Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Zahir


— Gostei do seu cabelo. — Foi a primeira coisa que ele pensou em falar depois de intermináveis 60 segundos. Já estava começando a pensar, aleatoriamente, se deveria trocar as poltronas da sala.

— Não queria te contar, mas fiz isso por sua causa — respondeu ela, se remexendo no banco.

— Por minha causa? — Houve um franzir de sobrancelhas. Esse era um assunto mais interessante de se pensar que o catálogo da loja de móveis.

— É aquela coisa de mudar por fora e trazer a mudança para dentro, sabe?

"Coisas que nunca vou entender", pensou o rapaz, mas preferiu dizer:

— Entendi.

A moça suspirou.

— Seus comentários nunca ajudam.

— E o que é que você quer que eu diga? — A voz dele parecia cansada. — Não quero que você me odeie mais.

— Eu não odeio você.

Silêncio. Ele tentou esconder o sorriso de canto.

— Olha só para mim — continuou ela. — Eu que sempre acabo tentando fazer as pazes. Quer dizer, não é porque te odeio. Acho. — Ela cruzou as mãos atrás da cabeça e olhou para o teto branco.

— Não tento fazer as pazes porque não adianta pedir desculpas para você. — O rapaz também começou a encarar a cor interessantíssima do teto.

— É porque estou frustrada.

— Entendo a sensação.

Suspiraram ao mesmo tempo e se encararam com surpresa pelo acontecido. A jovem não resistiu e deixou um sorriso de canto aparecer. O rapaz sabia da existência do sorriso sem precisar olhar.

— Preciso de uísque — disse ela.

— Puro?

— Por favor.

Ele se levantou para pegar a bebida na prateleira de bebidas no outro cômodo, sendo observado por todo o percurso, desde seus pés descalços no chão até o balanço das mãos no ar. A moça fechou os olhos por um instante, indignada com a beleza daqueles gestos.

Não demorou para que a bebida chegasse em dois copos de vidro lisos. A troca de objetos foi rápida (sem brindes naquele dia). Ele se apoiou na parede onde a poltrona dela estava encostada. Ambos beberam em silêncio durante outros intermináveis 60 segundos, porém, dessa vez, o rapaz procurava se controlar para não pensar em como a curva da boca de sua companhia feminina estava excepcionalmente convidativa.

Quando acabou, não tiveram vontade de repetir, e ela tinha plena consciência de que as batidas de seu coração estavam audíveis.

— Ainda tenho muita coisa para estudar. — A moça se levantou de súbito e largou o copo onde estava, anteriormente, sentada. — Desculpa pela visita repentina.

— Você pode vir quando quiser. — Empertigou-se o jovem.

— Não sei se é bem assim que funciona, foi meio que um impulso. — Mentira! Ela havia pensado naquilo por dias. Pendurou a bolsa no ombro para disfarçar o constrangimento. Os livros pesavam mais do que lembrava.

A falta de resposta a fez pensar que, realmente, era hora de ir embora. Pelo visto, já tinha falado demais. Feito demais. Tentado demais. Talvez ele não quisesse que ela tentasse? Certo, tinha entendido o recado.

Virou as costas, mas ele a segurou pela mão. Na dúvida de se desvencilhar ou não, a moça apenas ficou parada, tentando obrigar o coração, pelo amor de Deus, a bater mais devagar. O rapaz se aproximou e tirou o cabelo dela da nuca.

— Você não disse que queria cortar seu cabelo.

— Você não perguntou. 

Ele sorriu e beijou o pescoço dela delicadamente enquanto passeava os dedos pela sua cintura. Viu que causou arrepios na companheira e se apropriou da bolsa feminina, para, em seguida, jogá-la no chão.

— Você sabe que não precisa ir embora nunca, se quiser — sussurrou-lhe o rapaz.

— Como vou saber se não devo ir? — A pergunta da moça era tão genuína quanto dolorosa.

Ele a virou de frente, para que nenhum detalhe dela passasse despercebido aos seus olhos.

— Não vai saber — respondeu.

E quando ele passou os dedos pela boca quente dela e a beijou, a jovem, realmente, ainda não sabia.

Mas também não foi embora.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro