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- V -

Há que se saber, no entanto, que Alaya não era alguém que desistia fácil das coisas que queria. E nem tampouco tinha um tanto do decoro necessário para impedi-la de insistir numa causa depois de situações embaraçosas como o encontro dela com o rude mago aprendiz.

Dessa maneira, eis que pela manhã do dia seguinte, tão logo Erastos se pôs de pé e chegou a oficina, veio Isoutur a chamá-lo ao seu gabinete.

- Aprendiz, hoje te incumbirei de uma missão delicada, mas da qual creio que darás conta melhor que qualquer um. - Começou dizendo o mago. - A embaixada de Aslabad requer algum dos nossos que possa guiar pelas cercanias de Thalindari a princesa real, Alaya odShwali, a fim de que conheça melhor os costumes de nosso país.

- Não compreendo, honorável Isoutur. - Disfarçou sua irritação. - Por acaso, a princesa fez queixas sobre minha pessoa?

- De maneira alguma, inclusive nos foi requisitado que de preferência tu mesmo a guiasse. - Respondeu Isoutur, do qual, se não fosse um maghi longevo e conhecedor incontestável de muitos mistérios do universo, dir-se-ia que o rosto expressava uma simplória inocência. Foi o que pensou Erastos, indignado com o ardil da jovem chamada Alaya, princesa de Aslabad.

Contrariado retornou à oficina e, sem que soubesse o por quê, meteu o objeto mágico no qual trabalhava em seu velho alforje de couro, como se dele fosse fazer uso e sem considerar que ainda não estava pronto.

E alguns instantes depois estava no pátio, com uma cara sisuda e hostil, bem ao modo que seus confreis se acostumaram e deparou-se com uma turba de criados que rodeavam Alaya em sua liteira.

- Ora, ora, mestre! - exclamou a princesa logo que o viu. - Que bom que vieste!

Erastos franziu o cenho.

- A yunē pode me dizer o que significa isso?

- Isso?

- Isso! - demonstrou-se impaciente. - Digo: toda essa gente...

- Ah! Este é meu séquito.

- Bom! Se a yunē quer que eu a guie, primeiro deve dispensar os liteireiros, pois esse tipo de transporte é proibido em Thalindari, e depois outros quantos até que seu séquito não tenha mais do que duas ou três pessoas.

Ao ouvir essas palavras a princesa ficou atônita, o rapaz se impunha perante ela como um seu igual ou quiçá como um superior e a isso ela não estava acostumada de modo que se calou por longos minutos e só depois assentiu.

- Nesse caso, acho que Itay e meu guarda pessoal serão suficientes, mestre! - Disse ela recuperando um pouco o autocontrole para impedir que o jovem mago aprendiz percebesse sua hesitação e quisesse se impor a ela de novo. - Pode me dizer para onde pretende nos levar?

- Naturalmente. Não é como se eu houvesse planejado esse passeio - provocou-a, - mas pretendo fazer o que me pediste: levar-te a um lugar que não cheire a bolor e coisas velhas.

*

Desta maneira, depois que subiram à confortável carruagem puxada pelos belos cavalos da coudelaria de Thalindari, a pequena caravana partiu em direção ao oeste, transpondo a magnífica ponte de pedra construída há mais de mil anos pelos maghim e que, acompanhando diligentemente o contorno acidentado das gigantescas gargantas do cânion do rio Izi'avon, dava-lhes passagem ao idílico Bosque de Kēndapradiz e, um pouco mais além, à Muralha Viridente, que podia ser vista sem dificuldade das torres brancas de Thalindari, mas que, a medida que se aproximavam dela, tornava-se mais brilhante como se fosse feita de esmeraldas.

- Será que posso perguntar uma coisa a yunē? - Disse Erastos, quebrando o silêncio que se instaurara dentro da carruagem desde que partiram da Cidade Lótus. E como ela permaneceu calada e supostamente distraída com a paisagem além da pequena janela do veículo, ele encarou como uma permissão para continuar. - Por que solicitaste aos maghim que eu a guiasse?

- Bem! - alongou a palavra o máximo que pode para ter tempo de elaborar melhor a resposta. - Sinto muito se te causei algum incômodo, mestre. Mas a verdade...a verdade é que estou com medo deles... dos tais maghim... Ah! Perdoa-me, mas eles são muito assustadores e ainda por cima tem aquela história toda de casamento. Eu estou com medo, muito medo!

A resposta dela de algum modo o surpreendeu, pois a havia julgado um tanto mais frívola do que agora aparentava. Depois do que ela dissera passou a considerar que Alaya não passava de uma garota insegura. Jovem demais para enfrentar o estranho mundo de Thalindari com tamanhas responsabilidades sobre seus ombros.

- Quanto ao casamento... - disse Erastos de repente com uma gentileza raramente demonstrada por ele, como se se preocupasse em aliviá-la de seu fardo, - não se preocupe. Os maghim não se casam. Parece-me que há muito pouco de humano neles e, por isso, não se interessarão pela proposta de seu pai.

- Tu pensas assim? - havia entusiasmo no seu tom de voz, no primeiro momento. Mas a seguir, ela continuou: - Queres me dizer que não há forma nenhuma de que o Arquimago se interesse por mim?

Ele sabia muito bem o que Alaya pretendia com a pergunta, tentava levar a conversa para o lado emotivo, campo em que por ser ainda imatura julgava-se mais confortável para poder impor-se de algum modo a ele. Naturalmente a jovem imaginava que ele diria que era evidente que, sob certas condições, qualquer homem a acharia interessante e etc.. Dessa maneira, o forçava a elogiá-la ou até mesmo lhe fazer corte. Entretanto...

- Assim é! - respondeu Erastos, com a crueza de sempre. - Os maghim tem assuntos mais importantes para se preocupar. Eles vivem desde a época dos primevos e sua longevidade permite que não precisem perder tempo com incômodos triviais como contrair matrimônio ou ter sucessores.

A resposta a princípio soou dura aos ouvidos de Alaya, acostumada que era às bajulações da corte de Aslabad, mas depois de alguns instantes de fato sentiu-se reconfortada. Por mais contundentes que fossem as palavras de Erastos eram as mais sinceras e puras, de modo que jamais seria traída por elas. Talvez pela primeira vez na vida, A jovem princesa sentia confrontar-se com a verdade.

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