Especial
Oi meus pudinzinhos 🍮
Mais um capítulo pra vocês.
Espero que gostem.
Boa leitura 🍮 ❤️
♦️
Setembro de 2009, Ilha de Bog
A loira, sentada no balcão do bar, virou mais uma dose de uma vez. A risada do bartender a fez revirar os olhos.
-Noite difícil? - Perguntou ele se inclinando sobre o balcão. A loira olhou por cima do ombro, vendo a morena servindo mesas a uma certa distância do bar, o bartender riu mais uma vez. - Já entendi, está brava porque não é mais a favorita do chefe. - Ela voltou a olhar para o bartender com os olhos azuis furiosos.
-Eu só não entendo o que ela tem de tão especial, - disse - ela acabou de chegar e já está com o Viggo pra cima e pra baixo o tempo todo. Eu estou aqui há muito mais tempo e não tenho nem um terço dos privilégios dela. - Ela fez uma pausa, mas logo continuou. - Como isso não te incomoda? Você já trabalhava aqui quando eu entrei e o Viggo nem olha pra você, não acha injusto?
Ele pegou uma garrafa, servindo mais uma dose para a loira.
-A última coisa que eu quero é chamar a atenção daquele homem. E se eu fosse você, ficaria bem longe do radar dele, é o melhor.
A loira balançou a cabeça.
-Você não entende, Selvagem, não dá pra simplesmente "sair do radar", - ela fez aspas com os dedos - o único jeito de eu sumir desse lugar é estando morta. - Ela virou a dose, jogando a cabeça para trás e largou o copo no balcão, desceu do banco.
-Karen, - Selvagem chamou antes que a loira pudesse sair - talvez ao invés de odiar a menina nova você devesse agradecer à ela. Agora que não é mais a favorita, Viggo não vai se importar se for embora, mas ela - disse Selvagem apontando para a morena -, ela sim só sai daqui morta, pelo menos até que apareça outra pra roubar a atenção dele. - Quando terminou, Karen sorriu e se afastou.
As palavras de Selvagem eram verdade, mas Karen não queria sair do cassino, queria ser dona dele e para isso a jovem e ingênua Heather precisaria desaparecer completamente. Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, precisava saber exatamente o quê existia entre Viggo e a morena.
Ela parou ao ver Ryker se aproximar da morena, os dois trocaram algumas palavras e ela o seguiu em direção às escadas, Karen tinha certeza de que a garota se encontraria com Viggo e silênciosamente a seguiu.
2019
-Não precisa ir, - Heather quebrou o silêncio do quarto - sei que não gosta de sair assim, sem planejar nada. - Viggo parou de colocar as roupas na mala e observou a esposa atentamente, a morena estava de costas cuidando de organizar as próprias malas. - O Dagur é meu irmão e é minha responsabilidade, não sua.
-E eu sou seu marido, não vou deixar que vá para Berserk sozinha. - Disse Viggo com teimosia. Berserk, junto com Bog, era uma das ilhas mais pobres do arquipélago barbárico, por isso a segurança de lá não era como em Berk ou Histeria, era perigoso para uma mulher como Heather andar por lá sozinha.
-Cresci naquela ilha, Viggo, sei me cuidar. - Viggo franziu a testa.
-Qual o problema, Heather? - Viggo se aproximou, puxando Heather pela cintura para fazê-la olha-lo. - Por que quer ir sozinha? - Heather sorriu, ajeitando delicadamente a posição da gravata do marido.
-Só não acho uma boa ideia deixar o cassino nas mãos do Ryker por dois dias. Ele não é o mais indicado pra um trabalho desse tipo, especialmente com essa situação da Karen. - Viggo balançou a cabeça enquanto uma de suas mãos acariciou o rosto de Heather até parar e segura-la pela nuca, enquanto as mãos de Heather subiram para repousarem em seus ombros.
-Não precisa se preocupar com o Ryker, de nós ele é o que mais tem a perder. - Viggo foi quem fechou o pouco espaço que ainda restava entre seus lábios em um beijo curto, mas que foi o suficiente para deixar Heather tonta quando se separaram. - Vamos? - Perguntou com um sorriso presunçoso e bem humorado, sabendo exatamente o efeito que tinha sobre a esposa. Mordendo o lábio, Heather assentiu e os dois se afastaram, Heather fechou a mala e os dois deixaram o quarto de mãos dadas.
Heather estava nervosa porque aquela ser a primeira vez em quase dez anos que veria o irmão. Dagur tinha sido condenado pelo assassinato do pai - Oswald - e por muito tempo depois daquela noite Heather pensou em desistir. Dagur era a única família que tinha e havia passado anos trancado em um manicômio e apesar de Heather saber que o hospital era um lugar muito melhor do que um presídio, ter de ver o irmão ser tratado como um louco não era fácil, ela era apenas uma menina quando tudo aconteceu e teve que ficar sozinha, com medo, sem esperança até que finalmente sua vida virou de cabeça para baixo quando conheceu Viggo.
Aos quinze anos Heather nunca imaginou que seria capaz de sair da situação onde se encontrava naquela época, mas olhe para ela agora: uma mulher de classe, inteligente, casada com o homem a quem amava e estava prestes a se reencontrar com o irmão. Heather sorriu, sua vida não podia estar mais perfeita.
♠
Soluço estava nervoso, sentado na sala de espera tamborilando os dedos no braço da cadeira incrivelmente confortável. O consultório da Doutora Wing era pequeno e extremamente discreto, ela era uma psicóloga muito conhecida entre a elite por sua impecável ética e sigilo profissional, ninguém sabia quem eram os clientes da psicóloga e nem o que os motivou a procurá-la e Soluço pensou que aquele era justamente o tipo de profissional que Astrid precisava para se sentir segura o bastante para conversar sobre os problemas que tinha.
A sala de espera estava vazia - mais um dos benefícios da psicóloga -, mas mesmo sabendo que a psicóloga era uma mulher íntegra, inteligente e capaz de ajudar sua agora noiva (Soluço ainda não estava acostumado a chamá-la assim) Soluço não conseguiu evitar se perguntar como estavam as coisas ou se Astrid estava bem.
E se ela estivesse precisando dele? E se ela estivesse desabando naquele consultório e ele não estava lá para conforta-la? Se sentia péssimo, agitado como se ele mesmo tivesse que desenterrar os fantasmas de seu passado para a psicóloga.
A porta no fim do corredor se abriu e Astrid saiu da sala, Soluço se levantou antes mesmo de Astrid se aproximar, um milhão de coisas se passava pela cabeça do empresário, mas ele não fez perguntas. Astrid sorriu, mas o sorriso não foi o suficiente para diminuir o nervosismo dele.
-Eu consegui! - Ela exclamou e foi como se Midgard estivesse sendo levantada de seus ombros e sem se conter, esquecendo completamente de onde estava e do quanto seria imprudente, Soluço a abraçou e riu comemorando como se aquela fosse a melhor notícia que já tinha recebido em toda a sua vida.
-Você conseguiu! Eu sabia que ia conseguir! - Ele quebrou o abraço, segurando o rosto dela entre as mãos e olhando em seus olhos azuis com tanto orgulho e afeto quanto era possível sentir por alguém. - Estou tão orgulhoso de você, meu amor. - Ele a beijou na testa e Astrid riu do entusiasmo exagerado dele. Pela primeira vez em muito tempo Astrid se sentiu tranquila, e foi com aquela sensação de tranquilidade e recomeço que o casal deu as mãos para sairem da clínica.
No fim do corredor, atrás de sua mesa, a psicóloga sorriu e deu baixas risadas pela acalorada interação que acabou de ouvir pela porta ainda aberta. Suas risadas morreram e o sorriso lentamente deixou seu rosto, pegou as anotações que havia feito e respirou fundo, Astrid Hofferson seria um caso complicado, mas nada era impossível para Mala Wing.
Então, gostaram?
O que acharam da Karen? O que aconteceu com ela?
Comentem expectativas.
See ya 😘
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