Quando nem sempre é eterno
ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ sɪxᴛᴇᴇɴ
ᴀᴍᴇʟɪᴇ's ᴘᴏɪɴᴛ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴠɪᴇᴡ
O tempo de descanso havia acabado, tive de pegar o primeiro avião com destino a Califórnia, cheguei no Campus em uma tarde de domingo ensolarada, Grace havia ido visitar os pais então seria apenas eu no dormitório até ela chegar.
Assim que adentrei o prédio dos dormitórios percebi que a grande maioria dos habitantes ali podem ter saído do Campus já que o lugar estava no mais repleto silêncio, o que não era ruim de todo, nunca gostei realmente de lugares muitos barulhentos talvez ser introvertida demais e tímida tenha me feito ser alguém mais silenciosa.
O quarto estava da mesma forma que havia deixado, Grace não costuma ser muito bagunceira ao contrário de mim que sou a pessoa mais desleixada quando o assunto é arrumar coisas em seus devidos lugares, meu quarto costumava ser arrumado quando ainda morava em São Francisco, mas depois de ir para Gloversville, ter um quarto arrumado era um desafio.
Afinal de contas, quem fazia a arrumação do meu quarto em São Francisco era o Taeyong.
Se a cada dez coisas que penso, pelo menos nove me fazem lembrar do Taeyong, isso só me dá mais certeza de que não estou vivendo por mim mesma e isso é terrível. Todos esses anos de amizade estava deixando ele ser minha prioridade e acabei me esquecendo que a priorizada por mim deveria ser eu mesma.
Seria eu assim tão dependente?
Embora eu já saiba a resposta, prefiro não pensar nela agora, gostaria apenas de parar de pensar tanto no Lee e começar a me focar em mim mas fica difícil, pois querendo ou não, é inevitável eu esbarrar nele pela universidade e não me sentir abalada, até porque meu nível de trouxisse é inestimável quando se trata do Taeyong.
É melhor não pensar mais nisso.
Coloquei minha pequena mala sobre a cama e comecei a tirar todas as roupas que e outras coisas que havia levado para a viagem. Guardei as roupas no pequeno armário que dividia com Grace e todas as outras coisas em seus devidos lugares. Não havia mais nada que pudesse fazer, já havia revisado todas as matérias perdidas por mim, Emilly havia me repassado tudo que fora dado nas aulas pelo e-mail.
Me sentei em minha cama e liguei o notebook, estava evitando entrar em redes sociais nos últimos dias e não quero mencionar o porquê, não quero ser impulsiva e fazer algo ao qual eu possa me arrepender novamente.
Já tenho arrependimentos o bastante em minhas costas.
— É melhor eu ler um livro. — Falei pra mim mesma desligando o computador.
Assim que me levantei, ouvi pequeno toques sendo desferidos na porta, como se a pessoa que batesse não quisesse chamar tanto a atenção. Poderia ser apenas Emily ou algum dos meninos já que é proibido a entrada de outros rapazes no prédio de dormitórios femininos.
Caminhei até a porta e abri a mesma, acabei tendo uma pequena surpresa ao vê-lo ali encostado na parede contrária a da porta, na verdade não esperava que ele viesse atrás de mim mesmo sem receber nenhum sinal verde de que eu realmente o queria por perto, mas quando foi exatamente que o Taeyong se importou com o que eu sentia não é mesmo?
— Oi. — Ele falou sem jeito e eu me senti ainda mais estranha ao vê-lo diante de mim, não éramos mais como antes, algo havia mudado entre nós e eu não gosto disso.
— Como soube que eu chegaria hoje? — perguntei um pouco curiosa.
— Ouvi o Aaron dizer aos meninos, nós precisamos conversar. — Ele foi direto ao ponto e eu só tenho mais vontade de mandá-lo ir embora.
— Conversar? Sobre mais o que? — Comecei a me sentir nervosa e a alteração comportamental era algo inevitável.
— Sobre nós, nossa amizade. — Ele pontua sério.
— Nossa amizade..— Murmurei sentindo o gosto amargo da insatisfação mais uma vez.
— Amelie, me desculpe pela dor que te causei, nunca foi minha intenção te machucar e eu sei que você se sentia solitária. Quando disse que não poderíamos voltar a ser amigos sei o quanto aquilo foi doloroso pra você, apenas disse aquilo porque não queria que..— Eu acabo o interrompendo.
— Que eu voltasse a ser dependente de você, eu sei, entendo totalmente e agora vejo que eu não preciso mais disso. — Confessei sendo sincera e mesmo que sentisse leves pontadas no peito, sabia que aquilo era necessário, mas era ainda mais doloroso ver a expressão do Taeyong, eu havia o atingido, depois de tantos anos, eu estava o desiludido. Nos desiludimos um ao outro, e isso estava ficando cada vez mais nítido com o passar do tempo.
— Me desculpe. — Ele apenas murmurou engolindo em seco por não saber mais o que dizer.
— Passei tempo demais deixando você ser a minha prioridade que acabei me esquecendo de me priorizar, me desculpe Taeyong, nunca quis te fazer se sentir responsável por mim e nem te sufocar com a minha amizade. Eu apenas queria estar sempre ao seu lado, mas agora percebo que eu não preciso realmente estar a sua volta e que você não precisa estar a minha também até porque nós nunca realmente precisamos um do outro, apenas nos acostumamos a estar sempre juntos e se dois anos fizeram um estrago na nossa amizade, então ela realmente não foi feita para realmente ser eterna. — Ao terminar de dizer tudo aquilo, só queria que ele fosse embora de uma vez para que eu chorasse até não ter mais lágrimas realmente para isso.
— Então, acabou. — Ele falou mas parecia que era mais para si do que para mim. - Está tudo acabado.. — Sua voz se quebra no fim da frase e eu me sinto ainda mais horrível por tudo aquilo ter chego a este ponto ao qual nenhum de nós os dois conseguem se olhar nos olhos.
— Está acabado, Taeyong. — Reforcei com certo pesar, embora fosse difícil aceitar que nossa amizade jamais seria a mesma após tudo aquilo, apesar de saber que eu e ele não éramos mais os mesmo de antes e que ambos havíamos mudado e talvez essa mudança tenha nos distanciado tão mais do que antes.
Eu ainda olhava para os meus pés sem mais saber o que deveria dizer-lhe, se deveria ao menos tentar encarar ele e guardar esse momento na minha caixa de memórias dolorosas, talvez a mais dolorosa de toda a minha vida, deixar um amigo de infância, um primeiro amor, um confidente para trás, isso é realmente algo que deveria ser fácil a se fazer? Com toda certeza do mundo que não.
— Eu te amo. — E se aquele momento já era difícil o bastante ouvir aquilo dele foi ainda mais difícil pra mim. — Apesar da nossa amizade não ter dado certo, eu amo você. Não ser seu amigo não me impede de continuar te amando Amelie.
— Acho que é melhor você ir. — Falei me sentindo totalmente atingida, não queria começar a ter um ataque choro na frente dele, não queria ter que parecer ser tão frágil emocionalmente, mas também gostaria de não ter que usar uma máscara de indiferença diante dele e eu me odeio por tudo isso.
— Vamos ficar bem, obrigado por tudo, Amelie. — E assim que ele me deu as costas e saiu andando em direção a saída daquele corredor eu soube que aquela era a nossa despedida, a nossa deixa, o nosso fim definitivo.
O ponto final de todo o nosso drama adolescente, a nossa desilusão, a minha desilusão fraterna e amorosa.
Mas como você mesmo disse Taeyong, isso não me impede de continuar te amando.
[...]
💕Olá meus anjos! Trouxe essa atualização porquê a pior parte do Enem já passou, eu estava muito preocupada com a redação e o tema e tudo mais.
Provavelmente atualizarei essa fanfic novamente só em Dezembro mesmo, quem sabe saia a última atualização de Boyfriend Material Daqui algumas semanas mas não garanto nada.
Sobre o Taeyong e a Amelie, entendam que esse capítulo foi fundamental para o começo do desenvolvimento da personalidade de ambos daqui em diante, vocês podem chegar a odiar a Amelie e o Taeyong em alguns momentos.
Espero que tenham gostado e se tudo der certo e caso tenha tempo também, prometo trazer cerca de 70% das minhas Fanfics do Spirit pra cá.
Até mais meus amores 😘💚
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