6.2 Promessas.
Chamando...
Chamando...
Chamando...
Sem resposta.
Thales jogou seu celular na cama profundamente irritado com aquilo e, tratou de massagear levemente as têmporas com os polegares no mesmo instante.
Onde será que aquele velho maldito está agora? Foi o que pensou depois daquele ato de violência contra o seu smartfone. Frustrado, adoraria bater em alguém nesse momento, mesmo sendo um exímio pacifista.
Logo quando eu preciso dele... indagou por fim, suspirando derrotado.
No seu mural mais duas fotos com dois "X" vermelhos acabaram de ser atarraxadas, o que deixava um misto de sentimentos estranhos em seu peito.
E o mais podre disso tudo era aquela sensação de divertimento com essa nova atualização naquele grande espaço de cortiça.
Tinha chegado bem tarde em casa ontem e quando entrou, pôde ver sua mãe sentada na mesa em prantos com uma garrafa de álcool na mão. Não reclamaria se ela bebesse, aliás já tinha bebido com ela algumas vezes e foi bem divertido a interação que saiu dali, mas ao vê-la chorando, a primeira coisa que fez foi tirar aquela garrafa das mãos dela e mesmo contra protestos — afinal ela parecia estar muito louca — deu um banho morno nela de roupa e tudo e depois a pôs para dormir.
Por isso e por outras ele queria tentar conversar com o seu velho, sabia que ele não ia voltar, mas ao menos ser homem o suficiente para falar com ela e explicar tudo o que aconteceu.
Isso sem contar a teoria da Yggdrasil... com certeza ele saberia mais sobre ela do que conseguiria descobrir em poucos dias, ou entender com aqueles manuscritos estranhos.
Tornou a suspirar, observando mais uma vez o mural em sua frente.
Não sabia se a escola voltaria com as aulas depois daquilo, possivelmente muitos alunos deveriam ter visto os corpos e a polícia deveria ao menos dar uma boa examinada naquele ambiente.
E foi então que seu telefone tocou. Mesmo a contragosto correu para atender aquela ligação.
Quando foi ver, era Gwen que estava lhe ligando, sabia, pois, tinha adicionado o contato dela como "embuste."
— Olá loira — o moço comentou depois de vencer a bagunça da sua cama para reaver seu aparelho.
— Oi — Gwen disse cabisbaixa — Thales, vou ser direta ok?
— Preciso anotar alguma coisa? — arqueou uma sobrancelha.
— Não — e depois de suspirar, a jovem voltou a falar — a Becky acabou de ser presa como a principal suspeita do assassinato em série que está acontecendo na escola.
— Ela já foi levada para a delegacia?! — o garoto delatou a ela um tanto afoito.
— Você nem dúvida dessas coisas... até parece que já estava prevendo que isso fosse acontecer — lhe respondeu —, isso dá medo as vezes, sabia?
— Você tem motivos pra mentir para mim? — disse ríspido.
— Não — e com isso Gwen suspirou — o que você vai fazer?
— Não é óbvio? — Thales, retirando seu casaco das costas de sua cadeira de escritório — eu vou até lá, agora!
***
Riley chorava compulsivamente sentada em uma das três cadeiras postas presas umas às outras em um corredor.
O ambiente era pequeno, não comportava nem duas pessoas passando lado a lado direito, mas ainda assim tinha aqueles cadeirinhas cujo qual servia como suporte para que a moça não desabasse pela dor daquela perda.
Gwen estava com ela, depois de um tempo tinha puxado sua amiga de lado e a mantido ali em seu peito, afagando seus cabelos coloridos enquanto Riley não parava o seu choro.
Ethan também estava lá, mas chorava em silêncio em pé do lado oposto ao banco, com os punhos tão cerrados que suas unhas quase perfuravam a palma de suas mãos.
Sr. Stanford era aquele que acompanhava os garotos nesse momento difícil. Tentava se manter forte, por ela e por sua esposa — que não conseguiu ir até lá devido sua dor — para assinar os documentos e poder responder caso alguma coisa fosse necessária, legalmente falando.
Para muitas pessoas o último lugar que gostariam de visitar em suas vidas eram onde estavam agora, o instituto responsável pelas necrópsias.
Aquilo infelizmente era necessário, mesmo tendo certeza do que aconteceu, precisavam dar o laudo definitivo e contestar que realmente havia sido um suicídio.
Depois daquela humilhação em ser acusada como assassina Abigail já tinha ficado extremamente machucada. Sempre a mais inteligente e dedicada da família, e aquela que sempre, independentemente da situação ajudava os outros de cabeça erguida, mesmo tendo de engolir muita coisa no processo.
Sua felicidade não era exatamente a sua maior preocupação, enquanto visse o sorriso dos outros estaria bem, fora isso que decidiu após terminar seu relacionamento com o Bruce, foi isso que decidiu quando começou a pensar que não seria capaz de seguir com a profissão que gostaria, atriz.
Abby fazia parte do clube de teatro, mas nunca tinha pegado um único papel de destaque por menor que fosse, o que com os dois anos anteriores de ensino médio foi lhe desmotivando gradativamente.
E depois de tudo isso o último acontecimento... aquelas fotos no mural da escola, tudo que estava escrito sobre ela naquela matéria... as pessoas lhe julgando de cima a baixo, e ainda por cima tudo aquilo metido com o garoto que secretamente amava desde seu fundamental...
Não demorou muito para que um homem com uma roupa meio verde musgo e luvas azuis saiu de uma sala com um prontuário na mão.
— Meus pêsames — fora o que ele falou encarando os jovens sentados na cadeira — ela morreu...
— Não precisa dizer — Sr. Stanford tomou a voz da situação — só por favor nos dê o óbito.
— Certo — o homem forçou seus lábios a ponto de ficarem apenas uma linha reta em seu semblante e entregou para o menino uma folha de seu prontuário — aqui está... o corpo vai ser liberado amanhã à tarde para o serviço funerário...
— Tudo bem — ele suspirou, se virando para os outros adolescentes — se vocês quiserem voltar eu vou entender.
— Vamos — Ethan disse olhando as meninas — ao menos tomar um ar.
— Ele tem razão Riley — Gwen comentou tentando se fazer visível no campo de visão da moça que chorava naquele instante — sei que foi difícil para você, ainda mais por ter encontrando o corpo, mas...
— Sim... — Riley — vamos antes que eu faça alguma besteira.
Ser forte pela sua amiga era algo complicado. Em pouco tempo Ross também tivera se ferido ao perder um ente querido, e agora sua melhor amiga...
A passos lentos os jovens passaram pela porta dos fundos daquele prédio que dava para o estacionamento do instituto, não muito grande aliás visto que o seu movimento sempre fora bem pequeno.
Bom, estava sendo um pouco maior nesses últimos dias, mas isso não vem ao caso.
O Fiat azul de Ethan tinha finalmente saído do conserto e fora o veículo responsável por levar os jovens onde estavam agora, sobre as mãos do pai deles, o motorista dessa rodada.
Abriram a porta e Riley se sentou no banco do passageiro. Seu choro tinha diminuído um pouco durante o percurso, mas nada muito considerável, a tristeza que sentira não ia passar assim tão fácil.
— Quer que eu compre alguma coisa? — Gwen falou observando com cuidado a sua amiga — uma água, um chá, um refrigerante?
— Só água, por favor — Riley devolveu, forçando um sorriso no rosto.
Mas antes da loura sair dali e ir à loja mais próxima viu mais um carro estacionando naquele ambiente, um que fez os garotos tomarem toda a atenção em seu motorista.
Era Owen.
Desceu de seu carro e logo já pôde reconhecer os seus companheiros. Ethan e Owen tinham uma amizade de longa data, jogavam no mesmo time da escola desde o fundamental, Floyd como veterano e Stanford como o novato, mas depois do que aconteceu a amizade dos dois fora abalada de uma forma a qual não se cria como seria o futuro da mesma.
— Hey... — o de dreads disse ao se aproximar daqueles três.
— Não precisava ter vindo, Owen. — Riley falou assim que o encarou. Seu semblante configurou de pura tristeza a uma raiva genuína, enquanto tremia com aquele sentimento.
— Eu sei que a culpa disso tudo é minha — a fala do rapaz já se tornava trêmula e, com certeza tinha belos motivos para isso — mas não posso ficar parado e deixar tudo isso como está.
— Você não tem culpa de nada... — Gwen tentou apaziguar um pouco, mas Ethan tomou a frente.
— Sai daqui Owen — foi o que o moço dos Stanford inquiriu — pelo bem da amizade que ainda temos.
— Desculpa — os olhos do moço começaram a lhe trair, derramando suas lágrimas, mas nada era mais forte do que os sentimentos aos quais os irmãos Stanford estavam sentindo agora.
— DESCUPAS NÃO VÃO TRAZER A ABBY DE VOLTA! — Ethan gritou — VOCÊ NÃO ENTENDE?! NÃO TEM MAIS VOLTA!
— Eu posso não ser da família, mas eu também estou abalado com tudo isso — fora a resposta do de dreads — você sabe Ethan, você sabe quantas vezes eu falei que gostava dela para você, a quantidade de vezes que você riu disso e mesmo incomodado me empurrou algumas chances pra conversar com ela!
— Você nunca deveria ter se aproximado da minha irmã! — Riley — você diz que sofre? — ela riu — Ela me ajudava quando eu tinha pesadelos, me encorajava com as líderes de torcida, perdia noites de sono pra ensinar a burra aqui a tirar um C+ para não ficar retida nas matérias!
— Riley, eu... — Impulsivamente Owen tentou se aproximar um pouco dela para tentar dar algum consolo, mas Ethan o deu um soco na boca tão forte que fez ele cair no chão.
O de dreads cuspiu um pouco de sangue com aquilo, mas se levantou com ira, cerrando os punhos.
— Não encoste na minha família! — Ethan intimou com o mesmo tom de antes, irritado, briguento, e profundamente machucado.
— SE EU PUDESSE, EU TERIA EVITADO! — foi o que o de dreads respondeu partindo para cima.
E foi exatamente o que ele fez, foi com força para acertar uma no rosto de Ethan para "retribuir o favor", mas no final, acabou acertando uma porrada em Gwen que se meteu no meio bem na hora para impedir aquela briga. O impacto tivera sido forte, bem no nariz, o que fez ela cair para trás nos braços de Ethan e grunhir de dor por um momento.
— Desculpa! — Owen correu para ajudá-la, mas foi interrompido.
— PAREM COM ESSA PORRA VOCÊS DOIS! — Gwen gritou com uma fina camada de sangue escorrendo de seu nariz, observando os aqueles moços com sangue quente.
— Me perdoa... — Owen pediu para ela, chorando de culpa.
— Owen, se você não for embora agora eu vou abrir um B.O contra você — a loura intimou. — E você Ethan, ele é seu amigo desde sempre, caralho, a Abby se matou por conta, todos nós temos uma parcela de culpa.
— V-você tem razão... — Ethan, virando o rosto depois daquela fala.
— Eu prometo. — Owen falou, foi até seu carro e voltou com uma bolsa de gelo entregando para Gwen. — Eu prometo que vou encontrar quem vazou aquelas fotos assim pelo menos, a Abby vai poder descansar em paz.
***
Thales Correu até o ponto de ônibus e por sorte um veículo do transporte público estava passando naquele momento. Pulou para dentro e se sentou no fundo, esperando até chegar a sua parada.
Sua ansiedade estava alta, assim como a adrenalina em seu corpo.
Queria se recusar a acreditar que Becky tinha sido presa, contudo não podia negar que já não tinha pensado em tal possibilidade. Parecia ser mais fácil e óbvio, a pessoa do meio dos jovens com mais inimizade com os envolvidos, mas... até que ponto realmente Becky estava envolvida com eles?
Se ela tivesse voltado para a festa depois de dormir com ele e de fato matado a primeira garota? E se nessa festa que foram ela tivesse realmente matado aqueles jovens?
E então Thales soltou uma leve risada imaginando no final que aquela garota só sabia ser mortal em um único lugar, e este era desnuda confinada em quatro paredes.
Ainda tinha algumas pessoas na sua lista particular de alvos potenciais, Lucca Gonzalez, Eleonor Laurence, Jacob Handsen, Eric Hawkins, Emma Jackson, Alec Ford e as últimas duas da sua lista, garotas que não exatamente visava, mas era notório certa relevância devido aos últimos acontecimentos: Hanna Bradley e Emily Castilo.
Abrir a casa não quer dizer necessariamente não ser um alvo e, Emily... se considerasse um quadro de euforia, facilmente poderia ter tendências assassinas. Ontem mesmo a garota pichou a frente da escola apenas com uma corda e uma lata de tinta; era uma garota perigosa, em vários sentidos.
Depois de um certo tempo finalmente o ônibus chegou na parada desejada, e Thales saiu em disparada até a única delegacia daquela cidade.
Por ser pequena Autumnfall não via a necessidade de construir um presídio muito grande, qualquer pena mais severa seria imediatamente encaminhada para as próximas cidades onde havia locais com seguranças mais complexas.
Ali, apenas havia um pavilhão onde ficavam os detentos e também alguns réus esperando o agilizar de seus inquéritos, onde tinha certeza de que Becky deveria estar naquele momento.
Quando chegou, logo deu de cara com Ross, sentado em um banco com as mãos na boca, olhando para o além e, tremendo a perna de nervosismo.
Aparentemente a polícia tinha deixado de lado a historinha de dar depoimento na escola dessa vez, mas de uma forma ou de outra, ao menos para Paige ele era parente, possivelmente essa era a principal razão dele estar ali agora.
— Hey — Thales cumprimentou vendo o amigo, que correu os olhos apressadamente para encontrar o dono da voz.
Ross estava horrível, olhos fundos, o cabelo que tanto tinha orgulho totalmente bagunçado. Apenas parecia que tinha tomado um banho rápido noite anterior, mas o trabalho do chuveiro não havia sido bom o bastante para lavar lhe por um todo.
— Hey — Ross respondeu se levantando, mas ao invés de um cumprimento normal o puxou para um abraço — desculpa, não costumo a abraçar caras, mas...
— Tudo bem — Thales devolveu, o abraçando também — meus pêsames.
— Obrigado — Ross comentou se afastando — essa deve ter sido a noite mais difícil da minha vida.
— Vocês eram bem próximos, não eram?
— Sim — suspirou —, Paige tinha uma certa vergonha alheia de mim, mas eu a conhecia como a palma da minha mão, crescemos juntos, fazíamos todos os trabalhos que tínhamos no mesmo período juntos, foi com ela que eu...
— Detalhes demais — Thales comentou comprimindo os lábios — você vai ficar bem Ross, eu acredito em você.
— Obrigado — comentou com um olhar baixo — não está sendo fácil, mas é bom poder contar com os amigos.
— E pode ter certeza que pode contar comigo — deu um sorriso empático — você sabe onde está a Becky?
— Ah... — ele franziu o cenho por um momento — a Becky...
— Ei — Thales colocou as mãos no ombro dele — não é hora para desconfiar dos amigos ok?
— Eu não sei mais o que pensar, Thales — Ross deu de ombros, tirando as mãos de seu amigo no processo — você é bom de papo então deve conseguir vê-la, eu vou continuar aqui, esperando minha vó terminar o depoimento dela.
Não sabia como responder o seu amigo depois dessa, mas em tudo não podia julgá-lo por estar com qualquer suspeita. Mais cedo, não fora isso mesmo que o de chapéu tinha feito? Seria muito hipócrita dizer alguma coisa depois disso.
Sorriu e se despediu, girou nos calcanhares e caminhou para as celas.
E realmente, precisou utilizar de todas as suas artimanhas em conversa para conseguir convencer os guardas a deixa-lo passar, e mesmo conseguido, tinha sido exigido uma série de coisas, como por exemplo ser revistado, deixar o celular e documento nas mãos do agente penitenciário e que essa conversa não passasse de cinco minutos, nada de sala especial.
O corredor era largo, apenas por ele já se dava uma péssima impressão, principalmente pelo cheiro, remetia a um mofo fraco, irritante aos olhos. O chão era bem escuro, porém polido o suficiente para ser possível ver o reflexo da luz das grandes lâmpadas que iam presas no teto. Contava-se cinco celas de cada lado daquele corredor, não muito largas, eram munidas com um beliche em cada com uma privada e uma janela pequena onde podia-se ver o clássico sol nascer quadrado todas as manhãs.
Thales foi junto com a guarda que ele havia conversado mais cedo até onde a garota estava confinada, então a mulher deu uns passos para trás, e mais uma vez advertiu a ele sobre o tempo, tinha apenas cinco minutos.
Becky realmente estava lá dentro e já tinha sido devidamente fixada, agora vestia roupas laranjas com uma sapatilha preta nos pés. Estava sentada ao fundo da cela entre a privada e a parede abraçando os joelhos enquanto chorava em silêncio.
— Vejo que já está de pijama — Thales brincou, colocando as mãos nos bolsos.
E a voz daquele rapaz fez com que ela levantasse a cabeça e rapidamente corresse até as grades que os separavam, segurando fortemente aquele barramento de metal. Dava para ver as marcas de sua dor no rosto, mas não só isso, como dava para se perceber também o quão feliz tinha ficado em vê-lo sobre aquela situação.
Naquela situação não conseguiu resistir, colocou uma das mãos entre aquela parede de ferro que os separava, e involuntariamente Becky segurou ela, tocando a mesma no seu rosto como um gatinho em busca de carinho.
— Thales... — foi o que ela disse sobre uma voz trêmula — v-você acredita em mim, não é?
— Eu acredito Becky, sei que você nunca faria algo de ruim para alguém.
— Eles m-me jogaram aqui dizendo que "devido a situação não podem deixar a principal suspeita solta" — e lágrimas voltaram a correr dos olhos dela — eles me fixaram Thales, eu sou uma criminosa, agora eu sou oficialmente uma criminosa!
— Escuta — o moço disse colocando sua outra mão sobre as dela — quero que você me diga qualquer pessoa que possa lucrar com a sua queda, qualquer uma.
— Eu não sou tão odiada assim — Becky falou — os que se aproveitariam de alguma forma já estão mortos...
— Tudo bem — suspirou a soltando.
— Thales... por favor...
Aquela cena doía como o inferno para ele. Era verdade que ela podia ser a maior suspeita em vários aspectos, mas ainda assim era errado tirar conclusões precipitadas.
Thales não tinha um nome, não tinha visto os corpos, não havia nem ao menos conversado com ela direito sexta feira, não tinha uma única imagem do que poderia ter acontecido naquela noite...
Mas aquela última reclamação que fez a si mesmo lhe ascendeu uma ideia na cabeça.
— Becky — Thales disse abrindo um belo sorriso para ela — eu vou dar um jeito de te tirar daí.
— Sério? — a moça falou com um sorriso tímido no rosto, um sobre uma camada farta de dor e temor, mas dentro de seu coração algo a mais se manifestava, algo no qual estava quase fazendo com que chorasse de novo, entretanto, por um motivo diferente dessa vez.
— É a promessa que eu firmo com você.
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