Camila

Um mês atrás

Mais um dia chato nessa lotérica, eu estava louca pra trabalhar porém estou começando a ficar estressada com esse emprego.  A única coisa boa que me aconteceu foi ter beijado Vitor naquela festa, desde aquele dia andamos juntos o tempo todo, a gente não namora, mas creio que não vai demorar muito pra isso acontecer.

— Oi moça, ver quanto eu tenho na minha conta aí. – diz uma menina baixinha, me entregando um cartão.

— Identidade por favor! – disse com  cara de deboche que sempre faço.

Ela me entrega e não acredito que ela seja mais velha que eu, pela estatura.

Atendo várias e várias pessoas, hoje era dia de pagamento e a fila estava enorme.

Ao sair dali morta de cansada  Vitor aparece em sua moto vermelha me dando um capacete:

— Sobe aí!

Pego o capacete e monto na sua moto.
Vitor me leva pra longe dali numa arrancada que me tira todo o fôlego.

Morro de medo de sair por aí na garupa de uma moto, mas com o Vitor é diferente, ele me faz me sentir maravilhosa, sentir a brisa no meu rosto era a melhor parte, tirando a parte em que eu o agarrava pela cintura. 

Vitor: Pronto, entregue.

Tiro o capacete e o pergunto:

— Que horas você volta?

Vitor: Já está me dispensando?

— Não é que...

Vitor: Já sei... a gente não tá namorando e sua mãe vai reclamar e...

Antes que ele estrague o clima dou um beijo nele. Foi um dos melhores, confesso que chorei e não foi dos olhos. Ops...

Terminamos aquele beijo com uma mordida no lábio inferior.

Vitor foi pra casa dele.

Tiro o uniforme e vou pro meu banho relaxante, começo a cantar:

Oh my God, look for ass!

— A pronto, agora dei pra  cantar as músicas da Nicki! Nossa tem um tempinho que não vejo o Gustavo.

E assim passa o meu mês, De casa pro trabalho e se encontrando com o Vitor. Até que um dos dias de folga quando decido mandar mensagem pro Vitor no meu tablete:

Um cara ou sei lá o que me puxa pra dentro do tablete: Como assim? Dentro do Tablet?

Xxx: Meu nome é Doctor Music ou pode me chamar de Espectro.

— Como é que é moço?

Espectro: Essa é burra que dói- diz meio que sussurrando, mas eu escuto.

— Posso até ser lerdinha, mas burra não! Você me tira do meu conforto, meu dia de folga pra ser exata e ainda não me disse o que quer!

Espectro : Você é a única que não teve medo de mim! Vim pra dizer que você precisa se aproximar do seu amigo o Gustavo.

— Não vai me ameaçar ou tentar me matar ou coisa do tipo? Que horas que vou acordar desse sonho idiota.

Ele me olha fixamente e me dá um tapa bem na minha cara.

Antes que eu possa revidar ele me prende sem ao menos me tocar.

— Eu já disse, você precisa voltar a andar com o Gustavo, você não precisa saber sobre meus planos, não agora. – Diz com uma voz extremamente grossa.

Mal pude responder e ele me joga pra fora. 

Nossa isso foi bem louco, é melhor relaxar a mente, se eu contar pro Gustavo ele pode achar que estou louca, ou será que eu estou  mesmo?

Dias atuais...

Decido ir pra casa do Gustavo, senti falta das partidas de video-game.

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Mesmo com todo o problema que estamos enfrentando com esse vírus, escritores não parem a vida de vocês, continuem escrevendo assim como eu. Vamos tomar os devidos cuidados.

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