Capítulo 5
Melissa foi ao quarto, e jogou-se sobre a cama ainda com Bruno nos pensamentos.
Estava entrando em um caminho perigoso, estava sentindo alguma coisa por Bruno.
Melissa logo adormeceu.
Despertando as pressas, pois estava atrasada para o trabalho.
Em seu escritório Bruno estava sob o computador, ele observava a ficha de Melissa.
Olhou a fotografia dela.
Suspirou. Como ele foi se sentir atraído por ela? Tinha quer mudar de atitude, estava esquecendo-se do que Melissa estava fazendo ali com ele.
Olhou para o relógio no pulso.
Melissa estava atrasada.
Quando Melissa chegou, olhou para ele que a aguardava
_ bom dia. - Ela diz
_ bom dia e esta atrasada.
_ desculpe, não tive a intenção.
_ então acorde mais cedo, isso é um trabalho e não um parque de diversões.
_ eu já pedi desculpas Bruno.
_ suas desculpas não me serve para nada, tínhamos um compromisso às nove horas e o perdemos graças ao seu atraso.
_ isso acontece porque você não se comunica comigo.- Ela resmungou e sentou-se a escrivaninha.
_ eu não estou aqui para isso.
_ certo, voltamos ao inicio.
_ do que esta falando?
_ acho que você sabe.
_Espero que esteja falando de trabalho.
Melissa percebeu que Bruno estava de péssimo humor.
_ aonde iríamos?
_ não importa mais.
_ eu já disse que sinto muito.
_ não importa o que você sente! Isso é um trabalho! Deixe seus problemas em casa.
Se ele soubesse que o problema dela era ele...
_ esta de péssimo humor hoje. - ela comentou
_ as vezes acho que você faz isso para me irritar novata.
_ acredite, eu não gosto de ouvir seus gritos.
_ é mesmo? Então chegue na droga do horário!
E ele calou-se, levantando-se.
_ vista a camiseta do IBGE, vamos ao Alemão.
_ achei que havíamos perdido o compromisso
_ pare de tagarelar e faça o que estou mandando.
Melissa observou aquele homem mal humorado, imaginando o motivo de ele estar tão arisco aquela manha.
Será que foi pelo beijo na noite anterior?
Ele jogou a camiseta sobre ela que o observou furiosa
Aquele homem a tirava do serio.
No caminho para o Alemão, Melissa observou Bruno, ele dirigia calado e parecia não estar ali.
Ela o notou mais distante que antes.
Ao descerem do carro já na favela, ela o perguntou
_ será que poderia me dizer o que viemos fazer aqui?
Ele a encarou apenas
_ você me ouviu?
_ vamos entrevistar uma amiga da moça assassinada.
Ao entrarem em um beco no caminho para a casa da moça, avistaram os traficantes que batiam na moça. Bruno a puxou pela cintura escondendo-se.
_ fique quieta. - ele diz
Olharam-se, as mãos de Bruno ainda estava na cintura dela, prendendo-a entre si.
Melissa estremeceu e Bruno notou.
_ esta tremendo novata. - Ele comentou
_ deve ser o calor.
_ o calor faz você tremer novata? - Ele perguntou irônico, certamente ele sabia por que ela estava tremendo.
Ela calou-se e desviou o olhar.
Bruno sorriu.
_ isso esta acontecendo por sua culpa.
Melissa o fitou, do que ele estaria falando?
_ o que? - Perguntou sem entender
_ o seu atraso.
_ então era só virmos outro dia.
Bruno a soltou devagar, mas ainda mantinha-se próximo a ela.
_ melhor irmos, fique do meu lado e não faça barulho.
Estavam no carro
_ parecem nos observar. - Melissa disse ao notar alguns traficantes os observando.
_ e estão. Bruno diz saindo da favela
_ será que eles desconfiaram de nos? - Ela perguntou
_ notei algo bem pior que isso novata.
_ o que?
_ acho que já sabem de nos.
O telefone de Bruno tocou e ele atendeu, enquanto dirigia.
_ sim.
_ soube de alguma novidade? - uma voz masculina entoou em seus ouvidos.
Bruno fitou Melissa.
_ não. Nenhuma.
_ certo. Sabendo de alguma coisa, me contate.
_ certo chefe.
E desligou.
_ o que foi? - Melissa perguntou
_ o chefe me ligar é algo realmente estranho.
_ por quê?
_ ele não costuma fazer isso. Parece muito preocupado e isso é estranho.
Chegaram ao escritório.
_ pode ir, esta dispensada.
_ tão cedo encerrando o expediente?
_ preciso resolver algumas coisas.
_ e porque sem mim?
_ Melissa não me deixe mais estressado esta bem? Vá para casa.
_ esta bem. Ate amanha então.
_ ate amanha, e não se atrase.
Melissa foi para casa.
Bruno estava desconfiado. Havia alguma coisa por detrás daquela ligação fora de hora de seu chefe.
Bruno esperou anoitecer para ir para casa.
Ao chegar em casa.
Bruno buscava relaxar, e tomou uma bebida.
Ao tomar a bebida, Bruno sentiu-se zonzo e caiu sobre o chão.
Bruno havia desmaiado.
Melissa sentia-se entediada em casa, e resolve sair para espairecer.
Passou pela casa de Bruno, e Melissa viu fumaça.
Ela correu ate a casa dele.
_ Bruno! _ Ela chamava sem resposta
Melissa olhou pela janela e o viu caído no chão
Ela atirou na porta de entrada, arrebentando a fechadura.
Havia muita fumaça, e os cômodos já estavam em chamas.
_ Bruno!- Ela tentou acordá-lo sem sucesso.
_ meu Deus, o que vou fazer? - Melissa estava em desespero, e tossia pela fumaça.
Ela viu um carpete, e teve uma ideia.
Melissa colocou com muito esforço Bruno sob o carpete, e o arrastou para fora da casa.
Em seguida, ela ligou para os bombeiros.
Ela aguardava os bombeiros que demorou alguns minutos.
_ aguente firme Bruno. - disse segurando a cabeça dele.
Os bombeiros chegaram, junto com uma ambulância
Levam Bruno para o hospital, e Melissa foi com ele
Ela o observa entrar a uma sala, e fica aguardando por noticias.
Melissa esta apreensiva e preocupada.
Logo o medico foi lhe falar.
_ é da família do Bruno Vargas?
_ sim.
_ ele vai ficar bem, já esta acordado. Não sofreu nenhuma queimadura apenas inalou um pouco de fumaça, estamos fazendo alguns exames complementares, pode esperar enquanto não sai o resultado.
_ obrigado doutor. Graças a Deus. - Melissa diz aliviada _ será que posso ver ele?
_ claro, me acompanhe, por favor.
Melissa segue o medico em silencio
Bruno observou Melissa entrar no quarto onde estava.
_ já volto com os resultados dos exames.
_ obrigado.- Melissa diz
O medico se retira, e fica apenas ela e Bruno no quarto
Ela se aproximou
_ como se sente? - Ela perguntou
_ salvo. E você me salvou novata.
_ sim, parece que me deve alguma coisa.
Ele a fitou e sorriu
_ certo, devo minha vida a voce.
_ talvez possa me dizer obrigado.
_ obrigado por me salvar.
_ fica me devendo.
_tentaram me matar Melissa.
_ e por que supõe isso?
Melissa sentou-se a cadeira ao lado da cama de Bruno, que se levantou e tossiu.
_ não pode levantar-se Bruno
_ tenho que sair deste hospital.
_ não pode sair, você quase morreu Bruno.
_ sim quase morri ,e se ficar aqui vão terminar o serviço.
_ que serviço? Sua casa pegou fogo.
_ minha casa não pegou fogo, puseram fogo em minha casa.
_ você viu alguém fazer isso?
_ não eu não vi, eu cheguei e apenas me servi de uma bebida, e apaguei. Eu desmaiei novata.
Melissa o fitou se tentaram matar Bruno, então ele não tinha nenhuma culpa na corrupção que havia em seu departamento.
_ o que foi? O que esta pensando?
_ em nada. - Ela desvia o olhar
_ me ajude a tirar essa droga de medicamento.
_ não pode sair ate o medico dizer que possa ir para casa.
_ o que você não entende? Tenho que sair deste lugar agora.
_ porque é tão teimoso Bruno?
_ faça o favor de chamar o medico!
- Bruno disse irritado.
_ pode ao menos esperar o resultado dos exames?
_ eu não sei!
Ele gritou, e o medico voltou trazendo os exames
_ aqui estão seus exames Bruno. Havia uma grande substancia de remédio para dormir em sua corrente sanguínea.
Bruno e Melissa se entreolham.
_ tomou algum remédio para dormir? - Melissa perguntou
_ não. Agora podemos ir? - Bruno tinha pressa.
_ não pode sair do hospital. - disse o medico
_ eu posso e vou.
Melissa fitou o medico.
_ pode assinar um termo e sair, sendo de sua responsabilidade se algo acontecer.
_ ótimo, onde assino?
_ pode assinar antes de sair.
_ certo, pode tirar esta coisa do meu braço? - Ele perguntou olhando para o escape no braço por onde tomou medicamento.
_ eu posso ficar com os exames?
_ posso deixar com a policia.
_ nos somos a policia. - melissa mostrou o distintivo ao medico
_ certo.- o medico lhe entrega os exames.
Bruno estava no carro pensativo, e Melissa ao seu lado.
_ porque pediu os exames?
_ esta desconfiado de mim Bruno?
_ não pode responder a minha pergunta?
_ porque é uma prova de que tentaram te matar.
Ele riu
_ é claro, e acha que vamos contar para policia?
_ sim, e a quem mais?
_ a policia esta por trás do que aconteceu na minha casa Melissa. Tentaram me matar e não estão felizes por não conseguirem.
Melissa calou-se, agora tudo fazia sentido.
Bruno era inocente.
_ você foi muito bem Melissa. - Bruno disse com voz calma
_ eu sei.
_ é serio. - Ele a fitou.
_ estava passando, e vi sua casa saindo muita fumaça. - Melissa comentou
_ você me salvou a vida novata, e agora salvarei a sua.
_ parece uma boa troca. -Ela comentou
_ vamos ter que sair da cidade.
_ para onde iremos?
_ Minas Gerais.
_ conhece alguém em Minas Gerais?
_ sim meus pais são de Minas Gerais, eu nasci em Minas.
_ não notei, e nem mesmo tem sotaque.
_ sai de Minas muito jovem, vim para o Rio fazer faculdade.
_ e de que cidade são seus pais?
_ uma cidadezinha do interior. Chama-se Ibitipoca.
_ um belo nome para uma cidade rural. - Comentou melissa.
_ sim, você gostara de lá. Direi aos meus pais que somos noivos. - Ele a fitou buscando reações nela.
_ e porque dirá isso? - Melissa perguntou curiosa.
_ porque eles acreditam que sou noivo.
_ mentindo aos pais. Que feio Bruno. - Ela comentou.
_ se importa?
_ não.
_ ótimo. Se importa se eles falarem de netos?
Melissa sorriu.
_ os seus pais querem um neto?
_ sim.
_ é filho único?
_ exatamente.
_ pobre de seus pais esperarem que lhe de netinhos.
_ só estou esperando a mulher certa.
_ sei, vou dormir um pouco.
_ esta bem. Temos umas seis horas de viagem.
_ me acorde antes de chegarmos.
Bruno piscou para Melissa, e ela pousou a cabeça no banco do carona, fechando os olhos.
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