Bárbara era uma mulher magra e alta, com cabelos loiros longos por conta de um megahair volumoso e bem ondulado nas pontas. Ela foi chamada no meio de uma apresentação, o que explicava a cara fechada e irritada de Bárbara ao parar em frente a Zemo. 

A mulher loira que dançava na frente de Steve saiu da mesa e pegou o lugar anteriormente ocupado por Barbie, como ela preferia ser chamada. 

-Mandou me chamar, Barão? 

-Mandei. Sente-se. 

Barbie obedeceu, se jogando na poltrona ao lado de Zemo. Seu olhar caiu em Sarah e ela a encarou, de cima à baixo, antes de soltar um leve sorriso. 

-Essa é a Sarah? 

-É. - Zemo concordou, com a cabeça, enquanto Steve olhava ao redor. 

-Dá para entender porque essa obsessão por ela… Curte mulher, Sarah? 

Sarah arregalou os olhos, percebendo o olhar da mulher preso em seu decote. Respirando fundo, ela negou com a cabeça. 

-Na verdade, não. 

-Ah… Que pena. A gente podia se divertir bastante! 

-Barbie, eu estou pagando para você falar o que sabe. - Zemo a interrompeu, cada sílaba de seu sotaque exalando na frase. - Não para ficar dando em cima da Sarah. 

Um silêncio se instaurou na mesa e Barbie bufou, irritada, enquanto Steve suspirava, se inclinando na direção da mulher. O som das batidas da música começava a deixar ele com dor de cabeça. 

-Eu não sei…. 

Barbie parou, estática. Zemo e Steve se entreolharam, confusos, sem perceber que Sarah encarava a mulher com toda a sua atenção. Ajeitando o decote e sorrindo, Sarah pulou por cima de Steve e sentou ao lado de Barbie. 

-O que você tinha dito, gata? Que a gente pode se divertir? 

Steve arregalou os olhos, tendo absoluta e total certeza que Sarah não sabia falar a língua de Barbie até aquele momento. Zemo franziu os olhos para o homem, mas Steve o ignorou, surpreso e sem entender a conversa que se seguiu. 

-Se você quiser… 

-Vamos nos divertir, sim. Mas antes, preciso saber o que você sabe sobre o Victor, Barbie. É questão de vida ou morte. Eu tenho certeza que você entende isso, certo? 

Steve ergueu as sombracelhas tão alto que elas poderiam saltar para fora da sua testa quando Sarah correu os dedos pela pele exposta da perna de Barbie. 

Então, ele finalmente percebeu. 

Os olhos de Sarah tinham um brilho levemente amarelado. 

-Ela é mutante? - Zemo indagou, baixo. 

-É. E você não vai encostar um único dedo nela. - Steve respondeu, analisando Sarah, que ainda conversava com Barbie. 

Zemo não discutiu. Nem mesmo respondeu nada. Seus olhos apenas passearam pela boate, enquanto Steve pedia para Sam levar o combinado através de uma mensagem de texto. 

Depois do que pareceu uma hora que Steve e Sarah tinham entrado na boate, Sam pegou a mala e caminhou rumo ao local, junto de Natasha e de Bucky. 

-Eu não gosto disso! - Sam reclamou. - Devíamos pegar esse cara e enfiar ele na cadeia, não dar isso a ele! 

-Precisamos dele, Samuel. - Natasha argumentou. - Infelizmente! 

-Medidas desesperadas para momentos desesperados. - Bucky murmurou, sério, enquanto se aproximava do guarda na porta e sussurrava, em russo. - Somos convidados do Barão. 

O homem encarou uma lista no tablet e, sem dizer uma única palavra, chegou para o lado, deixando eles entrarem na boate. O som ensurdecedor da balada penetrou nos ouvidos dos três, fazendo Bucky sentir uma leve dor de cabeça que acompanhava a batida da música.  

-É impressão minha ou está todo mundo olhando para mim? 

Bucky indagou, em voz baixa, enquanto verificava sua arma estava no coldre da calça. Uma rápida olhada fez Bucky perceber que, sim, todos naquele lugar o encaravam. 

-Vão achar a Sarah e o Steve. - Bucky estacou, ao perceber que um cara mexeu na arma na cintura, o encarando, seriamente. - Agora! 

Natasha e Sam saíram correndo pela boate no exato segundo em que uma enorme confusão se instaurou. O casal levou cerca de vinte minutos para achar Sarah e Steve, que estavam na parte VIP, onde a confusão não havia se instaurado nem mesmo por um único segundo. 

Assustados, Steve e Zemo levantaram de uma vez quando Sam chegou perto do homem, apontando um dedo para ele. 

-Isso é culpa sua, não é?! 

-Não fiz nada! 

-Fez, sim! 

-Sam! Para! O que aconteceu?! 

-Cadê o Bucky?! 

-Quem é Bucky?! 

Um tiro soou alto quando Natasha perdeu a paciência e mirou para cima, furando o teto. As pessoas ao redor deles começaram a correr e berrar feito loucas, mas Sarah não precisou fazer quase nada para conter a aglomeração. 

Ela apenas deu um único grito e toda a boate congelou. 

-Meu Deus… - Sam deixou o queixo cair. - Sarah, preciso que mantenha a calma… 

-Estou mantendo a calma, Samuel. - Sarah reclamou. - Eles podem se mexer! 

E como em um passe de mágica, as pessoas voltaram a correr, enquanto ela encarava Sam, Steve e Natasha. 

-Escutem… Segundo a Barbie… - Sarah indicou a mulher ao seu lado. - Victor é completamente obcecado por mim. Além disso, ele tem uma outra grande obsessão que é se tornar maior do que Tony Stark jamais foi. Ela me disse que ele tem uma oficina em outro estado. Fica em um galpão que está no nome de uma mulher chamada "Reyna Smith". Essa mulher não existe. 

Uma explosão fez com que os heróis, Sarah e Zemo fossem arremessados para perto da parede, batendo com violência nela. Sarah sentiu um líquido quente e viscoso escorrer pela sua cabeça e, levando a mão ao local de encontro com a parede, percebeu que havia um corte na altura de sua tempora, que jorrou sangue. Gemendo, ela também sentiu o gosto ferroso na sua língua e percebeu que mordeu os lábios com tanta força na explosão, que os sangrou. 

Olhando ao redor, ela percebeu que estava coberto de sangue também, de um corte na testa. Suas vistas embaçaram, mas Natasha não a deixou dormir, por mais que aquela fosse sua vontade no momento. 

Ela se levantou, com as pernas trêmulas, sentindo a cabeça rodar. Seu coração estava agitado e suas mãos, geladas. A explosão veio da direção da boate, onde Bucky devia estar. Seus ouvidos, que ainda continham um zumbido irritante, mal captaram os gritos de Natasha quando a ruiva a puxou pela mão. 

Sarah não fazia idéia de como ou porque, mas em segundos, começou a correr com o grupo para fora da Boate como se sua vida dependesse disso. E na verdade, dependia. 

Segundos após Sarah, Steve, Natasha, Sam e Zemo chegarem do lado de fora da Boate, a área vip desabou, erguendo poeira. Todos caíram no chão, por causa do tremor que o desmoronamento causou, observando a boate ruir e o estacionamento do Clube estar um verdadeiro pandemônio. 

-Sarah?! Sarah, olha para mim! Você está bem?! 

Sarah ergueu os olhos anuviados para Sam, que tentava estancar o sangue em sua testa, usando seu casaco. 

-O Bucky… 

-Calma, Sarah… - Steve ergueu o corpo do chão, com um gemido. - Eu vou procurar ele! 

-Steve, não… - Natasha tentou puxar ele de volta, vendo que o homem desequilibrou e quase caiu. 

Mas Steve se desvencilhou da amiga e correu para dentro a direção da boate, deixando Sarah para trás. Talvez, ela estivesse em choque demais para ter alguma reação que não fosse fechar os olhos e chorar, torcendo para Bucky estar bem.

-Steve! 

O homem parou assim que percebeu que a voz de Bucky soou ao seu lado, entre as pessoas que corriam para longe da boate. Forçando as vistas através da fumaça, Bucky abriu caminho até Steve. Ele parecia intacto. 

-Meu Deus! Onde você estava?! 

-Eu saí da boate quando não achei vocês. - Bucky respondeu, enfiando as mãos nos bolsos e dando de ombros. - Cadê a Sarah?! 

-Ela está perto do carro. - Steve o observou, franzindo a testa para ele. - Você está bem? 

-É claro que sim! Foram vocês que saíram de dentro da boate! Ela se machucou? 

Steve negou, caminhando ao lado de Bucky. O loiro mancava levemente, de forma que precisou se equilibrar no braço de Bucky, até chegar perto de Sarah e Natasha. As duas mulheres correram ao encontro de Bucky, o abraçando e percebendo que nem mesmo um fio de cabelo dele saiu do lugar. 

-Grazzie Dio! Eu estava tão preocupada, Mio Principe! Come Stai?! 

-Eu tô bem, Linda! - Bucky correspondeu o abraço, com força, enfiando o nariz no pescoço de Sarah. - Você que precisa de um médico, não? 

-O Stee também! - Natasha apontou. 

-Eu tô bem! Não preciso de um médico! - Steve reclamou, olhando ao redor. - Ué, cadê o Zemo? 

Natasha apontou por cima do ombro na direção do mesmo carro que vieram. 

-O Sam levou ele para o carro. Acho que eles estão negociando aquilo. 

Sarah dispensou a preocupação de Bucky com o corte em sua cabeça e começou a arrastar o homem para o carro, sendo seguidos por Steve e Natasha. Os dois amigos discutiam o que poderia ter dado errado no plano. Ou melhor, o que poderia ter causado a explosão. 

Depois de algum tempo dirigindo, Sam suspirou e encarou Bucky pelo espelho. 

-Sabe o que eu não acho justo? O Bucky ser o único infeliz que nem se sujar, se sujou! 

Bucky deu de ombros, ainda de mãos dadas com Sarah. 

-Dei sorte. Aliás, descobriram algo interessante? 

Steve estava prestes a contar quando Sarah o interrompeu, suspirando, cansada. 

-Ah, não! Vamos contar juntos e para todo mundo assim que chegarmos, está bem? Agora, quero ficar quietinha aqui… Minha cabeça está latejando e minha costela está dolorida! 

Ninguém ousou falar absolutamente nada, embora Bucky tenha franzido os lábios, insatisfeito, enquanto murmurou um "okay". Olhando para frente, o olhar de Sam encontrou o de Bucky. 

-O que foi, Sam? 

-Nada. Só estava me perguntando como você consegue ser tão feio! 

Bucky deu de ombros de novo e encarou a janela. O olhar de Sam encontrou o de Steve e o de Sarah pelo espelho. Tirando os olhos deles, Sam voltou a prestar atenção na rua, vendo o céu colorir aos poucos. 

Chegaram em pouco tempo no QG. Sarah se recusou a soltar a mão de Bucky enquanto ela levava alguns pontos, ao mesmo tempo que Steve. Um silêncio constrangedor preencheu a sala depois que, trocando mais um olhar com Sarah e Steve, Sam e Natasha saíram de perto, falando algo sobre ir chamar a equipe. 

Observando Bucky, Sarah chegou a conclusão de que ele não estava com a menor paciência. Isso se comprovou quando, ao levar o terceiro, dos quatro pontos, Sarah apertou a mão esquerda de Bucky com bastante força. 
 
O homem puxou o braço, reclamando, quase imediatamente. 

-Caramba, Sarah?! Quer deixar de ser grudenta?! É só pontos… Não precisa desse drama todo! 

Bruce Benner e sua assistente, uma garota chama Hannah Wells, encararam Bucky, surpresos, enquanto ele se levantava e ia para longe de Sarah, que ficou o encarando, estupefata. Steve franziu a testa, olhando para a mulher. 

-Hmm… Você está bem, Bucky?!

-É óbvio que eu tô! - Bucky encarou Steve, cruzando os braços e revirando os olhos. - Pareço não estar por acaso?! 

Silêncio. Um longo silêncio. Sarah suspirou. 

-Na verdade, Mio Principe… Você nunca falou assim comigo antes… 

Bucky soltou o ar e apoiou as mãos na cintura, então, chegou perto de Sarah, observando o último ponto ser dado na pele morena. 

-Desculpa, Gatinha… Eu tô meio estressado. Quer dizer… Você se machucou, a boate explodiu… Além disso, tô nervoso porque você não falou nada até agora do que descobriu sobre o Victor e… 

-Victor? - Sarah franziu a testa, pendendo a cabeça de lado. - Que Victor, Fofinho? 

Bucky piscou, atordoado, olhando ao redor. Steve cruzou os braços, o observando. 

-Bucky, você tem certeza que não bateu a cabeça? Não fomos ver nada relacionado ao Victor… 

Bruce franziu a testa levemente, mas como Sarah deu um pequeno chute no joelho dele, o homem se calou e começou a observar Bucky, enquanto guardava o material usado para a sutura. 

-Não?! 

-Fomos ver o Zemo, Meu Pudinzinho. - Sarah comentou, dando de ombros. - Você nunca deixaria eu estar envolvida em algo que envolvesse o Victor. 

Bucky assentiu, rindo, enquanto coçava a nuca e dava de ombros. 

-É, eu sei… Eu estava só brincando com vocês, relaxem! Quer dizer… Você tinha que ver sua cara, Lindinha! Foi hilária! 

Sarah riu, soltando uma gargalhada alta. 

-Nossa, Querido! Você me assustou! Achei que estava esquecendo as coisas de novo… Quer dizer, Steve, lembra daquele dia que o Bucky esqueceu de pôr as calças e foi para a missão pelado?! Lembra, Bruce? 

Bruce e Steve soltaram uma risada, concordando. 

-Nossa, esse dia foi… 

-Incrivelmente louco! 

-Exato! 

Sam entrou na sala, seguido por Natasha e por Matteo. O coração de Sarah deu um pulo enorme em seu peito e, sem que Bruce percebesse, ela pegou o bisturi em cima da bandeja prata. Sam piscou para Matteo, vendo o menino assentir e fazer um sinal de boca fechada. Atrás de Matteo, Frank fez um sinal com a mão para ela, aprovando a atitude, escondido atrás da porta.  

Bucky se virou para Sam e Natasha, os encarando, sério, quando o moreno comentou: 

-Qual a piada? Eu quero rir também! 

Matteo caminhou até a frente de Bucky, devagar e sem fazer barulho algum. O menino franziu a testa, agitando os braços na frente do homem, mas… 

Bucky passou os olhos por ele como se não houvesse ninguém em sua frente. 

No meio da gargalhada forçada de Sam, quando ele cutucou Bucky e comentou mais uma mentira, provocando o homem, o telefone de Steve tocou. Ele encarou o nome na tela e pediu um segundo, enquanto ia para longe, atender. 

Matteo, em silêncio, encarou Sam. Fingindo falar com Steve, o homem passou os olhos por Matteo e comentou algo como: 

-Melhor você ir agora, né? 

Matteo empalideceu e encarou a mãe, que assentiu, de leve. Pé por pé, o menino recuou e correu para Frank, sumindo no corredor. 

Steve voltou até o lado de Bucky, suspirando. 

-Desculpem, era o hospital. Parece que o Bucky foi encontrado desacordado e precisou ser atendido porque quebrou a perna. 

-Ham? Eu?! 

-Não, Victor. - Sarah levantou da maca, com um sorriso de lado. - Não você. O meu Bucky. 

Um silêncio de momento foi ouvido. 

Então, tudo aconteceu ao mesmo tempo. Victor chutou uma mesa, derrubando Hannah no chão, ao mesmo tempo que Sarah pulou para frente e enfiou o bisturi no encaixe do ombro de Victor, inutilizando o braço esquerdo do homem, rompendo seu ligamento com uma precisão assassina. 

Steve usou a mesma mesa para jogar contra Victor, mas o homem ergueu um escudo e não foi atingido. Sam, Natasha e Bruce também tentaram atacar ele, mas a única pessoa capaz de entrar dentro do escudo, foi Sarah. 

Ela pegou outra tesoura de ponta e enfiou, diversas vezes, na coxa de Victor, pulando para trás, por reflexo, no último segundo, antes que ele puxasse o bisturi e tentasse enfiar nela. O sangue jorrou de seu ombro, manchando o chão, o que fez Sarah escorregar no liquido viscoso e cair de costas, batendo a cabeça no chão. 

De novo, ela agiu por impulso quando cruzou os braços e fez um escudo surgir em sua frente. Com ódio, ela gritou e impulsionou o escudo contra ele. 

Victor voou meia sala, batendo com as costas na parede que desmoronou. Steve correu para verificar se Sarah estava bem no exato momento em que Wanda apareceu. O brilho escarlate em seus olhos combinava com o fogo laranja dos olhos de Sarah, e as duas, atacaram Victor, juntas. 

-Me dá o garoto e ninguém se machuca! 

-Vai sonhando! - Sarah liberou todo o ódio que sentia naquele momento. 

Victor formou um escudo forte, mas assim que Frank apareceu, fazendo uma aura verde jorrar de seus poderes, o escudo começou a rachar, visivelmente. 

Steve, Bruce, Hannah, Natasha e os outros moradores estavam impressionados demais com o jogo de luzes que brilhava para perceberem que, provavelmente, a estrutura daquela ala ia ceder. Mas Frank percebeu isso. 

-Aguentem mais um pouco! Eu já volto! 

Wanda e Sarah assentiram, juntas, encurralando Frank mais ainda, entre a parede e o próprio escudo fraco. 

Assim que Frank conseguiu tirar todos os presentes daquela ala, o escudo rachou com um barulho ensurdecedor. 

Mas o efeito que era esperado Não aconteceu. Nesse momento, os poderes de Sarah, que eram laranjas, começaram a ficar roxos, tais quais os de Victor, que berrou alto, sentindo toda sua energia se esvair. 

Wanda encarou Sarah, completamente surpresa, passeando o olhar pelo corpo dela. E com isso, ninguém viu o momento em que Victor, simplesmente, parou de lutar e desapareceu no ar, fazendo o contato do corpo dele com o dela, se esvair como fumaça. 

Luzes roxas percorriam o corpo de Sarah, enquanto ela caía no chão, ajoelhada. A respiração dela estava ofegante e pesada, o corpo inteiro tremia, suor escorria de seus poros. 

-Sarah… 

-Não. Não fala … - Sarah respirou fundo e negou com a cabeça. - Por favor… 

Wanda assentiu. O segredo ficaria entre as duas. 

-Sarah! Wanda! Vocês estão bem?! - Franck correu até elas, olhando ao redor, confuso. - Cadê ele?! Para onde ele foi?! O que aconteceu…?
 
O olhar de Frank percorreu o corpo de Sarah, se prendendo no ponto maior de concentração de poder. Sarah apenas balançou a cabeça, negativamente, quando ouviu vozes pelo corredor. 

Tony Stark poderia ter tido um infarto, assim como Bruce Benner, ao ver o estado do laboratório. Ou melhor, do que restou do laboratório. 

Mesas, cadeiras, macas… Tudo estava jogado pelos ares. Os computadores chegavam a estar pegando fogo. Somente duas das quatro paredes ainda estavam de pé. 

-Mas o que…?! 

Antes que o homem pudesse reclamar, um portal se abriu e Stephen Strange saiu de dentro, carregando um menino em seu colo. Sarah respirou aliviada, reconhecendo o filho, que praticamente, saltou do colo do homem. 

-Mama! 

-Stai Bene, Mio Rico?! - Sarah o beijou todo, abraçando o filho com força, sentindo ele assentir. - Você foi um menino muito corajoso, meu filho! Eu tô tão orgulhosa de você… 

-Mama, o Papa…? 

-Não era ele. Aquele era o cara mau que estava fingindo ser o James. Ele está… Onde o James está?! 

-No Hospital. - Steve avisou. - Aquela ligação foi de verdade! 

-Como notaram que não era o Bucky? - Stephen perguntou, olhando para Sarah. 

Todos se entreolharam. Mas foi Sam quem respondeu. 

-Notei quando eu critiquei ele e o Bucky nem mesmo retrucou.

-Bem, eu achei algo estranho no jeito que ele só se importou com a Sarah quando nos encontramos. - Steve informou. 

-Ele não me chama de Gatinha, linda… Além disso, nunca gritaria comigo daquela forma. Se eu tinha alguma dúvida, acabou alí. 

Stephen assentiu, de leve. 

-Ilusão é uma prática antiga e comum e não é exagero algum dizer que só os olhos da alma enxergam através dela. Victor está mais fraco, Sarah. O universo se encarregou de anular os poderes dele mais uma vez, mas preciso que não se assuste. Essa condição permite a você ter mais poderes e mais controle, o que é bom. A batalha se aproxima cada vez mais rápido. Preciso que esteja preparada. 

-Eu estou. 

Stephen e Sarah sabiam que era verdade. O homem assentiu de novo, dando um tapa na capa, que estava fazendo carinho em seu rosto. 

-Eu não sei porquê, mas tem que ser você a lutar. 

-E vencer? 

Stephen hesitou. Então, apenas falou: 

-Se eu responder, ainda pode mudar. 

Sarah assentiu, trocando um olhar com Matteo. Ele acenou para o homem conforme o portal se abria atrás dele. 

-Tchau, Senhor Strange! E obrigado pelos sucos! 

Stephen sorriu, ladino, e piscou para ele, desaparecendo a seguir. Sarah se voltou para Tony e balançou a cabeça, desolada. 

-Sinto muito pelo laboratório, Senhor Stark! Eu não tinha intenção… 

-Nada que alguns milhões não resolvam, D'angello. - Tony respirou fundo, dando de ombros. - O Importante é você estar bem. Você está? Ótimo! Eu já queria reformar esse lugar mesmo… 

Sarah apertou Matteo contra si de novo e encarou Steve. 

-Quero ir ver o Bucky. 

-Vem! Vou te levar! 

Ooie, Gente! 🥰

Cheguei com mais um capítulo para vocês e, particularmente, não foi fácil escrever esse, mas... Eu amei, muito! ❤

Aliás, gente... O Victor fingindo ser o Bucky... Mais alguém achou algo estranho ou vocês nem repararam, hm? 🤭😁

Alguém tem alguma teoria do que aconteceu com os poderes da Sarah e por qual motivo ela não quer que Wanda conte para ninguém? 👀

Bem, espero que tenham gostado!

Aliás, sobre o fim da fanfic... Talvez seja mesmo daqui há seis capítulos. Depende do quanto eu escreva, mas como estou em um ritmo lento, não tenho como saber. Voua atualizando vocês conforme as semanaa forem passando, está bem?

Até sábado que vem!

Beijos! 💋💋