Brunna segura a minha mão e eu encaro todos os policiais que me levaram presa, bando de cuzão

-próxima vez que você ficar presa, manda chamar a gente não -Luane

-próxima vez? -Brunna dá risada

-sempre soube que ela seria presa, mas não por sequestro -Marcos

-eles me odeiam, Bru

Saímos da delegacia e eu já encaro o Benjamin que tá com cara de cu encostado no carro dele

-tô com fome em, vamos almoçar de graça no seu restaurante -Luane

-tá bom -falo

-quer dirigir? -Brunna me entrega a chave do carro dela

-claro -pego da mão dela

Abro a porta pra ela entrar, os meus irmãos entram atrás e depois eu dou a volta pra entrar também

Sorrio pro Benjamin e ainda mando um beijinho

Ele me mostra o dedo do meio

(...)

-e aí, vamos comer o que? -Luane

-come o que você quiser -Marcos

Puxo a cadeira pra Brunna

Ela sorri. -obrigada..

-de nada -sento ao lado dela

-eaí..-Marcos

-e aí, o que? 

-como e aí o que, Ludmilla?? Queremos saber de vocês duas -Luane

Brunna dá risada e eu respiro fundo. -é..bem complicado -

-vão ficar juntas ou não? -

-estamos esperando o divórcio -eu olho pra Brunna-

-sim -

-e o Arthur? Onde tá? -pergunto

-ele ficou na casa da minha mãe, estava bem assustado...-Brunna suspira

-esse cara não tem o que fazer né? Não pensa nem no próprio filho, ainda bem que nunca gostei dele. -Marcos

-nunca errou -dou de ombros

(...)

Estávamos comendo quando o celular da Brunna começou a tocar

-é a minha mãe..-ela atende em seguida

-oi Mia -

-o que?? -

Eu já me levanto, e lá vem bomba

-espera! Eu tô indo. -Brunna levanta também, desligando o celular

-o que foi? -Marcos

-o Benjamin tá fazendo escândalo na porta da casa da minha mãe. -

-agora eu vou ser presa mesmo -

-Ludmilla, respira em garota! -Luane

Respira o caralho, saio puxando a Brunna sem + e nem -

(...)

-Benjamin, para com isso! -Brunna desce do carro primeiro

-ah, chegou. Quero ver o meu filho

-o seu filho tá com medo de você! -Mia diz da janela

Eu fecho a porta do carro e me aproximo. -acha que agindo dessa maneira você vai arrumar alguma coisa, cara? -

Ele dá risada. -cuida da sua vida

-to cuidando. -me aproximo mais

-calma -Brunna me segura

-é, Oliveira. Calma! Se for pra delegacia de novo, não sai mais -

-cala a boca seu babaca! -

-Ludmilla, calma. Vamos entrar -

-eu quero ver o meu filho. -Benjamin

-Espera! -Brunna

-pode ir buscar o Arthur, eu fico aqui, more -

-não! Vocês vão brigar

-eu fico aqui, pode ir -

Brunna respira fundo, mas logo entra na casa

-você não cansa de se achar né? -

-não, eu não canso. Sabe por que? É tão bom saber que vocês fizeram de tudo pra nos separar, mas nos encontramos e estamos aqui novamente...hmmm, é maravilhoso -dou risada

Benjamin se aproxima, me puxando. -por anos a Brunna foi casada comigo, e ainda é. Então abaixa a sua bola, eu fiz com ela o que você jamais vai fazer

-ah sim, nunca vou forçar a Brunna a fazer algo -

Benjamin me empurra contra a parede, eu o empurro pra longe. -você é um nojento.

-calma, filho -Brunna tenta sair com o Arthur, mas ele estava segurando na porta dizendo que não queria ir

-amor, é o papai -Benjamin se aproxima dele

-por isso que ele tá com medo -me afasto

Ele me encara

-a titia tá alí, olha -Brunna

Arthur me olha. -vem, gatinho -

Ele sai pra fora junto com a Brunna

-você tá com medo do papai por que, meu amor? -Benjamin agacha na frente dele

-deve ser porque você fica gritando feito louco. -Brunna

-tô falando com ele!

-olha o jeito que você fala com a minha mulher. -cruzo os braços

Ele revira os olhos. -vai se foder, Ludmilla

-se for pra você ficar falando essas coisas na frente do Arthur, vou levar ele de volta! -Brunna

-você não tem jeito, Benjamin -

-tô indo, mas amanhã quero vir pegar o meu filho.

-agora você tem tempo pra ele?? -Brunna

-sempre tive, Brunna!

-ah é? Vai se foder.

-chega, vida..Vamos -eu levo os dois pra dentro, deixando o Benjamin pra trás

Fecho a porta

-o que aconteceu? -Mia se aproxima

-só discutimos.. eu não aguento mais isso -Brunna respira fundo

-oi Lud..você tá bem? 

Afirmo. 

-vovó, eu quero ficar aqui -Arthur choraminga

-você não vai com ele, amor.. vai ficar com a vovó -ela pega o Arthur no colo

-Bru, posso conversar com você?

-pode..vem cá -ela estende a mão e eu logo entrelaço os nossos dedos- já volto, mãe

-podem ir -

Nós fomos até o jardim de inverno

-fala

-quer casar comigo?

Brunna sorri. -Lud.. não faz isso

-quer casar comigo, em? Me responde..

-claro que eu quero. É o que eu mais quero nesse mundo -ela me dá um selinho

(...)

Ficamos conversando um pouquinho, até o sobrinho da Brunna aparecer

-tia -Lucas se aproxima

-oi amor -

-o Arthur não quer levantar do chão, eu falei pra ele parar -

-o que? -

Nós andamos atrás do Lucas, ele nos levou até o andar de cima

-aqui -diz enquanto abre a porta do quarto

-FILHO -Brunna entra 

Arthur tá jogado no chão, tendo uma convulsão

-O que tá acontecendo??? -Mia se aproxima- BRUNNA

Pego o meu celular, ligando direto pra emergência

-MÃE, ELE NÃO PARA

~qual é a emergência?~

-Oi, tem uma criança passando mal -

~o que tá acontecendo?~

-ele tá tendo uma convulsão

~quantos anos?~

-três -me aproximo

~vira a criança de lado e só segura a cabeça dele, não tente abrir a boca, entendeu?~

-sim -

-Mia -entrego o telefone pra ela

Ela pega da minha mão, passando o endereço pros socorristas

-calma, Bru -eu viro o Arthur de lado, apoiando a cabeça dele 

-o que tá acontecendo? -Brunna

-não chora, vai ficar tudo bem -

-o que aconteceu, Lucas? -Bruno entra no quarto

-papai, o Arthur -

-ele bateu a cabeça?? -

-não, a gente tava brincando, aí ele caiu e já ficou assim -

Bruno se aproxima da irmã dele e eu continuo segurando a cabeça do Arthur

-Lucas, sai do quarto -Bruno

O garoto sai correndo

-quer ajuda?

-não, tá tudo bem. Já já passa -falo

-a ambulância tá vindo -Mia entra no quarto novamente

-mãe, acalma o Lucas, por favor -

-tá bom -

(...)

Não demora muito pra crise compulsiva parar

Assim que para os paramédicos chegam

-durou mais de cinco minutos? -

-não, durou uns 3 -falo

-ele vomitou? -

-também não -

Os paramédicos agacham no chão pra examinar o Arthur que ainda está com os olhos fechados

-bom, vamos levá-lo pra fazer uns exames e descobrir o por que dá crise..Mas acho que foi por conta da febre -

-ele tá com febre? -Bruno

-não estava -Brunna

-ele tá bem quente, só vamos esperar o garoto acordar e aí podemos ir -um dos paramédicos diz

Ficamos alí em volta do Arthur, até ele abrir os olhos

Ainda vomitou assim que acordou.

Depois que colocaram ele na maca, fomos pro hospital

(...)

-mamãe? -Arthur nos encara

-oi meu amor, você tá melhor? -Brunna acaricia o rosto dele

-eu tô no hospital? -

-sim, filho.. Você tá com dor?

Ele nega

-então fica quietinho, o médico te examinou e já já volta -

Benjamin entra no quarto e eu reviro os olhos

-filho -ele se aproxima

Arthur apenas o encara. -o que aconteceu? -

-ele teve uma convulsão -Brunna 

-como?

-o médico acha que foi uma convulsão febril, essa febre não abaixa nunca. -

-porra, e essa virose não passa. -

-para de falar palavrão na frente dele -

-Brunna, não começa vai!

-não começa você. Acabou, Benjamin! Segura as suas gracinhas por hoje -respondo

-amor, calma -Brunna 

Benjamin dá risada e o médico entra no quarto. -opa..tudo bem? -ele o cumprimenta

-não, doutor. O meu filho tá deitado em uma cama de hospital. 

-eu sei, o garoto não tá bem. A virose não está deixando ele comer direito, vai precisar ficar aqui.

-é sério? -Brunna

-sim, ele vai ficar por uma semana, se melhorar..sai. Se não melhorar, fica mais uma semana. Tudo bem? 

-mas o senhor acha que ele vai melhorar rápido?

-acho que ficando aqui, sim -

-tudo bem, vamos acertar a internação -Benjamin

-por aqui -o doutor abre a porta, saindo com o Benjamin em seguida

Encaro a Brunna. -vai pra casa, tá? Vou ficar aqui -

-não, não vou te deixar sozinha com ele -

-baby..-a interrompo

-não tenta.

-tudo bem, então pelo menos senta alí -

Eu respiro fundo, indo ate o sofá

Brunna se aproxima do Arthur enquanto eu fico sentada

(...)