Uma Noite na Cozinha.
Chutando uma pedrinha pelo jardim do Quartel General, Bucky Barnes caminhou até o lago. A última vez que tinha olhado para ele, achou que teria sido realmente a última vez.
Com as mãos enfiadas no bolso do casaco, Bucky fechou os olhos e deixou o vento gelado bater contra sua pele suada e seus cabelos soltos. O ar era diferente naquele século. Talvez, só ele tivesse reparado nisso. Observando o sol se pôr no horizonte, Bucky deixou que a tensão dos últimos dias se transformasse em algo parecido com gratidão por poder ver um por do sol tão bonito.
A impressão que tinha, era que desde o momento em que chegou, haviam se passado cerca de vinte dias. Só passaram três.
Talvez, não devesse ter aceitado o lugar na equipe oferecido por Fury, mas não sabia muito bem o que faria e como Steve mergulhou de cabeça nisso, ele foi junto. Não que não tivesse achado divertido, até achou. Mas sentia falta da falta de responsabilidade com o próximo, dos momentos de ócio. E só era o segundo dia como Herói.
Talvez, estivesse sendo exagerado. Não se importava muito na verdade. Naquele momento, todos os pensamentos e sentimentos de Bucky eram exagerados.
Por enquanto, tirando as discussões matinais dos integrantes da casa pelos motivos mais idiotas possíveis, e as missões estranhas que foi, Bucky até estava achando entediante.
Enquanto observava uma ave voando no céu, Bucky se sentiu culpado por estar aproveitando seus minutos de ócio sozinho, sendo que Matteo estava em algum lugar lá dentro. E não só ele como Sarah. Se sentia um verdadeiro idiota. Desde o beijo, apenas trocou algumas palavras com ela e nada mais.
Por ele, estava lá dentro observando a forma como Sarah faria o jantar daquela noite, ou respondendo um milhão de perguntas do menino, mas a verdade, era que estava com medo de Sarah achar que os beijos não significaram nada e não sabia como contar a ela que sonhava acordado com eles desde aquele dia.
Então, em um impulso de coragem, virou de costas para o lago e encarou a porta do Quartel. Para seu desespero, Sarah estava parada na porta, olhando para ele. Sem pensar, Bucky se jogou atrás de uma árvore, agachado, rezando para que ela não tivesse visto.
Não foi bem o que aconteceu. Minutos depois, Bucky ouviu o som de passos e reconheceu os de Sarah.
-James?
Bucky ergueu o olhar e levantou do chão, correndo, enquanto espanava a grama e os gravetos da roupa.
-Ah, oi… Eu… Como Vai, Sarah? Não temos nos visto esses dias e… Sei lá… Enfim… Tá quente hoje, né?
Sarah franziu a testa e o encarou, como se o homem fosse demente. Realmente, já estava parecendo um. Sarah negou com a cabeça e apoiou as mãos nos quadris.
-Você está bem, homem?
-Tô, claro! Aliás… Você não devia estar na cozinha?
-Já terminei e coloquei a janta de todos. Eu vim te chamar para comer…
-Ah, claro! - Bucky coçou a nuca, encarando os próprios pés. - Então, eu acho que… Que vou lá… Comer, sabe?
Sarah mordeu a boca e deixou ele andar dois passos antes de o puxar pelo pulso e sorrir, o arrastando de volta para a direção da árvore. Bucky a encarou, confuso.
-Eu tive uma idéia melhor, James!
-Teve? Qual?
Sarah encostou as costas no tronco da árvore e sorriu, puxando as duas mãos de Bucky para a cintura dela. Ele levou alguns instantes para perceber o que Sarah quis dizer, mas assim que ela embolou os dedos nos cabelos dele, a ficha de Bucky caiu e, rindo sem graça, ele agradeceu internamente a qualquer Deus que tenha ouvido suas orações.
Suas bocas se encaixaram, hesitantes, por alguns segundos. Então, Bucky mandou o autocontrole para o lixo e puxando Sarah contra seu corpo, começou a beijar a mulher do jeito que queria e planejou.
Ouviu ela arfar entre o beijo quando sugou o lábio dela e o prendeu entre os seus, escorregando a boca pela pele dela.
Diferente de Lucy, Sarah não usou nenhum vestido desde que chegou ao século XXI, o que deu liberdade para que Bucky enfiasse as mãos dentro da blusa de Sarah e percorresse suas costas macias com a ponta dos dedos. Sarah bambeou nas pernas em resposta ao toque.
Quando a falta de ar era tanta que eles ficaram tontos, Bucky quebrou o beijo com alguns selinhos, enquanto mantinha Sarah próxima a si, segurando seu rosto. Sorriu, abobalhado.
-Desculpe não ter te procurado… - Bucky sussurrou, se afastando o suficiente para encarar ela nos olhos e sorrir. - Eu fiquei ocupado esses dias!
-Eu sei! Relaxa… - Sarah esfregou as mãos macias em seus ombros, sorrindo também. - Deve ser pesado ser herói, não é? Você está tenso…
Bucky concordou, puxando ela pelo rosto e se afogando, mais uma vez, nos lábios de Sarah, se embriagando no gosto e no cheiro dela.
-Eu não consegui parar de pensar em você, sabia? - Bucky admitiu, baixinho, os lábios ainda tocando os da mulher.
-É?
-Uhum…
Bucky a puxou pela cintura e em um movimento rápido, inverteu suas posições apoiando as costas na árvore e encaixando Sarah entre suas pernas. Sua boca parou no pescoço dela, sentindo a mulher ficar arrepiada, arfando.
-Eu queria mais um beijo. - Bucky admitiu de novo, alternando os lados do pescoço de Sarah, com beijos molhados e delicados. - Mais um abraço. Eu queria…
-Ah, achei vocês!
Os dois se separaram, pulando de susto. Bucky encarou Sam ao lado dele, segurando Steve no colo e sorrindo, maliciosamente, com uma mão na cintura. O bebê brincava com os óculos de sol do pai.
-Ah, mas puta que pariu, Samuel!
-James! - Sarah deu um tapa no peito dele. - Olha o bebê!
-Deixa ele, Gatinha! Ele me xinga mas me ama!
-Chama ela de "Gatinha" de novo e eu vou matar você! -Bucky se irritou, ameaçando chegar perto de Sam. - Sai daqui, seu abelhudo!
-Nossa, que bonitinho, Sarah! Você tá namorando um cara de cinco anos!
-Samuel!
Sam arregalou os olhos e saiu correndo quando Bucky contornou Sarah e o seguiu, deixando a mulher sem saber se achava a cena patética ou se ria da cara dos dois.
Em alguns dias, apenas, havia percebido que não se odiavam de verdade. Apenas implicavam um com o outro por causa de Steve. Então, respirou fundo e caminhou até o ponto onde Bucky havia parado, com as mãos na cintura e uma careta nada satisfeita, observando a porta da cozinha.
-Para de implicar com ele, homem!
-Ah, até você?! - Bucky exclamou, indignado, enquanto observava a mulher parar ao seu lado, prendendo os cabelos no alto. - É ele quem implica comigo, caramba!
-Você também implica com ele! - Sarah ponderou. - Você colocou sal no suco dele ontem!
-Porque ele desligou a energia na hora do banho!
-Tá bom, Bebezão! - Sarah pegou a mão de Bucky e começou a puxar ele na direção da casa. - Vem, vamos jantar!
Bucky bufou, seguindo Sarah e aproveitando para olhar bem para o formato da bunda redonda e avantajada dela. Mordendo os lábios, Bucky se obrigou a desviar o olhar e entrou na cozinha, sentindo Sarah soltar sua mão.
Tinham muitas pessoas naquele dia e Satah havia feito janta para, o equivalente a um batalhão. O cheiro invadiu o olfato de Bucky e ele salivou, enquanto sentava ao lado de Matteo, puxando assunto com o menino.
Do outro lado da mesa, Steve conversava com Scott Lang, contando sobre como eram as coisas no passado e o tempo que ficou por lá, mas seus olhos estavam fixos em Lucy, que estava bastante desanimada naquele dia e por isso, ainda não havia tocado no prato na sua frente.
-Bem, então quer dizer que o pai do Matteo ainda vai levar um tempo para se manifestar?
-Aham… - Steve concordou.
Lucy rolou o brócolis cozido de um lado ao outro do prato.
-E por quê não podemos atacar de surpresa?
-Porquê você ouviu o Stephen, Scott. - Wanda, que estava na frente de Steve, falou, suspirando. - Não podemos alterar o tempo!
-Mas ele alterou quando foi para o passado, não alterou? - Pietro questionou, apontando para Steve.
Wanda negou.
-Eles sempre estiveram no passado, só que com outros nomes!
-Exato! - Sam exclamou, se metendo no assunto do outro lado da mesa. - Uma vez eu contei ao Steve que eu tive uma bisavó até os doze anos e que eu gostava muito dela! E aí, eu contei também que os donos do Hotel que ela trabalhava sumiram misteriosamente, o que fez com que ela saísse de Nova York e fosse para Washington com o meu avô. E ela sempre falava de um tal de Chris e um tal de Sebastian… Na verdade, ela culpava eles pelo sumisso da chefe dela!
-Não é tanta mentira assim… - Sarah sorriu.
Steve encarou Lucy. Ela continuava rolando o pedaço de carne que tinha cortado. Sarah acompanhou o olhar de Steve e franziu a testa ao ver a comida intocada.
-Lucy?
-Ham? - Lucy soltou um longo bocejo, encarando a prima.
-Você está bem? Tô te achando amuadinha…
A atenção de todos os presentes se voltou a mulher, que apenas deu de ombros e assentiu, murmurando que estava com muito trabalho como enfermeira da Nova Shield. Steve estreitou os olhos, mas não retrucou.
-Inclusive, acho que vou dormir um pouco! - Lucy levantou da mesa e se espreguiçou. - Boa noite para vocês!
-Tia? - Matteo chamou. - Você não vai ler para mim hoje?
Lucy hesitou, na porta da cozinha. Depois, deu um sorriso sem graça e negou.
-Eu tô muito cansada, Matteo! Mas a sua mãe pode ler hoje, né?
Matteo assentiu, torcendo a boca. Lucy, finalmente, desapareceu das vistas de todo mundo.
-É melhor eu ir ver ela, Stee? - Sarah questionou, encarando o homem.
-Bem… Melhor não. - Steve deu de ombros. - Se ela tá cansada, vai acabar se irritando com você.
Sarah assentiu e se concentrou em comer a própria comida. Natasha, que estava ao seu lado, se inclinou para ela e a cutucou. A duas se olharam.
-O Bucky tem batom no pescoço.
Sarah arregalou os olhos e encarou o home que realmente tinha uma marca de batom, ficando avermelhada. Eles não tinham espalhado pela casa que estavam se vendo, apesar de todo mundo saber disso.
-Foi você?
Sarah assentiu, de leve, usando o guardanapo para tirar dos lábios o batom vermelho. Natasha riu, discreta.
-Confesso que eu tô muito curiosa para saber como isso aconteceu, sabe? - Natasha murmurou, bebendo um gole de suco.
A ruiva viu um pequeno sorriso brotar nos lábios da italiana. Observou ela dar de ombros também, tentando ficar neutra.
-Não aconteceu nada, na verdade. Nós somos apenas amigos.
A frase tinha soado mentirosa até mesmo para Sarah, que se xingou, baixo. Natasha soltou uma leve risada.
-Eu não quero te deixar constrangida. Já percebi que você é discreta, mas… É que o Bucky era um pouco problemático quando saiu daqui, achei que namorada fosse ser algo que ele demoraria anos para ter. No entanto, se passaram só cinco meses, né?
Sarah não ergueu a cabeça do prato para que ninguém percebesse o sorriso dela.
-Eu… Bem, é que meio que aconteceu, sabe? Eu nem pretendia… E acho que ele também não. Mas não pretendíamos ser tão amigos e muito menos…
-Apaixonados?
-Não somos apaixonados!
-Jura, é? - Natasha ergueu um cantinho da boca. - Eu pensaria duas vezes antes de falar isso, Sarah. - Indicando com a cabeça algum ponto que não estava na visão de Sarah, Natasha sorriu mais abertamente. - Ele está de quatro e rendido por você!
Sarah franziu a testa e virou, lentamente, na direção que ela sabia que encontraria Bucky. Dito e feito, o homem estava assentindo para algo que Matteo havia dito, mas seus olhos estavam presos na mulher e Sarah sentiu um choque elétrico percorrer seu corpo.
Ninguém nunca havia olhado para Sarah daquela forma e nem sorrido para ela do jeito que Bucky sorriu antes de desviar o olhar.
Sarah tremia quando Sam anunciou, de repente, de uma forma mais alta:
-Sabe, pessoal? Eu acho que deveríamos dar uma festa!
-Ah, não!
-Ih, vai começar!
-De novo, Sam?
-Da última o Scott quebrou o aparelho de som!
-Hey! A idéia foi do Pietro e eu não vi ninguém acusando ele!
Steve engoliu a risada, encarando Sam, que tentava pedir a palavra quando todo mundo começou a falar mais alto.
-Espera, gente! Não é uma festa qualquer! Nós temos motivos agora, está bem? O Steve e a cadelinha de estimação dele voltaram e… Ai!
Sarah engasgou com o arroz quando observou Bucky jogar um pedaço de bife e atingir o olho de Sam.
-Hey, se deixar meu marido cego eu vou bater em você, Soldado!
-Eu acho que nunca vou me acostumar com isso! - Steve riu, sozinho.
-Você me acertou um bife no olho?!
-Tá com sorte que não acertei um garfo!
-Para os dois! - Natasha reclamou. - Meu Deus!
-Ele me acertou um bife no olho, Natasha!
-Oh, tio… - Matteo chamou Steve. - Eu acho que a mamãe tá morrendo!
Só aí a mesa percebeu que Sarah estava presa entre a risada e a tosse, ficando avermelhada. Bruce conseguiu, com um tapa forte entre as homoplatas da mulher, fazer com que as vias aéreas fossem liberadas e ela conseguisse respirar novamente, enquanto Sam cruzava os braços e esperava ela parar de rir.
Não só ela como, praticamente, a mesa inteira. Quando a histeria passou, Sam bufou e voltou a falar:
-Bem, como eu estava dizendo: Podíamos ter uma festinha particular, sabe? Nada grandioso demais, mas podíamos convidar o Clint e o Thor! A gente compra umas bebidas, umas pizzas, taca o som no alto e pronto!
Silêncio.
-Sabe? Eu gosto dessa idéia! - Wanda pontuou, sorrindo.
-Eu também… - Natasha encarou Steve e sorriu. - Lembra os velhos tempos!
-Os ótimos tempos! - Steve concordou e encarou Bucky. - O que você acha?
Mas o homem apenas deu de ombros. Nunca havia participado das festinhas dos Vingadores e também não tinha paciência nem ânimo para festas. Provavelmente, ia ser obrigado a sair do quarto por Steve e, depois que chegasse pela festa, ia aproveitar a primeira oportunidade para voltar ao quarto.
-Pode ser…
-Beleza! Festa! - Sam ergueu os braços em um gesto vitorioso e apontou para Bucky. - Alías: O Bife vai ter volta!
-Tô morrendo de medo! - Bucky debochou.
-Mama? - Matteo levantou da cadeira dele e andou até a da mãe, sentando na perna dela e a abraçando, enquanto apoiava a cabeça no peito de Sarah. - Eu tô com sono!
-Quer ir dormir? - Sarah questionou, mexendo nos cabelos do filho, enquanto trocava um sorriso com Natasha. Matteo assentiu, bocejando. - Okay, a mamãe te leva para dormir, meu amor!
Bucky levantou da cadeira e não deixou que Sarah segurasse o menino no colo, afinal, ele era pesado. Ele mesmo se ofereceu para levar Matteo para a cama e o garoto aceitou com a condição de que ele contasse uma história.
Enquanto isso, Sarah foi recolhendo a louça usada e guardando o que havia sobrado. Aos poucos, os pratos se equilibravam na pia e Natasha até se ofereceu para ajudar ela, mesmo que Sarah tivesse recusado. Mas o pequeno Steve precisou de uma troca de fraldas urgente e Sam e ela ficaram discutindo sobre o homem não trocar as fraldas do próprio filho, até Natasha desistir e ir, ela própria trocar a fralda.
Aos poucos, enquanto todos saíam da cozinha e iam para seus afazeres, ou seus quartos, Sarah foi lavando a louça e guardando. Por estar distraída, não percebeu que havia alguém observando ela, do canto.
Bucky tinha posto Matteo para dormir e no meio da história sobre a Princesa que comia a maçã e dormia chamada Aurora (ou era Cinderela?), ele dormiu. Quando voltou, Wanda, que tinha sido a última a sair da cozinha, avisou para ele que Sarah tinha ficado para guardar as coisas.
Bucky não pensou duas vezes antes de seguir rumo à cozinha e parar na porta, observando a mulher. Seus ouvidos bem treinados tinham ouvido a conversa de Sarah e Natasha, mesmo à distância. Não discordava da amiga: Estava totalmente rendido por Sarah e não tinha vergonha de admitir, contanto que fosse para ele e para ela, apenas.
Afinal, mais ninguém tinha que saber sobre seus sentimentos e sobre o quanto ela significava a ele a ponto de Bucky sair da sua bolha de conforto e vir viver a vida da qual havia fugido.
Sarah terminou de colocar as últimas panelas no armário e se virou para ir pegar a louça da lava louças, mas estremeceu e soltou um berro agudo ao vislumbrar a figura parada no canto da porta, no escuro. Reconheceu a risada de Bucky no segundo seguinte e pegou uma frigideira, jogando com toda a força nele e o xingando em italiano.
Um som metálico reverberou pela cozinha quando o utensílio se chocou contra o braço de vibranium e caiu no chão, ao mesmo tempo que Bucky se inclinava sobre os joelhos, rindo alto.
-Não teve graça, seu deficiente!
-Teve… Sim!
Sarah virou de costas para ele, concentrando a atenção apenas na lava louças. A risada de Bucky foi diminuindo aos poucos, enquanto ele recuperava o fôlego e pegava a frigideira, lavando ela de novo ele mesmo.
Sarah continuou de costas, guardando a louça no armário e nas gavetas,com cuidado. Foi no momento em que tirou o último talher da mão e guardou na gaveta de talheres que Sarah sentiu duas mãos (uma gelada e dura, a outra quente e macia) a puxando pela cintura até que ela batesse contra um peitoral duro.
-James…! - Sarah arfou, olhando para os lados, desesperada. - Pelo amor de Deus, homem!
Bucky riu. Uma risada rouca que fez Sarah estremecer de desejo.
-Você não disse que eu podia te agarrar quando eu quisesse?
Sarah se apoiou na pia da cozinha para não cair enquanto sentia a boca de Bucky dando pequenos beijos em seus ombros e pescoço. Fechou os olhos com força, xingando o homem mentalmente.
-E se alguém entra aqui e vê?
-Você não estava preocupada em alguém nos ver quando estávamos naquela árvore!
Bucky a virou de frente para ele, ainda mantendo Sarah entre seus braços. O olhar dele percorreu todo o corpo dela e Sarah estremeceu, agachando e fugindo de Bucky por baixo dos braços dele.
-Ham… O Matteo dormiu direito?
Bucky respirou fundo, achando graça no nervoso dela e assentiu.
-Como um anjinho!
-Ah, che buono!
Bucky observou ela esfregar um pano com álcool na mesa usada, tentando respirar direito. O corpo de Sarah continuava quente. Pegando fogo. Os joelhos dela tinham virado gelatina e Sarah não fazia idéia de como não tinha jogado Bucky na mesa e subido por cima do corpo do homem até ouvir ele gem…
-Sarah? - Bucky engoliu a risada e tocou o ombro dela.
Sarah saltou e se afastou dele, tão vermelha que chegava a estar azul de vergonha.
-Desculpe, eu não queria te constranger.
-Me constranger? - Sarah franziu a testa, dando um tapa na própria cara quando entendeu. - Não, James! Você não me constrangeu! Eu só… É que…
Bucky deu de ombros.
-Não, tudo bem! Desculpe, eu só… Eu estava brincando só! Eu…
Sarah o calou com um beijo, pulando no colo dele, praticamente, o que fez o homem cambalear para trás e a segurar firme. Os dois se beijaram, com calma e paixão.
-Não me constrangeu! - Sarah murmurou contra os lábios do homem, passando as unhas em sua nuca, enquanto Bucky a mantinha perto de si, a abraçando pela cintura. - Eu só não acho que estou pronta para um próximo passo, entende?
Ele assentiu, a testa grudada a dela. Seus dedos brincavam com a cintura de Sarah em um carinho leve.
-Mas… Dormir comigo… Você quer?
Sarah sorriu e assentiu, puxando Bucky para mais um beijo.
-E vocês reclamavam de mim e da Lucy, hein!
O casal suspirou, frustrado, se afastando devagar ao ver Steve entrar na cozinha e ir direto até a geladeira.
-Ao menos a gente não se beija pelos cantos e na frente de todo mundo! - Bucky retrucou, abraçando Sarah novamente, apoiando o queixo na cabeça dela.
-E nem se uma forma que parece que vamos acasalar naquele momento!
-Engraçadinha! - Steve revirou os olhos e tirou os ingredientes de um sanduíche de dentro da geladeira.
Sarah sorriu ao sentir Bucky depositar os lábios em sua testa e observou o loiro fazendo um sanduíche cheio de coisas. Franziu a testa.
-Stee, se você estiver com fome, ainda tem janta… Quer que eu esquente?
-Ah, não é para mim! - Steve encolheu os ombros, explicando. - A Lucy acabou de acordar e me obrigou a vir fazer isso aqui! Não sei de onde ela tirou que salame combina com pepino, mas…
Sarah arqueou as sombrancelhas e deixou o queijo cair, ao mesmo tempo que Bucky começava a rir e murmurava um "Cadelinha!". Um pepino acertou a cara do homem, quase como Bucky tinha feito mais cedo com Sam.
-Hm… Ela tem combinado umas coisas estranhas, né? - Sarah se soltou de Bucky e caminhou até o lado do loiro, olhando a combinação.
Pasta de amendoim, salame, pepino, azeitona, maionese, pimenta e queijo provolone. Sarah sentiu o estômago embrulhar e fez uma careta de nojo para o sanduíche.
-Pois é! Ontem foi sorvete com ketchup! - Steve concordou, dando de ombros. - Mas até que ficou gostoso, sabe?
-Você comeu?! - Bucky fez uma careta de nojo quando Steve concordou. - Eca! Você tem merda na cabeça, cara? Isso vai te dar dor de barriga e na hora que você estiver em missão, eu quero ver só!
Sarah ficou quieta e calada, observando a interação entre os dois homens. Não precisava ser um gênio para associar um mais um e obter dois… Ou melhor, três.
-Bem, vou lá! Boa noite e juízo vocês dois, hein!
-Boa noite! - O casal respondeu, juntos.
Esperaram até que Steve estivesse fora das vistas e de seus ouvidos. Quando uma porta bateu, Bucky se virou para Sarah, de braços cruzados e uma expressão curiosa.
-Que cara foi aquela?
-Quer fazer uma aposta comigo? - Sarah perguntou, sorrindo e guardando as coisas que estavam em cima do balcão. - Eu deixo você fazer o que quiser comigo se eu estiver errada!
-Qualquer coisa? - Bucky sorriu, sugestivo.
-Qualquer uma!
-Okay. Qual a aposta?
-A Lucy está grávida.
-Que?!
-Para de berrar, Bucky Barnes!
Bucky arregalou tanto os olhos que eles poderiam ter saído para fora das órbitas. Não foi preciso perguntar novamente, Sarah continuou falando.
-Ela não come comidas normais e encara elas com cara de nojo, mas come um monte de besteiras e combinações malucas! E ela nunca fez isso antes! Além disso, está cansada, irritada…
-Mas não está vomitando! - Bucky retrucou, sentando no balcão e encarando a mulher na sua frente. - E o Steve e ela dormem juntos! Ele não teria reparado na barriga?
-Eu já estava de quatro meses quando descobri o Matteo e não tinha barriga. - Sarah explicou. - Ou ao menos, não reparei nela! E quanto aos enjoos.. Como eu disse: Ela está com nojo das comidas que ela sempre comeu! Eu aposto a minha vida que ela e o Steve vão ter um neném!
Bucky esfregou o rosto. Não sabia o que pensar, afinal, eles estavam em uma missão meio perigosa e os dois tinham poucos meses de relacionamento. Claro que sabia que Steve nunca abandonaria o bebê e muito menos a Lucy, mas que ele ia levar um choque e talvez, precisasse de alguns dias para processar aquilo tudo, ele ia.
-Bem… Será que não tem possibilidade dela não estar grávida?
-Claro que tem. - Sarah deu de ombros e sorriu. - Mas ela está. Eu tenho certeza!
Bucky assentiu. Ia ser divertido ver um bebê de Steve e Lucy, se ela estivesse mesmo grávida. Sarah segurou sua mão por cima do balcão e sorriu para o moreno.
-Vem dormir comigo? Eu tô esgotada, James…
-Quer massagem? - Bucky questionou, puxando Sarah pela mão e levantando do balcão.
-Eu quero abraço. E beijo. - Sarah fingiu pensar. - E tá, massagem é legal!
-Tá bem, minha Principessa! - Bucky a beijou na bochecha, saindo da cozinha com a mulher ao seu lado. - Abraço, beijo e massagem! Vamos lá!
Ooiie, Pessoal! ❤🤗💫
Esse capítulo foi um dos meus favoritos de escrever KKKKKK Ainda mais pq eu cheguei trazendo uma bomba hehehe Será que a Lucy está grávida mesmo, ou só pirou na batatinha? Hehehe
Espero que tenham gostado! E desculpe não ter tido capítulo ontem, eu não tinha cabeça para revisar e terminar de escrever algumas partes!
Até segunda! 💕
Beijos! 💋💋
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro