Capítulo 8 - Oitavo Mês (O Grande Momento Está Perto!)
Kim Jieun - Ômega + Kim Taeyeon - Alfa = Lalisa e MinJeong
Bae Joohyun- Beta + Yoo Seulgi- Alfa = Heeseung e Jimin
Por volta do primeiro período, no qual pertencia à tarde ensolarada, realizando o desejo de obter as compras necessárias nos limites do grandioso Shopping da Cidade, aquele dia se tratava apenas de mais um encontro dos membros da família Yoo e das integrantes da família Kim.
Na realidade, ao menos, era para ser meramente um simples passeio familiar que aconteceria no decorrer daquele longo dia.
Contudo, quando se trata do destino, ele tem a capacidade de surpreender justo no momento em que menos se espera.
As futuras mamães, a Ômega Kim MinJeong e a Alfa Yoo Jimin, se encontravam estupidamente eufóricas, em razão do esperado momento que se aproximava a cada evolução da gravidez de Winter.
Se a Yoo não suportava mais esperar, a Kim então estava mais ansiosa ainda, já que carregar as crianças no ventre não se tornou uma tarefa fácil.
Como de costume, MinJeong resolveu se adiantar o máximo possível. Ainda mais que os bebês resolveram acordar bastante agitados, bem cedo e logo pela manhã, antes da sessão programada.
Foi uma agitação tamanha, ao ponto de interromper o café da manhã do casal, causando náuseas na Ômega e uma pequena dose de um humor deveras ácido.
Karina não ligou para a reação incomum da sua esposa, pois ela sabia que nada daquilo poderia ser culpa de MinJeong.
A amável Alfa sempre se colocava no lugar da Ômega gestante, o que acabou fazendo-a criar uma espécie de empatia e solidariedade com a situação da Kim.
Deste modo, Karina sabia que MinJeong estava carregando os seus bebês na barriga, então a Alfa idealizou uma certa noção de que a gestação da Ômega não deveria ser uma responsabilidade tão simples quanto parecia, ou como nos livros didáticos que a Yoo estudou sobre o assunto relacionado a maternidade.
E, na verdade, não chegava nem mesmo perto da realidade.
Afinal de contas, as pequenas criaturas se tratavam de um casal de gêmeos, um menino e uma menina, e não somente um indivíduo. E se já era difícil manter a postura, ao ter que gerar uma criança Ômega, ou Alfa, quem dirá carregar no ventre dois bebês numa única vez, que ainda eram de espécies de Lúpus.
Todos comentavam quanto a Alfa tinha sido eficiente naquela tacada, referindo-se aos tempos de Jogadora de Beisebol da mulher morena de franjinha.
E claro, Karina sorria orgulhosa aos quatro cantos do Planeta Terra, mas o sorriso sempre desmanchava a cada repreensão e cotovelada da Ômega mais baixa.
— Karina, querida, você não concorda que rosa combina muito mais do que branco? — Jieun praticamente jogou o conjunto de macacão rosa, em um tom pastel com estampa de ursinho, na frente do rosto de Karina.
— Talvez? — Karina coçou a nuca, totalmente surpresa e embaraçada, pensando em como iria se pronunciar.
Karina não queria magoar ninguém, fora que prometeu a sua esposa que teria paciência com os familiares de MinJeong, pois a Ômega deu a certeza que Jieun ficaria mais do que empolgada.
E não era que a Ômega estava absolutamente certa?
No entanto, Karina logo foi interrompida por sua própria mãe, Irene, que sem demora empurrou a Jieun para o lado, exibindo euforicamente outro conjunto branco.
— Esse, de coelhinho, é bem mais fofo! — Seulgi estendeu a sua escolha no alto, ignorando o xingamento sussurrado que veio de Jieun. — Né, filha?!
— E-Eu não sei, mãe... — Karina sorriu sem graça, fazendo uma MinJeong bastante irritada espraguejar, em razão da Yoo nunca negar nada que a mãe dizia.
— Nós vamos levar os dois! Satisfeitas?! — a Ômega teve que se meter na conversa, já sem muita paciência, colocando as duas opções no carrinho de compras.
Ou, melhor dizendo, a mulher impaciente arremessou as duas opções no carrinho de compras.
— Não seja assim, Jeonnie! Só queremos ajudá-las! — Jieun esboçou um biquinho exagerado, o que fez a outra mãe de MinJeong, a Taeyeon, precisar morder o lábio inferior e abaixar a cabeça para não rir.
— Olha... — a Alfa loira finalmente tomou uma atitude, se propondo a falar carinhosamente. — Por favor, não nos levem a mal, tudo bem? Mas... MinJeong e eu que somos as mães, sabe? Eu acho que seria mais do que justo se nós duas escolhêssemos as opções para os nossos bebês.
Calma como sempre, Karina passou um dos seus braços em torno dos ombros da Ômega, ação que ocasionou que a mulher mais baixa relaxasse quase que instantaneamente, ao sentir o aroma cítrico e fresco de abacaxi e menta lhe rodear.
Se tornou tão bom de trazer aos seus pulmões, que MinJeong inalou discretamente aquela mistura única da sua esposa, sentindo a calma dominar o seu corpo quase que no mesmo segundo.
A bela Ômega, que até então estava alguns segundos atrás aflita e tensa, agradeceu internamente por ser casada com uma mulher atenciosa e companheira tanto quanto era a sua amada Alfa.
MinJeong não poderia ter feito uma escolha melhor.
— Karina tem toda a razão! — Seulgi sorriu grandiosamente para a sua filha mais nova. — Vamos dar um voto de confiança a elas! Afinal, essa é a primeira compra das mamães de primeira viagem, e esse é um momento único — a Alfa alegou, com muito orgulho em sua voz, apertando uma das bochechas rechonchudas de Karina.
— Concordo totalmente, Seulgi! Elas merecem um pouco dessa diversão — Taeyeon sorriu de lado e, em contrapartida, Jieun revirou os olhos e cruzou os braços.
— Mas-... — Jieun logo queria argumentar e debater, porém, a expressão séria de Irene foi mais do que suficiente para calar a Beta. — Tudo bem! Tudo bem! Eu não falo mais nada também! — a mulher se irritou, ao ponto de fazer uma careta, contudo, aquilo serviu apenas para que a sua esposa passasse a rir da atitude infantil que proveio da mulher mais baixa.
— Pessoal, eu achei o conjunto perfeito! — Heeseung veio todo empolgado, mostrando as roupinhas perfeitamente estendidas no cabide.
— Ah, não! Outro conjunto do Batman e Robin, de novo, não! — Karina recusou em tom de lamentação sem, ao menos, pegar nas peças que Heeseung trazia.
— Droga! — o Beta perdeu completamente a animação, colocando as roupas de volta no mostruário.
— Eu acho que já chega de compras por hoje... — MinJeong observou o tanto de pertences que as duas tinham no carrinho, desde diversas roupas, até alguns utensílios e centenas de pelúcias. — Os meus pés estão me matando! — a Ômega esboçou uma careta notável ao senti-los inchados e doloridos, tal como um balão de ar.
— Você quer que eu te carregue até o carro, amor? — Karina perguntou, toda preocupada com a sua esposa, massageando os ombros tensos de Winter.
— Não precisa, Blue! Daqui a pouco, esse incômodo todo passa, está bem? — MinJeong não pôde se conter em dar um singelo selinho na Alfa, para que o beicinho de preocupação de Karina sumisse, dando lugar ao sorriso envergonhado que a Ômega tanto ama.
Após uma longa sessão de compras, que virou um passeio divertido junto aos outros membros, as mamães dos gêmeos e o restante da família pagaram todos os itens que ficaram armazenados no carrinho lotado.
E, obviamente, a Gerente da Loja se mostrou mais do que contente pela aquisição de tantas mercadorias compradas.
O melhor de tudo, foi que Jieun resolveu levar absolutamente todos os itens lilás, ocasionando que Taeyeon chorasse arrependida, ao avistar a conta que teria que pagar no cartão de crédito.
Um doloroso flashback se passou na mente de Taeyeon, pois a mulher de pele clara trouxe da memória a mesma situação que vivenciou quando Jieun ganhou as gêmeas Lalisa e MinJeong.
Mas, se tratando dos seus preciosos netinhos, Taeyeon sabia que valeria a pena o esforço.
Se despedindo de todos, e também prometendo um futuro jantar, Karina e MinJeong partiram para o seu devido lar, ouvindo música e conversando amistosamente durante o longo caminho.
— Eu amei o par de toucas com orelhas de ursinho — a Ômega comentou entusiasmada para a Alfa, enquanto tiravam as mercadorias do carro, ambas já estando na garagem de casa.
— Jieun tem realmente muito bom gosto! — Karina riu alegremente, apertando os olhos pequenos em singelas luas-crescentes bem formadas.
Vez ou outra, a Ômega se pegava imaginando se os seus pequenos teriam aqueles olhos delineados, como orbes hipnotizantes de felinos.
MinJeong esticou o corpo dentro do porta-malas, a fim de pegar a última bolsa nos fundos. A sua delicada mão alcançou a alça da sacola leve, puxando-a para carregar o objeto.
Porém, MinJeong parou abruptamente o que fazia, no instante que sentiu uma forte contração.
Em seguida, a segunda... E, depois, a terceira...
Não demorou muito para MinJeong saber exatamente o que estava acontecendo.
— J-jimin... — a Ômega chamou por sua esposa, que havia entrado na casa, na intenção de colocar as bolsas na entrada da sala.
Soltando a sacola, MinJeong encolheu o seu corpo trêmulo, deixando o objeto se espatifar contra o chão.
— O que houve, Snow? — Karina correu até onde a mulher ofegante estava escorada no carro, ao passo que MinJeong tentava manter as suas pernas firmes, já que as mesmas começaram a tremer, parecendo que eram feitas de gelatina.
— Eu acho que os bebês querem nascer... — MinJeong proferiu uma leve risada de puro nervosismo, um tanto quanto desesperada, e logo substituiu o riso por um gemido de dor.
— Tem certeza que não é apenas uma falsa contração? — MinJeong tentou argumentar, extremamente ansiosa.
Entretanto, a Alfa parou no mesmo segundo, ao perceber a expressão mortífera no rosto de sua esposa.
Sentindo uma raiva repentina, a Ômega puxou a Alfa, na altura da gola da blusa, e apertou o tecido em punho fechado, aproximando ambos os rostos a centímetros de distância.
— Escute aqui, Yoo Jimin! Você vai entrar nesse carro... E me levar agora mesmo para a PORRA de um Hospital! Ouviu bem?! — a Kim gritou irritada, vendo que a Yoo assentiu freneticamente, com a boca aberta e os olhos arregalados.
Completamente apressada, e também desesperada, Karina fechou o porta-malas e correu para o banco do motorista, acionando a partida do carro.
Ela voltou apenas para buscar a sua esposa.
MinJeong ignorou o fato de que Karina quase saiu com o carro sem ela, mas a Alfa rapidamente corrigiu o próprio erro cometido.
A porta do banco traseiro tinha sido aberta anteriormente, pois o espaço era maior e poderia permitir que MinJeong esticasse melhor as suas pernas enfraquecidas.
MinJeong sentou-se no banco, quase entrando em desespero, assim que constatou que a bolsa havia estourado.
Karina não tardou em manobrar o carro e pisar no acelerador, dirigindo apressadamente pela estrada lotada de outros veículos, buzinando a todo momento, no intuito de concederem uma brecha mínima de passagem.
— Argh! Uhg... Aaahh! — MinJeong gritou completamente ofegante, apertando os olhos a cada contração uterina, que parecia mais esmagar a sua lombar e queimar a linha da sua coluna.
— Inverno... Respira... — Karina imitou a sequência do que fazer referente ao exercício de respiração que as duas aprenderam na aula sobre o trabalho de parto.
Karina apertava o volante tão forte, que algumas manchas brancas se formaram nas juntas dos seus dedos.
Winter acompanhou a Alfa que, na verdade, parecia estar ainda mais aflita do que a mulher grávida no banco de trás, puxando o ar e soltando-o pela boca ofegantemente.
O suor escorria do seu rosto, devido à dor intensa, e o líquido pegajoso entre as pernas de MinJeong se tornava cada vez mais abundante, assim como as contrações mais intensas e ritmadas.
Porém, aquela tática era quase tão inútil no momento, que a Ômega soltou um palavrão e gritou ainda mais alto, por conta da sensação agonizante.
Karina estacionou o carro, de qualquer jeito, na primeira vaga livre do estacionamento, correndo para chamar uma Enfermeira do Hospital.
Em poucos segundos, dois funcionários apareceram. Um homem forte trazia uma cadeira de rodas e uma mulher vestida de branco seguiu perguntando a Karina sobre o estado da Ômega, e por quanto tempo as contrações se iniciaram, além de questionar quais eram os meses de gestação.
Quando o corpo de MinJeong foi posto devidamente na cadeira, outra contração forte tomou conta da mulher, o que acarretou mais um grito sôfrego.
Tanto a Ômega, quanto a Alfa, sabiam que aquilo poderia acontecer a qualquer momento, já que era normal o parto de gêmeos ocorrer entre o final do oitavo mês e o início do nono mês.
Ainda mais se tratando de uma Alfa Lúpus e um Ômega Lúpus.
De acordo com a Dra. Minatozaki Sana, as duas crianças iriam "brigar" dentro da bolsa amniótica, causando episódios de dores e desconfortos quase que ocasionais durante a gestação gemelar. Aliás, a Beta tinha se referido a duas espécies de híbridos distintas, então seria comum que as espécimes fossem se estranhar mesmo no período gestacional.
Por conta disso, Karina e Minjeong ganharam outro aviso na última consulta: a tendência era que a briga permanecesse entre as duas crianças ao longo das suas vidas.
De fato, naquele momento, MinJeong soube que estaria mesmo em apuros.
Enquanto a Yoo tomou conhecimento do trabalho que os seus filhos dariam, se tratando dessas mesmas crianças que vinham ao mundo naquele exato instante. Além, é claro, de uma tremenda dor de cabeça que se estenderia por tantos anos.
Realmente, Karina não imaginou que seria tão complicado assim. Pelo menos, ela foi avisada antecipadamente, o que já se tornou um bom sinal.
"Não se desespere... Não se desespere... NÃO SE DESESPERE!" – Karina pensava sem parar, quase enlouquecendo.
A mulher de fios loiros andava, de um lado para o outro, na intenção de tentar manter a sanidade restante.
Já fazia quase uma hora que MinJeong entrou na Sala P.P.P. (Pré-Parto - Parto - Pós-Parto), sendo o ambiente ideal oferecido pelo Hospital. Nesta dita-cuja sala, há espaço para todas as etapas do parto normal, incluindo a disponibilidade de um quarto particular que garante o direito à privacidade e aos recursos necessários para qualquer tipo de emergência que possa acontecer.
Era um cômodo confortável, onde MinJeong teria os melhores leitos, um banheiro privativo, acesso à supervisão de profissionais capacitados e funcionários treinados.
Karina garantiu que tudo estivesse na mais perfeita ordem. Ela imaginou que, a qualquer hora, o grande momento fosse ocorrer em suas vidas.
Havia sido uma prevenção que acabou servindo em um bom momento.
— Filha! — Karina se virou, assim que reconheceu a voz de Joohyun, e rapidamente correu para abraçá-la.
Embora a mulher tenha pesquisado a fundo e aprendido muito sobre o assunto nas aulas práticas, a Alfa estava absurdamente assustada.
Sem perceber, Karina começou a sentir pequenas lágrimas escorrerem dos seus olhos apertados, caindo pela extensão do seu queixo e consequentemente manchando a blusa da Beta.
A outra mãe de Karina também a abraçou, sussurrando palavras de conforto, conforme esfregava as costas trêmulas da filha.
Pouco tempo depois, Jieun e Taeyeon atravessaram a porta, e logo se aproximaram de onde as mulheres se encontravam conversando entre elas.
Taeyeon trazia uma grande bolsa de viagem, na qual parecia estar regada de pertences necessários para o período de internação de MinJeong, o que Karina agradeceu imensamente, grata pela ajuda.
Elas saíram apressadamente de casa, portanto, Karina se esqueceu completamente desse detalhe que seria bastante necessário no mais tardar.
— Oh, querida... — Jieun estendeu os braços e contornou o corpo que pertencia a Alfa assustada, que também soluçava sem parar, e então, a Ômega afagou as costas da nora e proferiu palavras de motivação. — Eu sei que é assustador, mas saiba que tudo vai ficar bem! MinJeong está sendo cuidada e supervisionada, minha linda.
— N-Não me deixaram entrar... — Karina emanou um fungar audível, tentando puxar melhor o ar que apertava o seu peito.
— Eles devem ter visto o quanto você estava nervosa — Taeyeon acariciou os fios desgrenhados da Yoo, usando um tom compreensível de alguém que já passou pelo mesmo no passado.
— Onde está o Heeseung? — se afastando do abraço, Karina procurou pelo irmão por todos os lados.
A Alfa esticou o pescoço, na intenção de avistar a figura do seu irmão mais velho entre as outras pessoas.
— Infelizmente, ele precisou voltar à base militar. Mas, na próxima folga, ele prometeu retornar para ver os sobrinhos — Seulgi- explicou à filha mais nova, oferecendo um sorriso tristonho, que não passou despercebido pelos olhos atentos da Alfa.
— Tudo bem, mãe — Karina limpou o rosto e abriu um suave sorriso, demonstrando que entendia a situação do irmão mais velho.
— Karina! — de repente, Sana a chamou, ainda estando de uniforme, juntamente com Aeri e Yizhuo atrás dela.
— Fico feliz que você chegou a tempo — Karina disse a Sana, vendo-a revisar o prontuário que uma Enfermeira entregou em suas mãos. — Minha esposa está bem? — a Alfa começou a roer uma das unhas, dos seus polegares já mordidos, avaliando as expressões de concentração da Médica Beta.
— Sim, está tudo certo! — Sana afirmou, por fim, e todas que estavam reunidas na recepção, suspiraram de alívio. — Mas você sabe que é um procedimento que ainda irá demorar bastante — Karina concordou com a cabeça, mordiscando o lábio inferior.
— Bom, pelo menos, a Karina não desmaiou dessa vez! — Sooyoung falou em voz alta, gerando risadas no ambiente.
— Eu não sou tão sensível assim! — Karina cruzou os braços, oferecendo uma pose desleixada, que deveria ser de uma Alfa intimidante.
Ao menos, na cabeça da Yoo, tinha sido uma postura convincente.
— Ah, é sim! — NingNing brincou, sorrindo de lado. — Você é tão feroz quanto um ursinho de pelúcia, Rina! — a fala de Yizhuo conseguiu fazer a Yoo bufar irritada, e as outras rirem ainda mais.
— Eu vou dar uma olhada na Inverno. Qualquer coisa, volto aqui para dar notícias, tudo bem? — Sana acariciou um dos ombros de Karina, oferecendo uma certa compreensão nos olhos, numa expressão gentil que tirou uma parcela do peso que esmagava os ombros da Alfa.
Karina apenas assentiu lentamente, agradecendo a Beta por sempre estar ao lado de MinJeong durante todos esses anos.
Por fim, a Médica sumiu entre os corredores, deixando-as esperando na recepção do Hospital, que então passou a se tornar um ambiente razoavelmente cheio, devido às intercorrências e emergências que vinham surgindo.
— Primeira vez passando por isso? — um homem charmoso, que estava sentado com a cabeça encostada na parede, perguntou a Karina.
Por conta da mistura forte de aromas que emanava dele, Karina percebeu que se tratava surpreendentemente de um Alfa Lúpus.
Ele tinha uma beleza incomum, de traços masculinos marcantes, especialmente o seu Pomo de Adão destacado na garganta larga. Os seus olhos possuíam um brilho de malícia perceptível, o que acarretou que as características do Alfa fossem ainda mais atraentes. Além disso, a sua pele dourada fazia um contraste brilhante com os cabelos castanhos- escuros e os olhos cor-de-mel.
Karina imaginou se a sua filha teria uma aura tão marcante quanto este desconhecido.
Pois, apenas a presença do homem no ambiente, trazia uma sensação intimidante, embora igualmente sedutora.
— Sim... — receosa, Karina sentou-se no banco vago, ao lado do Alfa, sorrindo nervosamente.
— É a minha segunda vez... — ele riu anasalado, passando a língua entre os lábios ressecados. — Prazer, eu sou o Taehyung — o Alfa estendeu a mão, então Karina o cumprimentou de volta, agora mais à vontade, principalmente ao perceber a marca no pescoço bronzeado daquele homem.
— E como você reagiu na sua primeira experiência? — a Alfa questionou ao homem, torcendo as mãos repetidas vezes, em sinal de ansiedade.
— Sendo sincero... Foi o dia mais assustador da minha vida inteira! Mas, depois, se tornou um momento mágico. E quando segurei, pela primeira vez, a minha princesinha nos meus braços, parecia que nada mais importava no mundo. Agora, pouco tempo depois do primeiro susto, a minha esposa está tendo um príncipe para completar a nossa felicidade — o Alfa abriu um sorriso brilhante, e os seus olhos castanhos brilharam ainda mais.
— Pois, então, eu fui realmente sortuda de ganhar uma menina e um menino ao mesmo tempo — assim que Karina disse aquilo, o homem descolou o corpo do assento, soltando uma exclamação surpresa.
— Uou! Quem diria, hein?! — ele brincou, distribuindo um suave tapa no ombro de Karina, que sacudia o corpo com a própria risada.
De repente, uma Enfermeira vociferou um chamado, procurando por um Taehyung, que se levantou apressado, porém, não sem antes desejar boa sorte e agradecer pela conversa amistosa.
— Agora, Blue , temos que esperar por você ser chamada — Yizhuo ocupou o lugar deixado anteriormente pelo Alfa, colocando um braço em volta dos ombros tensos da mulher loira, esbanjando palavras de encorajamento.
Aeri conversava animadamente, enchendo as mulheres mais velhas de perguntas, no intuito de obter o máximo possível de informações à respeito de como havia sido a experiência delas durante a gestação.
Karina balançava a perna direita, batendo o pé contra o piso branco e limpo. Yizhuo, ao seu lado, murmurava uma canção e batucava os dedos contra a própria perna.
Mais uma hora se passou, e ninguém aguentava esperar nem um segundo sequer.
— Karina... Você quer cavar um buraco no chão?! — Joohyun repreendeu a filha, bufando irritada.
Contudo, Joohyun acabou ganhando um sussurro de repreensão de Seulgi, que alegou que a Beta deveria ter mais paciência com a filha Alfa delas.
Era engraçado como Seulgi entendia perfeitamente os sentimentos de sua filha, apesar de não falar nada, quase sentindo as mesmas sensações no seu interior. Talvez, fosse a ligação entre mãe e filha, o que explicava o lado racional de Seulgi fazer de tudo para permanecer o mais serena possível.
— Está demorando muito! — Karina continuou andando de um lado para o outro, roendo as unhas, o que as deixou completamente arruinadas.
Murmurando um xingamento, Aeri se levantou do assento e caminhou na direção da Alfa completamente fora de si, a passos largos e pesados.
Karina parou, no mesmo segundo, sem entender a ação da Ômega.
De repente, Aeri distribuiu um tapa ruidoso no rosto de Seulgi.
Todos ficaram em completo silêncio, até mesmo os funcionários da recepção.
— Recomponha-se e seja uma Alfa decente, Yoo Jimin! — Giselle gritou raivosa, apontando o dedo no rosto ardido da Yoo.
Karina somente sussurrou um pedido de desculpas, vendo a Ômega bufar ainda mais irritada.
No instante em que a Alfa buscou as outras mulheres com o olhar, todas elas desviaram os olhos, encarando qualquer ponto aleatório.
Só restou a Alfa acariciar o próprio rosto, formando um bico do tamanho do mundo.
Sem demora, uma risada rouca se fez presente no ambiente, chamando a atenção de todos os presentes.
Sana soltou um riso sincero, emanado do seu interior, enquanto balançava a cabeça para ambos os lados, em completa negação.
— Só assim para acalmar essa boiola! — Sana alegou, ainda rindo da situação vergonhosa. — Venha comigo, Karina! — a Beta chamou pela presença da Alfa, inclinando a cabeça na direção que mencionou.
Karina começou a seguir a Médica Beta pelo extenso corredor, caminhando apressada, diferente da mulher mais baixa que andava com confiança.
Era impressionante a atitude de Sana ao assumir o seu papel como Médica, independente da área escolhida. Alguns diriam que era uma profissão tranquila, entretanto, participar do processo que elabora a vida de uma pessoa nos primeiros instantes, sem dúvida, estava bem longe de ser simples. Haviam processos e cuidados que precisam de uma atenção especial, que somente o amor à área conseguiria proporcionar eficiência e maturidade para lidar com as mais diversas situações.
Antes de entrar no quarto particular de MinJeong, a Alfa precisou depositar os seus pertences em um lugar apropriado e trocar de roupa, já que as suas vestimentas, que eram classificadas como contaminadas ao ambiente interno hospitalar, poderiam oferecer um risco que deveria ser evitado, segundo a Enfermeira que a orientou no processo. Apenas dessa forma, a Alfa teria a permissão de pegar os seus filhos seguramente nos braços.
No instante em que Karina adentrou no quarto, ela presenciou a cena mais linda da sua vida. MinJeong estava segurando um bebê no colo, enquanto uma senhora de idade carregava o outro nos braços, balançando-o carinhosamente. Mesmo suada, e logicamente exausta, MinJeong era a mulher mais linda do mundo na visão da Alfa, que naquele momento, se apaixonou ainda mais por sua esposa. Karina sempre estaria orgulhosa de ter se casado com uma Ômega tão deslumbrante.
— Parabéns, querida! — a senhora entregou o bebê nos braços de Karina, que o capturou receosa, tendo o maior cuidado do mundo.
Zhanghao se remexeu inquieto, no entanto, logo relaxou e emanou um suspiro repentino.
Sentindo os seus olhos marejados, Karina observou os traços do lindo bebê, que eram tão parecidos com as características da própria Yoo, mas também tendo os pequenos fios tão ruivos quanto de MinJeong.
Ainda segurando o menino, Karina beijou primeiro o Zhanghao. Logo, ela chegou perto de MinJeong e selou a testa da esposa, em seguida, fez o mesmo na testa da linda bebê que tinha a expressão franzida, chorando manhosa. Diferente do irmão, a menina possuía olhos mais afiados, além de um nariz mais bem desenhado. Fora essas diferenças, os dois são completamente idênticos, podendo até mesmo ser facilmente confundidos um com o outro.
— Zhanghao é tão calmo... — MinJeong esticou o pescoço, admirando o bebê nos braços fortes da sua esposa.
— Enquanto a Asa... — Karina apontou com o queixo em direção a pequena Alfa, que parou de chorar, assim que MinJeong começou a beijar o rostinho vermelho que pertencia à pequena garotinha.
— Karina... Obrigada... — lágrimas começaram a escorrer do lindo rosto da Ômega emocionada, ocasionando a mesma reação na Alfa. — Você não faz ideia do quanto eu te amo! E saber que a Asa e Zhanghao são os pedacinhos do nosso amor... — a Yoo se inclinou suavemente, beijando a Ômega nos lábios e sentindo um certo gosto salgado, por causa das gotículas cristalinas de MinJeong.
— Eu também te amo muito, Snow... Muito mesmo! — ouvindo essa declaração de Karina, inesperadamente, Zhanghao grunhiu em um tom animado.
Enquanto isso, Asa começou a balançar as mãos, como se estivesse dançando empolgada.
Karina e Winter riram daquela reação dos bebês, embora as lágrimas continuassem a brotar.
Então, a porta foi aberta, revelando todas que aguardavam ansiosas por notícias, porém, agora vestidas com as roupas adequadas para o ambiente hospitalar.
— Owwn! Meus netinhos lindos! — Jieun ignorou completamente a própria filha, pedindo para pegar a menina nos braços.
MinJeong revirou os olhos, imaginando que aquela poderia ser uma reação costumeira da sua mãe.
Karina, no entanto, riu animada e entregou o Zhanghao nos braços de Seulgi- sem rodeios, que teve a mesma reação que Jieun.
— Veja só, Jieun! Eles não têm o mesmo rostinho da Karina? — Seulgi comentou, brincando ao acariciar o rosto do bebê calmo.
— Eu já acho que eles se parecem mais com a Jeonnie! — Jieun argumentou, empinando o nariz e esbanjando soberba. — E, com certeza, vão puxar a beleza da nossa família! Né, meu amorzinho?! — a Ômega disse em um tom infantil, fazendo a bebê murmurar e se agitar ainda mais.
— Só essas duas para competir numa hora dessas... — Taeyeon comentou em voz alta, balançando a cabeça em negação. — Caramba, IU! Não sacuda tanto assim a pobre criança!
Em contrapartida, Asa parecia realmente contente com aquele sacudir, acompanhando a brincadeira ao agitar bastante as mãos e os pés ansiosamente. A bebê estava ainda mais feliz por Aeri e NingNing iniciarem um coro animado, batendo palmas.
Aos poucos, dois aromas se fizeram presentes no ambiente, congelando a todos nos seus lugares.
O primeiro era de Asa, a irmã que nasceu minutos antes, que veio forte e marcante, sendo uma mistura de limão siciliano e favo de mel. Já o aroma de Zhanghao apareceu segundos depois, enchendo o quarto de toques de baunilha e caramelo.
Aquele momento marcava o início das pequenas vidas dos bebês, tal como se ambos dissessem "Olá, mundo!".
Karina e Minjeong deram as mãos, admirando o fruto do amor entre elas, bem diante dos seus olhos marejados.
Asa e Zhanghao, sem dúvidas, iriam marcar o mundo com as suas presenças tão distintas, porém, que estranhamente se complementavam.
Três Semanas Depois
MinJeong achava a sua vida maravilhosa por um lado, mas completamente injusta por outro.
Seguindo com os olhos, através da porta de vidro da sala que oferecia uma visão vasta do quintal, a Ômega admirava a sua esposa sem qualquer pudor.
A mulher ruiva limpava as folhas da piscina, segurando firmemente a peneira, estando alheia ao olhar faminto da Ômega em sua figura distraída.
MinJeong queria muito retornar a rotina de sexo, fodendo com a Alfa em todos os cantos daquela grandiosa casa, voltando a sentir a sensação extasiante de ser possuída como merecia e bem queria. Contudo, a Ômega teria que esperar mais três semanas para saciar a sua vontade, já que o resguardo exigia esse esforço de ambas.
E avistar a sua esposa realizando trabalho braçal, ainda vestindo roupas de lycra após uma sessão de exercícios físicos, certamente, não ajudava a situação.
— Oh, céus... — MinJeong gemeu de frustração, o que fez a bebê em seus braços emanar um choro irritado. — Desculpa, meu amor! — a Ômega anunciou, estalando a língua ao acordar a sua filha do sono, tendo que voltar a ninar a pequena Alfa em seus braços.
Percebendo que o choro insistia, MinJeong abaixou a blusa e começou a amamentar Asa, que logo se acalmou.
— Já terminei de limpar a piscina — Karina surgiu na frente da esposa, dando um selinho na Ômega, enquanto acariciava os pequenos tufos de cabelo da pequena Alfa.
— Está na hora de amamentar os bebês — MinJeong olhou o seu relógio de pulso, notando que a noite se aproximava. — Se a Asa já sentiu fome, o Zhanghao daqui a pouco vai começar a chorar.
— Deixa que eu cuido disso — Karina se prontificou, vendo as olheiras formadas embaixo dos olhos de MinJeong. — Eu já tinha guardado as mamadeiras reservas pela manhã, antes de cuidar do quintal — quando a Alfa disse aquilo, a Ômega suspirou de alívio, esboçando um pequeno sorriso de admiração.
— Obrigada, amor — MinJeong beijou os lábios de Karina, estremecendo ao sentir a maciez do beijo apaixonado que a Alfa tentou manter o máximo possível.
Porém, não durou muito tempo, ao passo que ambas ouviram o choro proveniente do andar de cima.
Karina se apressou em chegar à cozinha, ligando o fogão e pegando a mamadeira cheia, na qual descansava na mini-geladeira extra para situações como aquela que se desenrolou.
Primeiro, a Alfa encheu um recipiente de vidro com água, esquentando a mamadeira no banho-maria. Após alguns minutos de espera, Karina desligou o fogo e derramou algumas gotas contra a palma da mão, provando se o líquido não estava muito quente.
Logo, a Yoo murmurou em aprovação, feliz por se dar conta de estar se saindo tão bem como mãe de primeira viagem.
Karina subiu as escadas a passos largos, preparada para o que viesse. Ela sentia-se até mesmo uma super-heroína em ação, imaginando salvar a criança, que berrava manhosamente.
E, talvez, a Yoo estivesse assistindo a muitos filmes de ação nos últimos dias. O casal passou por noites em claro, tendo que deixar a televisão passando em algum conteúdo, num som baixo, para que pudessem lutar contra o sono mal dormido, conforme ficavam a madrugada acordadas, ninando os pequenos que se assustavam à toa, ambos se acostumando pouco a pouco ao ambiente, enquanto Karina e Minjeong faziam esse processo com cada um dos bebês nos braços. MinJeong conseguia acalmar melhor a Alfa agitada sendo paciente e silenciosa, e Karina tinha sucesso ao fazer o Ômega dormir quando murmurava canções aleatórias.
Alcançando o quarto dos gêmeos, Karina tirou o Zhanghao do berço e o posicionou nos seus braços, oferecendo o bico da mamadeira ao Ômega, que se acostumou com o processo rapidamente.
— Hey baby, welcome to my world... — Karina começou a cantar aquela canção, vendo o bebê fechar os olhos e tombar de sono. — I'ts a New world — a Alfa emanou uma breve risada, ao notar que o pequeno Ômega adormeceu, esquecendo-se totalmente da mamadeira em pouco tempo.
A mulher morena cobriu o bebê no berço, beijando a testa do seu precioso filho.
Logo após alguns minutos, MinJeong surgiu no quarto, sorrindo ao presenciar aquela cena adorável da sua esposa contemplando o sono sereno de Zhanghao, enquanto acariciava o rostinho bem desenhado da criança.
Karina quis colocar a pequena Asa no berço, ao lado do irmão-gêmeo, estando contente por vê-los dormir tão tranquilamente depois de dias agitados.
— Parece que estou no céu... — MinJeong disse baixo, abraçando de lado a mulher mais alta. — Consegue ouvir o silêncio?
— Consigo... — Karina prendeu o riso, afagando as costas da Ômega. — Vamos descansar um pouco.
MinJeong não poderia negar aquela proposta, assentindo positivamente em silêncio.
As duas mulheres deixaram o recinto, adentrando no próprio quarto de casal.
Karina alegou que iria tomar um banho, antes de se deitar. MinJeong apenas murmurou um som de concordância, jogando o corpo exausto contra o colchão.
Após alguns minutos, a Yoo surgiu limpa e refrescante do banho tomado, se juntando à esposa na cama. Em seguida, a Alfa esticou o corpo e ligou a televisão em um som baixo, navegando pelos canais de transmissão.
MinJeong se arrastou para o lado de Karina, aconchegando-se no peito da sua esposa. Um seriado passava na tela, ganhando a atenção da Alfa, por conta do enredo envolvente.
Piscando lentamente os seus longos cílios, a Ômega pegou no sono em poucos minutos, sentindo o calor aconchegante da Alfa.
No entanto, não demorou muito tempo para que MinJeong acordasse do seu breve cochilo.
Ela esticou o pescoço e virou a cabeça, estudando a expressão vidrada de Karina na televisão. O ambiente já havia anoitecido, sendo a luz azul da tela a única a iluminar o quarto escuro.
Foi então que uma ideia mirabolante surgiu na mente da Ômega para chamar a atenção de sua Alfa.
Lentamente, MinJeong descansou a mão contra a coxa de Karina, iniciando um afago de cima a baixo. Os seus dedos acariciavam a pele exposta, por conta da Alfa usar apenas uma camisa larga e uma cueca boxer, facilitando o plano de MinJeong.
De súbito, a Alfa se remexeu inquieta, ao sentir a mão macia da Ômega se aproximar cada vez mais do limite. MinJeong quase roçou as pontas dos dedos, praticamente encostando no monte evidente no tecido, chegando bem perto do membro semi endurecido de Seulgi.
— Dongsaeng... — a Alfa gemeu, necessitada. — Você pode... Subir um pouco mais?
— Hmm... É isso que a minha Alfa quer? — MinJeong sussurrou em um tom de voz sedutor, brotando pequenos beijos no pescoço de Karina, sorrindo ao ouvir a Yoo ofegar e suspirar pesado, ao que arranhou levemente as coxas torneadas da Alfa.
Vendo a Alfa reagir daquela maneira, devido aquela carícia tão singela, MinJeong não se conteve mais.
A Kim separou as pernas e sentou no colo de sua esposa, capturando os lábios da mulher morena em um beijo sedento. MinJeong inclinou a cabeça, adentrando a sua língua na boca entreaberta de Karina, que gemeu em satisfação. Os músculos molhados brigavam por dominância, num beijo regado principalmente de saudade e desejo.
Enquanto a Ômega segurava no rosto da Alfa pela mandíbula bem desenhada, Seulgi apertava a cintura fina de MinJeong, marcando a pele pálida com os seus longos dedos.
Ambos gemeram em uníssono, ao que o membro endurecido da Alfa roçou na intimidade da Ômega, por cima do short curto que MinJeong vestia.
Sem demora, a mulher de fios ruivos começou a rebolar, cortando o beijo apenas para gemer extasiada.
Tremendo ansiosamente, Karina tirou o membro rígido para fora, engatando o dedo indicador no short de dormir de MinJeong e abaixando a peça, expondo a feminilidade da mulher que não ousou vestir qualquer calcinha. Uma fina camada de lubrificação manchou o pano de algodão, demonstrando a abundância do desejo que transbordava da Ômega.
Era de se admirar a fricção ser tão intensa, ao ponto de Karina sentir o contorno da caverna molhada de MinJeong através do fino tecido.
Hipnotizada, a Alfa massageou dois dedos no ponto sensível de MinJeong, admirando-se pelo gemido proferido e pela fina linha do líquido molhado que se formou, assim que Karina afastou os dígitos úmidos.
— Porra... Você já está tão molhada... — Karina sibilou excitada, prendendo o lábio inferior entre os dentes, conforme removia apressada a peça inútil do corpo curvilíneo da Ômega.
MinJeong sorriu atroz, umedecendo os lábios, logo jogando os longos cabelos ruivos para trás dos ombros pálidos.
Karina segurou na base, pincelando o órgão pulsante na entrada quente e úmida de MinJeong, pronta para penetrá-la e tomá-la em uma noite quente de amor, após tanto tempo sem saciar os seus desejos.
MinJeong se sentia mais do que amada, afinal de contas, ter a virilidade da sua esposa por um simples toque sempre traria à tona o desejo insaciável da Ômega. Era um verdadeiro êxtase provar a força e a luxúria da Alfa, além da forma como Karina a tratava como a mulher mais linda do mundo, dando tudo de si para satisfazer as necessidades da esposa em primeiro lugar.
E, céus, a forma que Karina preenchia o interior de MinJeong, deixando a Ômega cheia até a borda, fazia com que a mulher desejasse nunca parar de ter a mulher morena dentro de si. MinJeong almejava apenas mais e mais daquilo que a enlouquecia, que a fazia gritar de prazer e que a ocasionava rolar os olhos de pura satisfação.
Entretanto, a diversão das duas teria que esperar, pois um coro de choro de dois bebês muito manhosos encheram os ouvidos do casal, podendo ser detectado no quarto ao lado.
— Parece que teremos que realmente esperar... — MinJeong parou no mesmo lugar, em seguida, saiu completamente frustrada do colo de Karina, começando a vestir novamente a peça que a Alfa retirou do seu corpo.
— E-Eu vou ter que cuidar disso sozinha? — a Alfa indagou, lançando um olhar arregalado para o seu membro duro como uma haste metálica.
— Desculpe, querida... — MinJeong ofereceu um suave selinho nos lábios da esposa, que se esticou para mais. — Os nossos bebês precisam de mais atenção — a Ômega deu de ombros, deixando uma Karina estupefata pra trás, agora sozinha no colchão frio.
Jimin e Winter poderiam aguardar por um momento íntimo entre elas.
Mas, sem dúvida, Asa e Zhanghao não gostariam de esperar nem mais um segundo para importunar as mamães de primeira viagem.
E essa se tornou a rotina do casal, que só podiam atender as demandas dos pequenos, enquanto precisavam deixar de lado as próprias necessidades.
Quem disse que era fácil, certamente, não tinha a menor noção do que seria cuidar de uma Alfa Lúpus minúscula e mandona, e de um Ômega Lúpus pequeno e chorão.
E se em poucos dias de vida, os gêmeos já estavam daquele jeito, ao longo dos anos, eles ainda iriam proporcionar ainda mais trabalho.
Contanto que Karina não desmaie, MinJeong achava que as duas até que dariam conta do recado.
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