15.3 Sábado.
13 de setembro de 2014, sábado.
Thales não ficou sabendo o que Richard e Becky conversaram, mas o que quer que fosse mexeu bastante com o psicológico dela.
Quando soube da emergência tinha saído correndo com o carro de sua mãe para encontrar a garota, e com o mesmo veículo os dois tinham voltado naquela noite em silêncio.
Ele até tentou puxar assunto, mas Becky apenas fazia um ou outro sorriso empático e logo voltava a olhar para a rua, reflexiva.
Deixando-a na frente de casa, foi o momento que ele conseguiu ouvir claro a sua voz quando a moça lhe disse um "obrigada" e marchou para a residência, sendo recebida não por sua tia, mas pelos seus pais.
O pai dela deu um sinal com a mão para o garoto que retribuiu, e daquela forma Thales voltou para casa com um aperto no coração.
Queria que ela ficasse mais tempo, que continuasse estudando com eles, mas tudo dependia dos dois, e dela também. De qualquer forma, teria de entender não importava a decisão que eles tomassem.
Naturalmente, tinha tido dificuldades para dormir aquela noite, principalmente depois que chegou em casa e sua mãe o abraçou e agradeceu pelo fato dele estar vivo, e disse que no noticiário havia mais um morto, enchendo-o de fúria e ainda mais sentimentos negativos quando soube que S havia sido brutalmente assassinado.
Somando isso com as falas de Richard, o peso que já estava acumulado em seu ser e como Becky tinha lhe tratado na volta para casa, seu sono foi tão superficial que as folhas farfalhando na rua o fizeram acordar inúmeras vezes naquela madrugada, até ele se cansar de ficar deitado e levantar, pegando para trabalhar nos dados que havia conseguido.
Logo, era sete horas, o sol já fazia seu percurso pelo céu há algum tempo, e sua mãe adentrou o seu quarto para chamá-lo para tomar um café da manhã.
Hoje finalmente tinha tomado coragem para conversar com ela acerca do que havia de fato acontecido entre ela e seu pai, se é que isso poderia ser chamado de coragem, visto que a princípio sentia que não era nada além do que o peso de seu psicológico pedindo por socorro, e o pressionando para tomar alguma atitude sobre as coisas que estava sentindo, ao menos aquilo saberia que a resposta seria mais completa do que descobrir o maldito assassino que estava brincando com a vida dos seus amigos.
— Mãe... — falou colocando um copo de café na boca — quero conversar com você sobre uma coisa...
Desde que Richard disse, ele realmente concordava em uma coisa, sua mãe era doce e perfeita demais mais que algum homem a traísse. Era empoderada, forte, corajosa, meiga e sentimental sem ser muito mandona, e sempre tinha uma palavra amiga na ponta da língua. Lembrava-se de seu pai quando a olhava, totalmente apaixonado. Sempre fora de dormir tarde e pouquíssimas foram as vezes que ouviu alguma briga ou uma resposta mais alta atrapalhava a paz da casa, pareciam ser feitos um para o outro, pacote fechado de fábrica.
— Se é sobre não ir para a escola — ela sorriu empaticamente para seu filho, o que fez cortar o seu coração — eu vou entender, você pode voltar semestre que vem meu amor, não quero que você perca a vida também.
— Embora que depois de ontem sabemos que nem em casa estamos seguros — o garoto completou, vendo a sua mãe engolindo em seco com aquele fato —, mas não é isso que eu quero conversar, é sobre você e o papai.
— Entendo... o que você quer saber?
— Você tem ideia do porquê ele foi embora? Como era a relação de vocês, sei que como meus pais não deixavam mostrar os problemas, mas eu quero saber, quero saber de verdade sobre isso.
— Olha Thales...
— Por favor mãe, me conta — sentiu seus olhos lacrimejarem — não consigo dormir direito há dias por causa de tudo o que está acontecendo, e mais mistérios para rodar a minha cabeça? Eu não preciso disso.
Então Margareth sorriu de certa forma um pouco quanto triste para ele, e resolveu pôr à tona tudo o que estava dentro do seu coração.
"Tirando o seu pai, eu só fiquei com outro cara na vida quando eu tinha mais ou menos a sua idade, e durou um tempo... era um cara mais velho, a gente ficava bastante no museu, dá para acreditar? Mas quando fomos descobertos eu achei melhor não ficarmos mais, e então eu conheci o seu pai poucos meses depois, um homem forte, alto, convicto, lindo que tinha alguns probleminhas para se expressar e saber o que fazer na vida, mas adorava um livro de história e documentários longos sobre civilizações antigas" ela riu após falar isso, com essa última lembrança.
"Depois de um tempo, eu comecei a me interessar por ele e me fazendo de boba para que ele me ensinasse mais sobre história para passar nas provas, nós fomos nos aproximando... até que rolou sabe? E a partir daí fomos ficando juntos até que a gente se casou, no final do ensino médio mesmo com a permissão dos nossos pais."
"E... logo descobri que casei grávida de você Thales, foi uma surpresa e tanto, sua bisavó, mãe da mãe de seu pai dele que morava em Nova Jersey viajou para Nova York e cuidou de você junto a gente até que concluímos a faculdade e achamos por bem voltar para Autumnfall, e aqui construímos as nossas raízes, você sabe, eu trabalho na cidade vizinha no instituto de biologia e ele logo conseguiu um emprego na escola, pois é, seu pai foi professor de história antes de conseguir um emprego no museu e fazer carreira lá, é por isso que a nossa casa é tão perto da Thompson, o acesso daqui é o mais fácil para a rodovia, e bem perto da escola."
Para Thales, aquilo tudo estava sendo fascinante, sempre tinha ouvido falar de uma história ou outra que eles haviam passado, mas... a história toda? nunca tinha ouvido. Cada vez mais parecia que algo estava errado naquela narrativa. Para um casal que se desenvolveu dessa forma, considerar que seu pai tinha traído sua mãe e sumido realmente estava fora de cogitação, e... um ponto intrigante, Richard era velho? Ele disse que fez faculdade com seu pai, mas olhando para ele, aquele cara parecia ter vinte e três... vinte cinco anos no máximo, para ter feito faculdade com o seu pai... deveria ter ao menos idade para chamar Thales de filho.
"Então seu pai começou a ficar cada vez mais obcecado com a teoria da árvore Yggdrasil, e... com o tempo começou a fazer uma ou outra viagem para alguns lugares, Chile, África, Grécia, tanto que quando visitamos a França fomos todos juntos, lembra? Mas... um ano depois que ele se aquietou aqui na cidade, ele sumiu. Queria realmente ter alguma coisa a mais para te contar filho, mas é assim que eu vejo. Seu pai nunca se quer levantou a voz para mim, acho que quem dava uma ou outra crise histérica às vezes era eu, mas mesmo quando passamos pelos momentos mais difíceis um sempre largava tudo para ficar um com o outro, nunca dormimos em camas separadas, ele sempre mandava mensagem falando tudo que estava fazendo, então por mais que pareça, eu sei que ele não sairia desse jeito sem algum motivo... eu sei que ele vai voltar para mim uma hora ou outra."
— Okay mãe — o moço sorriu, abraçando sua mãe depois disso — obrigado por me contar, foi muito bom ouvir isso da senhora.
Thales se sentia um idiota por duvidar de seu pai até agora, mas ainda sim estava conflituoso com o que tinha visto quando o pegou com aquela outra mulher. Ela era linda, tão jovem quanto ele, de pele morena e cabelo bem marrom como os de sua mãe e... tinha... pego os dois... no museu?
Essa história está muito mal contada, talvez devesse conversar com a Hanna mais uma vez, mesmo sendo loucura, sentia que ela poderia lhe ajudar naquele momento.
***
Por mais uma manhã frívola de outono, a cidade amanhecia silenciosa, mas bem longe de tranquila. O dia parecia com dificuldades em passar, contudo não era de tudo ruim, ao menos para Bruce, que agora desejava que mais manhãs como aquela, manhãs em que Emily acordasse primeiro do que ele e, junto com seu pai resolvesse fazer o café da manhã em sua casa para que todos pudessem degustar uma excelente refeição.
Hoje o menu era panquecas com frutas vermelhas e melado, que logo cedo já impregnava a casa com um cheiro divino, cheiro este que o fez acordar, e fez quem sentar na mesa o fizesse sedento por alimento, com o garfo e faca na mão, esperando ser servida, assim como Ryder, que esperava igualmente a refeição.
Senhor e senhora Foster já estavam acostumados em ter crianças a mais sentadas à mesa com eles, já que volte e meia os filhos dos Stanford iam passar a noite em sua casa, e depois que dois deles se foram, sentiam muita tristeza com tudo isso.
Moravam apenas uma rua de distância, mas como dizer, era como se suas casas fossem ligadas.
Uma grande e fervorosa casa cheia, ou ao menos era isso que eles sentiam naquele momento, felicidade, sem tirar nem pôr.
— E agora se me permitem — Emily disse passando o peito da mão na testa, sentia que havia feito comida para um batalhão, e de fato tinha feito, seis pessoas era bastante gente — eu também vou comer.
— Parabéns pelo trabalho duro — Bruce falou observando-a e seu pai sentando à mesa para apreciar aquela refeição
— Obrigada — a menina respondeu, logo dando uma mordida na refeição que tinha dado tanto duro para finalizar.
Algumas coisas pareciam mais gostosas com o suor de seu trabalho.
Emily e Ryder foram aceitos facilmente pela casa, ainda mais depois que ela explicou a sua situação para os Foster, e disseram um amoroso "aqui é igual a casa da mãe Joana, sempre cabe mais um."
Logo como Gwen e Bruce tinham quartos separados, dividiram entre meninos e meninas, e estava assim, isso quando Gwen não passava a noite com os Stanford, nesses dias Ryder dormia com sua irmã.
— Vai para a escola semana que vem? — Gwen indagou entre as suas garfadas, conversando com Emily.
— Eu... — suspirou — não vou deixar a minha vida parar por causa do Jacob, mas gostaria de ficar aqui mais um tempo, claro, se não for incômodo para vocês...
— Não é incômodo nenhum — Carmen respondeu com um sorriso —, mas seria bom se conseguissem resolver logo esse problema de vocês, não que eu te quero fora, é que...
— Eu consigo entender o que a senhora está querendo dizer — Emily —, vou cobrar respostas do meu irmão, ele tem de resolver essa idiotice que nos meteu.
— Embora não acharia ruim que vocês ficassem para sempre — Bruce falou sorrindo para Emily, que devolveu na mesma intensidade.
— Eu também não — Ryder — essa casa tem um cheirinho bem melhor do que a nossa.
— Menos Ryder — Emily falou colocando o indicador frente aos lábios — eu me esforço bastante para tirar aquele cheiro de cigarro de lá.
A refeição continuou por alguns momentos, até que a campainha da casa tocou, causando certa curiosidade ao pessoal.
— Será que os vizinhos sentiram o cheiro das panquecas? — Marcelo Foster disse rindo.
— Eu vou atender — Bruce comentou se levantando da cadeira.
— Tudo bem — Marcelo proferiu — se for cobrança fala que não estou!
— Vou com você — Gwen falou já se levantando.
Então os dois foram até a porta da casa dar uma olhada em quem estava tocando a campainha, e pelo olho mágico, não conseguiram ver ninguém.
— Será que é trote? — Bruce, levantando uma sobrancelha.
— Não sei — Gwen disse abrindo a porta.
E quando viram, não havia nada para nenhum dos lados da rua, nada além de uma caixa grande com um embrulho bege, cor característica dos embrulhos do correio.
— Estranho — a loira disse se abaixando e pegando ela — não lembro de estar esperando entrega.
Levantando aquilo, conseguiu sentir que era pesado, deveria ter uns quatro, cinco quilos naquele embrulho e que o que quer que estivesse lá dentro estava bem embrulhado, já que não balançava. Deveria ter uma boa quantidade de plástico bolha, ela adorava estourar plástico bolha.
— Mãe, pai! — Gwen levou a caixa para a cozinha, onde Emily e Marcelo já estavam tirando os pratos, aproveitou aquilo e colocou a mesma sobre a mesa — Porque não disseram que estavam esperando uma encomenda? Estava lá fora.
— Porque não estamos — Carmen disse, achando estranho aquele embrulho — a menos que seu pai resolveu fazer coisas nas minhas costas como sempre faz — o olhou irritada, fuzilando-o com os olhos.
— Eu não fiz nada — Marcelo levantou as mãos — não estava esperando caixa alguma, Carmen.
— Nem eu, não comprei nada — Bruce.
— Ué? — a mais velha disse de novo, observando o embrulho. Tinha um papel ali em cima, escrito "para os Foster".
Mas abrir aquela caixa foi a pior escolha que tiveram feito na vida, pois quando abriram, em meio de bastante pedaços de isopor manchados de escarlate, havia a cabeça de um menino, a mesma cabeça que havia desaparecido da cena do crime cujo qual os policiais estavam investigando no dia anterior.
Todos ali ficaram extremamente espantados com aquilo, Gwen e Carmen colocaram as mãos na boca para impedir um grito de pavor, enquanto Emily correu para fechar os olhos de seu irmão, incrédula pelo que estava vendo.
O cheiro mórbido tomou a casa, e alguns dos que estavam ali, como Bruce e Marcelo simplesmente não sabiam o que fazer. O choque tinha sido tão forte que não conseguiam deixar de encarar aquela cabeça, ao mesmo tempo que sentiam o terror crescendo dentro de seus peitos.
Quem... era tão bárbaro a ponto de fazer isso?
***
Depois que conseguiram deixar o terror de lado eles chamaram a polícia, e após a perícia chegar naquele ambiente e isolar a área, logo todos foram chamados para a delegacia para prestar depoimento e falar em detalhes o que havia acontecido.
Bruce não se sentia bem naquele local, mas imaginar que um dia seria chamado para depor diretamente na delegacia, amaldiçoaria aquela pessoa com todas as suas forças, mas não, era real, estava ali em carne e osso e adoraria poder se desesperar como alguém normal, mas tinha entrado na sala para dar depoimento junto com Gwen, que não parava de chorar em um único momento, então sentia que precisava ser forte, pelo menos dessa vez.
Tinha dado as mãos para ela, e passaram assim aquele longo questionário que a polícia fez para eles. Gwen tentava responder da melhor forma possível, mas fato era que estava aterrorizada demais com a cena de mais cedo para se prolongar muito nas suas respostas, e cria que só havia conseguido dizer tudo porque Bruce estava ali, segurando a sua mão enquanto durante o interrogatório.
Não tinham visto quem havia deixado o pacote na porta e como parecia um tanto surreal isso, fora a parte que a polícia mais bateu em cima, contudo não dava para inventar informações quando não existiam, essa era a verdade, por mais frustrante que seja, novamente, nada de pistas.
Talvez alguma impressão digital na caixa... talvez isso funcionasse.
Aliás, como se conseguia uma caixa daquelas sem entrar em contato direto com o correio?
Logo Bruce, Emily, senhor e senhora Foster foram interrogados e nem mesmo Ryder escapou, mas esse fora acompanhado de Emily de forma informal, com o estranho consentimento de Ivan. Ele além de não ser maior de 18 anos, ela não podia ser considerada responsável legalmente pelo garoto, porém o fez mesmo assim, a polícia estava desesperada por respostas, tanto a ignorar algumas regras básicas.
Bruce mandou uma mensagem para os outros e perguntou se eles não poderiam se encontrar na praça que era mais próxima a delegacia, e graças a convocação, todos foram para aquele lugar.
A primeira coisa que Becky fez ao encontrar os garotos foi abraçar Emily e Gwen simultaneamente, mesmo a situação da morena sendo complicada, ver suas amigas vivas e relativamente bem era o que mais importava para ela agora, então não hesitou de permanecer naquele carinho coletivo, até as três chorarem juntas por alguns minutos.
Senhor e senhora Foster voltaram para casa, falaram para que eles voltassem logo e a pedido de Emily, levaram Ryder consigo.
Não queriam se prolongar por muito tempo de qualquer forma.
— Como vocês estão? — Ross indagou quando finalmente todos estavam sentados em roda naquela praça, apenas com as luzes meio amareladas dos postes iluminando seus rostos — deve ter sido uma experiência horrível receber um pacote daqueles.
Devido às baixas temperaturas não havia ninguém que não estivesse usando uma blusa de frio, e nenhuma menina que trocasse uma calça por um vestido, exceto a garota dos girassóis, que parecia não ser afetada pelo frio nas pernas.
— Nem me fale — Bruce — me sinto péssimo pelo S.
— O que estamos fazendo de errado? — Gwen comentou aos prantos. Aquele choque realmente havia abalado o seu psicológico — o que o assassino quer? Por que está fazendo isso?
— Talvez apenas nos enlouquecer — Thales falou temeroso — como se fossemos os brinquedinhos dele.
— Precisamos descobrir logo quem é, ou seremos os próximos — Ross disse —, hey Thales, nenhuma ideia?
— Sempre o Thales... — Becky acabou soltando em voz alta, não tinha conseguido evitar.
— Oi? — o de chapéu indagou franzindo o cenho — quer me dizer alguma coisa?
— Não é nada — recuou. Sentia que era errado acusar alguém sem provas, sentia-se uma idiota por deixar aquelas palavras de ontem chegarem tão fundo no seu peito, mas não podia evitar, ainda mais depois da discussão que teve com seus pais — é só que... todos nós somos capazes de pensar.
— Ela tem razão — Emily falou — não podemos jogar a responsabilidade só em uma pessoa.
— Acho que vocês não sabem já que faz tempo que não conversamos — Ross tomou a palavra —, mas a gente tinha se dividido para olhar alguns suspeitos, e o S tinha ficado responsável por observar o Lucca, talvez tenha alguma coisa a ver.
— De fato — Thales comentou — ele perseguiu a Becky ontem, não é?
— Sim... mas... — a morena falou — talvez não seja ele — balançou a cabeça em negativo —, talvez não seja ninguém que estamos suspeitando...
— O que quer dizer? — Bruce indagou surpreso com aquelas palavras — que o assassino pode ser um de nós?
— Pessoal — Quando foram olhar, mesmo sobre a baixa iluminação conseguiram observar Hanna, e esta no meio daquele grupo estava chorando, mesmo que mantivesse a sua voz normalmente, lágrimas escorriam dos seus olhos... — recomendo que todos deem uma olhada em seu celular.
O pessoal olhou assustado, choro e um pedido, de repente daquela forma não parecia ser um bom sinal.
E quando desbloquearam, quase ao mesmo tempo não viram nada, o que acharam mais estranho ainda.
— Mas não tem nada... — Ross falou, e antes mesmo de terminar a sua fala, ao mesmo tempo todos que estavam naquele círculo receberam uma mensagem sms de um número anônimo.
"Parabéns a todos por terem sobrevivido às preliminares, o verdadeiro jogo começa agora, esperem ansiosos pela próxima mensagem."
E não teve uma única viva alma naquele espaço que não sentiu o seu coração falhar uma batida ao ler aquela mensagem.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro