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16.3 Satisfação.

— Você é a última pessoa que pode falar isso, não acha? — Eric o respondeu na hora, ríspido e direto, encarando aquele outro rapaz.

— Talvez seja verdade, mas não consigo deixar de pensar que não passa de uma tentativa idiota de limpar o seu nome.

— Oh? — Eric falou com um sorriso ladino — quantas suposições você consegue maquinar nesse seu intelecto limitado Lucca?

— Maquinar o suficiente para saber que você é um dos finalistas, mas sei que o assassino não seria burro o suficiente para não mandar mensagens para si próprio na tentativa de não levantar suspeitas, então você, meu amigo não vai conseguir enganar ninguém com aquela fraude.

— Então é melhor você manter os olhos bem abertos Lucca — Eric riu — afinal espertalhões morrem primeiro, e já estamos na final, não é?

— Quero ver se você tem metade dos colhões que tenta exibir por aí quando um certo alguém te visitar com uma faca de noite — Lucca recuou alguns passos, exibindo com um sorriso no rosto um canivete que estava em seu bolso — você sabe, ninguém está seguro em Autumnfall, nem mesmo no conforto de suas casas.

— Por que não acabamos logo com isso em? — Eric falou, fazendo o mesmo, retirando de seu bolso um canivete idêntico ao dele.

— Eu ainda tenho de fazer algumas coisas antes de lidar com você — e após isso saiu da sala, sem mais nem menos.

Quando saiu, logo esbarrou com Thales que dessa vez não tinha acertado a hora para sair da conversa antes que fosse descoberto, mas Lucca apenas o olhou e soltou um pequeno riso observando aquele rapaz, ignorando-o e logo seguindo pelo corredor sem olhar para trás.

Não sei mais em qual dos dois eu devo desconfiar mais Thales pensou após soltar um leve suspiro.

E não demorou muito tempo depois da partida daquele rapaz para que o seu celular vibrasse mais uma vez tirando aquele garoto de seu transe, e por causa disso não tardou a olhá-lo.

Mas quando viu... novamente era aquele número desconhecido... aquele mesmo que estava a fim de matá-lo, mas agora, com aviso prévio.

"Hey, sempre te achei meio frio Thales, e isso me desperta uma coisa.. será que você é capaz de sentir saudades?"

Após a mensagem vinha uma foto no mínimo perturbadora, que o fez tremer no mesmo instante.

Era... Becky... amarrada em sua própria cama com os olhos vítreos forrada de sangue. Em seu peito, provavelmente onde fora desferido o golpe fatal, marcava-se cortado em sua pele a simbologia de um coração.

Isso o fez se desesperar, a vontade que tinha era de gritar aqui e agora toda a raiva, medo e frustração que sentia, contudo, achou melhor correr, independentemente de qualquer coisa, precisava vê-la... aquilo não parecia ser real, ou ao menos... não conseguia acreditar que era real.

***

— Está me dizendo que já tentou matar o professor? — Ross disse incrédulo.

— É complicado meu amor... eu sou intimamente ligada a ele, e infelizmente não há nenhuma felicitação ou alegria nisso, o Richard já me usou como fonte de estudo... tenho sorte de estar viva — enquanto falava, Hanna segurava seu antebraço esquerdo com força, incomodada com aquela conversa. Dava para ver que os olhos dela marejaram naquele momento e, pela força de suas palavras, a todo momento parecia extremamente difícil falar o que estava falando.

Ross a abraçou, esboçando um "vai ficar tudo bem" enquanto estava em contato com ela. Hanna poderia ser alguém que passasse algum distúrbio mental, aquela história que ela contara agora poderia ser uma resposta de seu subconsciente para lhe auto proteger, como também poderia ser a verdade, mas ela não tinha motivos para mentir, então de alguma forma, aquilo deveria ser a sua verdade, e como fato, quer real, quer não, mesmo sendo totalmente louco de se acreditar, não se sentia no direito de rebater, apenas ajudá-la.

— Eu vou te proteger dele — Ross falou, dando um beijo em sua testa —, mas não seria melhor falar para a polícia?

— Quisera eu que a polícia pudesse fazer algo contra ele — suspirou —, obrigada por me ouvir e não me julgar... Ross, você não tem ideia de quanto é importante para mim.

— E você não sabe o quanto é para mim — ele a deu um selinho, mas Hanna acabou por devolver com uma intensidade a mais, segurando seu rosto e intensificando um pouco aquele beijo.

Depois de se afastarem com um sorriso um para o outro, acabaram por ver Thales passando no corredor a passos largos e rápidos, com o rosto fechado, parecia desesperado para sair dali.

— Hey Thales! — Ross tentou cumprimentá-lo, mas o garoto nem lhe deu ouvidos e continuou andando rapidamente assim como estava fazendo antes.

— Que mau humor para uma segunda — Hanna comentou, mas a simples fala lhe fez despertar para alguma coisa — Rosuel, que dia é hoje?!

— Não me chame assim na escola! — ele falou colocando o indicador na frente do dedo dela enquanto sussurrava um "shhh" bem demorado — 15, Hanna, 15 de setembro, você não marca a data no caderno?

— Ross — ela falou com os olhos arregalados — haja o que houver, não deixe a Gwen abrir o armário dela, eu preciso ir atrás do meu senhor, não há tempo para explicar, você pode fazer isso por mim?

— Por que você o chama assim? — não conseguia deixar de sentir certo ciúme por causa daquele tratamento especial, como ela estava o namorando, não era errado querer uma explicação, não é?

— Eu lhe explico quando te vir de novo, por favor Ross, é importante.

— Tá bom — cedeu —, vai lá — e depois de dar um selinho nela, Hanna saiu correndo por aquele corredor atrás do outro garoto, enquanto Ross resolveu dar uma passada no refeitório, o almoço ainda não havia acabado, as chances do que sobrara do grupo estar lá era bem alta.

***

Bruce ficara em choque após conseguir ver aquela nova postagem no mural da escola... ele vivia próximo ao grupo, namorava a sua irmã, muitas vezes participava do café da manhã em sua casa, era um garoto que por muitas vezes já tinha pedido conselhos de vida para Bruce e o considerava como um irmão mais velho... isso era brincadeira, não era? Não podia ser real.

Deu meia volta sentindo um peso crescente no seu peito... precisava contar o que aconteceu para sua irmã... mas como fazer isso? Deveria ser por conta disso que Thales estava agindo estranho desde cedo.

E isso o fez parar por um instante, com um pensamento que o eletrocutou internamente.

Se é o caso, como ele sabia? E após esse pensamento não pôde deixar de sentir raiva também. Precisou de alguns instantes para abaixar a sua ira e conseguir andar de novo, e quando conseguiu, viu na mesa onde estava antes, assentado junto a Emily e Gwen, mais uma pessoa.

Seu professor de história substituto.

— Vocês duas têm olhos lindos — ele falou com um sorriso simpático no rosto. Sentado ali, estava com a cabeça apoiada na mão observando as duas meninas — mas sabe senhorita Foster, há algo nos seus bem... peculiar, me chama muita atenção.

— C-como o que, senhor McCall? — era um tanto quanto incômodo aquela presença ali e para Gwen, sentia muito mais como se ele estivesse dando em cima delas do que qualquer outra coisa.

— Esperança e... escuridão — ele sorriu — qual dos dois será que restará no final?

— Ele está incomodando vocês? — Bruce falou se aproximando.

— Não exatamente... — Emily soltou.

— Me desculpe — Richard, levantando — eu só senti a necessidade de vir checar como vocês estão, principalmente a senhorita Foster depois de ver aquela matéria nos murais da escola — e antes de sair daquele lugar, Richard comentou algo de forma que só o quarterbeck pudesse ouvir — é melhor cuidar muito bem de sua família Bruce, se eu fosse você, pensava duas vezes antes de confiar nos seus amigos... principalmente naquele rapaz de chapéu.

— O que? — Bruce indagou, mas Richard foi embora sem olhar para trás.

— Sobre o que ele está falando Bruce? — Gwen inquiriu duvidosa — o que tem no mural da escola?

— É melhor que a gente vá embora hoje.

— Uhm? — Emily — mas ainda falta os clubes, acho que seria bom saber como estão as coisas depois de tudo isso.

— Podemos ver amanhã, ou quarta, não sei — Bruce falou afoito —, mas hoje é bom voltar.

— Se você diz... — a loira falou — só vou pegar meu livro de ciências, a professora falou que vai ter uma atividade amanhã...

— Tudo bem — Bruce disse receoso — e de lá direto para casa.

— Tem certeza que precisa dele? — finalmente Ross tinha achado aquele grupo, e parecia estar cansado, deveria ter vindo correndo.

— Por que vocês estão agindo tão estranhos? — Gwen se levantou irritada — querem me contar alguma coisa? Hoje é o dia nacional do "seja babaca com a Gwen" por acaso?

— Só quero dizer que você é inteligente o suficiente para não precisar dele — Ross tentou disfarçar.

— Olha, já basta Ethan que não me responde, okay? — ela disse — é bom voltar porque aproveito e passo na casa dele para ver se aconteceu alguma coisa, mas tenho de estudar... é uma das coisas que conseguem me distrair nesse pesadelo que estamos vivendo.

E sem mais nem menos a menina começou a andar por aquele corredor a passos rápidos.

— Hey Gwen! — Ross comentou afoito enquanto a seguia — desculpa, tá legal?

— Por que você não quer que ela mexa no armário? — Bruce falou segurando o braço do amigo.

— Ah... — Ross virou de lado — eu não sei explicar, mas tem a ver com a Hanna.

— Sério? — Emily indagou — o que ela disse?

— Não disse, só pediu para não deixar — fora a resposta que obteve.

Bruce e Emily se olharam por um momento, achando curioso aquela constatação e se lembrando daquela última reunião, na qual estranhamente a menina chorando tinha falado para eles olharem o celular momentos antes do assassino mandar uma mensagem.

Ela era estranha, mas parecia saber de alguma coisa bem afundo do que estava acontecendo, talvez tivesse afinidade com as engrenagens do tempo ou qualquer besteira desse jeito, mas...

Por quê?

Não se sabia, mas era melhor evitar.

— Gwen! — Bruce falou correndo até a garota — v-você precisa mesmo disso?

— Vocês fizeram alguma pegadinha com meu armário por acaso? — os olhou irritada — é isso?

— Não... — Bruce comentou.

— Então me deixa em paz, Bruce, eu já estou indo fazer o que você pediu, pode pelo menos não tirar o estudo de mim?

E tornou a andar.

— Gwen, por favor! — Ross falou ainda no intuito de impedi-la, mas a partir daquele momento ela já os ignorava.

Nem que fosse só de birra, mas agora iria mexer naquele negócio.

Então chegou no mesmo, e os outros três que estavam ali apenas ficaram próximos, observando o que iria acontecer com certo medo.

Mas quando ela abriu, perceberam que na verdade deveriam ter feito de tudo para de fato impedi-la, pois quando abriu... um coração caiu dali de dentro, caindo no chão e, com aquilo sujando tudo ao redor de sangue, fazendo a menina gritar desesperada quando minimamente entendeu o que aquele pedaço de carne vermelha era.

Na porta de seu armário ia uma mensagem escrita a sangue, marcando com letras mórbidas, da cor do escarlate.

"Acho que ninguém te deu o coração como Ethan acabou de te dar, não é, Gwen?"

— Pelo estado que encontramos o corpo, Becky foi morta na madrugada de sábado para domingo, seus pais encontraram o corpo dela após chamá-la inúmeras vezes para o café da manhã — Amanda dizia segurando o cobertor branco que cobria o corpo da menina, mostrando apenas a sua cabeça.

— Ela sofreu? — Thales falou observando a menina, com o rosto lavado por lágrimas.

Então Amanda suspirou e, com isso desceu as mãos sobre aquele cobertor branco e segurou o braço da moça, revelando o pulso dela.

— Encontrei marcas de luta em seu corpo — disse exibindo os pulsos roxos da menina — e o corpo foi encontrado sobre um forte cheiro de urina...

Thales virou o rosto, sentindo seu choro apertar naquele momento. Se tivesse levado ela para sua casa aquela noite nada disso teria acontecido, se tivesse ficado com ela aquela noite Becky ainda estaria viva, era tudo culpa dele, foi ele quem tinha deixado ela sozinha com o assassino, foi ele quem tivera sido um péssimo companheiro para ela.

Eu deveria ter morrido no lugar dela Thales pensou, e agora não mais conseguia segurar o seu choro.

— Amanda! — Ivan apareceu na sala fazendo com que o de chapéu prestasse atenção nele, mas isso não foi o suficiente para fazê-lo parar de chorar — você não pode dizer essas informações do caso para um suspeito.

E ela andou até a frente daquele cara e frente a frente a ele, o respondeu.

— Então me prenda, mas não posso deixar que ele sofra desse jeito, não vê? — e apontou para o menino — é claro que aquele garoto tinha algum sentimento puro por ela.

— Mesmo que seja verdade... — Ivan recuou.

— Está esquecendo o que é ser um humano, Ivan? — Amanda comentou — acredito que você ainda saiba fazer vista grossa, não sabe?

— Eu espero não me arrepender de ouvir você — ele falou, dando as costas para aquele local — tenha uma boa tarde, garoto.

E quando saiu no corredor, viu uma moça correndo naquele ambiente. Ela também fazia parte dos suspeitos, lembrava-se dela pela pedra escarlate em seu peito, mas aliás, quem não estava como suspeito nessa escola?

Tinha vindo ali por causa de uma denúncia dos próprios amigos de Amanda que falaram dela dando informação ao suspeito, mas agora... do tempo que ela trabalhava ali, a legista nunca tinha errado em seu julgamento.

— Boa tarde — Hanna abaixou a cabeça quando passou perto daquele oficial, mas Ivan não disse nada, apenas fez um levíssimo movimento com a cabeça e continuou andando, até seu celular tocar, e ele atender.

— O que foi, Louis?

— Recebemos um chamado da escola... — o seu subordinado falou sem rodeios — acredito que encontramos o coração do cadáver que fora roubado.

— Merda — Ivan comentou voltando para trás — okay, já estou indo aí.

— Meu senhor... — Hanna falou quando o achou, observando em pranto o garoto de chapéu. Então segurou firme o seu braço — vamos sair daqui meu Senhor.

— Amanda, temos um chamado — Ivan falou voltando por um breve momento, vendo os dois jovens saírem correndo daquele local. Assim como da primeira vez, educadamente Hanna abaixou a cabeça para ele, e logo saíram daquele lugar. — Parece que alguém recebeu um coração de presente do assassino.

***

— Como você está? — Hanna disse para Thales que agora estava sentado na guia da calçada do estacionamento, de mãos juntas encostadas em sua testa, chorando.

O sol já estava se pondo, naquele dia em específico tornava todas as coisas mais alaranjadas, fortes, porém também lindas até onde suas ondas douradas podiam tocar, até mesmo as mais sombrias trevas.

— Como você sabia que eu viria para cá? — Thales indagou com certo receio.

— Sei que você é inteligente, meu senhor, não perderia tempo indo para a casa dela.

— O que mais você sabe, Hanna? — ele falou — porque quanto mais o tempo passa mais parece que você sabe de tudo sobre nós, sabe de tudo que vai acontecer e mesmo assim ainda deixa que nossas vidas acabem.

— Por favor, meu senhor — sentiu-se ferida com aquelas palavras — Nunca mais diga uma coisa dessas, você não tem ideia de quanto eu estou me esforçando.

— Então me explica! — ele gritou — porque até onde eu sei, você pode ser a assassina!

— Você já sentiu um dejà vú perto de mim, meu senhor? — Com um sorriso amargurado ela o indagou, sendo iluminada nada mais nada menos do que pelos raios alaranjados do sol, como se ela fosse o centro de um formoso girassol, sempre virado para a luz, mas nesse lindo centro, a pedra escarlate em seu peito reluzia com um brilho forte, reagia em esplendor com aquela claridade.

— Sim Hanna — ele a respondeu sincero, não havia por que esconder aquilo. Era impossível se sentir normal ao lado dela, mas por incrível que pareça, essa sensação nunca vinha atrelado a algo ruim, não... por mais estranho que fosse, sentia que Hanna estava intimamente ligada com ele, ainda mais vê-la daquela forma, banhada com a luz dourada do por do sol. — Quase todas as vezes que eu te vejo.

— É por isso que você acertou meu refrigerante preferido outro dia, não é? — assim como ele, Hanna começou a chorar, mas ela sem razão aparente — ah, meu senhor, como eu gostaria de te contar tudo, como eu adoraria poder dizer o que eu realmente sinto, dizer tudo que está engasgado na minha garganta, mas o futuro é traiçoeiro, e até o último minuto se eu disser, ele pode mudar.

— Que tipo de futuro é esse em que todos nós morremos, Hanna? — perguntou aflito.

— Um futuro que... — e ela estourou de seu pescoço o colar que tanto a marcava, esticando com o punho fechado a pedra escarlate sobre um leve cordão prateado para ele — vamos mudar, com as nossas próprias mãos. — Sorriu, de forma enigmática, mas certamente, deveras graciosa — por favor, meu senhor, cuide disso por mim, você vai entender quando chegar a hora certa.

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