Capítulo 3
Bruno e Melissa entraram no bar.
Bruno faz um sinal para Melissa sentar-se a uma das mesas que ali havia.
Melissa o observa, enquanto ele se aproxima do homem que estava na bancada.
_ como vai senhor?
- Ele faz um gesto de comprimento para o homem que lhe deu a mão.
_ tudo bem.
- responde o homem
_ somos do IBGE.
- Bruno diz
_ certo.
- Falou o homem mal encarado.
_ estamos fazendo uma pesquisa, pode responder algumas perguntas?
O homem encarou Bruno com desconfiança, porém aceitou responder.
_ é claro.
_ vive aqui faz muito tempo?
_ sim. Há quarenta anos.
Bruno faz um sinal para Melissa se aproximar
_ pode anotar, por favor.
- Bruno pediu a Melissa.
Melissa não pensou em trazer nenhum papel e Bruno a encarou com o olhar furioso.
_esqueça. - Bruno disse
_ vive sozinho senhor?
_ sim, eu vivia com minha filha, mas ela já não esta mais neste mundo.
Melissa fitou Bruno que a olhou de relance.
_ sentimos muito. - Bruno disse
_ o noivo dela a matou. O maldito é um dos traficantes da área, e nem mesmo enterrá-la com dignidade eu pude.
Agora Melissa sabia o motivo de estar ali, era pelo caso que Bruno investigava, o assassinato de uma jovem, morta pelo noivo, um traficante. Bruno buscava o assassino o mesmo homem que estava envolvido com a corporação que Bruno trabalhava.
Bruno fitou Melissa, e fez um sinal para que ela confortasse o homem, Melissa fez uma careta de desagrado, mas obedece.
_ sinto muito senhor. - Ela diz
_ sua filha era muito jovem? - Bruno perguntou
_ sim, ela tinha apenas dezessete anos.
_ que pena. - Bruno diz
_ eles a enterraram no alto do morro.
- o homem comentou
Bruno e Melissa se entreolham.
_ o senhor sabe sobre os traficantes? _ Bruno pergunta
_ eu nao posso dizer nada ou posso morrer, e nem mesmo pude tira-la de onde esta.
_ e não contatou a policia? - Melissa perguntou
Bruno a encarou com o olhar penetrante.
Porque aqueles lábios tão lindos e carnudos tinham que se abrir para dizer estupidez todo o tempo?
_ se eu fizer isso, eles me matam. Foi o chefe que fez isso, ele matou a minha filha.
_ e viviam apenas você e sua filha em sua casa?
- Bruno perguntou para encerrar o assunto.
_ sim, a mãe dela morreu faz uns anos.
- O homem tinha uma tristeza que comoveu Melissa.
_ sentimos muito pela sua perda. - Disse Bruno
_ obrigado. - o homem diz
_ agradecemos a paciência em nos responder. - Diz Melissa
Ao voltarem ao carro, Melissa notou que Bruno a encarava com olhar frio.
_ o que você tem agora? Porque esta me olhando assim?
- Ela perguntou sentando ao banco do carona.
_ o que eu tenho? Ela pergunta...Devo lembrá-la?
-Bruno perguntou irônico.
_ o que eu fiz desta vez? - Ela perguntou já irritada
_ o que você fez? Não tem mesmo ideia? Pense um pouco.
_ eu não fiz nada.
_ me lembro de ter pedido para ficar calada novata.
_ e eu fiquei.
_ não você não ficou, e você tinha que abrir essa sua boca e perguntar ao um homem que perdeu a filha para o trafico, porque ele não contatou a policia!
_ eu não tive a intenção, eu não pensei que houvesse problemas.
_ escute novata, quando eu disser fique calada faça o favor de ficar calada. Parece difícil?
_ certo, me desculpe Capitão.
Melissa se calou, havia adotado o silêncio em momentos de tensão entre eles.
No trajeto percebeu que Bruno olhou para ela varias vezes, como se estivesse arrependido pela forma que a tratou.
Melissa entrou no escritório em silencio.
_ desculpe.
Melissa ouviu um pedido de desculpas de Bruno.
Ficou impressionada.
_ pelo o que?
- Ela perguntou fingindo desentendida de propósito
_ pela forma que a tratei. Você foi muito bem hoje.
_ sim, muito bem em ficar calada.
_ o que você não fez, devo lembra-la.
-Bruno lembrou fitando-a.
_ você não me deixa saber nem mesmo o que faremos.
_ se você ler o caso saberá.
_ estou lendo o caso e cheguei a uma semana.
- resmungou
_ isso é tempo suficiente novata.
_ não é tempo suficiente, e não me chame assim.
Melissa notou que Bruno olhou para suas coxas, e ela cobriu com as mãos sentindo o rubor no rosto.
Viu Bruno sorrir.
_ viu como um homem observa um belo par de coxas?
- Ele perguntou notando o rubor na face de Melissa.
_ todos iguais!
-Ela murmurou nervosa.
_ assim como vocês mulheres todas iguais, reclamam quando recebem um olhar maldoso de um homem, mas se vestem para obter.
Bruno era um machista incurável. Ela pensou.
_ não me diga.
-Ela disse irônica.
_ digo sim, e digo mais, da próxima vez que sair para algum trabalho comigo, vista uma roupa menos vulgar.
_ minhas roupas não são vulgares!
-Melissa gritou, pois perdeu a paciência.
_ se ate mesmo o senhor que fazia as perguntas não deixou de observar suas coxas.
-Ele comentou calmamente, pois sabia que a irritava.
_ cale-se! Você é muito impertinente com seus comentários machistas e absurdos!
_ machista? Absurdos? - Ele riu e a encarou viu nos olhos de Melissa o quanto a havia irritado. _ me calar não poderia, pois deixo isso para você novata.
_ estava me pedindo desculpas a cinco minutos Bruno, e agora esta agindo como um menino mimado.
Bruno a encarou e olhou para a boca de Melissa.
Ele deveria fazê-la calar com um beijo, mas se conteve.
_ retiro minhas desculpas.
_ por isso teu parceiro se afastou de você. - Melissa comentou
Melissa mexeu na ferida de Bruno. O parceiro.
Bruno se aproximou de Melissa com um brilho estranho nos olhos
_ o que sabe sobre isso?
-Perguntou
_ sei apenas o que me contaram.
_ pois guarde os seus comentários, não sabe nada sobre isso não pode abrir sua boca e cuspir suas teorias sobre meus parceiros ou sobre o que ouviu por ai.
E o silencio reinou depois disto, ate à hora de Melissa ir para casa.
O resto do dia Bruno segue calado e nem mesmo lhe deu Boa noite quando viu que ela iria sair.
_ devo voltar amanhã?
Perguntou Melissa em tom quase baixo.
_ se acha que deva e que possa suportar mais um dia ao meu lado. Volte se conseguir.
Ele havia dito isso de forma rude.
_ tenha uma boa noite Bruno.
Nada foi dito por ele.
Quando a encarou se preparando para sair Bruno deu um suspiro impaciente.
Aquela mulher apareceu para atormenta-lo e estava conseguindo.
Antes de Melissa sair ela notou Bruno impaciente.
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