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• Ato II •

Music: Eden feat Leah kelly - Crazy in love ❤️

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Enfeitiçada por você

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— Cansou de olhar-me a distância? — diz provocativo ao manter o seu sorriso. Sua voz rouca chega aos meus ouvidos, de forma gradual, límpida e íntima. — Nunca lhe disseram para não seguir desconhecidos? Ou no mínimo não ficar completamente isolada com ele?

O odor de cigarro toma toda a pequena área em que estamos, mesmo sendo uma área aberta. Olho ao redor neste instante, pondero as suas palavras e não vejo ninguém. Apenas o feiticeiro que conquistou a minha atenção, encostado na mureta. Em uma pose calculada, assemelha-se a uma fotografia de um perigoso e sedutor mascarado.

O brilho do seu olhar reflete a luz atrás de mim.  Sendo eu, nada além de uma silhueta, creio.  Mas, seguindo o pensamento anterior, se quisesse safar-me dele, vejo, à minha direita, uma escada, ao fundo, um jardim bem iluminado repleto de árvores, às costas, o salão.

Entretanto, de um modo geral, sim, ele está correto. O som do baile nada mais parece que uma melodia distante. Se, por um acaso, os ânimos perdessem o controle e eu gritasse, não faria diferença. Tão pouco estaria salva se tentasse resistir, correndo por este jardim.

Devoto a minha atenção a ele, com cautela, já não tão segura de estar aqui – ou da minha ação impetuosa – mas esta aventura também me excita. O que me faz chegar à conclusão: meu âmago não nega a atração por ele, seja por curiosidade ou pelo orgulho ferido. Essa atração me fez vir aqui, aliás. Posso virar e ir embora, mas não quero. Quero-o.

— Não irá responder? Talvez, não tenha sido suficientemente sofisticado em minhas palavras. — diz desencostando do muro, parecendo agora muito mais alto e imponente. Fazendo o meu olhar se erguer para poder manter o meu olhar no seu.

Diante dele, sinto-me pequena. A presença que passa, em sua postura, seu caminhar, é de alguma forma esmagadora e de uma confiança, assombrosa. Posso ver agora os seus olhos felinos, parecem ser claros, embora não saiba a cor exata. O contorno dos seus lábios, que me tentam o juízo, o seu queixo bem definido. Sedutor, confiante, um tanto perigoso, maldoso, uma combinação que o torna irresistível.

— Boa noite, my lady. A que devo a sua presença. Ou a sua curiosidade, talvez?  — persiste ele, indagando com escárnio, com uma linguagem propositalmente rebuscada. Como se odiasse esse papel, embora soubesse atuar. Mantém seu olhar fixo no meu. Ele deixa transparecer, sem medo, a sua diversão com a minha falta de fala, que evidencia as emoções que me afligem. Sinto-me confusa, não consigo defini-lo, então não sei a que pé estamos.

Seu divertimento soa como um alerta, seu olhar não é a única coisa felina. De forma direta, ele alfineta meu orgulho. É raro que eu perca a fala. Isso causa uma breve raiva em mim.

— Boa noite. Imaginava que, como um cavalheiro, você viesse até mim. Mas, não tive sorte e não tenho tanto tempo para desperdiçar com esses jogos infindáveis, que não levam a nada. Então, sim, vim até aqui porque me senti atraída por você.

— Ousada... — murmura baixo, com diversão. — Estou longe de ser um cavalheiro... No entanto, se desejar, posso me tornar, apenas para mantê-la atraída pela minha... simpatia — diz ao tempo em que leva o cigarro até a boca para tragá-lo. Desta vez, solta a fumaça lentamente. Abaixa-se levemente, em seguida, para ficar à altura dos meus olhos. — Como bem sabe... não é difícil colocar uma máscara, é?

Com essa ironia, cala-me de vez. Até então, ele me instigava coisas como tesão, sedução e desejo de monopolizá-lo. Mas, neste instante, tenta brincar com minhas emoções, invocando sentimentos de raiva e confusão... Não sei se me jogo em seus braços e entrego-me à excitação, ou se o odeio pela chacota e disparate.

A questão da máscara em si, não me incomoda, contudo, o que me surpreende é sua sinceridade implacável comigo. A última vez que que ouvi palavras sinceras, foi há muito, muito tempo. Quando eu era apenas uma criança ainda... deveria ter uns nove anos.

No episódio da morte da minha mãe, ninguém me via. Não, mentira, me viam sim. "A pobre menina sem mãe." Existia a imagem do que resultou de uma família quebrada, sem aquela pessoa que trazia o amor e doçura à casa. Meu pai se afundou em trabalho, bebida e mulheres.

Enquanto isso, eu chorava perguntando-me o porquê. Deus tirou a minha mãe de mim.  Meu pai, não se dava ao trabalho de dizer que possuía uma filha. Pergunto-me se em algum momento ele se recordava desse fato. Com o tempo, todos esqueceram que minha mãe existiu. Logo, somente eu parecia sofrer a sua ausência.

No entanto, um dia, deparei-me com alguém. Não me lembro quem. Ele tinha cabelos amarronzados e curtos. Suas roupas estavam sujas, rasgadas e mal-cheirosas pelo suor do trabalho — um empregado, imagino, alguns anos mais velho. Ele foi sincero.

— Eles não te vêem pois você é criança. Quando for adulta, eles verão o seu dinheiro, sua beleza e irão fazer tudo para te a alcançar. Mas... nada mais. — disse firme, até meio amargurado, me assustando um pouco. Vendo a reação que me causou, amenizou e ficou da minha altura, falando agora docemente. —  É bom você ser forte, garotinha. Eles não vão ter pena, só porque você parece um pequeno anjo, mesmo com o rosto manchado por lágrimas.

O rapaz se foi... desde aquela época, nenhuma outra palavra verdadeira chegou aos meus ouvidos. Não consigo lembrar-me de nada do seu rosto ou sua voz. Nada. Isso faz-me rir sozinha, irônica. Mesmo o meu primeiro amor foi esquecido. Quem diria no que me tornei. Meus olhos recaem sobre o homem diante de mim e suponho que, aos seus olhos, me assemelho a uma louca.

Seria interessante se este fosse aquele rapaz. Mas é impossível, não é? Uma lástima. Se por uma coincidência fosse, mesmo sendo irritante e me causando toda essa desordem emocional... eu o agradeceria.

O "Feiticeiro" me olha com estranheza, suponho que tentando compreender o que se passa pela minha mente insana. Em mim há uma veia latente de insanidade que se evidencia.  

— Talvez, amigo, hoje eu não queira um cavalheiro, não queira nada supérfluo. Talvez, eu queira um pouco de verdade... Por isso começo respondendo à sua pergunta: "A que se deve a minha presença? À minha curiosidade? " Creio que é isso: curiosidade e tesão. E você? — pergunto sem rodeiros. —  Francamente, não sou uma mulher que passa despercebida, sou considerada atraente pelos padrões da sociedade. Por que não veio até mim? Obviamente, sabia que o espiava. Manipulou-me, sem dúvidas. Que jogo está jogando?

Vejo-me caindo em uma armadilha, instigada pela lembrança distante. A minha admissão sincera de todos os meus pensamentos são mais ações não calculadas. Este homem pode ser um grande mal. Ele me olha sério, com uma expressão surpresa e, de repente, para meu total assombro, eu o escuto rir. O rapaz, joga o cigarro no chão, pisando sobre ele. Levanta as mãos para me aplaudir.

— Leve? — Agora que ele comenta, eu percebo. Sim, é verdade. Sinto-me mais leve. — Venha, parece que não é só curiosidade ou tesão. Quer a companhia de um desconhecido que não tenha qualquer ligação contigo. Isso é comum para vocês, não tenha vergonha. — Estende-me a mão e, por algum motivo, apenas vou.

Enfeitiçada. Essa seria a palavra que define o que se passa comigo. Encantada por sua aparência, fala e mente. A cada pequeno passo que dou em sua direção, sinto-me mais leve. Sinto cada armadura que construi ao longo dos anos se partir, uma por uma.  Às vezes, vale a pena um descanso. Uma aventura... É assim que me sinto.

A última vez que retirei a máscara de socialite? Nunca. Claro, em boates não se faz muito útil porque ninguém chega perto o suficiente para que seja necessária. Talvez este meu comportamento seja culpa das oscilações de humor que me provocou, das memórias ou só estou buscando qualquer desculpa.

Por ele, sou guiada através do jardim que, à noite, tem um aspecto fantasioso. A iluminação é calculada para causar este efeito mítico e instigante. Em determinado ponto, reflito, disse-me ser comum que precise de companhia... Com o que trabalha para que se sinta solitário? Mas em todo o caso, não menti sobre a minha atração.

— O que o faz pensar que quero a sua companhia por você ser um desconhecido?  Isso seria um motivo para, de forma contrária, não querê-lo. Quero, sim, você. E não é por esse motivo. Geralmente, tenho o que quero. Eu o observo e sinto-me seduzida, contrariando os meus instintos. Isso parece errado para você? — Talvez, com a minha sinceridade, eu tenha passado uma imagem equivocada de que busco laços. Embora deva admitir: a possibilidade de não vê-lo de novo causa-me um incômodo. Depois de disparar minhas reflexões, fico em silêncio. Escuto-o dar uma sonora gargalhada, surpreendendo-me.

— Entendi... Sou irresistível. — Observo-o e parece estar se divertindo. Empolgada com seu ânimo, paro de caminhar e o olho, falsamente séria. Dizendo pelo olhar para que não seja cínico. — O que quero dizer, é... Meu trabalho é observar as pessoas. Saber do que elas precisam ou querem. Estudei psicologia, assim como linguagem corporal, minha cara. Acredito que não saiba do que precisa, muito menos o que quer. Diga-me, com o que se diverte?

— O mesmo que todos: festas, compras, viagens, teatro, shows, casos casuais... — respondo.

O desconhecido estreita os olhos para mim e não parece satisfeito com a resposta. Solta a minha mão, dá poucos passos até parar adiante de mim, vira-se e volta a ficar na altura dos meus olhos, tão próximo... faz com que todos os meus sentidos fiquem em alerta.

— Gosta realmente dessas coisas? — diz, encarando-me severo. Pressinto tantas outras coisas se passando em sua mente, mas não consigo decifrá-las. — Acredita mesmo nisso?

— Sou filha de um homem rico. O que me faz rica, uma boneca linda, mas somente isso. Esta vida me foi dada, assim como meus gostos. — Seu olhar se torna cada vez mais irritado, a cada palavra proferida por mim. Quando termino a frase, acabo fugindo do seu olhar. —  Vivo a vida com o que ela tem para mim. O que há de errado? — digo ao achar um absurdo a sua estranheza.

— Você mente muito mal. Você quer algo? Está certa em não dar voltas ou meios termos. Mas você só fez isso, após frustrada. My lady, você me quer? — Sua mão direita passa pela minha cintura, enlaçando-a e me puxando contra si. Arfo pela surpresa, não compreendendo como passamos a isso. Não previ que o homem que conversava calmamente comigo se tornaria tão bruto ou que, em algum momento, tenho feito algo para provocar uma ereção contra a minha barriga. — Pegue. Estarei pronto para você.

Sua voz fica baixa e a nossa cumplicidade de há pouco se transforma. O clima fica totalmente carregado de tesão. Ele leva sua mão livre até a minha face, acariando-a. Faz-me engolir em seco, mordendo o meu lábio inferior. Tudo que consigo ver são os lábios dele, que me são tão atrativos.

— Sabe por que não fui atrás de você naquele salão?  Porque máscaras não me excitam... — diz ao mesmo tempo em que leva a mão até a minha máscara retirando-a e deixando-a cair no chão.  — Mas não era dessa que eu estava falando.

Embora saiba que suas palavras tiveram um ponto de crítica, já não me importo, principalmente quando seus lábios subitamente tomam os meus com uma sede desenfreada. O feiticeiro, gentilmente, faz com que andemos para trás, até encostarmos em uma árvore.

Envolvida, levo as minhas mãos até a sua nuca e enfio os meus dedos entre seus cabelos sedosos, correspondendo ao beijo com a mesma volúpia. Sua língua brinca com a minha, enquanto arrepios me tomam o corpo. Suas mãos percorrem o meu corpo indo até a cintura e seguram firme, erguendo-me. Por instinto, tento abrir as pernas para abraçar o seu quadril com elas, mas ele me impede.

— Ainda não, tenha paciência, pequena. — diz contra a minha boca, sorrindo.

Sinto-me levemente constrangida com a minha afobação. O meu mascarado apoia-me ainda mais na árvore e cola o seu corpo no meu, subindo levemente o tecido do vestido com o ato. Para de me beijar para, em seguida, encaminhar o seu rosto até próximo à minha orelha.

— Abra as pernas para mim... — comanda, com uma voz rouca e profunda. Sua voz mexe comigo de forma profunda e faz com que eu gema em necessidade por mais. Cumprir sua exigência é algo que me daria imenso prazer, mas, com este vestido longo, não sei se seria de muita valia com essa grande quantidade de tecido.

Obedeço-o e então sinto sua perna entre as minhas. Pressiona a minha intimidade, que já está úmida e latente de desejo. A onda de desejo que sua ação provoca faz-me arfar ao pé do seu ouvido, fazendo-o se arrepiar. Sua ereção também responde, contraindo-se contra meu corpo, causando-me uma sensação prazerosa de poder sobre este grande homem.

Seu rosto desce para o meu pescoço, passando a ponta da língua, quente e molhada, fazendo-me arrepiar. Morde levemente vez e outra, brincando com qualquer senso que ainda há em mim. Em cada lugar que ele toca, minha pele queima de desejo. Abro um pouco mais a perna em busca de mais fricção.

Posso escutar sua respiração pesada e sentir o seu hálito quente contra a minha pele, ao mesmo tempo em que parece se divertir com a minha aflição. Desce seus beijos ao meu colo, descendo pouco a pouco o decote do meu vestido, deixando meu seio exposto para que possa abocanhar e mordê-lo com um pouco de força. Em contrapartida sua mão esquerda sobe ao meu outro seio, apertando-o.

Mordo os lábios, gemendo, enquanto observo atenta e excitada o que ele faz. Sua boca em meu corpo me causa uma vontade desesperada de beijá-lo novamente. Com minhas mãos ainda em seus cabelos, tento trazê-lo para cima de novo e, por um acidente, acabo tirando a sua máscara, fazendo-a cair. Nesse instante, posso ver os seus lindos olhos, expressivos e fascinantes, me olhando com a mesma necessidade que sinto por ele, nublados de desejo. Contudo, quando o seu olhar se foca no meu, é como se o encanto tivesse se desfeito ou a realidade batesse à porta.

Ele parece se dar conta do que está fazendo e se afasta, puxa o decote do meu vestido para cima e cobre a marca de seus dentes. Coloca-me no chão, abaixa-se e pega a minha máscara. Então coloca-a de volta em mim. Suas mãos deslizam rapidamente pelo meu corpo, arrumando o meu vestido.

Desnorteada, não consigo fazer nada além de observá-lo enquanto passa o polegar próximo à minha boca, limpando o que estava borrado do batom. Instintivamente, mordo meu lábio, assim que sua mão se afasta. Ele faz o mesmo consigo, embora não tenha sujado muito. Abaixa-se novamente para pegar a sua própria máscara e colocá-la, endireitando o próprio corpo, ao mesmo tempo em que arruma o seu terno.

— Parece que passamos dos limites. É hora de voltarmos. — diz, penteando os seus cabelos com os dedos. Volta-se para mim e segura o meu braço. Puxa-o de leve e me guia de volta parao  baile, para a varanda em que estávamos.

Subimos as escadas e ele me deixa próximo a um pilar, que me esconde dos olhos curiosos. Contudo, afasta-se de mim, retornando para a mureta. Eu o analiso sem entender, mesmo agora. Ele provoca um turbilhão de sensações em mim e depois se afasta sem uma justificativa. 

Ele parece escutar as dúvidas que estão rondando a minha mente, olha-me cansado.

— Você ainda não está perdida na mesma lama que os demais. — diz, sinalizando para as pessoas dentro do salão. — Quer companhia. Te dou. Contudo, é somente isso que posso te oferecer. Você crê veementemente que não, mas é uma pessoa que facilmente se torna dependente. Basta lhe dar o que ninguém costuma te dar. Como você mesma disse, só precisa de um pouco de verdade. Mas claro, você pode desejar ser tratada como todas as demais pessoas com quem trabalho.

Não consigo entendê-lo. A que trabalho ele se refere?  Sinto-me contrariada, frustrada com ele e comigo mesma. E, por demônios,quem ele está imaginando que é? Meu psicanalista?  Estou irritada com a calmaria desse homem que tanto me desestabilizou. E sequer sei o seu nome para ofendê-lo devidamente.

— Lama? Não sei do que está falando, mas entenda uma coisa. — respondo em um tom mordaz, enquanto observo-o dos pés a cabeça. — Não sou um brinquedo! Crê que me conhece, nessas meias palavras que trocamos? Manipula-me sem pudor, instiga-me. Ateia fogo para, subitamente, se afastar. Qual é o seu jogo?

— Você é uma mulher inteligente, seja inteligente e apenas fique longe de mim. — Ele mantém a calma, parecendo calcular e pesar as palavras ditas para mim. Descrente, seguro minha mão para que não o estapeie por me fazer de tola.

— Você diz isso, mas só me instiga a ficar ainda mais. — digo, petulante, quero bater nele, mas este calor, que persiste dentro de mim, ainda o quer. — Veja entre as suas pernas, o volume é claro e a resposta é óbvia. Você me quer e está sedento, por que luta? Por que floreia, se quer se perder no meu corpo, tanto quanto eu no seu?

— Teimosa! — diz, parecendo inconformado e impaciente. De certa maneira, divirto-me ao vê-lo perdendo as estribeiras. Então o enfrento, como uma adolescente, erguendo o queixo e estufando o peito. Ele me olha, balança a cabeça em negativa, sai do muro e vem para mim em passos apressados. Segura com firmeza ambos os meus braços.  — Você, mesmo agora, não sabe quem sou? Que inferno de mulher!

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Nota: O capítulo demorou, mas saiu. Espero que tenha alcançado as expectativas e já estamos trabalhando no próximo. ❤️😍


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