Casa do Benjamin
Entro na cozinha com a Letícia e o Bruno, vendo os outros conversarem e comerem.
Deixo a minha taça em cima da bancada assim que termino de beber todo o vinho.
Vejo a Brunna em um canto, apenas mexendo no celular. Vou até lá
-amor
Ela me encara. -oi
Puxo uma cadeira, colocando do lado dela e sento alí.
Brunna abaixa o celular disfarçadamente, mas eu percebo.
Franzo o cenho, deixo passar. -por que tá aqui?
-nada..e você?
-eu?
-não estava conversando com a Letícia?
-tá com ciúmes da sua cunhada? -
-não
-Brunna...
-eu só quero você perto de mim..
Eu dou um beijo em sua cabeça. -eu vou na casa do Benjamin. -sussurro
-o que? Fazer o que?
-falar com a empregada dele.. não vou aguentar esperar
-Ludmilla..
-vai ficar bem?
-não volta tarde..
-não vou, pode deixar.
-quem vai com você?
-ninguém. E não é pra falar pra ninguém, ok?
-amor...
-confia em mim, Brunna
-tá
Seguro o seu rosto, dando alguns selinhos em seus lábios..-eu te amo, tá?
-eu também te amo
-já volto -me levanto
(...)
Eu dirijo até a casa desse idiota. É claro que ela tá aqui, quem tomaria conta da casa?
Desço do carro, me aproximando do portão. Logo toco a campainha
Poderia invadir, mas aí eu vou estar errada 2x mais.
Espero uns 5 minutos, até o portão abrir. -pois não? Ah, Ludmilla..
-Sandra, preciso conversar com você.
-você não pode entrar aqui
-eu posso e vou. Você sabe que tá errada, tá acobertando o Benjamin por que?
-eu não tô acobertando ninguém, você só não pode entrar aqui porque o patrão não está
-e a polícia pode?
-eu vou perder o meu emprego
-se você não tem o que esconder, vamos conversar.
-sobre o que?!
-eu já disse que você sabe. O Arthur é só uma criança, o que tá rolando?
-Ludmilla, eu não sei.
-a mãe dele está em uma cadeira de rodas, fazendo de tudo pra ter o filho de volta. Me fala! Me conta, Sandra! Você já foi criança, não gostaria de estar no lugar do Arthur
Ela suspira.
-ele ta sem a mãe..
-o Benjamin..
-ele não vai fazer nada com você. Conversa comigo e eu te ajudo.
-tá, entra
(...)
-então...o que quer saber? -ela senta no sofá
Respiro fundo. -o Arthur, ele não tá bem.. né?
-não, o garoto chorava o dia todo com saudade da mãe, de vocês..
Engulo seco. -onde eles estão?
-eu realmente não sei, não me falaram. O que eu sei é que o patrão deixava o garoto trancado
-por qual motivo?
-bom, tava tudo normal.. Até o garoto começar a pedir a mãe à todo momento, e aí eu acho que ele o trancou pra sei lá..dar uma lição.
-e comida? Água? Banho?
-eu nunca vi..sendo sincera. Só via ele entrando com copo de água e remédio, mas provavelmente dava alguma comida quando eu não estava vendo..ele não aguentaria 2 dias
-é..-falo- você precisa me ajudar
-com o que?
-precisa ser testemunha, Sandra. Eu quero trazer o Arthur de volta
Ela afirma. -eu vou ajudar
-então vamos
-aonde?
-vamos, por favor.
-pra onde???
-pra uma delegacia, agora.
O meu celular começa a tocar e eu atendo rápido. -Alê
~onde você tá?!~
-a Brunna contou??
~eu percebi que você sumiu depois de falar só com ela. Onde você tá, Ludmilla?!~
-agora eu tô indo pra delegacia com a Sandra, ela vai falar sobre o Benjamin.
~te encontro lá.~
-tá
(...)
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro