Capítulo 36
Aquele estado era tao quente, quanto as pessoas que naquela terra viviam.
Bruno a viu estudando o caso.
Ele se aproximou.
_ podemos dar um passeio pela cidade antes de começarmos tudo isso.
Ela o fitou.
_ nao pensa em livrar-se logo de mim?
_ eu nao quis magoar voce Melissa.
_ é só o que consegue fazer.
_ posso dizer o mesmo. _ ele retrucou
_ é claro, afinal eu toco em voce e depois o deixo pensar o que quiser.
_ sabe que a quero _ ele murmurou
_ entao porque nao estamos juntos? porque nao podemos ter um relacionamento normal?
_ porque nao sei o que esperar de voce.
Ela o encarou pasma.
_ como pode pensar isso?
_ voce mesma me fez acreditar nisto, fazendo o que fez sem me consultar.
_ eu nao precisava consulta-lo, quando a decisão foi minha.
_ estou cansado de discutir Melissa, se nao quer dar um passeio comigo o farei sozinho.
Ela o viu sair.
Ele voltou quando já havia anoitecido.
Ao entrar no quarto, notou que Melissa havia dormido, ou ao menos parecia.
Ele tocou no rosto dela em uma caricia suave.
_ Bruno... _ ela balbuciou, ainda dormindo
Ele sorriu.
Lutava contra si mesmo.
Bruno deitou-se ao lado de Melissa e adormeceu.
Ele despertou em um pulo.
Tinham um compromisso importante aquela manhã.
Ela a estava desperta.
_ porque nao me acordou? _ ele perguntou
_ deveria saber que teríamos um compromisso.
_entendo sua magoa Melissa, porem estamos nessa juntos. _ ele resmungou
Ela o ignorou.
E nao, ele nao entendia a magoa dela. Ela pensou
Eles foram ao encontro de um dos ex assessores do prefeito investigado
Aguardavam em uma sala de espera.
_ deixe que eu faço as perguntas. _ Bruno diz
_ como foi nossa primeira entrevista como parceiros?
_ devo lembra-la, de que nunca fomos parceiros Melissa?
Ela calou-se.
O homem finalmente entrou a sala.
ele cumprimenta Bruno, e em seguida Melissa com um leve aperto de mãos.
_ esta disposto a cooperar com a policia?_ Bruno perguntou.
_ sim. _ o homem respondeu encarando-os.
_ guardaremos sigilo absoluto. _ Bruno diz.
_ conte-me sobre as finanças do senhor prefeito. _ Bruno pediu.
_ ele possui uma empresa em nome de um laranja. _ o homem diz
_ diga-me qual empresa e quem seria o laranja? o senhor conhece?
_ é uma empresa de turismo, e sim o laranja seria um de seus funcionários, é o faxineiro do turno da noite.
_ certo, algo mais além desta empresa?
_ ele possui um barco caríssimo que esta ancorado no farol. chama-se lunar, e tem as iniciais do nome dele. _ o homem disse
_ algo mais a acrescentar?
_ nao.
O homem fitou Melissa com os olhos famintos.
Bruno notou, sentindo o sangue ferver.
Melissa nem se quer notara os olhares atrevidos do homem.
_ agradecemos.
Bruno puxou Melissa pelo braço.
_ o que esta fazendo?- ela perguntou sem entender
_ nao notou aquele homem olhando para voce?
_ nao, eu nao notei. _ ela murmurou
Ele calou-se.
Seguiram para o farol, de carro.
_ vai ver o tal barco? _ ela perguntou
_ ao que parece, sim. _ ele responde frio, e sem fita-la.
Melissa o fitou.
_ porque esta irritado agora?
_ voce deveria saber.
_ nao deveria sentir ciúmes de mim. _ ela murmurou
_ entao sabe o que provoca em mim?
_ sei que nao temos nada. _ ela murmurou e recostou-se ao banco do carona.
_ nos temos tudo Melissa.
Ela o ouviu dizer, e ouvi-lo lhe causava mais confusão.
Ao chegar no destino:
_esta vendo o vigia? _ ele perguntou
_ sim.
_ distraia ele.
_ o que vai fazer?
_ tirar umas fotos do barco.
Ela foi ate o homem, distrai-lo como Bruno pediu.
Ele observou Melissa.
Sua facilidade de manter um homem distraído.
Bruno apressou-se a buscar o barco.
O avistou dentre os barcos mais bonitos que havia.
Ele entrou no barco.
Tirou as fotografias.
Em seguida, ele caminhou ate o carro, e ligou para melissa
Ela nao atende a primeira vez e ele liga novamente.
Melissa apareceu por traz dele.
_ porque nao atendeu o telefone?
_ porque estava fazendo o que voce pediu.
Ele suspirou tenso, sem dizer nada entrou no carro.
Melissa entrou no carro.
_ ele a convidou para jantar? Bruno perguntou irônico
_ de que esta falando?
_ do vigia.
Melissa suspirou _ e se convidasse? - ela o desafia.
_ voce nao iria.
_ iria se quisesse.
_ seria desespero.
_ esta se comportando como um louco, Bruno _ ela diz
ele sorriu _ talvez eu esteja.
Melissa viu um brilho estranho nos olhos de Bruno.
Eles chegaram ao hotel, onde almoçaram e seguiram para o quarto.
Bruno a observou sair do banho.
Ela tinha os cabelos molhados, e um suave perfume de sabonete floral.
Ele passou as mãos pelos cabelos.
_ parece tenso. _ ela diz encarando-o.
_ voce usa de seus truques femininos para me enlouquecer. _ disse irritado
_ esta louco mesmo, nao me julgue como uma mulher desfrutável, pois nao sou.
_ é claro. pude perceber seu ótimo empenho hoje. _ foi irônico novamente.
As palavras dele a magoavam.
_ posso saber o que esta querendo dizer?
_ esqueça. _ ele diz
_ se voce nao me quer, me deixe ir e todo seu tormento termina.
_ eu te quero Melissa _sem pensar ele a tomou nos braços.
A beijou.
Melissa permitiu-se e ate retribuiu, mas logo o afastou.
_ nao. _ ela o disse _ nao vai me magoar desta vez Bruno.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro