Explicando o inexplicável.
-Sam?!
Bucky tornou a repetir, incrédulo. O olhar dele alternou entre Steve e Sam e, sem dar chance ao homem de responder, voltou a indagar.
-Ele é o Sam, não é?! Ou tô tendo alucinação?
Steve empurrou Sam para dentro do quarto, o que fez Sam empurrar Bucky para conseguir passar pela porta.
-Sou eu, cara! Pelo amor de Deus, tem um limite para ser idiota!
-James?
Bucky virou para trás ao mesmo tempo que Sam e Steve encaravam Sarah, que tinha acabado de sair do quarto e analisava o terceiro homem na frente dela.
-Ah, oi…
-Oi. - Sam sorriu e cruzou os braços. - Quem é a gatinha?
-Samuel! - Steve deu um tapa na nuca do homem, rolando os olhos. - Não liga, não, Sarah! Ele é um palhaço!
-Um idiota, na verdade. - Bucky corrigiu, fuzilando o homem com o olhar.
-Nossa, vocês falando dessa forma, ela vai acreditar, sabiam?! - Sam esfregou a nuca, com uma careta.
Sarah assentiu, parando ao lado de Bucky. Eles se encararam e, tanto Steve, quanto Sam perceberam o sorrisos e olhares que os dois trocaram, ao mesmo tempo que Bucky acariciava a cintura de Sarah, ao envolver ela em um abraço.
-Ele disse Sam?
-Aham… - Bucky revirou os olhos.
-Aquele Sam?
-Sim, aquele Sam.
Sarah engoliu em seco e encarou o homem. Sam esticou uma mão e sorriu.
-Sam Wilson, o primeiro e único!
-Sarah D'Angelo. É um prazer…
-O prazer é todo meu, gatinha! Aliás… - Sam beijou a mão de Sarah, enquanto encarava Bucky que apenas estreitou os olhos para ela. - Isso é um sotaque italiano?
-É, sim.
-Eu amo a Itália! Veio passar férias aqui ou para ficar?
Steve mordeu a boca para não rir e cutucou Sam, pedindo silenciosamente para ele parar. Bucky voltou a envolver a cintura de Sarah em um abraço, levemente irritado. Sarah percebeu e ficou quieta, controlando a vontade de rir. Aquilo era ciúmes?
-Eh… Sarah? - Steve coçou a nuca quando um momento de silêncio foi ouvido. - Eu não queria ser chato, mas já sendo… Você pode ver se a Lucy precisa de alguma coisa?
Sarah assentiu, entendendo o recado. Vendo que Bucky ainda encarava o homem, sério, Sarah controlou a vontade de rir e esticou a mão, puxando Bucky pela nuca e depositando um beijo no canto da boca dele.
Bucky arregalou os olhos ficando instantaneamente vermelho e sem reação. Sarah sorriu.
-Ciao, Mio Principe! A gente pode conversar mais tarde?
-P-pode! C-Claro, eu… Bem… Eu te procuro!
-Na cozinha. - Sarah o soltou e sorriu de novo. -Vê se não se atrasa!
-Aham… E-Eu não vou, eu… Bem… Quatro horas eu tô lá!
Sarah assentiu, se despedindo dos homens com um gesto de cabeça. Eles esperaram a porta fechar e os passos de Sarah sumirem pelo corredor.
-O que estava rolando aqui?! - Sam sorriu, sentando na mesinha de centro. - Você tá pegando a gatinha?!
-Não… - Steve encostou na parede, sorrindo maldosamente para o melhor amigo, que estava vermelho como uma pimenta, encarando o chão, com um sorriso besta no rosto. - Eles estão nessa enrolação há quase cinco meses, acredita?
-Idiota! - Sam rolou os olhos. - Eu com uma gatinha dessas, já tinha tascado um beijo. Ela tá caidinha por você!
-Você veio para o passado para me dar conselhos amorosos?!
Silêncio. Sam perdeu o sorriso, enquanto Steve concordava.
-Sam, olha.. Eu tô feliz de verdade de ver você, mas… Duvido que você tenha vindo apenas para matar as saudades ou falar sobre nossas vidas amorosas.
Sam assentiu, cruzando os braços.
-É, eu não vim…
-Primeiro de tudo, como achou a gente?! - Bucky questionou.
Sam não respondeu correndo. Apenas tirou um recorte de jornal daquele ano de dentro do bolso da calça e entregou na mão dos dois amigos.
-Isso me deu uma dica, na verdade. Mas foi aquele mago e a Wanda. Eles acharam vocês.
Bucky e Steve se encararam no fundo de uma foto feita na Times Square. Eles estavam andando e rindo, segurando algumas sacolas.
-Tá, e o que você veio fazer aqui?
-É bom te ver também, Barnes! - Sam rolou os olhos, debochando. - Aqui é seguro de falar?
-É, sim. - Steve concordou.
A porta do quarto abriu levemente, atraindo o olhar deles. Alpine miou e avistou o dono, correndo para ele e pulando no colo de Bucky quando ele abaixou no chão. A gatinha ainda sumia entre os braços do homem. Sam franziu a testa.
-Isso é um gatinho?
-Não, uma jamanta, seu jumento! Óbvio que é um gatinho! - Bucky retrucou. - Aliás, uma gata!
Sam ergueu a sombrancelha mas não disse nada. Ele suspirou.
-Okay, precisamos conversar seriamente.
-Por que?!
-Porque preciso que voltem para o futuro!
-O que?!
Os dois homens negaram veeemente. Houve uma pequena confusão quando os três começaram a falar alto e juntos, cada um explicando seu ponto de vista. Nenhum dos três entendia o que o outro estava falando e quando Steve percebeu que Bucky e Sam trocavam ofensas, deu um único grito mandando eles calarem a boca e observou os dois se fuzilando com os olhos, calados.
-Samuel, pelo amor de Deus… Qual é a porra do problema agora?!
Sam franziu a testa ao ouvir o palavrão, surpreso. Mas deu de ombros.
-A gente precisa de vocês, caras….
-Não, não precisam! - Bucky esfregou o rosto e o cabelo, nervoso.
Não queria e não ia voltar para o futuro deixando Sarah e Matteo expostos. Não ia abandonar Alpine. Steve também não queria e não ia largar Lucy. Não largaria o hotel de novo todo nas costas dela e de Berta.
Sam suspirou e esfregou o rosto.
-Vocês podem me Escutar primeiro?! É complicado de entender, mas vocês vão se calarem a boca e me escutarem…
Steve e Bucky se entreolharam, desesperados. Mesmo assim, assentiram um para o outro. Não custava nada ouvir e, quem sabe, até aconselhar, se fosse o caso. Mas não, não iam sair do passado. De jeito nenhum.
-Okay, fala, Sam.
-Pois bem… Vocês lembram quando deixaram o escudo comigo que os Vingadores haviam chegado à conclusão de que nunca mais iam utilizar a fórmula da viagem no tempo para evitarmos problemas sérios?
-Lembramos. - Os dois homens concordaram.
-Ótimo. - Sam respirou fundo. - Tem três anos que vocês foram embora, sabiam?
Steve e Bucky se entreolharam, surpresos. Sam suspirou mais uma vez.
-E eu preciso contar tanta coisa para vocês, mas… Eu não posso ainda! Enfim, me escutem: Chegamos a conclusão que íamos ignorar a viagem no tempo e continuamos tratando o Blip como uma grande sorte: Thanos voltando do nada para terminar de dizimar o resto da população, Vingadores se unindo para derrotar ele, Tony e Natasha se sacrificando para alcançar a Vitória. Até aqui, acompanharam?
-Não somos idiotas. - Bucky retrucou, encostando as costas na parede, enquanto fazia carinho na gata. - Continua.
-Só que a Peper continuou tocando a empresa do Tony e… A gente suspeita que tenha sido algum funcionário mas não sabemos quem. Alguém está brincando com a viagem no tempo porque descobriu a fórmula.
Silêncio. Steve lambeu os lábios secos e mordeu a boca.
-Tá, e o que isso tem a ver comigo, Sam?
Sam ergueu um dedo, balançando de um lado ao outro e negando. Então, apontou para Bucky.
-O que?! Comigo?!
-Não, exatamente. - Sam balançou o ombro. - A sua namorada.
-A Sarah?!
-Ah, então ela é sua namorada?!
Bucky fuzilou Steve com os olhos, enquanto ele e Sam caiam na gargalhada.
-O que a Sarah tem a ver com isso, Samuel?!
-Não ela, exatamente. Eu já disse, não sei direito e é confuso, mas aquele mago fez aquele lance de olhar entre as realidades ou sei lá o que… Ele disse que não pode contar tudo que ele sabe, e a Wanda confirmou isso. Mas é que… Bem, acontece que o filho da Sarah é o que chamamos de mutante.
Os olhos de Bucky quase saltaram para fora da órbita, enquanto Steve engasgava com o ar, tossindo.
-Oi?!
-Ele é filho de um mutante. Não sei quem. Não sei como. Mas essa pessoa que descobriu as fórmulas andou pelas linhas dos tempos, indo do passado ao presente e… - Sam franziu a testa, organizando os pensamentos. - Escuta… Ele andou pelo tempo para tentar achar algum tipo de ponto fraco do Steve, seu… Meu… De todos! E o que o Mago Estranho…
-Doutor Estranho. - Steve corrigiu.
-Isso, o que esse cara da capa vermelha viu… É que ele sabe que a única forma de vencer todos nós é se o irmão dele, que é mutante, tivesse um filho com a Sarah. Eles foram tão ardilosos, Gente, que tiveram até dia para engravidar a menina…
Bucky estava levemente zonzo quando pôs Alpine no chão e Steve tinha o estômago revirado. Os dois estavam ansiosos e nervosos.
-Que tipo de mutante…?
-Do tipo da Wanda. - Sam explicou. - Mas essas habilidades só vão se manifestar quando ele chegar na puberdade. Por enquanto, ele está seguro. Acontece só que… O Doutor Esquisito…
-Doutor Estranho. - Steve e Bucky corrigiram juntos. Sam rolou os olhos.
-Isso! Ele disse que a única forma de salvarmos o planeta é saindo daqui. Todos vocês.
Silêncio. Sam bufou.
-No caso, vocês dois e duas namoradas com o garoto.
-Sam… - Steve não conseguiu palavras para falar.
Bucky podia muito bem ter sido congelado pela Hydra novamente, já que estava parado e encarava a gata mordendo o sapato de Sam sem que ele percebesse.
-Eu sei que parece loucura, Steve! Mas… Ele disse que precisamos tirar o garoto daqui. O pai dele vai aparecer em pouco tempo e pegar o menino da Sarah sem ela nem perceber e se isso acontecer, estamos ferrados! Deu para entender?!
Bucky mordeu a boca. Steve ainda não tinha conseguido falar nada, o que fez Sam levantar e perceber a gata no seu pé. Ele a empurrou para o lado, mas ela voltou a atacar o cadarço dele.
-Por que o próprio Doutor Estranho não resolve isso? - Steve finalmente questionou.
-Porque vai sair da linha do tempo. Olha…
Sam lutou para pegar outro recorte de jornal, igual aquele. Entregou na mão de Steve que leu atentamente a reportagem e deixou o queixo cair.
-Mas… Essa data é daqui há três dias!
-Eu sei. - Sam assentiu. - Aí diz que todo mundo sumiu misteriosamente e o Hotel foi abandonado pouco depois.
Steve entregou a Bucky o recorte. Ele o leu atentamente. Sam suspirou.
-Minha bisavó sempre falou de um Hotel que ela trabalhava quando eu era pequeno, Steve. E era esse hotel aqui. Minha bisavó e a Berta. Steve, tudo indica que vocês vão sair daqui, daqui a dois dias.
Steve trocou mais um olhar com Bucky. O homem estava sério e duro como uma pedra. Steve queria dizer que aquilo era loucura e não iam fazer, mas… A forma como Bucky o encarou…
-Bucky?
-Ele… Ele está certo. - Bucky admitiu. - Você lembra quando a gente conversou sobre… Voltar para cá?
-Lembro.
-Você disse que… Que estávamos burlando umas vinte mil regras. E o que eu disse?
-Disse que talvez, estivéssemos apenas seguindo nossos destinos.
-Exato. Você não acha muita coincidência, Stee, que você tenha voltado para ficar com o amor da sua vida e ela já estar com outro? E aí, escolhemos um dia aleatório para nos encontrarmos e decidirmos o que íamos fazer, e nesse dia, você encontra a Lucy, que é prima da Sarah, que por acaso, tem um filho com um cara do futuro que é mutante?!
Silêncio. Sam o interrompeu.
-Olha só! Ele pensa… Eu jurava que tinham acabado com o cérebro dele na Hydra!
Bucky rolou os olhos. Steve assentiu, lentamente.
-É, foi muito aleatório…
-Não foi aleatório. - Sam explicou. - Já estava no destino. O Bucky tem razão.
-O que?! - Bucky o encarou. - Fala de novo… Acho que não entendi direito… O Bucky tem o que?!
-Vai a merda!
-Oh, para os dois!
Eles pararam. Steve esfregou o rosto e encarou Sam.
-Você tem certeza disso? Tipo, só serve a gente voltar?
-Para o menino não ser pego? Só, Stee. Eu juro que eu nunca viria aqui pedir para voltar se não fosse mega importante! Sabe o que esse cara fez?! Ele viajou no tempo e abriu um portal, trazendo todos os Ultrons existentes! Deu um trabalho do cacete para conter eles e os Chitauri. O nosso medo é ele trazer o Thanos novamente, e a única forma de impedir isso, é o menino.
Steve engoliu em seco. Bucky e ele trocaram um longo olhar.
-Olha, se vocês ainda estão na dúvida, vou contar um spoiler para vocês… - Sam anunciou. - A gata vai junto. A Lucy e a Sarah aceitam ir depois que explicamos tudo para elas. E a Natasha está viva.
-O que?!
Os dois encararam Sam ao mesmo tempo, quase gritando. Um nó se formou na garganta de Steve e as lágrimas embaçaram na mesma hora. Bucky engoliu em seco, franzindo a testa e umedecendo os lábios rachados.
-Eu só conto como se disserem que vão conversar com as meninas!
-Vamos! - Eles voltaram a exclamar juntos.
-Foi o Doutor Estranho.
-Mas ela é a nossa Nat? Ou a Nat de outra linha do tempo? Porque aquela mulher verde era de outra linha do tempo….
-Ela é a nossa, Steve. Ela… Ela voltou depois do Blip. O Bruce conseguiu.
O queixo deles caiu e Steve apenas conseguiu articular um "Como?" Antes de cair no choro. Um choro aliviado, nostálgico…
-Ela estava nos lençois maranhenses, no Brasil. Essa é a representação de Vormir aqui na terra. O Mago Esquisito…
-Doutor Estranho!
-Ele disse que cada parte da terra tem um. E quando devolveram a jóia, a Natasha não tinha mais serventia para Vormir, então, quando o Bruce pediu… Ela apareceu lá.
Steve esfregou o rosto, limpando as lágrimas. Assentiu.
-Ótimo. Bucky, chama a Lucy e a Sarah? Precisamos conversar com elas e tentar convencer elas a ir…
-Espera! - Sam ergueu as sombrancelhas. - Elas sabem quem vocês são e de onde vieram?!
-A culpa é dele! - Bucky apontou com o dedo para Steve. - Ele que contou para a namorada e…
-A Lucy é namorada dele?! Meu Deus… Não perdeu tempo, né, Garanhão?!
-Cala a Boca! - Steve riu. - É sério, Bucky…
Bucky paralisou no lugar. Os dois homens olharam para ele e perceberam o semblante decidido dele mudar para em dúvida e até magoado.
-O que aconteceu?
-Ele vai chorar?
-Sam….
-Eu vou ter que contar, né?
Silêncio. Sam encarou Steve com uma clara interrogação estampada na face. Steve deu de ombros e andou até o melhor amigo, segurando o ombro dele.
-Contar o que?
-Do Soldado… - Bucky sussurrou, fechando os olhos e mordendo a boca, com força. - Dos assassinatos… Eu… Ela nunca mais vai querer falar comigo, Steve.
Sam achou melhor não interromper o momento com nenhuma piadinha idiota. Apenas encarou a gatinha nos seus pés a pegou no colo, sentindo ela ronronar alto.
Steve engoliu em seco e apertou um pouco mais o ombro do amigo para fazer ele o olhar nos olhos. Steve tentou sorrir, de leve.
-Você disse que quando ela soubesse que você era do futuro, ela não ia mais querer falar com você. E olha vocês dois: Estão mais juntos que antes.
-Uma coisa é ser do futuro! Outra bem diferente é ser um assassino!
-Você Não é um assassino, Bucky! Não foi você que fez aquelas coisas! - Steve gritou de volta. - Foi a Hydra! Eles manipularam você! Eles fizeram lavagem cerebral e um monte de outras merdas! Não foi você!
Bucky deu um sorriso triste e negou.
-Ainda assim… Eu fiz.
-Sem querer me meter, mas já me metendo…
Os dois homens encararam Sam. A gatinha estava aninhada em seu peito e Bucky arregalou os olhos quando viu, murmurando um "traíra!".
-Se quer saber, ninguém mais te vê como uma ameaça. Você é classificado como um herói, Bucky. Claro que não é culpa minha! Eu não acho isso mas… Eu tô falando sério. Você é um herói. O Soldado Invernal… Já foi provado que ele era apenas uma marionete.
Bucky sentiu o coração palpitar no peito e os olhos se encheram de lágrimas.
-O que?!
-É… Parece que o Tchalla conseguiu provar e fazer o Zemo confessar tudo, então acharam as provas de que você passava por lavagens cerebrais e um monte se outras coisas e a Onu junto aos Estados Unidos decidiram inocentar você. Isso abriu caminho para os estudos com lavagens cerebrais e essas coisas assim…
Steve sorriu abertamente para o amigo, que ainda encarava Sam como se fosse uma brincadeira sem graça.
-Viu?! Não é um vilão!
-Mas isso não tira o que eu fiz. - Bucky deu de ombros. - E Não vai impedir a Sarah de se afastar de mim. Mas tudo bem. Vou chamar ela. E a Lucy, né?
Steve assentiu. Bucky saiu do quarto, caminhando lentamente. Steve encarou Sam e se aproximou dele, o analisando. Realmente, Sam parecia levemente mais velho. O negro sorriu.
-Apaixonou?
-Eu posso confiar mesmo em você, não é?
Sam assentiu, sem titubear.
-Eu juro, Steve, o que você quiser! Eu só vim porque o Doutor Destino…
-Doutor Estranho.
-Eu nunca vou acertar o nome desse homem, meu Deus?! - Sam riu, fazendo Steve o acompanhar. - Ele disse que se não levarmos o menino para aprender a controlar as habilidades, o pai vai. E se isso acontecer, o Thanos de 2014 volta. E aí, é o fim do mundo. Particularmente, eu achava mais fácil deixar o mundo acabar, mas…
Sam fez uma pausa, segurando a mão de Steve fazendo ele perceber uma aliança na mão dele.
-Eu preciso que você conheça o Steve.
-Quem é Steve?! - Steve arregalou os olhos, examinando a aliança.
Sam riu, coçando a cabeça e ficando avermelhado.
-Olha, sei que vai ser estranho, tá? E… meio inusitado. Mas é que… Bem…
-Sam…
-Que?
Os dois homens se encararam. Steve sorriu, desviando o olhar e largando a mão dele.
-É a Nat?!
-É… - Sam riu, mordendo a boca. - É, ela sim! Casamos ano passado, sabe? Ela… Bem, ela está meio que aposentada. E eu não, mas… Conseguimos conciliar já que ela trabalha para os Vingadores e entre uma pausa e outra… Bem, o Steve veio.
Steve sorriu, entendendo. Abraçou o amigo, forte. Os dois não se soltaram correndo. Na verdade, eles demoraram a se soltar. Sentiam saudades um do outro, Sam talvez, mais que Steve até.
-Ele é ruivo. - Sam declarou, de repente, pegando a carteira e puxando uma foto pequena. - É é igualzinho a Nat!
Steve arregalou os olhos vendo um bebê moreno, mas com cabelos vermelhos e um sorriso extremamente fofo. Ele riu.
-Cara… Isso é estranho mas eu tô feliz demais por vocês! De verdade… Eu sabia que naqueles anos que ficamos escondidos você ficou a fim dela..
-Se você contar isso para ela, eu te mato, me ouviu? - Sam apontou um dedo, rindo. - E você e essa menina, hein?
Steve suspirou e deu de ombros.
-Ela era uma amiga. Enfermeira, sabe? Na guerra… Eu gostava dela, já… Mas confesso que nunca imaginei que a gente… Bem, gente está junto.
-Legal! - Sam sorriu franzindo a testa. - E o cabeludo?
-Como eu disse, ele tá mais enrolado que carretel! - Steve revirou os olhos. - Cinco meses que tá caidinho pela Sarah, ela por ele, e nada acontece! E não adianta dar conselhos porque o teimoso cismou que vai fazer celibatário e nunca mais beija ninguém por causa do braço e de quem ele foi!
-Complicado… - Sam mordeu a boca, assentindo. - Eu até entendo o ponto de vista dele… Você acha que essa Sarah vai se afastar?
Steve ponderou e deu de ombros.
-Eu estou torcendo para que não, mas na verdade, não sei. Uma coisa é a gente saber o que a gente passou. Outra coisa é a Sarah saber.
-Acho que vai depender da forma que ele vai falar. - Sam ponderou. - Se ele sair dizendo que é um assassino como ele acabou de fazer, vai ser ruim. Mas se ele for com jeitinho e explicar desde que caiu do trem…
-É, também acho isso. - Steve concordou. - Mas é o Bucky, né? Ele vai começar falando ao contrário.
-É um imbecil!
-Sam…
Sam revirou os olhos. Enquanto conversavam, não viram o tempo passar e nem perceberam que Bucky demorou quase quarenta minutos para voltar, afinal, precisou arranjar uma desculpa junto com Lucy para tirar Sarah do Bordel.
Finalmente, depois desse tempo todo, enquanto Sam e Steve dividiam uma cerveja, os três voltaram ao Hotel e entraram dentro da sala.
Foram mais umas cinco horas de conversa onde, por duas vezes, Bucky achou que Sarah poderia desmaiar Steve achou que Lucy teria um infarto de tanta excitação.
Quando Sam terminou a narrativa com o auxílio de Bucky e Sam, Lucy tinha os olhos brilhando e Sarah parecia petrificada.
-Que maneiro! Vamos quando?!
-Lucy… - Sarah virou para ela com a testa franzida. - Como assim vamos quando?!
-Ué, você ouviu ele. Aceitamos de qualquer forma no final e vamos para o futuro!
-É, mas… O que vamos fazer lá?! Onde vamos morar?! O que vai acontecer?!
-Sarah… - Bucky pousou as mãos no braço dela. Os dois se encararam. - Esse é um daqueles momentos que as circunstâncias pedem para não pensar nas consequências. Eu prometi para você que ia manter o Matteo seguro, mas só posso fazer isso se você colaborar com a gente e ir para o futuro. E depois, quando estivermos lá, a gente vê. Igual quando você veio para cá.
Sarah suspirou e assentiu, esfregando o rosto.
-Está certo. Vocês confiam nesse homem?
-Com a minha vida. - Steve respondeu. Sarah encarou Bucky.
-Eu não confiaria minha vida a ele. Mas confiaria a do Steve. Já é algo!
-Deixa de ser idiota, Cabeludo!
-Calado, Passarinho!
-Cala a boca os dois! - Steve reclamou, pelo que pareceu a milionésima vez no dia. - É sério, Sarah. O Sam é a pessoa que mais confio no mundo…
-E eu?!
Bucky e Lucy exclamaram, juntos, fazendo Sarah e Sam rirem. Stev apenas rolou os olhos, pedindo paciência a qualquer Deus existente.
-Tudo bem. Pelo Matteo, eu vou.
-Ótimo. Precisamos conversar, então…
Todos olharam para Bucky. Sarah e Lucy, curiosas. Steve e Sam levemente alarmados. Mesmo assim, quando Bucky pediu, os três saíram, deixando que ficasse, novamente, no quarto, apenas Bucky e Sarah.
Ooie, Pessoal! ❤
Eu vi que vocês piraram na batatinha no último capítulo que postei e aposto todas as minhas fichas que estão pirando na batatinha com esse hehehe
Sim, meus amigos... O Objetivo nunca foi deixar eles no passado KKkkkk
Aliás, eu só decidi que ia trazer a Nat de volta há alguns dias, quando escrevi esse capítulo, depois de ver uma teoria bizarra em um grupo no facebook. Eu não me lembro mais quem foi que postou, mas os créditos são todos desse cara!
E eu sei que Natasha e Sam seria estranho no MCU, mas pensa comigo: Os dois sozinhos, dando apoio um ao outro... Rolou um clima e tchan! O Pequeno Steve veio hehehe 🥺❤🤧
Bem, mas e agora... Como vocês acham que a Sarah vai reagir?! Confesso que eu pretendia fazer ela reagir de uma forma e a personagem saiu do roteiro, reagindo de outra bem diferente ...
Enfim, Segunda eu volto com outro capítulo (eu acho)!
Até lá!
Beijos 💋💋
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