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O mandante

Oi meus pudinzinhos 🍮
Mais um capítulo para vocês, esse é longo.
Na capa, a mansão do Stoico, onde o Soluço cresceu.

Espero que gostem.

Boa leitura 🍮❤️

Astrid nunca tinha estado na casa de Stoico, mas as notícias sobre Soluço se espalharam como um incêndio descontrolado e a mansão nos Vales de Odin estava cercada de jornalistas curiosos - e o portão quebrado tornaria impossível manter os jornalistas longe da propriedade.

No carro, mantinha-se um silêncio confortável e Astrid não tinha pressa para chegar em casa apesar de saber que Camicazi provavelmente estava perdendo a cabeça se perguntando onde estavam.

- Acho que devíamos cancelar o casamento. - Astrid quebrou o silêncio e Soluço quase saltou de susto no banco do passageiro, mas ela logo continuou. - Pelo menos até o ano que vem.

Soluço balançou a cabeça.

- De jeito nenhum.

Astrid o olhou de soslaio por um segundo antes de voltar a se concentrar em dirigir.

- Amor, olha quantas coisas aconteceram esse ano, acho melhor esperar até tudo se acalmar. - Ela argumentou.

- Ast, as coisas nunca vão se acalmar de verdade, - ele rebateu - se começarmos a adiar por causa de um probleminha ou outro...

- Probleminha? - Astrid o interrompeu. - Você foi sequestrado meu amor!

Ele sorriu, mas evitou rir da situação, mesmo assim, respondeu gentilmente:

- Por menos de um dia! - Ele riu. - Amor, eu tô bem.

Astrid suspirou, parando o carro no sinal vermelho.

- Você ainda está machucado.

Soluço deu de ombros.

- São só alguns hematomas, - disse despretensiosamente - em setembro vai ser como se nada tivesse acontecido. - Ele se inclinou para beija-la no rosto e Astrid aceitou o beijo com um sorriso doce, mas sua testa continuava franzida em preocupação, em medo de que amanhã ou depois algo pior ainda aconteceria.

- Eu não tô bem. - Disse com sinceridade. - Achei que tinha te perdido, - sua voz era baixa, trêmula e fraca e o coração de Soluço se partiu ao meio - e as meninas estão tão aterrorizadas com tudo. - Se forçou a engolir algumas das lágrimas. - Eu nunca tinha visto a Cami desse jeito, nem mesmo quando eu a deixei sozinha.

- Eu sei que não tem sido fácil, - disse no mesmo tom baixo que ela - mas as coisas sempre vão ser difíceis, nem sempre vai ser um sequestro ou um naufrágio, mas isso não quer dizer que nossa vida vaiser fácil daqui pra frente e se começarmos a desistir agora...

- Não estou desistindo!

- É, não hoje. - Soluço rebateu, sem saber bem o por quê estava reagindo daquele jeito tão de repente. Talvez estivesse apenas cansado de tudo, mas principalmente da incerteza de Astrid, que parecia arranjar desculpas contra o casamento desde o início do planejamento.

- Eu não estava desistindo ontem, - se defendeu - nem no dia anterior, nem...

Soluço riu com ironia.

- Não estava? Porque eu lembro de um discurso bem diferente acontecendo no meu escritório.

Astrid balançou a cabeça, voltando a dirigir, mas não perdeu tempo em dizer:

- Se você espera que eu me desculpe pelo o que eu disse, não vai acontecer. Você estava sendo negligente e sabe disso.

- Sim, - concordou - eu fui babaca e sinto muito por isso, mas nós estamos sempre correndo em círculos com essa conversa, nem parece que você quer se casar comigo.

- Talvez eu estivesse mais animada se eu não estivesse o tempo todo duvidando das suas prioridades.

O silêncio que se instalou desta vez foi pesado, desconfortável e permaneceu assim até que passassem pelos imensos portões e ferro e Astrid parasse o carro em frente às escadarias da casa. Nenhum dos dois se moveu para sair do veículo.

- Eu não quero brigar. - Soluço quebrou o silêncio com um sussurro, inseguro e aterrorizado.

- Eu também não. - Astrid respondeu da mesma maneira.

Mas a pergunta silenciosa permanecia: o que fariam agora? Astrid foi a primeira a desprender o cinto e Soluço fez o mesmo, poderiam ter essa conversa depois.

Ele precisou de apoiar nela para subir os degraus e foi Astrid quem empurrou a porta para abrí-la. Tinham dado apenas alguns passos quando a figura imensa de Stoico apareceu, vindo de um cômodo à esquerda.

- Soluço! - Ele exclamou, correndo para o lado do filho e Soluço precisou se afastar de Astrid para impedir que a loira fosse esmagada pelo abraço de urso no qual Stoico o envolveu.

Soluço riu, tentando retribuir o abraço do pai. Ele e Stoico nunca tinham tido uma relação muito sentimental, apesar de Soluço se lembrar muito bem das longas noites em que Stoico passava acordado para consolar o filho dos terríveis pesadelos que tinha com o incêndio. Mesmo assim, a medida que Stoico ficava mais rico, pai e filho se afastavam cada vez mais - cada nova vírgula na conta bancária de Stoico era uma nova parede entre eles - e foi apenas poucos anos antes, quando Stoico teve um ataque cardíaco e Soluço pensou que perderia a única família que tinha, que Soluço conseguiu deixar de lado o ressentimento que guardava pelos anos de frieza do pai.

Por isso, Soluço respirou fundo e fechou os olhos, inalando o perfume amadeirado que era tão inerente ao pai e talvez uma lágrima ou duas tivesse conseguido escapar de seus olhos fechados.

Finalmente estava em casa.

Stoico se afastou, segurando o filho pelos ombros e sorrindo com carinho e então com uma voz gentil demais que nem parecia a sua perguntou:

- Quem fez isso, filho?

Soluço respirou fundo, secando o rosto molhado com uma das mãos antes de voltar olhar para o pai, a notícia que daria seria uma das mais difíceis.

- Não sei quem ficou comigo, - disse, se preparando para a notícia que viria a seguir - mas sei que foi o Gosmento quem mandou em tudo.

E Soluço viu quando o choque de Stoico se transformou em raiva porque aquela era talvez a mais alta traição que já havia sofrido. Gosmento, o irmão de Valka, estava ali desde o início, foi um dos primeiros a acreditar e investir nas invenções de Stoico e era talvez o membro mais confiável da diretoria até aquele momento e ele tinha acabado de tentar matar o próprio sobrinho.

- Quem é Gosmento? - Astrid perguntou com a testa franzida, olhando de pai para filho e foi Stoico quem respondeu.

- Um homem morto.

Aquilo pegou Soluço completamente desprevenido e ele encarou o pai boquiaberto.

- Você não vai matar ele pai!

Stoico balançou a cabeça.

- Vá dormir Soluço, isso é assunto de adulto.

Soluço se afastou dele, cambaleando para trás e precisando ser amparado por Astrid para impedir que caísse.

- Eu sou adulto! - Exclamou de uma maneira infantil demais.

- Você e Astrid podem ficar no seu antigo quarto, - disse Stoico, ignorando completamente às preocupações do filho - as meninas estão dormindo no quarto da frente.

Soluço abriu a boca para protestar, mas Astrid o interrompeu.

- Vamos, seu pai tem razão, você precisa descansar agora. - Ele olhou para ela e depois para o pai, e por fim assentiu.

Seguiram pelos corredores em silêncio pela maior parte do tempo, com Soluço apenas falando para indicar os corredores.

Quando chegaram ao quarto, Astrid deixou Soluço sentado na cama, - grande demais para um adolescente solteiro - o beijou na testa e sorriu.

- Fique aqui enquanto eu te preparo um banho.

Soluço a segurou pelas mãos, a impedindo de se afastar e a olhou com uma expressão preocupada e temerosa.

- Nós estamos bem?

Ela se inclinou para rapidamente beija-lo nos lábios antes de responder.

- Vamos ficar bem assim que você tomar um banho.

Ele riu, mas a soltou e Astrid desapareceu pela porta que levava ao banheiro, voltando pouco tempo depois para ajudá-lo a se levantar e a tirar as roupas uma vez que já estavam no banheiro.

- Você vai entrar na banheira comigo? - Ele perguntou enquanto Astrid desabotoava a camisa e ela balançou a cabeça.

- Claro que não, a banheira é pequena demais e você está machucado.

- Não estou machucado. - Ele murmurou, obviamente descontente com a resposta e Astrid ergueu os olhos para olhá-lo com diversão.

- Está sim, meu amor. - Ela insistiu, deslizando a camisa pelos ombros dele e Soluço contorceu o rosto em uma expressão teimosa.

- Não tô!

Ela riu, o guiando para a banheira cheia de água quente.

- Pare de ser mimado! - Disse ainda rindo e por um instante pareceu que Soluço desistiria.

- Só um pouquinho. - Ela se sentou na beirada da banheira, enterrando uma das mãos em meio aos fios de cabelo castanhos.

- Hoje não, preciso ver como estão as meninas.

Soluço assentiu meio cabisbaixo, claramente ainda descontente, mas entendendo os motivos dela.

- Ast, - ele chamou, a olhando com olhos verdes vulneráveis e cheios que lágrimas que partiam o coração de Astrid, ela apenas esperou que ele continuasse: - você ainda vai casar comigo?

Ela sorriu, envolvendo o rosto dele com as mãos.

Claro que sim! Foi o que quis gritar, mas ao invés disso respondeu com humor.

- Me pergunte de novo quando estiver vestido. - E Soluço sorriu, um sorriso verdadeiro e bem humorado antes de usar as mãos molhadas para segurar o rosto dela e trazê-lo para mais parto, fechando a distância em um beijo intenso e desesperado que fez Astrid realmente querer entrar naquela banheira.

Ela se afastou e dessa vez Soluço deixou que ela saísse.

Astrid cruzou o corredor, abrindo a porta do quarto lentamente para não acorda-las caso estivessem dormindo. Se aproximou da cama onde Merida e Camicazi dormiam e ajeitou um pouco as cobertas que caíam dos ombros da loira.

A mais nova abriu os olhos ainda um pouco vermelhos - talvez das lágrimas ou de sono, Astrid não sabia.

- O Luço ainda tá internado? - Sua voz era baixa para não acordar a ruiva e Astrid respondeu na mesma medida.

- Não.

Camicazi saltou ficando sentada na cama, sem querer acordando a amiga que saltou de susto.

- Vou ver ele! - Camicazi tentou afastar as cobertas e Astrid a segurou pelos ombros.

- Não!

- Quem? - Merida perguntou confusa, ainda esfregando os olhos para espantar o sono antes de perceber que se Astrid estava em casa, então certamente...

- O Luço voltou?! - Agora era a ruiva quem afastava as cobertas e saltava da cama. - Vou ver ele. - Ela correu para a porta, sem que Astrid tivesse sequer tempo de impedi-la.

Derrotada, a loira soltou a mais nova.

- Tudo bem, pode ir. - E pareceu que no mesmo segundo Camicazi já estava do outro lado da porta e Astrid não pôde evitar sorrir com as risadas altas do noivo que certamente estava sendo esmagado pelas duas meninas no exato momento em que saiu vestido do banheiro.

Mas aquele era um momento precioso no qual Astrid não iria se intrometer, por isso ao invés de voltar para o quarto, passeou pela casa, sem se ater a nenhuma decoração em particular por mais que tudo ali fosse grandiosamente exagerado - fazendo mansão de Soluço parecer simples em comparação - até encontrar Stoico no que Astrid pensava ser a sala de visitas.

Ele estava sentado em uma enorme poltrona de couro escuro, com um copo de uísque em uma das mãos.

- Você falou sério mais cedo? - Astrid quebrou o silêncio. - Sobre matar o tal de Gosmento.

Astrid se aproximou, se sentando em um dos sofás próximos a ele e Stoico tomou um gole de sua bebida.

- Gosmento era o irmão de Valka. - Disse, sem realmente responder a pergunta da nora, mas Astrid percebeu que Stoico estava preso demais dentro da própria cabeça para notar, então permitiu que ele continuasse. - Ele me ajudou a cuidar do Soluço quando ela morreu, não tanto quanto o Bocão, mas ele fez o que pôde.

Uma pausa. Mais um gole de uísque.

- Ele conhecia alguns executivos e me apresentou para eles, esses executivos junto com o Gosmento se tornaram os meus primeiros investidores. E ele estava sempre por perto, me ajudando a conseguir mais contatos, ajudando o Soluço com o luto, e agora... - Ele parou, balançando a cabeça como se não soubesse mais o que dizer. - Agora veja o que ele causou, e tudo por dinheiro.

Stoico terminou a bebida, deixando o copo vazio sobre a mesa de centro.

- Mesmo assim, - disse a loira - acha que vale a pena o ameaçar de morte? Não podemos apenas nos contentar em ter o Soluço de volta?

Stoico não respondeu, mas ergueu a cabeça para olha-la com seriedade.

- Astrid, o resto da sua vida vai ser desse jeito se decidir se casar com o meu filho. Esse não vai ser um incidente isolado e nem tudo você vai conseguir com sorrisos e flores. - Respirou fundo. - A Astrid que eu vi hoje lidando com a polícia é a Astrid que você vai precisar ser se quiser sobreviver nesse meio, se for boazinha o tempo todo, vai colocar sua família em risco.

Foi um balde de água fria. As palavras de Stoico poderiam ser resumidas em "Se torne uma megera ou não se case" e Astrid precisou engolir o nó que se formou em sua garganta.

- Quer dizer que vai matá-lo?

Stoico se levantou, colocando uma das mãos no ombro dela enquanto respondia.

- Vou fazer o que for preciso. Boa noite, Astrid.

E então ele se foi e logo Astrid fez o mesmo, andando pelos mesmos corredores pelos quais tinha passado. As palavras de Stoico eram duras, mas eram a verdade e ela não sabia se o sogro mataria ou não o responsável por toda aquela bagunça, mas Astrid percebeu que não se importava tanto quanto deveria. Não portava se Stoico mataria Gosmento ou não porque se Astrid tivesse a chance, o mataria com as próprias mãos.

Suspirou de exaustão antes de abrir a porta do quarto, apenas para encontrar Soluço na cama sendo esmagado no meio de duas meninas que já tinham pego no sono.

- Elas pediram e eu não consegui dizer não. - Ele explicou entre sussurros enquanto Astrid fechava a porta e se aproximava da cama para se enfiar debaixo das cobertas.

- Percebi. - Respondeu, se deitando ao lado da irmã. - E só pra você saber, a Cami ronca.

Soluço riu baixinho para não acordar nenhuma das adolescentes.

- Não pode ser pior do que você, meu amor.

Então, gostaram?
Comentem expectativas.

See ya 😘

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