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- III -

Semanas se passaram sem que Erastos tivesse outra vez vontade de se dirigir à Muralha Viridente. Além disso, seu sentimento de humilhação tornara-o ainda mais taciturno do que de costume, algo que até quem não era próximo dele pode notar facilmente, muito embora julgarem como apenas mais uma extravagância do rapaz que há tempos desistiram de entender.
No entanto, e disso ninguém seria capaz de suspeitar, mesmo porque não compartilhara com ninguém os acontecimentos do Bosque de Kēndapradiz, o conflito em seu coração era tão grande que, pendendo entre o encanto de Kanda e o temor de Aythila, o jovem ferreiro ficou paralisado. Não sendo capaz de agir por si mesmo no sentido das coisas que desejava e, por isso, se entregava aos seus deveres como se fosse apenas uma marionete, cujos braços e pernas se moviam pela vontade de outrem.

Curiosamente, foi nessa mesma época que a pequena aldeia de Mlaksīl recebeu a visita ilustre de Edril de Thalindari, um dentre os magos da Cidade Lótus.

De tempos em tempos, ele corria as vilas da Costa Dourada ou as terras de além-mar que pertenciam aos domínios dos maghim, a fim de escolher entre os jovens, aqueles que poderiam ter algum potencial escondido e que pudessem ser úteis nos ofícios da capital. Os critérios que usava eram, entretanto, bastante obscuros de maneira que ainda que pretendessem ver seus filhos sob tutela de um mago, como forma de garantir-lhes um futuro melhor, não havia modo algum de prepará-los. O que buscavam de fato os eruditos da Cidade Lótus era algo que já devia estar neles e que não se podia cultivar.

Desta maneira, foi certamente sem nenhum aviso que Edril apareceu em Mlaksīl, convocando primeiro os pais para garantir que o ingresso dos filhos em Thalindari fosse conforme a vontade deles, e, pouco depois, os próprios filhos que já tinham o assentimento dos progenitores, a fim de submetê-los a seu exame. Desta feita, entre os jovens estava também o estranho e soturno filho de Gon.

Obviamente que não havia como antecipar a escolha do mago, todavia se alguém questionasse quem não deveria escolher apontar-se-ia sem culpa o jovem Erastos, que muitos supunham louco e de pouco raciocínio, a vez que não se ocupava dos assuntos importantes da aldeia e nem mesmo se dispunha a buscar uma esposa adequada, embora já tivesse idade suficiente para essas providências.

Assim foi com estranheza que receberam a ordem para conduzirem Erastos ao erudito e que o estranho rapaz era seu eleito, que, desse dia em diante, haveria de viver dentro das muralhas de Thalindari, onde posteriormente assumiria as nobres funções para as quais o designassem.

Houve um sentimento de revolta naquele dia entre os aldeões, mas obviamente que os mlakilim não ousaram protestar da decisão de Edril. Não o podiam fazer, uma vez que lhe temiam a força e outra, que sequer tinham o direito de impor suas queixas em face do beneplácito de Edril e de sua virtuosa casta.

Assim nem sequer um mês se havia passado desde o encontro de Erastos com as Gêmeas e, não pode o jovem ghmane deixar de ponderar sobre isso, era como se a bênção de Kanda tivesse mudado completamente o seu destino.

*

Em absoluto espanto: foi o estado em que ficou Erastos quando transpôs pela primeira vez os portões de Thalindari, a mui elevada cidade dos maghim, qual a mais exuruberante joia a adornar a Costa Dourada do Mar Interior.

Diziam os seus doutos senhores que seu orgulhoso lar havia surgido em longínquos dias da Primeira Era. E que apesar de ser fruto de um árduo trabalho de homens excepcionais, também tributavam sua origem à vontade criadora de Aythila a Rubra.

Naqueles obscuros tempos, o mundo estava sob a chama de Jamasur o deus-dragão, de quem surgiram por incesto com a grande mãe Aldamā a descendência dos primevos. Seres tão brutais e inconsequentes quanto poderosos, então Aythila veio e fez os homens frágeis e mortais perante eles, que obviamente os desprezaram.

Todavia como a mais terrível das zombarias à prole bestial de Aldamā, a Rubra dotou os homens da capacidade quase infinita de aprender e de evoluir. Sendo assim, no apogeu de poder dos primevos, aqueles que lhes serviam de escravos, como "presentes" que eram de Aythila a Aldamā, se rebelaram e, com as mais fantásticas técnicas, ciências e magia, tomaram dos primevos o governo daquele mundo, inaugurando a Primeira Era dos Homens.

Thalindari remonta dessa época e foi a primeira capital de um reino humano e, por mais que tenham depois surgido outros reinos de raças mortais, nenhum deles jamais deixou de lhe honrar a primazia ou de temer o poder dos magos que fundaram a Cidade Lótus.

E sendo levado por Edril até sua cidade, Erastos foi apresentado ao mago metalúrgico Isoutur, que o recepcionou com alguma frieza, mas que se deteve por instantes em analisá-lo e logo emitir um breve comentário:

- Parece que me será útil... - Obviamente que o mago não possuía expressões, mas dir-se-ia estar satisfeito.

Tão logo fora alojado adequadamente, Isoutur começou a ensinar-lhe suas técnicas que objetivavam criar instrumentos triviais para os serviços da cidade: colheres, garfos, machados e ancinhos, toda sorte de ferramentas, reconhecidas pela qualidade excepcional em todo o mundo e das quais o mago metalúrgico muito se orgulhava.

E anos e anos se passaram até que desses reles instrumentos de uso cotidiano, Erastos fora admitido como iniciado da grande Confraria dos Magos com o objetivo de criar não mais apetrechos banais, mas objetos mágicos, como poderosos instrumentos para seus mestres. Mago-aprendiz metalúrgico foi o primeiro título que Erastos ostentou em Thalindari, para orgulho de seu pai, o ghmane de nome Gon o Ferreiro.

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