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- VIII -

- Minha senhora... - A voz de Erastos se esvaiu, embargada por emoções contraditórias ao se dirigir à deidade de vestes brancas, surgida da luz ofuscante.

- Novamente, humano... - disse ela com grande pesar. - Como ousas?

- Ah, diwanti! Que grande sorte eu tenho de uma vez mais estar em vossa presença! - ignorou-lhe as palavras como se suas próprias razões quisessem descartar o que as pudesse contrariar.
Mas a deusa branca prosseguiu.

- Sorte? É o que tu dizes como se entendesse a dinâmica das Gestas. Todavia encontrara-te comigo para que minha magnanimidade não cessasse sobre esse mundo, pois em favor dos deuses tudo vem a ser. E por acaso não foi por minha graça que, desde aquele dia que nos encontramos, teu caminho mudou? Pensas que sempre foste destinado à vida que levas entre os magos ou e não sabes que foi a deusa da munificência que o concedeu?

Hesitou um instante Erastos por causa dessas palavras. Com Alaya, ainda abraçada ao seu corpo com uma criança que cinge sua mãe, com medo de um estranho. Até então, ela não podia entender o que ali se passava e apenas observava o desenrolar dos acontecimentos. E percebeu que um átimo depois da última fala da deidade, uma estranha satisfação iluminou o rosto do jovem mago aprendiz e dissipou-lhe os pensamentos adversos. E assim ele respondeu:

- Perdoa-me, diwanti! - escusou-se com sinceridade. - A ignorância dos homens não os permite entender algumas sutilezas por nítidas que são a vós dos mundos acima. Falei-te de sorte supondo-a evidentemente advir da tua bênção. Distinguindo-os, não os quis separar, nem diminuir a importância deste em relação àquela, mas expressar o quanto tudo me é fortuito. No entanto, por mais que o seja, julgo que da grandeza de que falaste naquele dia, que tal em medida só seria o quanto coubesse a mim, ouso então admitir que o mereço e que o fortuito e a sorte e a tua bênção eram meus por direito.

O olhar dela, no entanto, revelou certa contrariedade àquele pretenso pedido de desculpas.

- Falas de direito agora diante de uma entre os deuses, humano impertinente? Nosso é todo o direito e as leis que vos governam. E por mais que declares conhecê-lo, tudo o que demonstras é desprezo ao vir até meus domínios sagrados e uma vez mais profanares meus lírios.

- Certamente que não foi minha intenção, diwanti! Nunca o foi, por mais das vezes que o tenha feito. - Disse Erastos, admitindo em parte seu erro. - Apenas quis mostrar a esta yunē beleza qual só poderia advir de tuas mãos! Por honrá-la o fiz e em minha ébria vontade de honrá-la, minha senhora!

- E quem é ela, mortal, para que a ti justifiques macular meu santuário de Kēndapradiz?

- É humana sim, conquanto princesa entre os seus em Aslabad!

- Princesa ou não, de Aslabad ou de toda Aldamā, ousaste profanar meus sagrados lírios para coroar uma humana em meu santuário. E isso é blasfemo e imperdoável!

Foi por essa ocasião que Alaya finalmente acalmando-se e bem compreendendo que aquela de branco adiante era a deidade daquele bosque, afastou-se de Erastos e ousou avançar alguns passos. Todavia, somente o quanto julgou necessário para ajoelhar-se em atitude reverente.

- Minha senhora e sagrada diwanti, perdoa-me a ousadia de te dirigir minhas palavras! - Começou com a cabeça baixa e os olhos fitando o chão. Depois ergueu a fronte e, ainda ajoelhada, retirou a coroa de lírios com a qual Erastos a adornara, estendendo-a na direção da deidade. - Ainda que não te poça pedir nada, peço que aceite esta coroa de lírios como um presente deste homem que não te quis ofender senão que me revelar a beleza de teu santuário, senhora.

Erastos, de sua parte, apenas constatou uma vez mais o quão nobre era o espírito de Alaya e dela se admirou com medida redobrada. A deusa, apesar disso, permaneceu impassível e deambulou à roda da jovem princesa como se a analisasse.

- Uma oferta a mim? Uma bela guirlanda de lírios da lua...ah! ela é! - A deusa sorriu com doçura. Mas seu rosto logo se contraiu em tristeza. - Ainda assim, profanadores, ofendeste-me e por quê? Não sou decerto uma deusa injusta e meu jardim é a mais singela das obras de deuses.

- Nem eu e nem o mestre tencionávamos ser irreverentes, diwanti! - Seguiu Alaya com olhos no chão.

- Sim, minha senhora! - interveio Erastos, encarando a deusa com ternura quando ela enfim se pôs entre ele e Alaya. - Nada tenho senão minha vida, mas ela já pertence aos deuses de modo que não posso ofertá-la a vós como tributo. - E se lembrou então do objeto mágico que trazia no alforje, o qual vinha há muito tempo trabalhando sob a supervisão de Isoutur, o mago metalúrgico. Não estava pronto certamente, mas era o mais precioso fruto de suas mãos.

*

- Penso em criar um espelho... - Foi o que respondeu Erastos à pergunta de Isoutur muitos anos antes.

- Um espelho? ‐- mostrou-se intrigado o poderoso maghim.

- Sim! Um que revele a verdade sobre alguém. Um que traga à luz o que está oculto em seu coração. Chamá-lo-ei de Vedaya, o espelho da verdade.

- Pois muito bem, faça -o e serás aceito como mago de ofício da grande Confraria dos Magos. - concordou o velho mentor de Erastos. - Devo dizer-te a propósito que muito me satisfaz não caíres na tentação óbvia de muitos novatos que imaginam armas de morte ansiando pelas glórias de outros tempos, quando nós mesmos, os maghim, construímos aqueles terríveis artefatos. Um espelho para a Verdade, entretanto, é mais valioso que espadas e escudos, meu pupilo.

Bom! A Verdade, entenderia Erastos depois de decorrido tanto tempo do dia que revelara o desejo de criar o Vedaya. Ah! Ela pode se tornar a mais terrível das armas forjadas do aço do dragão. E por isso, é preciso mencionar que esse mesmo espelho era o que trazia naquele dia o jovem mago aprendiz em seu velho alforje de couro e que, por oportuno, julgou servir de regalo à deusa de cabelos alvos diante de si.

- O que tens para mim? - Disse a deidade branca sinceramente curiosa ao receber o pequeno embrulho.

- Esse é o fruto do meu amor por ti, nascido da minha ansiedade por contemplar-te, diwanti. Na verdade, senti-me humilhado no dia em que a vi pela primeira vez, pois me julguei insignificante e indigno e ainda não compreendia o sentido de tuas palavras . Mas, conforme os dias foram passando e tudo foi mudando, saí de Mlaksīl e fui conduzido à Thalindari, percebi que tua bênção agia em mim. E foi aí que entendi outra coisa, a razão pela qual sempre fui tão diferente dos ghmanim e a razão de minha insatisfação quando vivia entre eles em Mlaksīl. Evidente que tua bênção muito me ajudou na minha marcha, mas era uma bênção que só seria eficaz se houvesse alguma grandeza no meu coração, como o disseste. E bem, perdoa-me a ousadia, hoje sei certamente que há.

- Eis um humano audaz! - Disse a deidade branca, menos aborrecida e mais admirada.
Com cuidado, ela começou a desembrulhar o pequeno pacote, com Alaya às suas costas observando atenta e igualmente intrigada com o conteúdo.

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