.

Ele fez uma careta.

— Neste grupo de oito... Não sei bem o que fazer. Não estou acostumado em ser só mais um semideus entre tantos outros semideuses incríveis. Tipo, o Percy é mais poderoso do que eu, o Leo é um gênio e tem o poder do fogo, a Annabeth é a pessoa mais inteligente que já conheci, o Frank se transforma em qualquer animal que desejar, você se entrosou com todo mundo da equipe e parece tão confortável... Tenho a sensação de que estou fracassando.

Eu já deveria ter imaginado que iria atingir Jason a coisa de não ser o líder, a pessoa que fazia os outros ficarem em silêncio quando falava. Na missão, todos viam Annabeth e Percy como os líderes, Hazel não olhava mais para Jason como se ele fosse seu herói e sim para o Percy.

— Você não está fracassando.

— Com certeza foi o que pareceu quando Crisaor nos atacou — falou Jason. — Passei a maior parte da viagem nocauteado e inútil. Quando você caiu no mar e precisou de mim, eu não consegui te salvar. Trice precisa de ajuda e eu não sei o que fazer.

Bati meu ombro no seu, chamando a sua atenção.

— Você está se cobrando demais.

Ele me encarou.

— Prim, eu estou perdido.

Entrelacei nossos dedos, o movimento chamou a atenção de Jason.

— Você precisa confiar em si mesmo, ser um herói não significa que você seja invencível. Significa apenas que você seja corajoso o bastante para fazer o que é necessário.

— E se eu não souber o que é necessário?

Revirei os olhos.

— É para isso que servem os amigos. Todos temos forças diferentes. Juntos, vamos encontrar uma saída.

Antes que Jason pudesse responder, Percy Jackson surgiu no parque, correndo na nossa direção, pela expressão em seu rosto, eu sabia que ele estava trazendo más notícias.

Me levantei de onde estava, nervosismo correndo pelo meu corpo.

— Percy, o que aconteceu?

Ele parou na nossa frente, ofegante.

— Vamos voltar para o navio — falou — não quero ter que repetir novamente depois para o treinador.

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NÓS TRÊS NOS REUNIMOS no convés para que o treinador Hedge e Piper pudessem ouvir a história. Quando Percy terminou, eu estava incrédula.

— Então Annabeth foi sequestrada em uma Vespa — resumi, surpresa— por Gregory Peck e Audrey Hepburn.

— Não exatamente sequestrada — disse Percy. — Mas estou com um mau pressentimento... — Ele respirou fundo, como se tentasse não entrar em pânico. — De qualquer forma, ela... ela se foi. Talvez eu não devesse ter deixado, mas...

— Você teve que deixar — replicou Piper. — Sabia que ela precisava ir sozinha. Além disso, Annabeth é durona e esperta. Ela vai ficar bem.

Piper pôs um pouco de charme na voz, o que talvez não fosse muito legal, mas Percy precisava se concentrar. Se a gente entrasse em uma batalha, Annabeth não ia querer que ele se machucasse por estar distraído pensando nela.

Os ombros dele relaxaram um pouco.

— Talvez você tenha razão. De qualquer forma, Gregory... quer dizer, Tiberino... disse que tínhamos menos tempo para resgatar Nico do que imaginávamos. Hazel e os outros ainda não voltaram?

Dei uma rápida olhada para o relógio que havia no leme.

— São duas da tarde. Marcamos de nos encontrar às três.

— No máximo — lembrou Jason.

Percy apontou para a adaga de Piper.

— Tiberino disse que você poderia descobrir a localização de Nico... você sabe, usando isso.

Piper mordeu o lábio.

— Já tentei — disse ela. — A adaga nem sempre mostra o que eu quero ver. Na verdade, ela quase nunca mostra.

— Por favor — pediu Percy. — Tente de novo.

Ele implorou com aqueles olhos verde-mar, parecendo um bebê de foca fofinho que precisava de ajuda. Piper suspirou e sacou a adaga.

— Está bem.

— Aproveitando — disse o treinador Hedge — veja se consegue descobrir os últimos resultados do beisebol. A cobertura esportiva dos italianos é uma porcaria.

— Shhh.

Piper estudou a lâmina de bronze.

A luz tremeluziu. Eu vi um apartamento cheio de semideuses romanos. Uma dúzia deles se reunia em torno de uma mesa enquanto Octavian falava e apontava para um grande mapa. Reyna andava de um lado para o outro perto das janelas, observando o Central Park.

— Isso não é nada bom — murmurou Jason. — Eles já instalaram um posto avançado em Manhattan.

— E aquele mapa mostra Long Island — observou Percy.

— Eles estão estudando o território — murmurei — Discutindo rotas de invasão.

A lâmina brilhou. Eu vi ruínas - algumas paredes desmoronando, uma coluna solitária, um chão de pedra coberto por musgo e trepadeiras secas - tudo agrupado em uma colina gramada e com alguns poucos pinheiros.

— Eu já estive aí — disse Percy. — Isso fica no fórum.

A imagem se aproximou. Perto do chão de pedra, um lance de escadas levava a um portão de ferro com cadeado. A visão da lâmina atravessou o portão e desceu por uma escada em caracol até chegar a uma câmara cilíndrica e escura, como o interior de um silo.

Piper deixou a adaga cair.

— O que foi? — perguntou Jason. — Ela estava nos mostrando alguma coisa.

— Não podemos ir lá.

Percy franziu a testa e eu avancei na direção dela, indignada.

— Piper, Nico e Trice estão morrendo. Precisamos encontrá-los. Para não mencionar que Roma está prestes a ser destruída.

Piper tornou a pegar a adaga, ela estava pálida.

Vi dois gigantes em armaduras de gladiador sentados em cadeiras de pretor enormes. Os gigantes faziam um brinde com suas taças douradas, como se tivessem acabado de ganhar uma luta importante. Um grande jarro de bronze estava entre eles. A imagem se aproximou novamente. Dentro do jarro, Beatrice e Nico di Angelo estavam encolhidos e haviam parado de se mover. Eles haviam comido todas as sementes de romã.

— Chegamos tarde demais — disse Jason.

Senti meus olhos lacrimejar, meu coração doendo.

— Não, não...

— Não — replicou Percy. — Não, não posso acreditar nisso. Talvez eles tenham entrado em um transe mais profundo para ganhar tempo. Temos que correr.

A lâmina escureceu, Piper a colocou de volta na bainha.

— É melhor esperarmos os outros — falou Piper. — Hazel, Frank e Leo devem voltar logo.

— Não podemos esperar — insistiu Percy.

Olhei para ela, meu coração estava acelerado.

— É da vida da Trice e do Nico que estamos falando — retruquei — não vamos ficar aqui esperando como idiotas.

O treinador Hedge resmungou.

— São só dois gigantes. Se quiserem, posso dar um jeito neles.

— Hã, treinador — começou Jason — é uma ótima ideia, mas precisamos que você cuide do navio.

Hedge franziu a testa.

— E deixar vocês três ficarem com toda a diversão?

Percy segurou o braço do sátiro.

— Hazel e os outros precisam de você aqui. Quando voltarem, precisarão de alguém para liderá-los. Você é o porto seguro deles.

— Isso. — Jason conseguiu se manter sério. — Leo sempre diz que você é o porto seguro dele. Você poderá contar a eles aonde fomos e levar o navio ao nosso encontro no fórum.

— E tome.

Piper soltou Katoptris e a entregou ao treinador Hedge. O sátiro arregalou os olhos.

— Fique de olho na gente com a lâmina — sugeriu ela. — E você pode verificar os resultados do beisebol.

Aquilo selou o acordo. Hedge assentiu sombriamente, preparado para executar sua parte na missão.

— Muito bem — concordou ele. — Mas se algum gigante vier nessa direção...

— Sinta-se à vontade para acabar com ele — disse Jason.

— E quanto a turistas chatos?

— Não — dissemos todos em uníssono.

— Bah. Está bem. Mas não demorem muito ou irei atrás de vocês com as balistas a postos.