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Vitória

Umas 13:00 nós saímos do hospital.

Benjamin nos deixou em casa, mas logo que ele saiu, eu coloquei o Arthur no meu carro e fomos até a casa da Lud

O caminho todo ele foi cantando música da galinha pintadinha. Graças a Deus a febre dele abaixou, mas ele ainda não quer comer

-amor, é pra se comportar na casa da titia, tá bom? -

Ele afirma
(...)

O porteiro nos deixou subir direto

-calma, filho -falo

-quero ir no chão -choraminga

-meu Deus, enjoado -eu o coloco no chão

Arthur sai correndo até a porta da Ludmilla, ele começa a bater nela sem parar

-Arthur! -me aproximo

-titia titia titia titia -

Não demorou muito pra Ludmilla abrir a porta e pegar ele no colo, jogando pra cima em seguida

Arthur dá risada, soltando alguns gritos. -o meu garotão tá melhor em? -ela pergunta

Ele afirma. -eu posso entrar?

-mas claro que pode, quer tocar? -

-sim -ele sorri

-então vai lá -ela o coloca no chão

Arthur entra correndo

Eu me aproximo. -oi meu amor..-ela me puxa pela cintura, colando os nossos lábios em seguida

Passo os braços em volta do pescoço dela

Lud sorri. -ja quer conversar?

-uhum -

-então vamos -

Ludmilla me pega no colo, entrando no apartamento em seguida

-é muito muito muito sério?

-eu vou ser direta -me afasto

-por favor -

-isso ficou na minha cabeça..pensei muito..e tô muito preocupada -

-o que foi? -

-sabe que o Benjamin me obrigou a..fazer sexo com ele, certo?

Ludmilla respira fundo. -você tá grávida? -

-ah..não? Na verdade..eu não sei, ainda não dá pra saber né -suspiro

-Brunna?

-ele fez de propósito..tô com medo de ficar grávida -

-olha no fundo dos meus olhos e diz que você não está no período fértil -

Respiro fundo

-ah não, Brunna!  Não -Lud passa as mãos no rosto, começando a andar pela casa

-eu não tive culpa..me perdoa -

-nossa eu vou matar esse cara! -ela se aproxima

-amor..eu só te contei porque tô preocupada -

-agora somos duas -ela respira fundo

-independente de tudo...eu te amo, ok? -puxo ela pela mão

Lud faz uma carinha de choro que parte o meu coração em vários pedaços. -amor..-choramingo

Ela começa a chorar. -amor, não! -puxo ela pra um abraço

Lud me abraça também, colocando o rosto no meu ombro. -vida, não chora...

-por favor, fica grávida não -

-oh meu Deus -dou risada

-não ri, Bru...-

-vai ficar tudo bem, relaxa..-acaricio as suas costas

Ludmilla respira fundo. -dorme aqui hoje?

-durmo..mas vou em casa pegar algumas coisas, tá? -

-Tá -ela se afasta, me encarando- eu também te amo

Sorrio, dando um selinho nela em seguida

~Brunna off~

(...)

~Ludmilla on~

Brunna foi na casa dela e eu fiquei com o Arthur

Confesso que a notícia de uma possível gravidez não me deixou bem. Mas ela não tem culpa de nada e eu entendo

-vem, senta aqui -ajudo o Arthur a subir na cama

Ele tira os tênis, jogando no chão

-come devagar, gatinho -entrego a tigela pra ele

Arthur me pediu sopa, e claro que eu fiz

Eu sento na beirada da cama, apenas observando ele comer enquanto assiste desenho

Brunna entra no quarto, eu sorrio.

Ela se aproxima. -conseguiu fazer ele comer..-

-ele que me pediu -puxo ela

Brunna senta no meu colo, sorrindo em seguida

-hmm, o que foi? -pergunto

-nada -

-tá rindo do que? -sorrio

-nada, vida...-

-é? -

-é -

Dou um beijo na bochecha dela

Brunna acaricia o meu rosto, me dando vários selinhos

-hmmmm, que gostosinho -falo

Ela dá uma risada baixinha, continuando com os beijinhos

Acaricio a coxa dela, apertando de leve

Brunna chupa o meu lábio, pedindo passagem com a língua em seguida

Sorrio, começando o beijo

Ela acaricia o meu rosto, deitando mais a cabeça pro lado

Chupo o lábio dela, dando um selinho em seguida

-te amo -sussurra

Dou um beijo em seu maxilar, descendo até o pescoço

Brunna joga o cabelo pro lado, respirando fundo

-eu também te amo -sussurro no ouvido dela

-mamãe -

-oi amor -ela diz

Arthur se aproxima, se jogando em cima do colo da Brunna

-ai meu Deus, que menino pesado -falo

Eles dão risada

-eu tô com sono -o garoto diz enquanto coça os olhos

-pode dormir aqui, vida -Brunna

-conta uma história? -ele olha pra ela

-conto, vem cá -ela levanta com ele no colo
(...)

Depois da Bru colocar o Arthur pra dormir, ela veio pra sala, onde eu estou

Ela vai direto pra porta e eu franzo o cenho

Brunna abre a mesma, com uma cara de poucos amigos

-ah.. você -Vicky

-perai, o que rolou? -levanto

-queria me ver? -Brunna cruza os braços

-queria sim -Vitória se aproxima mais

-quer me dizer o que?

-o quanto você é uma filha da puta

-o que tá acontecendo?? -puxo a Brunna, entrando no meio das duas

-lê a mensagem do seu celular! -

-que?? -

-tá dominada, Ludmilla? Ela lê suas conversas agora? -

-Vitória. Calma aí! Me fala o que tá acontecendo -

-sua amiguinha te mandou mensagem dizendo -Brunna abre aspas com os dedos- "ai, eu tô com saudades" "tô passando aí, tá?" "Queria encontrar aquela mulher só pra dizer algumas verdades, você é idiota, Ludmilla." "Deixa ela voltar pra te fazer de tonta, é só uma qualquer" -fecha aspas

-e eu falei alguma mentira?

Brunna vai pra cima dela, mas eu a seguro. -Ei! Não -

-deixa ela vir, Ludmilla. -

-vocês não vão brigar aqui, para! -

-eu quero ouvir as suas verdades -Brunna ainda tenta se aproximar, mas eu não deixo

-ai meu Deus -choramingo- Bru, pra trás -

-eu não vou fazer nada, Ludmilla! Me dá licença

-eu te conheço -respiro fundo

-licença.

Eu deixo elas se encararem

-quer ouvir? A verdade é que você voltou por interesse. A Ludmilla não tinha nada quando você foi embora, agora que ela é dona de um restaurante famoso, você tá de volta

Brunna dá risada. -você tá muito mal informada! Eu soube do restaurante aqui e eu nunca seria interesseira -

-Brunna, olha pra mim -falo

-foi pouco tempo pra dar um pé na bunda do marido, e o seu filho.. é um mimado. -

-você não fala do meu filho -ela diz firme, dando um tapa na cara da Vitória, que dá risada em seguida

-Brunna -puxo ela

-é um mimadinho sim. Tem muito o que aprender! -

Vejo a Brunna com raiva cada vez mais

-ela quer isso! Para -tento acalma-la

-você nunca fez nada pela Ludmilla. Eu que fiz, ela me deixou de lado. -Vitória se aproxima

-porra, Vitória! Já deu! Sai -eu encosto a Brunna na parede

-não, não deu! Essa mulher chegou e você simplesmente me jogou pro lado! Acha que eu não sinto nada, Ludmilla??? -

-eu não tenho culpa! -

-Ah, e eu tenho????? -

Respiro fundo, encarando a Brunna. -chega, sai -

-eu não vou sair sem conversar com você -

Brunna revira os olhos. -fica calma, ok? Eu vou te soltar.. não faça nada -sussurro

Eu solto ela, mas percebo o quão idiota eu fui. Nem demorou pra ela se atacarem

-Se você falar..-Brunna segura o cabelo da Vitória, a derrubando no chão. -do meu filho de novo..

-ME SOLTA, SUA MALUCA

Eu me aproximo, segurando a mão dela

-eu quero que você fale! Fala do Arthur. Anda -

-Brunna, solta -falo

Ela puxa cada vez mais e eu quase entro em surto. -OH BRUNNA, SOLTA -

Consigo fazer ela soltar, pegando a mesma no colo e nos afastando

Vitória levanta vindo na nossa direção

-EU VOU DEIXAR VOCÊS SE MATAREM -grito

-me solta -Brunna respira fundo

-chega! CHEGA. -grito

-eu te trombo na rua, sua puta

-Vitória!

-não sou do seu nível -Brunna diz

-agora é preconceituosa? -ela dá risada

-SAI DA MINHA CASA LOGO -grito

-eu já disse que não saio sem falar com você

-Vitória...-respiro fundo- me espera lá fora

Não demorou pra ela sair, fechando a porta em seguida

Eu solto a Brunna. -não quero saber de vocês duas brigando!

-vai falar com ela? -

-vou, e é pra você ficar aqui -

-não vou ficar aqui -

-Brunna, por favor. -seguro ela novamente

-você obedece ela, Ludmilla!

-por que você leu? -

Ela respira fundo. -tava na minha cara

-por que você leu?

-Eu já disse! -ela se altera

Afirmo. -vai pro quarto

-não. -

-Brunna, eu vou conversar com ela rapidinho

-Oh Ludmilla..tá escrito trouxa na minha testa???? -

-não. Para com isso

-eu tenho cara de palhaça??? -

Suspiro

-ela fala horrores de mim, fala do MEU filho. E você ainda quer conversar com ela?

-você não entende..

-e nem quero entender! -

-Brunna..

-Me solta! Vai conversar com quem você quiser -ela sai andando

Eu saio pra fora. -por que você fez isso??

-porque eu fiz? Eu te amo.

-Vitória.. nós já conversamos milhares de vezes, cara! -

-você não deixava eu ficar no seu apartamento, mas ela você deixa né! Até com o filho

-é diferente. -

-ah é!?

-sim, a diferença é que com ela eu penso em ter um futuro -

Vitória fica boquiaberta, dando risada em seguida. -não é possível...

-você estava comigo e com quantos..quantas? -pergunto

-tá me chamando do que??? De vagabunda?

-nós duas sabemos como você é -suspiro

-sim, eu sei como sou. E depois que me apaixonei por você, me perdi nessa porra de mundo!

Eu ia continuar falando, mas a Brunna abre a porta com o Arthur no colo

-ei -seguro ela

-vai me soltando

-calma, amor -

Arthur olha pra mim, depois pra Vitória, sem entender absolutamente nada.

-me solta -

-olha pro seu filho, tá morrendo de sono -encosto ela na parede

-Ludmilla, eu não quero saber. -

-titia -Arthur estende os braços

-vem, meu amor -pego ele no colo

Brunna respira fundo e a Vitória não tira o sorrisinho do rosto

-quem é ela? -ele aponta

-é...-limpo a garganta

-não ensinou o seu filho a não apontar, Brunna? -

-Vitória, não começa! -falo

-Ludmilla, me dá o Arthur -

-eu tô amando esse seu show -

-eu não vou brigar com você na frente do meu filho, faça o que quiser -Brunna se aproxima, tentando pegar ele

-não -franzo o cenho

-me dá! -

-eu não vou te dar nada -me afasto

-quer dormir né? -pergunto

Ele afirma

Dou um beijo em sua bochecha. -vamos dormir então -

-Ludmilla, chega.. é sério. Eu só quero ir embora, vai -

-você não vai. -falo- quer ir embora, Arthur?

Ele nega

-o Arthur não quer -

-o Arthur não tem querer! -diz

-Faz o favor de ir embora, depois conversamos -me aproximo da vitória

-eu sei que não vamos -

-vamos sim.

-Eu não vou embora.

-cara, que mulher cansativa! Quantos anos você tem? 13??? -Brunna se aproxima

Ela dá risada

-Então você fica aí fora. Vamos, Brunna -puxo ela pra dentro

-me solta -

Fecho a porta, trancando em seguida

-me dá o meu filho! Vai -

-vai pro quarto, tá bom? -sussurro no ouvido dele

Arthur afirma

Eu o coloco no chão

-Arthur Rael Gonçalves Fonseca! Se você sair daqui, vai ficar de castigo.

Deu nem tempo da criança andar

-mas mamãe -choraminga

-não! Nós vamos embora -

Cruzo os braços, encostando na porta

Arthur começa a chorar, sentando no chão

-olha o que você faz! -

-o que você faz...-respondo

-levanta daí -

-eu quero ficar com a titia -

-ótimo! Então mora com ela! Tudo é titia agora!

Dou risada. -tá com ciúmes do seu filho?

-cala a sua boca -

-vem calar, gostosa -

Brunna serra os olhos. -você tá brincando comigo..

-e você comigo -sorrio

Eu me aproximo dela. -sai!

-esse drama todo..o que você quer em? -pergunto

-quero ir embora-

-tem certeza? -pergunto

-Ludmilla..eu não tô com paciência. Eu tenho 24 anos, ok?

-então vamos brincar de ser adultas?

-tá me chamando de criança?

-o jeito que você agiu alí..foi o que?

-eu não vou deixar ela falar do meu filho. -

-foi o que, Brunna?

Ela respira fundo

-quer ir embora? Ok, vai -me afasto, sentando no sofá

Brunna afirma, ela se aproxima do Arthur..-olha pra mamãe

-não -o garoto tampa o rosto

-Arthur, eu só vou dizer uma vez. Levanta desse chão -

Ele a encara, respirando fundo

Arthur levanta e eu arqueio uma sobrancelha, que isso gente

-vai pro quarto -

Ele sai correndo

Sorrio. -ai ai..

-Não quero ouvir um piu. -ela diz

Dou risada. -Te conheço como a palma da minha mão -

Ela vai pro quarto também

Resolvo dar um tempo, fico na sala mexendo no celular
(...)

{Um tempinho depois}

Entro no quarto

Arthur tá dormindo e a Brunna tá fazendo cafuné no garoto

Sento atrás dela. -ei..

-hm? -

-você ficou triste? -

-eu não gosto que falem do meu filho, só isso..

Afirmo. -ele é um garotinho de ouro, amor -acaricio o rosto dela

Brunna suspira

Eu deito com eles, abraçando ela por trás

-quer ficar de conchinha o resto do dia? Nós podemos -sussurro

Ela acaricia a minha mão, mas não diz nada

-eu te amo, amor

-eu também te amo -responde

[...]































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