Caso de Polícia
Oi meus pudinzinhos 🍮
Mais um capítulo pra vocês. Baby Girl agora vai ser atualizada às sextas, então espero que gostem.
Boa leitura 🍮❤️
Dizer que Soluço estava surpreso com toda a comoção seria um baita eufemismo.
Depois de uma curta conversa com Throk, o empresário fazia seu caminho em direção ao quarto de Merida o mais calmamente possível, até, é claro, ouvir aos gritos no corredor.
Uma mulher - que pelo uniforme imaginou que trabalhava no serviço social - batia furiosamente na porta, apenas parando quando um segurança se aproximou da cena.
- Senhora, abra a porta! - O segurança ordenou, seu tom autoritário demais para o gosto de Soluço.
- Só quando meu marido voltar. - Astrid respondeu do outro lado da porta e Soluço tomou aquilo como oportunidade para intervir.
Com um sorriso educado, se aproximou do segurança que não mais batia na porta.
- Licença, eu sou o marido da histérica do outro lado da porta. - O segurança o olhou confuso por um momento, mas se afastou da porta. Soluço respirou fundo. - Astrid, o que você tá fazendo? - Perguntou com a voz calma e controlada.
- Aquela mulher estava tentando levar a Meri. - Astrid respondeu como se fosse óbvio e Soluço lutou contra um sorriso que ameaçou aparecer em seu rosto. Claro que todo aquele auê seria pelas meninas.
- Quem? A assistente social? - Perguntou, agora se divertindo.
- E tem outra mulher aí?
Ele riu.
- Astrid, amor, abre a porta. - Ele pediu, parando de rir para manter a calma.
- O Throk já te mandou o documento?
- Não.
- Então vou continuar aqui.
Soluço balançou a cabeça em reprovação, mas não pôde responder, já que o segurança interveio novamente.
- Senhora, se não abrir a porta vou precisar chamar a polícia.
Astrid riu do outro lado, claramente se divertindo com a situação.
- Fica a vontade.
E então o segurança fez justamente isso.
♠️
O silêncio na casa era o mais desconfortável que já havia sido entre eles. Na noite anterior Viggo tinha examinado a mão machucada, mas além disso, ele insistiu que Heather se examinasse também e Heather entendia a insistência e paranóia do marido. Aquela não era a primeira gravidez de Heather, mas era a primeira que Viggo presenciava sabendo de tudo o que aconteceu, desde a primeira aos dezesseis anos, a segunda aos dezoito e como as duas acabaram.
Como Heather sabia que aconteceria, os exames não trouxeram boas notícias. As chances de perderem mais um era mais alta do que a chance de conseguirem e contrário a toda moral e ética, o médico sugeriu que seria melhor que pensassem em um aborto.
Viggo e Heather nunca quiseram filhos, pelo menos não quando se casaram, - ela aos dezessete anos, ele aos dezenove - mas os dois não ficaram casados por muito tempo antes de Viggo ser preso e Heather fugir de Bog e os dois não tinham contato durante a segunda gravidez de Heather - gravidez essa que ela apenas descobriu através de um aborto espontâneo no banheiro de um dos quartos da pensão da Madame Catherine - de modo que ela estava completamente sozinha quando tudo aconteceu.
Por isso, mesmo que Heather aos dezessete anos não tivesse desejo algum de constituir uma família - nem mesmo com Viggo - as memórias e os fantasmas daquele dia continuaram a assombrando. Um aborto proposital definitivamente estava fora de questão.
Mas mesmo que não pensasse nem mesmo na possibilidade de um aborto, Heather não conseguia parar de pensar no que aconteceria caso o medito tenha razão. Caso perdessem outra vez.
Logo após o primeiro aborto, Heather estava honestamente aliviada. Mas o segundo a destruiu completamente. Ela nunca soube o por quê o segundo, fisicamente menos doloroso, havia sido o pior e francamente não sabia o que aconteceria consigo se perdesse outra vez.
Viggo insistia que eles superariam qualquer coisa, que ele não se importava se tivessem filhos ou não enquanto estivessem juntos, mas Heather não duvidava dele, duvidava de si. Ele não fazia ideia do inferno que ela tinha vivido nos últimos anos, ele não fazia ideia de que, se Heather perdesse outra vez, nem mesmo ele seria capaz de faze-la acabar com tudo e Heather rezava para que ele não precisasse descobrir.
Mas Heather não queria pensar em nada daquilo. Não queria pensar na dor e na agonia que viveria pelos próximos meses, não queria pensar na caixa de sapatos ainda nos fundos da pensão da Madame Catherine, não queria se apegar ao pequeno grãozinho de arroz dentro de si que poderia morrer a qualquer momento. Naquele momento Heather queria se concentrar apenas em esvaziar o closet e finalmente deixar para trás aquele maldito cassino.
♠️
É claro que Throk escolheu exatamente aquele momento para aparecer e Soluço deixou que o advogado cuidasse da pequena confusão de policiais que tinha se formado no corredor.
Levou vinte minutos para que Throk convencesse os policiais de que Astrid não era uma ameaça à garota e que desde aquela manhã ela e Soluço eram os guardiões legais da menina - por algum motivo, os documentos não haviam sido entregues às partes e por isso talvez a Assistente Social tenha sido mandada ao hospital com ordens de levar Merida quando soube que receberia alta naquele dia.
- Pode abrir a porta agora, eles já foram. - Soluço pediu novamente, uma vez que os policiais e seguranças deixaram o corredor.
Astrid não respondeu, mas puderam ouvir o barulho alto de algo sendo arrastado pelo chão. Momentos depois, aporta foi aberta por uma Astrid descalça, um pouco descabelada e com as bochechas rosadas.
Tinha muito o que Throk queria dizer, mas sabiamente escolheu não dizer nada enquanto ele e Soluço estavam no quarto. O advogado se concentrou somente em exlicar aos três o que aconteceria dali em diante. Sim, podiam continuar com Merida, mas teriam várias condições, dentre elas, a garota teria que ver um psiquiatra pelo menos uma vez por semana e os três - Merida, Soluço e Astrid - teriam que se apresentar em juízo a cada dois meses, sem contar as visitar regulares da Assistente Social que teriam que aguentar.
Mas nada disso preocupou o casal de milionários que agora deixava o hospital com Merida. Já tinham vencido, nada mais podia acontecer com eles.
Pelo menos nada que envolvesse Merida, porque é claro que, como Astrid já tinha entendido bem, qualquer coisa, por menor que fosse, vinha acompanhada de uma tragédia.
Então gostaram?
Comentem expectativas.
See ya 😘
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