v. Lei zero da Termodinâmica
As expectativas estavam altas, no terceiro dia, entre todas as duplas para a prova de Trilha que poderia repentinamente mudar toda a competição. E, exatamente por isso que ela era a única alternativa para que a nova dupla azul, com Aeun e Wonho juntos novamente, conseguisse sair triunfante.
Discretamente, ou talvez nem tanto assim, Wonho observava Aeun arrumar seu cabelo com todo o cuidado em um rabo de cavalo alto, a bonita faixa, agora azul, destacando-se no seu braço.
— Será que ainda temos como virar o jogo? — ele perguntou assim que a garota terminou e começou ajeitar a camiseta que ficava extremamente colada em seus braços.
— Você ainda tem dúvidas? É exatamente por isso que eu sou o espírito dessa equipe — Aeun respondeu estufando o peito confiante. — Vamos virar o jogo e ainda vamos conseguir uma margem de pontos!
— Ah é? ... E como é que você pretende fazer isso, espertinha? — Wonho perguntou cruzando os braços e tomando um olhar semicerrado, meio desafiador.
— Eu tenho um plano, porque se a gente completar a prova em menos de cinco minutos eu aposto que consigo fazer o professor de educação física dobrar nossos pontos, já que nunca ninguém fez isso na história e..., nem é tão difícil assim Wonho, a gente só vai precisar de...
— Shhh... — Mas Wonho falou baixo e levou o dedo indicador até os lábios da garota, na tentativa de que ela pudesse parar de falar pelo menos um pouquinho. — Você pretende mesmo estragar o seu maravilhoso plano revelando-o pra todo mundo aqui, ao redor? — Então ele ressaltou com os olhos em órbitas que só mostravam várias pessoas ao lado deles dois.
Wonho estava certo, existiam muitos intrusos que poderiam ouvir o plano miraculoso de Aeun naquele momento. Mas o mais estranho de tudo foi que a menina supersticiosa não se importou com a existência de várias pessoas ao seu redor e, na verdade, ela só parou de falar porque sentiu uma pontada no peito no mesmo instante em que viu a pele macia dos dedos do Wonho encostando em seus lábios quentes.
"Será que isso é sinal de algum tipo de doença no coração? Um princípio de infarto? Eu deveria me preocupar?" — ela pensava, colocando uma mão no peito e desviando o olhar do garoto de cabelos azuis até um lugar onde os alunos rapidamente se acumularam ao redor.
— Todos se reúnam aqui no começo da trilha, por favor — um dos professores responsáveis iniciou a fala. — Vamos passar as regras da trilha e algumas dicas importantes sobre segurança...
Já completamente ciente de toda a burocracia, Aeun começou a se alongar para o longo trajeto, ignorando completamente o seu parceiro ao lado. Também numa tentativa de frear as batidas de um coração que parecia querer sair do peito.
"Minha Nossa Senhora da Competição, será que eu vou morrer logo agora, depois de recuperar o meu parceiro de equipe? — Aeun matutava ao esticar os braços, completamente assustada pela reação estranha que sentia dentro do peito. — Isso tudo foi porque trapaceei? Ou será que este ano eu tô esquecendo de algum amuleto da sorte?"
— Eu já encontrei, Aeunnie — Mas, como a vida parecia não querer colaborar com o sufoco da garota, enquanto Aeun refletia sobre seu repentino mal súbito, ela sentiu Wonho sussurrar próximo de sua orelha com uma voz anormalmente rouca. Maldição! Aquilo era um arrepio percorrendo em toda sua espinha? — A árvore mais alta — ele completou, com os olhinhos brilhando e completamente orgulhoso por seu feito ágil.
Ela, por sua vez, contentou-se em assentir sabendo que, nem se quisesse, conseguiria formular uma frase decente para respondê-lo.
— Agora que já foram repassadas as instruções, ao som do apito todos devem seguir duas duplas por cada entrada. — O professor terminou seu discurso, e aquele foi o sinal de que a Competição da Trilha estava prestes a iniciar.
Aeun e Wonho caminharam juntos até uma entrada, atrás deles uma dupla de cor branca. Ao som do apito os dois correram de mãos dadas até a árvore mais alta antes observada por Wonho, deixando a dupla branca completamente para trás.
Ambos corriam por entre as árvores como se já soubessem cada metro quadrado daquela floresta, mesmo o roteiro de entrada e saída sendo mudado todo ano, pois não havia estratégia que superasse a coordenação e o trabalho em equipe da dupla azul.
Mesmo ofegantes eles não pararam de correr até estarem frente a frente com a maior árvore que os olhos analistas de Wonho puderam captar.
— Certo, Aeun me dê as luvas — o garoto de madeixas azuis pediu, estralando os dedos das mãos.
Rapidamente Aeun retirou o par de luvas guardados na bolsa presa ao cinto de sua calça. Eram permitidos tais acessórios e até faziam parte das instruções dos professores.
Wonho as vestiu rapidamente, porém, antes que pudesse escalar a árvore, Aeun colocou a mão sob seu ombro.
— Tem certeza que é seguro? Essa árvore é bem mais alta que as que você escalou nos outros anos, e eu tô com um mau pressentimento hoje... — ela alertava, lembrando-se muito bem sobre a dor no peito que havia sentido momentos anteriores e tomando aquilo como um presságio para o desastre.
— Relaxa! Eu sei o que estou fazendo Aeunnie, não tem porquê se preocupar — Wonho falou com voz manhosa pouco antes de fazer um pequeno carinho na cabeça de Aeun para logo depois se virar para árvore e dar um salto até o primeiro galho.
Wonho não pareceu se incomodar com aquele contato mais próximo e carinhoso. Na verdade, ele parecia gostar ainda mais de ser espontâneo ao invés de engessado, como antes ele costumava se forçar a ser ao lado dela. Todavia, agora Wonho não estava nem um pingo preocupado com o que qualquer pessoa poderia pensar sobre isso. Porque a sua única preocupação era em subir naquela grande árvore e comprovar, de uma vez por todas, para Aeun que ele era a melhor e insubstituível dupla do mundo.
Por outro lado, a menina Aeun não foi capaz de deixar que aquela atitude despreocupada se passasse despercebida. Então, ela arregalou os olhos e com as mãos tentou conter uma pequena crise de soluços ao sentir mais um novo aperto abalar seu coração. Era um aperto quente como uma bela e ensolarada tarde de verão, mas que até então a garota não fazia ideia do que significava.
Mau pressentimento? Infarto fulminante? Ou um aviso dos céus?
Seja lá qual for a explicação, naquele instante Aeun se convenceu de que o melhor era segurar o aperto e os soluços inconvenientes, enquanto observava a sua dupla dar o seu melhor para escalar aquela árvore, e assim eles poderiam vencer a competição juntos, em tempo recorde, finalmente. Afinal, não era isso que ela tanto queria?
Dessa forma, assim que alcançou o topo, Wonho não só foi capaz de encontrar um atalho como também conseguiu ver todo o acampamento através da grande árvore, e a vista lhe deixou impressionado. Ainda antes de descer, sacou uma pequena câmera que levava no bolso rapidamente, só para tirar uma foto da chegada e de alguns importantes pontos de referência.
Foi apenas quando guardou sua câmera digital em segurança e desceu mais um pouco que ouviu o barulho em seu pé de apoio, olhou para baixo e percebeu que mesmo estando menos de um metro do chão não sairia ileso se caísse. Mas também, para a sua infelicidade, foi nesse exato momento que o galho danificado se partiu e o desequilibrou.
Aeun pensou ter ouvido coisas, mas não precisou pensar duas vezes a respeito do barulho estranho pois no segundo instante Wonho caiu diante de si num baque, ao ouvi-lo arfar ela se aproximou ajoelhando no mesmo segundo.
— Ai meu Deus, eu sabia que algo assim iria acontecer! ... O aperto no peito foi um sinal dos céus. Por que você nunca me escuta?!
Aeun virou o corpo de Wonho com cuidado de costas sobre chão, ouvindo alguns resmungos incoerentes do menino de cabelos azulados. Pela preocupação, ela ignorou qualquer vergonha que pudesse existir e brevemente tateou o seu abdômen em busca de ferimentos, não encontrando nenhum suspirou aliviada.
— Sorte sua ter grama nessa droga de lugar, Wonho! — exclamou aparentemente mais irritada do que antes.
— Fui eu que caí, mas é você quem está xingando — ele murmurou antes de se sentar. — Ah, era só o que faltava, machuquei meu joelho. — Wonho informou assim que percebeu uma dor anormal se alastrando do topo de seu joelho até o final da panturrilha.
— Eu não acredito nessa maré de azar, Nossa Santa Senhora das Competições, o que fiz de tão ruim para não ter nenhuma sorte este ano? — reclamou a garota, depois se lembrou imediatamente de uma série de razões pelas quais ela poderia estar sendo castigada, mas ignorou toda a consciência pesada quando fixou o olhar na perna machucada de Wonho. — Não acredito! Estamos completamente arruinados!
O joelho de Wonho encontrava-se num estado visivelmente machucado. A calça estava rasgada e um pouco ensanguentada, denunciando as consequências da queda.
Felizmente, ainda movida pela adrenalina de estarem em apuros, Aeun rapidamente pegou o pequeno kit de primeiros socorros que havia recebido dos professores, sacou um antisséptico e passou no ferimento exposto.
— Caramba! Avisa antes de jogar essa coisa ardida — o garoto de mechas azuis reclama com um biquinho no rosto. — Minha nossa Aeunnie — como um bebê, ainda reclamando, Wonho continuou a resmungar até perceber que Aeun já estava pronta para fazer nele um curativo. — Deixa que eu faço isso.
— Fica quietinho aí, tô quase acabando — ordenou concentrada, sem nem se dar ao trabalho de olhá-lo no rosto. Com uma tesoura ela terminou de aumentar o rasgo na calça o suficiente para vislumbrar todo o machucado, de uma ponta a outra. De quebra, ela ainda teve a feliz oportunidade de constatar que as coxas bonitas de seu parceiro pareciam ainda mais musculosas do que ela se lembrava, sentiu o rosto ferver ao levar em conta uma observação tão indiscreta e fez de tudo para que ele não notasse o possível pimentão vermelho que ela provavelmente estava parecendo no instante, morta de vergonha. Ainda assim, Aeun finalizou a sua tarefa com um laço. — Espero que pelo menos saiba o caminho — com o rosto corado e desviando o olhar, ela comentou.
— Claro que eu sei, posso encontrar a saída até de olhos fechados e..., aishh! — resmungou assim que deu um passo confiante para a frente, mas foi surpreendido pelo ardor persistente no joelho. Seu peito imediatamente murchou quando Wonho percebeu que, com aquele machucado doloroso, ele só conseguiria andar tão rapidamente quanto uma lesma.
Aeun, diferentemente, agiu antes de pensar direito quando relevou a iminente vergonha para enlaçar Wonho pela cintura e ajudá-lo a se apoiar sobre o seu próprio corpo. Ele, por sua vez, depositou o antebraço em seu ombro com um olhar desconfiado que se perguntava como é que uma garotinha tão pequena poderia ter tamanha força nos braços.
— Vamos, precisamos sair daqui pra levar você na enfermaria, ou sei lá o que tem aqui — ela falou andando, sem dar nenhum tempo para Wonho se acostumar com a situação.
E havia um certo limite de contato saudável entre o menino de mechas azuis e a menina supersticiosa, para que ele pudesse administrar no interior de sua cabeça sem explodir. Porém, estar abraçado com ela assim era uma sensação completamente nova e, por essa razão, ele sentiu como se todos os seus "divertidamente" gritassem descontrolados e corressem de pânico em sua cabeça.
— S-sabe Aeun..., — ele iniciou, respirando fundo para controlar sua voz e ao mesmo tempo indicar o caminho certo — quando estivermos perto da chegada é melhor eu caminhar sozinho.
A garota franziu o cenho e olhou para ele, sem entender.
— Por que isso? — questionou, seguindo a bonita trilha de amoras que fazia parte do atalho.
— Porque Kihyun pode ficar irritado com a nossa proximidade.
— E por que diabos ele ficaria irritado mais do que já está? — ela perguntou sentindo um gosto amargo na boca ao relembrar que havia pisado na bola em relação ao deus grego Kihyun. Afinal, entre todos, ele não tinha culpa nenhuma pela briga que aconteceu entre a equipe azul, a verdadeira equipe azul.
— Porque vocês são namorados e...
Aeun não conseguiu segurar a risada que lhe invadiu ao ouvir a explicação e o evidente desconcerto de Wonho.
— De onde foi que você tirou essa ideia? — disse depois de muito rir, enxugando as lágrimas que saíram com a mão que estava sobrando.
— Vocês..., não são? — ele, de outra forma, não achou graça nenhuma e já sentia as orelhas ardendo quando perguntou.
— É óbvio que não, Wonho! É cada coisa que essa gente inventa hoje em dia...
O garoto não evitou o sorriso largo e satisfeito que saiu involuntariamente, porém, levantou o rosto na tentativa de que pelo menos ela não visse. Depois, rapidamente voltou a coordenar o caminho como se nada tivesse acontecido.
Porém, estando tão focados em não desmoronarem no abraço e também em caminharem o mais rápido que podiam, o silêncio que inundou o espaço permitiu aos dois notar o quanto as coisas pareciam tão diferentes entre eles, embora tudo parecesse ainda tão igual. Quer dizer, eles estavam juntos só por causa do campeonato, como sempre, certo?
— Eu não acredito — murmurou Aeun, quebrando a linha de pensamento, ao ver a faixa de chegada e tendo a impressão de ter sido a chegada mais rápida que em todos os anos anteriores.
Só haviam os professores ali, e isso basicamente significava que eles eram os primeiros a chegar. Eram os ganhadores da grande prova de Trilha.
— Parabéns equipe azul! — parabenizou contente a professora responsável pela turma de ambos. — Wonho, o que é isso em seu joelho? Está machucado?
Aeun se jogou no chão contente e aliviada ao mesmo tempo, em resposta, ao colocar Wonho sentado em um banco enquanto esperavam o atendimento do pessoal da enfermaria.
— Eu não acredito que mesmo você estando machucado nós... quer dizer, eu te disse que iríamos ganhar Wonho!!!
Wonho riu com aquela risada gostosa de ouvir, aquela risada que Aeun descobriu naquele momento tanto sentir falta, concordado com a cabeça.
— Cada célula minha está exausta, por que você tem que ser tão pesado? — Embora estivesse com um sorriso impresso de canto a canto, ela fez questão de não esquecer a provocação depois da prova.
— Não sou tão pesado assim, você que é baixinha desse jeito.
— Quê? O que uma coisa tem a ver com a outra Wonho? — ela rebateu observando Wonho responder com um "é sim" sem sair som e torcendo o nariz sem dar o braço a torcer. — Eu não sou baixinha, você que é tipo um poste de aço..., e ainda pesado!!
— Ei, não se pode contar mentiras assim, é feio.
Ambos se encararam semicerrando os olhos como se estivessem prontos para iniciar uma nova briga, antes de começar a rirem de sua própria tentativa falha de discussão.
Enquanto o professor de educação física realizava o curativo para o garoto de cabelos azuis, Aeun observava o processo sem conseguir disfarçar que encarava Wonho durante a maior parte do tempo, e aquela também foi a primeira vez em que ela percebeu que realmente gostava de fazer isso.
🌡☀️🌡
O fim do dia chegou e com ele um dos momentos mais aguardados por todos no acampamento, a última noite da fogueira, onde todos se reuniam para comer doces, cantar e ficar mais próximos.
Era um momento que antes nunca havia sido tão interessante para a dupla azul, já que eles sempre ficavam mais empolgados com o dia seguinte para a revelação da equipe ganhadora, mas que naquele ano inesperadamente estava a ser. E foi se encarando múltiplas vezes no espelho que Wonho percebeu estar nervoso.
Seus pés batiam nervosamente na grama e não conseguia deixar de mexer em seu anel de vez em quando, nada em seus pensamentos conseguia focar por muito tempo até ouvir a voz de Aeun lhe chamar.
— Que cara de paisagem é essa?
— Cara de paisagem?
— É, você tá um tempão encarando o nada com essa cara estranha aí.
— Minha cara não é estranha.
— Só as vezes.
Ambos se calaram por um breve momento e o garoto passou a encarar o céu enquanto uma melodia baixa vinha do outro lado da fogueira, trazendo a composição perfeita para aquela noite especial. Aeun se aproximou devagar até estar quase colada em Wonho e o abraçou de lado, num súbito sentimento de saudade percorrendo sua mente, fazendo o garoto se arrepiar de imediato.
Na matéria de física, dentro do currículo do Ensino Médio, existe uma lei de nome "Lei Zero da Termodinâmica" que serve especialmente para explicar as condições para que dois corpos obtenham o equilíbrio térmico com um terceiro corpo.
Naquela noite, dessa maneira, Wonho sentiu como se o céu azul e intenso estivesse na mesma sintonia com as batidas do coração que ele podia sentir ecoar do pequeno corpo de Aeun através do abraço aconchegante que lhe preenchia. Era como se ela estivesse em um alinhamento cósmico com a temperatura do universo que os cercava, e, nesse caso, o Wonho funcionava como uma espécie de termômetro. Ele foi capaz de entender que era ela a resposta de sua equação em busca do equilíbrio, porque era e sempre foi Aeun a responsável por aquela nevasca que ele sempre sentia na boca do estômago.
Também, foi na última noite da fogueira que Wonho notou sobre ser incapaz de desfazer daquele abraço gostoso, no qual se descobriu completamente dependente em segundos, extasiado. Por isso, ainda em meio ao silêncio da noite ele rodeou os braços ao redor da pequena garota supersticiosa e brava, mas que agora estava calma e pensativa como nunca.
Ele lhe encarou brevemente apenas para perceber que, assim como ele, Aeun também admirava o céu azul-escuro, limpo e extremamente estrelado daquela noite. E assim, mais uma vez ele constatou, como da primeira vez que a viu, a respeito de que o brilho estampado em seus olhos refletia na imensidão curiosa do céu.
— Sabe, nunca entendi direito o real motivo de você gostar tanto de olhar pro céu e estudar as estrelas, quer ser astrônomo? — Aeun cessou o silêncio com uma voz meio sonolenta, como se estivesse tão confortável que poderia adormecer por ali mesmo.
Wonho riu com a reação e negou com a cabeça.
— Eu gosto das estrelas porque elas são astros que iluminam outros... O sol por exemplo, ele reflete toda sua luz por uma distância muito grande, até chegar aqui na Terra. — Aeun olhou para Wonho, enquanto ele falava e focava no horizonte, e percebeu aquele mesmo ar empolgado que ele sempre fazia ao decodificar os mistérios do universo em uma linguagem mais acessível. — Assim como você, que refletiu a sua luz bonita em mim.
Aeun encarou o parceiro surpresa e sem palavras pela "confissão" imprevisível, sentiu seu coração se acelerar com aquela mesma pontada quente e estranha no peito. A única coisa que ela não sabia era sobre Wonho sentir, há algum tempo, uma sensação bem semelhante por sua causa se formar no estômago. Entretanto, a maior diferença entre eles dois era que Wonho, ao contrário de Aeun, sabia exatamente qual era a razão especifica que lhe trazia tremores na barriga.
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