Sequestro
Já passava das 00:00 e eu ainda tava acordada. Só observando os dois
Arthur dormiu poucos minutos depois de deitar em mim
Não vou dormir agora, mas quem sabe depois.
(...)
{No outro dia}
Era pra eu acordar com o Arthur pulando em mim, com certeza. Mas acordei com o clarão no meu rosto
Sol...ai esse sol.
Abro os olhos devagar..
Cadê a Brunna? Cadê o Arthur? Casa quieta??
-ah, Brunna...-passo as mãos no rosto
~Ludmilla off~
(...)
~Brunna on~
Entro em casa com o Arthur no colo, ele ainda tá sonolento, mas tá acordado. -
-onde você tava com o meu filho?? -Benjamin se aproxima, e sério..ele está com dois policiais
Franzo o cenho. -não é possível..-sussurro
-responde, Brunna! -
-calma, nós fazemos as perguntas -um policial toma a frente
-ele tá com sono..que palhaçada é essa? -
Benjamin se aproxima, tomando o Arthur do meu colo. -eu acionei a polícia, você é maluca. Vai que você tinha sequestrado ele!
-como é, Benjamin? Eu preciso sequestrar o MEU filho?? -
-calma. Se vocês quiserem resolver aqui, resolvem. Ou podemos ir até a delegacia, o seu marido deu queixa -
-porra..-suspiro
-eu quero sim. Agora que estamos em uma fase ruim, quero me preparar pra tudo. -
-Benjamin, eu nunca sequestraria o nosso filho! Ele não tem culpa do pai lixo que tem
-CALA A BOCA, BRUNNA! VOCÊ NÃO DISSE ATE AGORA ONDE ESTAVA E EU QUE SOU O LIXO? -
-mamãe -Arthur começa a chorar
-solta o meu filho -me aproximo
-calma! -o policial entra na frente, me segurando
-não me toca! -
-Ei, calma. -
Benjamin vai pra cozinha com o Arthur, eu sei que ele vai fazer a cabeça da criança.
-me deixa passar
-não, vai ser melhor assim ok? -
Eu subo a escada correndo. Entro no meu quarto, deixo o meu celular carregando um pouco e vou até o banheiro
Faço as minhas higienes matinais e depois volto, pegando ele novamente.
Com 10% tá ótimo. Ligo o mesmo e saio do quarto
-fala pro papai aonde você tava, amor -
Desço a escada, indo direto falar com ele. -você é um covarde
-cala a boca, Brunna! Não fala comigo -ele me encara
-por que? Não quer me bater agora? Dá licença -puxo o Arthur de volta
Benjamin vem pra cima, mas o policial volta a entrar no meio. -por favor! Vamos resolver isso na delegacia.
-que feio..-suspiro
Arthur deita a cabeça no meu ombro. Eu olho o celular, vendo que tem várias chamadas perdidas da Ludmilla
Eu a respondo dizendo que era pra ela descansar, mas que quando cheguei aqui..tava essa palhaçada
-vamos -o policial me leva pra fora
-eu ainda não tô acreditando que eu tô indo pra delegacia porque acham que eu sequestrei o meu próprio filho. -
-senhorita.. você saiu de casa sem avisar, no meio da noite, vocês estão brigados, acha que o seu marido iria pensar o que?
-ele é um bosta. -entro na viatura
O policial não diz mais nada
-amor, pode dormir se quiser..mamãe tá aqui -
-titia -ele choraminga
-uhum....titia já vem, amor..-
(...)
Estávamos esperando a nossa vez na delegacia, Benjamin queria se aproximar..mas os policiais não deixaram
-tá com sono, hm? -dou um beijo na cabeça do meu filho
Ele afirma. -olha o que o seu pai faz...-suspiro
-tô ouvindo, Brunna! Não quer deixar ele comigo dizendo que posso influenciar, mas você também pode.
-eu não sou você! Seu babaca -o encaro
-babaca é você! Tá bom? Você. -
O meu pai entra na delegacia. -o que tá acontecendo???
-eu expliquei tudo certo! Fala pra ele, Brunna. Fala que você sumiu a noite toda. -
-cala a sua boca! -
-Brunna, cala a boca você. É a única errada aqui -ele para na minha frente
-faz favor, pai! Vai lá pro lado dele e me deixa quieta -viro de costas
-Jorge, ela não falou até agora onde tava com o MEU filho. -
-Senhor, sem gritar..por favor. -
-porra, policial! Acha que é fácil?
Tô 0 paciência pra esse show. -
-titia -Arthur levanta a cabeça
Olho pra porta, a Ludmilla se aproxima
-ah tá..já entendi. -Benjamin dá risada
-amor..-ela sussurra
Arthur estende os braços e ela já vai pegando ele. -não olha pro Benjamin..por favor -
Lud afirma. -eu quero acabar com esse cara..-sussurra
Arthur deita a cabeça no ombro dela agora.
-tira o meu filho de lá agora! -ele se aproxima
-senhor, na parede ou vamos ter que te algemar! -
-não vão fazer isso com ele. -meu pai o defende- ele é meu braço direito, não é ladrão.
Respiro fundo, tô querendo me matar de chorar. O meu pai veio até aqui pra defender esse filho da puta
-vem cá, vai ficar tudo bem..calma -Lud me puxa pra um abraço
Eu correspondo. -já disse que não vou deixar ele fazer nada com vocês..viro o mundo do avesso, você sabe -ela sussurra no meu ouvido
-TIRA O MEU FILHO DE LA -
-Benjamin, se você não se acalmar. Vou deixar você aqui! -escuto o meu pai
Ludmilla me leva até um banco, sentando comigo e com o Arthur
-tá com sono ainda? -ela acaricia o meu filho
Ele apenas afirma, fechando os olhos. -esse Benjamin é um babaca. Quer fazer show e não pensa na criança -
Ele e o meu pai estão nos encarando, sei que o Benjamin tá doido pra fazer um escândalo.
-vamos ver se o delegado já chegou. -o policial diz
Lud não para de balançar a perna, tá mais nervosa que eu
-ei, calma -
-será que eu posso pegar o meu filho? Ela já ficou muito tempo com ele! -o idiota diz pro policial
-senhorita..
-ele tá quase dormindo -seguro a mão da Ludmilla, entrelaçando os nossos dedos
-eu faço ele dormir.
-não, você nunca conseguiu -o encaro
-Brunna, para com a palhaçada! -meu pai se aproxima
-palhaçada?? Eu ou vocês??? -franzo o cenho
Lud tenta tirar a mão da minha, mas eu não deixo. Sei que ela vai usar ou pra empurrar alguém, ou pra bater.
Meu pai se afasta, negando. -essa minha filha é toda errada.
-TODA ERRADA MESMO!
-Oh cara, cala a boca??? Respeita o seu filho que tá dormindo aqui, porra -Ludmilla
-quem é você pra mandar eu calar a boca?? -ele se aproxima
-senhor..
-ele não vai fazer nada -meu pai entra na frente do policial
-quem eu sou? Eu vou te falar quem eu sou -ela se levanta
-ei, calma -me levanto também, entrando na frente dela
-fala, mas fala agora.
-eu sou a mulher que tirou a Brunna de você -
-eu tirei ela de você primeiro.
-é? Mas ela foi obrigada -Ludmilla o empurra
Os policiais se aproximam e eu seguro a mão dela. -calma!
-sem agressão! -
Benjamin dá risada. -o filho é meu, Ludmilla. Não vai crescendo as asas pra cima dele, a guarda vai ser minha.
-eu só não quebro a sua cara porque eu tô com ele no colo. -
-desculpinha -ele sorri
-senta, chega -falo
O policial ainda tá atrás de mim e isso me irrita. -cara, dá pra se afastar?
-só tô fazendo o meu trabalho.
-a minha mulher não é presidiária também não! -Ludmilla se aproxima dele
-a senhorita vai me bater?
-se você encostar nela, eu faço qualquer coisa.
-Ludmilla! Pelo o amor de Deus, senta -puxo ela
-minha mulher -Benjamin repete, dando risada-
Consigo fazer a Lud sentar, respiro fundo.
-para de arrumar confusão -
-acho bom não arrumarem comigo. -
Volto a segurar a mão dela, ela não tem jeito mesmo.
[...]
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