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15.2 Infortúnio.

Carros de polícia fechavam o perímetro daquela casa, além das famigeradas faixas de isolamento amarelas e pretas que estavam sendo bastante requisitadas em Autumnfall nos últimos dias.

Atraía sim alguns olhares curiosos que adorariam saber o que estava acontecendo por detrás das faixas, principalmente dos vizinhos mais próximos, afinal não era todo dia que a polícia interditava alguma casa nas redondezas para fazer uma investigação.

Além dos carros dos policiais também havia naquele ambiente um carro preto responsável por levar ao corpo até a perícia, e dele alguns legistas vinham equipados para fotografar cada detalhe da cena do crime.

Ivan tinha sentido a necessidade de vir pessoalmente para observar o que havia acontecido naquele lugar, e não era para menos, além do quadro ter sido brutal, precisava assinar algumas coisas e dar seu consentimento a outras, isso sem considerar que estavam mexendo com a cidade que estava em sua jurisdição e se não mostrasse serviço talvez até mesmo os órgãos maiores lhe realocassem ou até mesmo abaixassem a sua patente colocando outro para fazer o trabalho que não estava conseguindo.

Pegar aquele maldito assassino.

— Então, Amanda, você tem ideia de com o que estamos lidando? — Ivan falou para uma das legistas, esta que agora estava concentrada em tirar fotos da cena do crime com a maior quantidade de detalhes possível.

— Não faço ideia — ela respondeu — vários distúrbios mentais são capazes de alterar a psiquê de uma pessoa a ponto de fazê-la perder a linha e cometer um assassinato, mas pelo que eu estou acompanhando, está cada vez mais brutal. Poderiam procurar um louco por aí, mas quem quer que seja o seu culpado, está fazendo isso de uma forma bem racional, o corte da cabeça foi primoroso, parece que tem um conhecimento interessante de anatomia, cortou perfeitamente entre a quarta e a quinta vértebra cervical, com um corte liso, sem derramamento de sangue desnecessário, lindo, como se sua lâmina deslizasse sobre uma costela macia de um boi.

— Deve ser uma experiência única assistir um filme de terror com você — ele disse com desdém —, mas isso não me ajuda muito, o que eu devo procurar?

— Sinceramente, xerife? — ela olhou para ele e soltou um sorriso — uma cabeça, eu sou perita em anatomia, cinética de trauma, médica, mas se tem uma coisa que eu não sou, e essa coisa é psicóloga.

— Obrigado, senhor Young — Paul acabava de conversar com o dono da casa. Tinha saído mais cedo do trabalho por conta do chamado da polícia, e sinceramente tinha sido extremamente angustiante responder as perguntas daquele oficial depois de tudo isso, de ver o corpo de seu filho daquele jeito. — Sei que é um incômodo, mas gostaria de vê-lo na delegacia amanhã, precisamos formalizar alguns termos, assinar alguns papéis e tirar um depoimento oficial, pode ser muito importante para encontrar quem fez isso com o seu filho.

Paul tinha dito que uma equipe faria a limpeza do sangue e dos excrementos, que não precisava se preocupar com isso, mas o cheiro estava tão forte que acreditava ser apenas um potenciador dos pesadelos que haveria de ter aquela madrugada.

Aquilo... não parecia real, parecia apenas uma pegadinha idiota que as crianças faziam no dia das bruxas, imaginava que seu filho ia aparecer a qualquer momento e rir da casa dele por se preocupar com aquela idiotice, mas não... era real, a polícia, os carros lá fora, o corpo ali jazido naquela cadeira não deixava mentir.

Tinha pedido para a sua esposa não voltar para casa, sabia que ela teria uma crise ao ver aquela cena, então falou para sua mulher pegar o seu filho e passar uns dias na casa de seus pais que também moravam em Autumnfall para evitar de ver aquela cena.

Ninguém deveria passar por aquilo na vida.

Louis, que também estava trabalhando naquele local junto com a polícia florence, quando viu que seu chefe terminou de conversar com a legista se aproximou de Ivan, que no momento analisava uma pasta com os dados que haviam coletado até então.

Zero câmeras de segurança na casa, zero câmeras de segurança na vizinhança... talvez desse sorte de encontrar alguma digital no corpo daquele rapaz, algum material genético nas suas unhas se fosse considerar alguma luta pela sobrevivência, ou talvez alguma luva descartável nas lixeiras da casa que contenham qualquer coisa que poderia incriminar o maldito assassino.

A investigação ainda poderia demorar algumas horas, mas cá entre nós, estava bem enjoado com aquele cheiro.

— Senhor? — Paul falou ao se aproximar dele — conseguiu alguma novidade?

— Só que estamos lidando com algum gênio do assassinato — riu de desgosto.

— O assassino deixou isso — e entregou para ele um envelope transparente com o bilhete encontrado no corpo.

"Vocês logo vão descobrir onde está a cabeça."

Ivan pegou aquele envelope e observou aquilo totalmente incomodado, leu o conteúdo e se não fosse talvez a maior evidência que tinha conseguido, teria jogado aquilo no chão e pisado em cima.

— Você... — Paul falou se aproximando — acha que o assassino está brincando com a polícia?

— Talvez — Ivan disse — talvez ele esteja se sentindo alguma espécie de divindade nessa cidade, que tem o direito de escolher quem vive e morre, ou apenas um idiota que é muito precavido.

— Estou procurando junto com os outros mais evidências do crime — Louis —, encontramos algumas digitais, e marcas de sangue na pia.

— Na pia? — Ivan comentou.

— Provavelmente o assassino roubou alguma coisa da geladeira ou tomou um copo d'agua antes de sair — Paul falou, tirou de seu bolso o seu celular e depois de desbloquear mostrou o mesmo para seu chefe. — Aqui — e mostrou algumas fotos onde gotas de sangue mal lavadas se encontravam por cima da peça de mármore ao qual a família tinha.

— Pelo que eu reparei no corpo — Louis falou —, os ferimentos foram feitos por uma lâmina fina, uma faca, um canivete...

— Já é alguma coisa — Ivan disse — quero que depois vocês passem nas lojas de armas e vejam se algum vendedor vendeu alguma coisa desse tipo nos últimos três meses, é difícil ter registro de pequenas coisas, então foque em perguntar se venderam algum item de camping ou qualquer porcaria desse tipo para jovens adolescentes e se eles tem imagens de câmeras de segurança disponíveis.

— Certo — Louis respondeu — agora apenas para concluir: o que foi usado na cabeça foi diferente, uma arma dessas não seria capaz de fazer um corte tão linear como o que a vítima apresenta.

— Concordo — Paul completou —, provavelmente o assassino o esfaqueou de costas — e começou a apontar para o local — ele caiu mais ou menos ali — era onde começava os rastros maiores de sangue — e a vítima se arrastou um pouco até ter recebido o golpe fatal.

— Notei uma pequena marca de alguma coisa no chão — Louis — provavelmente a cabeça dele foi degolada enquanto ele ainda estava deitado, e o assassino usou de bastante força para fazer o corte, só parou quando teve certeza que a lâmina prendeu no chão.

— Okay — Ivan suspirou —, já temos mais ou menos a cinética da morte, provavelmente o assassino trouxe o corpo para cá para ficar mais "artístico" ou qualquer merda desse tipo.

— Exato — Paul sorriu —, mas eu tomei a liberdade de conferir a prataria da cozinha, todas as casas costumam a ter um cutelo...

— E essa foi provavelmente a arma que degolou a vítima — Louis completou.

— Sim — Paul. — não encontrei cutelo algum nessa casa.

— Não importa quem ele é — Ivan falou irritado —, não existe humano perfeito, brincando ou não, uma hora ele vai vacilar, e quando vacilar a gente pega esse filha da puta.

***

— Pensei que as notícias corriam mais rápido entre vocês adolescentes — Richard falou rindo, observando a morena que estava do outro lado da mesa.

Contra a sua vontade e morrendo de medo, Becky aceitou o convite de Richard — mais para despistar Lucca do que qualquer outra coisa — e assim ambos foram para a cafeteria próxima a quarta praça da cidade, desceram do carro e agora estavam os dois ali, sentados.

Não havia dito uma única palavra durante o percurso inteiro, mas havia conversado com Thales e sinalizado que de um suspeito, agora ela estava com outro conversando. Tinha dito para ele vir o mais rápido possível para lá já que tinha medo que acontecesse alguma coisa, e depois disso, como não era muito longe já havia chegado, e em sua frente, além do professor de história, havia um frapuccino e um hambúrguer duplo queijo com bacon e batata frita na frente dela, justamente o conjunto que adorava pedir quando estava naquela cafeteria.

E o mais engraçado disso tudo, é que ela não havia dito nada a ele, Richard simplesmente disse "me deixe adivinhar" e pediu aquelas coisas.

Dava para saber o prato preferido de alguém só por olhar a cara dela? Porque agora Becky se sentia com cara de hambúrguer duplo queijo com bacon e batata frita... ah, e também um bolinho de arroz, visto que Hanna tivera feito algo parecido um tempo atrás.

— N-não tão rápido como todos pensam — ela falou receosa. — Acho que ninguém sabia dessa morte — aquela fala lhe cortou o coração. Ouvira dele o boato, mas ainda tinha uma informação que não sabia — quem foi morto?

— Acho que não saiu em nota oficial ainda, mas pressupondo que o assassino tem uma tara por matar adolescentes, e o corpo foi encontrado na casa dos Young...

Ela arregalou os olhos com isso, totalmente chocada.

— S? — disse por fim, constatando o que achava óbvio.

Seus olhos encheram de lágrimas. Ela... tinha o visto hoje, mais uma vez tinham acertado alguém que era próximo a ela e, aquele garoto... ele tinha ficado responsável por investigar com eles quem era o assassino.

Tudo parecia se lincar na cabeça dela nesse momento, ele deveria ter chamado Lucca para conversar antes de ir depor ou ao menos tentado, então ele deve ter ido na casa do S, e com o decorrer da conversa...

Isso explicaria as marcas vermelhas na mão dele, isso explicaria o cutelo...

— Antes de supor coisas — Richard a cortou de sua linha de pensamento — você sabe qual é o peso da inteligência?

— Oi? — a morena comentou sem entender nada.

— Onde Thales estava na noite da primeira morte? — ele sorriu.

— Comigo... — ela comentou.

— Fiquei sabendo que vocês saíram cedo, a morte aconteceu mais ou menos umas quatro da manhã, não me digam que vocês transaram mais de quatro horas seguidas? Não acredito que ele seja capaz de ser tão viril assim.

— Bom, realmente, Thales é podre, mas não é eterno... — estava tão em choque com o que pensava e tão confusa com aquela conversa que nem percebeu que de repente começara a falar de sexo com um desconhecido — acho que umas três horas a gente já estava dormindo, eu fiquei exausta aquela noite...

— Desde que eu te conheci, você sempre fora bem espontânea com as suas falas — ele riu — quando eu quis dizer sobre o peso da inteligência, Becky, quis dizer que as vezes as coisas não são o que parecem, e francamente, para enlouquecer a polícia dessa forma e não soltar nenhuma pista, são pouquíssimos nessa escola que eu consigo lincar como suspeitos.

— Mas o Thales nunca...

— Ele estava com você quando Jake e Paige morreram? Ele estava com você agora pouco, quando foi constatada a morte de Salvatore Young? E, me corrija se eu estiver errado, os cinco que morreram no acidente de carro, precisaria de um breve conhecimento para conseguir fazer aquilo, não é?

— Está mesmo insinuando que o Thales possa ser o assassino?

— Estou dizendo que nem sempre as coisas são o que parecem.

E como Richard tinha calculado, a porta do estabelecimento abriu, e de lá entrou um garoto um tanto aflito com os olhos arregalados.

Thales Blackweel.

— Vou deixar vocês dois a sós — Richard abriu a carteira e, deixou alguns dólares em cima da mesa, levantando-se.

Becky ficou sem entender muita coisa, contudo, sentia seu peito pesado, extremamente pesado com tudo aquilo.

Deveria confiar nele? Deveria confiar em seu amigo? E se Lucca realmente estivesse falando a verdade sobre o porco que fugiu do abate do açougue de seus pais?

Para Richard tudo aquilo estava sendo tão deliciosamente divertido... como era fácil brincar com a psiquê de idiotas juvenis, as dúvidas em seus corações sempre faziam com que eles duvidassem de verdades claras que estavam bem na frente de seus olhos, tornando os melhores alvos que pudesse imaginar. Até agora, das vezes que estivera ali pouco foi o seu interesse em jogar, mas nessa linha, as diferenças que Hanna tinha causado fizeram um tabuleiro maravilhoso para todos aqueles peões desesperados e burros, mas havia aqueles que... considerava peças nobres, e essas, tinha de destruir o mais rápido possível. Quando estava saindo passou de Thales, o que o fez sorrir, e não pôde deixar de dizer:

— Você está em xeque, garoto, será que sobrevive a mais uma semana, ou a próxima jogada será um xeque-mate?

E sem prestar nenhum esclarecimento pelas suas falas, o mais velho — se é que realmente fosse mais velho — saiu daquela cafeteria.

***

A sala daquela casa fedia a cerveja e tabaco, era tão impregnado nos móveis e nas paredes, no ar e nos tapetes que para quem morava lá nem percebia direito.

Mas quem liga?

Eram seus próprios pais que não ligavam em dividir uma lata de cerveja e eram tão viciados a tabaco que nem se importavam que o filho mais velho deles fosse um exímio toxicômano, e menos ainda se importavam para a educação do moleque a ponto de tentar em algum momento fazê-lo deixar de ser um babaca.

— Nesta tarde, um corpo foi encontrado na casa dos Young's a polícia está investigando o culpado — era um noticiário local, onde uma mulher com um terninho azul dizia as notícias na frente da casa onde era foco de mais alguns repórteres. — Será esse mais um ataque do assassino de Autumnfall?

E Jacob com isso desligou a televisão.

— Você... vai mesmo continuar com as chantagens para cima do Dom, não vai? — Emma disse levando uma latinha de cerveja para a boca, já fazia um tempo que estava desconfortável com isso.

— Você viu, não viu? — E gesticulou com o controle — Essa cidade está com os dias contados, é a melhor forma de sairmos daqui e termos uma vida segura.

— Podíamos só ficar na sede até que peguem o assassino... — ela falou.

— Stephen King disse uma vez que assassinatos são iguais a um saco de batatinhas, você simplesmente não consegue parar na primeira — e riu —, se não sairmos da cidade, talvez o assassino tente caçar as batatinhas da Thompson que estejam faltando, e aparentemente ele é bom no que faz — e segurou os ombros da menina. — Vamos Emma, você vai poder continuar sua carreira de atriz em uma boa faculdade, e eu vou ter um dinheiro pra nos bancar enquanto isso, é a dupla perfeita, já está acabando.

— Eu realmente espero — ela passou a língua nos lábios, onde estava cortado visto a briga que tivera com a Emily. — Não quero mais ter de fazer esse tipo de coisa, nunca mais.

— E não vai — ele deu um beijo nela — eu te prometo — e tornou a beijá-la intensamente, buscando não só o beijo, mas também uma brincadeira a dois.

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