Uma manhã inesperada.
Bucky se encarou no espelho, enfim tirando toda a roupa. Seus olhos bateram em seu braço e nas cicatrizes avermelhadas ao redor dele. Desviou rapidamente o olhar para outra parte do corpo. Qualquer uma. Contanto que não tivesse que encarar aquela…
Bucky bufou. Não sabia nem mesmo dar um nome para aquilo. Aberração? Monstruosidade?
Soltou os cabelos semi presos e procurou no armário do banheiro um pente. Andou até o chuveiro, regulando a água para uma temperatura que não era quente, mas também, não chegava a ser gelada. Precisava relaxar depois daquela briga idiota no meio da rua.
Talvez, tivesse exagerado um pouco na reação, mas sabia que se não deixasse bem claro que não estava para brincadeiras, ninguém ia o respeitar e, pior, não respeitaria a nenhuma das garotas do Bordel, incluindo Sarah, já que, erroneamente, a grande maioria achava que ela era prostituta.
Terminou de pentear os cabelos e os encarou, na frente do espelho, os erguendo um pouco para ver como ficaria, caso decidisse cortar. Por fim, deixou a tesoura quietinha no canto dela e foi tomar um banho demorado.
Já era dia quando saiu do banheiro e encarou Steve dormindo de barriga para baixo na cama, roncando tão alto que as paredes vibravam. Estranhamente, não estava com sono nenhum e nenhum pouco a fim de ir deitar. Como sabia que em alguns minutos Lucy ia bater na porta com uma bandeja de café da manhã e não estava disposto a segurar vela, vestiu uma roupa qualquer e saiu do quarto, fechando a porta, devagar.
Mal girou a chave na fechadura, Lucy o chamou. Bucky a encarou, vindo pelo corredor com o habitual sorriso e a bandeja de café.
-Oi, Bucky!
-Oi, Lucy!
-Não vai tomar café da manhã com a gente? - Lucy questionou, enquanto observava Bucky abrir a porta para ela.
-Ah… Hoje, não. - Bucky deu de ombros, encarando a mulher. - O Steve ainda está dormindo, mas acho que se você acordar ele, ele não fica de mau-humor.
Bucky percebeu o rubor leve nas bochechas dela e o sorriso mínimo nos lábios. Lucy assentiu, ajeitando a bandeja de Café da manhã na mesa.
-Tudo bem… Você vai sair?
-Vou dar uma volta. Esfriar a cabeça. Sei lá…
Alguns instantes de silêncio se fizeram presente, onde apenas o som da louça que Lucy manuseava era ouvido. Ela o encarou por cima do ombro, percebendo o quanto ele estava perdido. Sorriu.
-A cozinha fica no segundo andar, ala leste. É só seguir as vozes.
Bucky ergueu o olhar dos próprios sapatos e a encarou, confuso. Não se lembrava de ter questionado onde era a cozinha. Será que fez no automático?
-A Sarah fica lá até às sete da manhã e aí, vai levar o Matteo na escola. Depois volta umas nove para fazer o almoço.
Bucky corou, levemente, ajeitando a postura. Não estava pensando em Sarah naquele momento. Ou estava? Droga, estava…
-Ah… Bem, e o que eu tenho a ver com isso?
Lucy estreitou os olhos para ele, dando de ombros.
-Eu sei lá! Vou acordar o Steve, okay? Até mais!
Lucy observou o homem assentir e se afastar do quarto, a passos largos. Ficou o observando na porta e viu o momento em que hesitou próximo às escadas e, ao invés de descer para o térreo, pegou a escada para o segundo andar, subindo os degraus de dois em dois, até desaparecer de vista.
Sorriu consigo mesma. Até uma criança percebia a atração que rolava entre os dois, por mais que negassem.
Distraída, não percebeu quando Steve saiu do quarto e caminhou até ela, a envolvendo em um abraço pela cintura e depositando um beijo no pescoço de Lucy, que estremeceu.
Steve riu com a boca encostada contra a pele dela, os braços a mantendo perto.
-Bom dia!
-Bom dia, Stee! - Lucy fechou a porta e deu um jeito de se virar e o encarar, abraçando o homem pelo pescoço, sorrindo. - Trouxe seu café!
-Que menina eficiente!
Lucy riu, deixando Steve tomar seus lábios para si, em um beijo calmo e profundo. Andando devagar, Steve a puxou para trás, até bater com as costas na parede e conseguir apoiar o peso do corpo nela. Se beijaram por longos minutos, se afastando apenas quando o ar se fazia necessário.
-Então, vamos comer? - Steve ofereceu, abraçado a ela.
-Esse era o objetivo, na verdade.
Lucy o acompanhou até a mesa. Sentou e o encarou.
-Acho que o Bucky foi até a cozinha.
-Fazer o que?
-Falar com a Sarah.
Steve ergueu as sombrancelhas, surpreso. Lucy continuou.
-A Berta comentou comigo que ontem eles foram juntos para o Bordel e voltaram juntos também. Você acha que está rolando algo?
Steve negou, respirando fundo.
-Infelizmente, não. E vai demorar para o Bucky admitir que gosta dela. Na verdade, acho até que ele vai fugir quando se der conta disso.
Lucy revirou os olhos e suspirou.
-É um idiota…
-É…
Steve preferiu concordar ao invés de explicar os motivos que Bucky tinha para não se aproximar de ninguém. Quem tinha que saber dos motivos era uma outra pessoa.
Pessoa essa que estava em uma luta com algumas panquecas, enquanto ordenava a alguns empregados que passassem mais um bule de café. Matteo estava sentado em um banquinho alto, encostado na geladeira, meio dormindo, meio acordado.
Bucky nem mesmo sabia por qual motivo havia subido ao invés de descer as escadas e já estava parado na porta da cozinha, observando a forma como Sarah comandava tudo lá dentro, há quase quinze minutos.
Respirou fundo e passou a mão pelos cabelos ainda úmidos. Depois, bateu duas vezes na porta da cozinha, atraindo a atenção dos funcionários, inclusive, de Sarah.
-Ah, Grazie Dio! - Sarah abandonou o fogão com as panquecas e andou até a frente de Bucky, sorrindo. - Eu fiquei preocupada! Ficou tudo bem?
Bucky engoliu em seco e concordou, percebendo que os outros funcionários os encaravam, curiosos.
-Acho que ele não vai mais incomodar…
-Buono! Onde aprendeu a lutar daquela forma?
Bucky franziu a testa e pendeu a cabeça de lado, confuso. Como Sarah sabia? E como se ela tivesse ouvido a pergunta na cabeça dele, Sarah apenas deu de ombros.
-Eu vi vocês pela janela. Dá vista para a esquina… Foi impressionante! E incrível!
-Ah… - O Rosto de Bucky esquentou e, mesmo sem querer, ele sorriu. - Não foi nada… Eu… Bem, foi na época que eu era um soldado.
Bucky enfiou as mãos nos bolsos, pensando que não mentiu. Realmente, aprendeu a lutar quando era "um soldado"... Só não entrou em detalhes mais específicos e essa explicação, foi o suficiente para Sarah, que assentiu.
Um enorme choque correu pelo corpo de Bucky quando Sarah esticou a mão e tocou o braço dele. Na verdade, viu em câmera lenta a mulher arrastar a própria mão pelo antebraço, o puxando para fora do bolso, até que suas mãos estivessem unidas.
Quando ele ergueu os olhos e seus olhos encontraram os de Sarah, ela sorria, de leve e andou até ele, ficando tão próxima, que Bucky podia sentir o calor do corpo dela contra o seu.
-Grazie, soldato!
Bucky não respirava. E dizer que quase morreu, sem ar, quando Sarah o puxou para perto e depositou um beijo casto em sua bochecha, não era exagero. Bucky até mesmo tremia quando eles se afastaram e ainda não havia conseguido se mexer ou falar absolutamente nada.
Sarah o encarou, achando graça em alguma coisa. Talvez fosse na forma como o rosto dele esquentou violentamente e ele ficou tão vermelho quanto os tomates apoiados na bancada da cozinha. Ou como Bucky não a encarou, focado em achar qualquer assunto que disfarçasse sua vergonha.
Quando havia sido a última vez que recebeu uma demonstração de um carinho inocente de uma mulher? Faziam anos…
-Hm-Hm… - Limpando a garganta, Bucky olhou para o relógio e deu de ombros. - Eu… Bem…
-Voi…?
-Eu vi pombo atropelado quando estava voltando para cá, de madrugada. Acredita? Ele estava todo espatifado e tinha miolos para tudo quanto era lugar!
Silêncio. Bucky queria pegar uma panela quente no fogão e bater com ela repetidas vezes em sua própria cabeça. Tanto assunto no mundo, e ele ia falar sobre o pombo?!
Sarah franziu a testa, mordendo a boca e desviando o olhar. Queria rir, mas achou que não seria nada educado. Então, respirou fundo e apenas indagou:
-Piccione?
-Isso. - Bucky coçou a nuca. - Um pombo…
-Agora já sei porque você e o Matteo se deram bem. Os dois são estranhos… - Sarah riu, de leve. - Por falar nisso, vou levar ele para a escola. Quer ir conosco?
O coração de Bucky disparou e Sarah não deu tempo a ele para resposta. Apenas deu meia volta e foi acordar Matteo, que esfregou os olhos, bocejando, mas despertou assim que percebeu Bucky.
Correu para a porta da cozinha e deu um abraço no homem que ainda estava levemente desconcertado da gafe ridícula que cometeu.
-Mia mama falou que o signore vai me levar para a escola com ela hoje. Verdade, Senhor James?!
-Ah, claro! - Bucky o soltou e sorriu, olhando rapidamente para Sarah, que procurava algo na cozinha.
-Legal. Então, vamos?
-Matteo, espere! - Sarah apareceu na porta, tirando o avental e soltando os cabelos. - Onde está sua mochila, menino?
-Ih, esqueci! Já volto, mama! Vou pegar!
Matteo correu pelo corredor, veloz como um raio. Sarah negou com a cabeça, mas não falou nada, apenas saiu andando pelo corredor. Bucky a seguiu, enfiando as duas mãos nos bolsos da calça.
Os dois foram em silêncio até a recepção do Hotel, onde Sarah se apoiou no balcão, falando com Berta. Bucky ouviu os passos de Matteo descendo as escadas de madeira e segurou o menino pela mochila quando ele ia escorregando ao chegar no último degrau.
-Eita, Bambino! Vai vom calma…
-Obrigado! - Matteo agradeceu, rindo. - O Senhor viu? Eu quase voei!
-Quantas vezes eu não disse para não correr na escada, hein?! - Sarah brigou, claramente, irritada. - Grazie por segurar ele!
-Disponha!
-Vamos, Mama? - Matteo questionou, pegando a mão da mãe e começando a arrastar ela.
-Vamos, claro. - Sarah sorriu e virou para Bucky. - Você vem?
Bucky acenou que sim e os seguiu para fora do Hotel depois de se despedir com um aceno de Berta, que estava tão inclinada sobre o balcão, que dava a impressão que ia cair dele.
Enquanto os três subiam a rua para a direção da praça, Matteo foi contando a Bucky como era a escola e sobre a palavras que já sabia ler e escrever, tanto em italiano quanto em inglês.
Quando chegaram à pracinha, passaram por alguns homens vestidos de farda e Matteo, que estava de mão dada com a mãe, esticou a mão livre e pegou a mão enluvada de Bucky. Claro que por uns segundos, o corpo de Bucky gelou, temendo que ele pudesse sentir o metal por baixo da luva, mas Matteo não demonstrou nenhum sinal disso enquanto questionava:
-Hey, o Senhor já foi um Soldado, não foi?
-Aham. Na verdade, Sargento.
-Era legal?
Bucky suspirou, obrigando sua mente a voltar anos para o passado próprio e relembrar a época em que servia. Nem mesmo percebeu os olhares que algumas pessoas direcionavam em sua direção por tanto ele, quanto Sarah, estarem de mãos dadas com Matteo. Na verdade, não reparou em quase nada, concentrado na pergunta.
-Vou te falar a verdade, Matteo. Eu odiava ter que acordar cedo! Essa era a pior parte! E a comida durante a Guerra era muito ruim! Sério, parecia ração de cachorro seca! - Pausa, enquanto Bucky e Sarah observavam a careta de Matteo. - Mas era muito legal a bagunça que a gente fazia e eu adorava mexer nas armas. Também era uma ótima forma de sair com algumas meninas, já que algumas preferem os homens fardados…
-James! - Sarah brigou. - Isso é coisa que se diga para uma criança, homem?
-Ficou com ciúme, mãe?
Bucky até tentou, por segundos, segurar a risada alta. Mas a forma como Sarah encarou o filho, como se quisesse o matar, fez Bucky não ter autocontrole nenhum.
Sarah o fuzilou com os olhos, os estreitando na direção do homem que se apoiou em um poste para tentar manter a compostura, sem sucesso. Matteo, claramente, fingia inocência, mas o sorriso travesso em seu rosto o denunciava.
-Está achando muito engraçado, James?
-Si, Mia Principessa! - Bucky respondeu, ainda rindo. - Você tinha que ver a sua cara!
-Mas é um idiota, mesmo! - Sarah revirou os olhos, observando Bucky erguer a mão e da um toquinho na mão de Matteo. - Corrigindo: São dois idiotas!
Os três voltaram a andar na direção da escola, onde já se acumulavam alguns alunos na porta. O caminho foi quase silencioso até que eles tivessem parado na frente da escola, esperando o portão abrir às oito horas em ponto. Matteo foi se encontrar com alguns amigos alguns metros distante, então Sarah e Bucky ficaram lado a lado, observando outros lugares.
-Então, o senhor era um galinha?
Bucky levou um pequeno susto, mas não demonstrou. Apenas deu de ombros, enfiando as mãos nos bolsos e parando na frente de Sarah.
-Depende. Isso é ciúme?
-O Senhor está completamente maluco se acha isso. - Sarah revirou os olhos. Depois, o encarou, curiosa. - Espera… Como depende? Ou o Senhor é um galinha, ou não é. Não existe depende!
-Olha, dependendo do ponto de vista, existe, sim.
-Então, me conta como era o Depende!
Bucky riu do jeito mandão de Sarah, sem se incomodar, realmente, com isso. Cruzou os braços e deu de ombros.
-Defina "um cara galinha".
Sarah fez uma pequena careta adorável e respirou fundo.
-Alguém que fica com várias mulheres sem querer nada sério?
-Bingo! Eu era um galinha!
Sarah riu e concordou. Matteo correu para a direção da mãe ao ver o portão abrir, com mais cinco amiguinhos no encalço dele. Bucky esperou enquanto Sarah dava um monte de ordens como "Não corre, não se machuca, obedece a sua professora, não briga com ninguém, mas se brigar, liga direto para o hotel que eu venho voando e por fim, não saia com ninguém da escola que não seja ela, a tia Lucy, a tia Berta…"
Bucky reparou na hesitação na voz de Sarah, enquanto ela olhava para ele. A mulher suspirou.
-Se for o caso, o senhor James também, está bem?
Bucky ergueu as sombrancelhas surpreso, enquanto Matteo assentia e tentava escapar dos beijos da mãe, ficando todo sujo de batom rosa. Matteo se soltou da mãe, vermelho igual a uma pimenta enquanto os amigos ficavam fazendo sinal de beijinho para ele. Bucky engoliu a risada, lembrando que quando era criança, Steve era Matteo e Bucky, os amiguinhos tirando sarro, só até Sarah, a mãe de Steve, o puxar e encher de beijos também.
-Tchau, James! - Matteo o abraçou pela cintura, rapidamente, enquanto Bucky mexia nos cabelos castanhos do menino. - Até mais tarde!
-Até mais, Bambino!
Os dois esperaram, lado a lado, que Matteo tivesse entrado na escola. Então, se encararam.
-Você realmente autorizou que ele saísse da escola comigo? Por quê?
Surpreendentemente, Sarah abraçou o braço direito de Bucky enquanto eles caminhavam pela rua, de volta.
-Não é como se ele nunca tivesse feito isso, não é mesmo, Principe mio?
Bucky riu, ainda sem jeito por estar tão junto de Sarah. Tão sem jeito que ele suspeitava que a gota de suor que escorreu pelo seu peito não tinha, em nada, a ver com o calor que fazia ou com a caminhada.
-Olha, em minha defesa… Foi o Matteo que me chamou.
-Ele gosta de você. - Sarah comentou, desviando de um casal na rua e grudando o corpo em Bucky, rapidamente. - E eu nem sei porquê, exatamente. Ele só… Gosta.
-Eu também gosto dele. - Bucky sorriu de lado, se surpreendendo do quão verdadeiras eram as palavras. - Acho que… Bem, ele lembra muito à mim mesmo quando eu era criança, sabe? Curioso, empolgado, falante…
Sarah fez uma pequena pausa, obrigando Bucky a parar no meio da praça. Ela o olhou tão atentamente que Bucky ficou vermelho. Era como se Sarah conseguisse enxergar através de seus olhos e fosse em sua alma.
Ao mesmo tempo, por mais envergonhado que estivesse, Bucky não conseguiu desviar os olhos dos olhos de Sarah nenhum único segundo. Era como se ele não estivessem no meio de uma pracinha cheia às oito da manhã de uma quarta feira. Poderia muito bem apenas existir os dois e mais ninguém.
-A guerra mudou você, não é?
-Você nem imagina o quanto. - Bucky murmurou, em um suspiro triste.
-Eu entendo você. - Sarah deu um sorriso triste também. - Perdi meus pais um pouco antes de Matteo nascer por causa da guerra. Mas eu ainda tinha um irmão e uma cunhada e… - Sarah esfregou o rosto e sorriu, triste. - Então, meu irmão foi convocado e ele não durou um mês na guerra. Quando o Matteo tinha três anos, minha cunhada casou novamente e… Bem, eu sabia que tinha um tio aqui. Procurei o endereço nas cartas do meu pai e achei, escrevendo e pedindo abrigo. Eu estava desesperada! A Itália está acabada, sabe? Por causa do apoio inicial ao Hittler…
Bucky assentiu, esperando que Sarah continuasse.
-Enfim, minha prima respondeu a carta e me convidou para trabalhar no Hotel. Foi um pouco difícil vir para cá porquê… Bem…
-O preconceito.
-Isso. - Sarah assentiu. - Mas ter o emprego e a prima ajudou muito. - Sarah fez uma outra pausa. - Você tinha que me conhecer antes disso tudo, eu era tão…
-Tão…?
-Legal. Feliz. Leve… Sei lá. Mas acho que você entende.
Bucky assentiu. Entendia, sim. Ele próprio passou por mudanças desse tipo… Bucky Barnes de antes de tudo era feliz. Agora, ele não sabia dizer.
-Sarah! Bucky!
Os dois se afastaram um pouco e encararam Lucy que vinha cheia de sacolas pela rua. Sarah franziu a testa e correu até a prima, junto com Bucky, que fez questão de segurar o peso para elas.
-Hey, você não devia estar no Hotel?
-Devia. - Lucy confirmou, enxugando o suor. - Mas lembrei que eu precisava fazer compras para o Hotel.
-Por que não mandou o Steve vir fazer? - Bucky perguntou, seguindo as duas mulheres para o hotel. - Isso está pesado, Lucy!
-Porque ele está desentupindo a calha. - Lucy fez uma pausa. - Acho que vou dar um aumento para ele…
-Ah, só os seus Baccios, acho que ele já está mais do que agradecid… Ai, Lucy!
Bucky mordeu a boca para não rir com o comentário de Sarah, mas acabou deixando o som que lembrou uma risada escapar e assim, levou um tapa quase na orelha. Apenas quase, já que não alcançou o objetivo, o que fez Bucky rir.
-Por que está rindo, agora?
-Porque você é tão baixinha que nem me alcança!
Sarah também caiu na risada, o que fez Lucy ficar vermelha de raiva e encarar a prima.
-Ah, que bom então que a boca da Sarah está perfeitamente ao alcance da sua, não é?
Os dois amigos pararam de rir na hora, enquanto Lucy sorria, satisfeita. Eles seguiram para dentro do Hotel, parando apenas na recepção, onde Sarah os encarou.
-Bem, preciso ir. Eu estou ficando atrasada para servir o almoço.
-Tudo bem, vai lá! - Lucy abraçou a prima, sorrindo para ela. - Não se preocupa que quando o Matteo sair da escola, eu tomo conta dele, tá?
-Obrigada. - Sarah se virou para Bucky. Ele observou a mulher hesitar por alguns segundos, antes de se esticar e beijar a bochecha barbuda dele pela segunda vez naquele dia. - Grazie por nos acompanhar, Mio Principe! Até mais tarde!
-Mais tarde? - Bucky questionou, confuso.
-O seu trabalho, seu bobo! - Lucy acotovelou a cintura dele, com força. - Acorda, Bucky! Foi só um beijinho na bochecha!
-Deixa ele, Lucy! - Sarah revirou os olhos. - Espero que só que não se atrase! Hoje a Margareth vai explicar a logística da festa anual do Bordel! Buonasera!
Bucky encarou Lucy, sério, enquanto a mais baixa queria rir.
-"Mio Principe"?
-Não enche, garota! - Bucky retrucou, dando um peteleco na orelha dela. - Vai procurar a boca do Steve, vai!
Bucky andou correndo até a escadas, ouvindo a risada de Lucy atrás de si.
Ooie, Meus Xuxus! 🥰💖
Estou de volta com mais um capítulo (nem preciso dizer que é em comemoração aos 800+ views, né?) E que eu adoro muito! ❤
Talvez, não tenha tido nada demais, mas tivemos um Bucky Barnes agindo como um adolescente idiotado e falando de um pombo atropelado KKKKKKKKK Tudo para mim! Sinceramente! 😂😂😂🤭🤡
No próximo capítulo, vamos ver um pouco mais do trabalho do Bucky e como a Sarah se sente em relação a ele, e acredite, está muito fofinho! 💖
Obrigada por estarem acompanhando!
Até os próximos! ❤
Beijos! 💋💋💋
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