Promessas devem ser cumpridas
ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ sᴇᴠᴇɴᴛᴇᴇɴ
ᴀᴍᴇʟɪᴇ's ᴘᴏɪɴᴛ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴠɪᴇᴡ
Na manhã seguinte a aquele ocorrido, tudo parecia estar sendo muito melancólico para mim, não que o dia anterior não tivesse sido. Apenas parecia que nada havia realmente mudado, não parecia que eu e Taeyong havíamos tido aquela conversa, que eu havia esclarecido todos os porquês, colocado todos os pontos nos i's e um ponto final em tudo.
Afinal de contas, meus sentimentos por ele ainda não haviam mudado.
Já se passou três dias desde aquele dia e eu não esbarrei em Taeyong pela universidade e achei até bom que fosse desta forma. Não tenho visto Aaron ou Steve quase então acredito que eles devem estar ocupados com suas prioridades. Grace e o resto do pessoal tem me ajudado a esquecer do assunto Lee Taeyong, o que realmente é muito bom.
— Deveríamos sair no próximo fim de semana. — Grace sugeriu assim que chegamos ao nosso quarto e eu apenas suspirei.
— Pode ser.
— Está tudo bem? Quero dizer, você em alguns momentos parece estar super animada e do nada desanima como se estivesse morrendo, isso me um pouco confusa, chega até a ser engraçado.
— Eu apenas me sinto um pouco cansada.
— Talvez seja o estresse, mas acho que você deve estar tendo mudanças de humor muito drásticas, algo anda lhe deixando impaciente? — Grace por vezes tinha o dom de ser uma psicóloga pessoal, ela se preocupava muito com minhas mudanças de humor e sempre me questionava se estava realmente tudo bem.
— Não é nada demais, estou bem então não precisa se preocupar.
— Vou acreditar em você. — Ela murmurou e eu apenas me mantive em silêncio.
Me sentei sobre a escrivaninha para começar a fazer meus deveres e Grace disse que iria tomar um banho saindo do quarto em seguida. Eu liguei meu computador, abri meus livros e peguei meu caderno de anotações, não estava conseguindo me concentrar nas aulas e isso estava me deixando bastante preocupada pois o período de testes estava chegando e eu estava boiando em meio a todos os assuntos.
Minha mente estava uma confusão, estava falhando miseravelmente em minha missão de ser uma estudante exemplar, precisava separar as coisas umas das outras e encontrar um caminho para enfim ter o foco que ando buscando a alguns dias.
Mas o que realmente eu ando esperando?
Às vezes fico tão distraída, olhando para o longe como se fosse encontrar algo importante, talvez eu precise mudar algo seja em meus hábitos comportamentais ou em mim mesma. Há momentos em que me sinto extremamente frágil, o tipo de pessoa que é facilmente atingida pelos outros, acredito que muitas coisas podem ter acontecido em minha vida por isso. Por eu parecer ser frágil aos olhos dos outros, o tipo de pessoa que não faria mal a uma mosca e acaba se tornando o alvo perfeito.
Talvez seja exatamente por isso que garotas como Evelyn sempre tentaram me intimidar, no início eu não entendia muito bem o porquê disso mas agora entendo. Passei muito tempo sentindo medo do que outras pessoas poderiam fazer ou pensar sobre mim e às vezes acabei sentindo medo de mim mesma.
— Amelie, no que você está pensando? Já faz uns dois minutos que chamei sua atenção e você está aí paralisada. — A voz de Grace me tira de meus pensamentos e eu apenas larguei o lápis que estava em minha mão apenas por está pois eu não havia conseguido escrever nada do meu dever.
— Grace, você acha que eu sou uma pessoa frágil? Que facilmente pode ser atingida por qualquer coisa?
— No que exatamente você anda pensando? — Me virei na direção da mesma que estava sentada na minha cama.
— Eu sei lá, de repente estou cansada de ser eu mesma, dessa Amelie que aceita tudo de cabeça baixa, que sempre é intimidada pelos outros, humilhada, ignorada, porque as pessoas são assim? — Confessei um pouco chateada embora estivesse realmente aborrecida.
Aborrecida, era desta forma que eu me sentia.
— Ok, você está me deixando assustada agora! — Grace me olhou um pouco incrédula e surpresa. — Mas porque disso agora?
— Se eu tivesse sido diferente, acha que algumas coisas que me decepcionaram no passado pudessem ter sido evitadas? As coisas estariam desta forma?
— Amelie, eu realmente gostaria de ter essas respostas mas nem mesma eu sei o que fazer com a minha vida. — Grace me olhou tristemente e eu apenas suspirei.
— Me desculpe, não quero te aborrecer com meus tormentos, acho que você já faz mais do que o suficiente para mim sendo apenas minha colega de quarto. — Sim, Grace havia me ajudado muito desde que cheguei à universidade, tive medo de não me dar muito bem com minha colega de quarto mas Grace veio dos céus e graças a ela consegui fazer outros amigos aqui também.
— Não é nada disso, você não me aborrece de forma alguma, mas acho que algumas coisas foram feitas para serem desta forma, talvez você precise espairecer um pouco a sua cabeça, suas emoções ainda estão muito afloradas. — Ela aconselhou com um sorriso compreensivo e eu apenas assenti.
— Espairecer. — Murmurei para mim mesma fechando meus livros. — Vou dar uma volta. — Avisei antes de me levantar da cadeira giratória e a mesma apenas assentiu.
— Ok, só tome cuidado.
Sai do quarto e os corredor estava vazio, provavelmente os outros estudantes ainda devem estar perambulando pelo Campus ou estão assistindo ao treino do time, já que o campeonato está próximo. E isso me faz lembrar do convite que Aaron me fez a algumas semanas atrás, na verdade já havia me esquecido disso.
Ainda era cedo, então o campus ainda estaria movimentado, não fui ver o treino dos meninos por imaginar que havia muita gente lá, muito barulho e agitação demais para alguém que só quer pensar sobre coisas que são complicadas. O lugar mais silencioso de toda a universidade com toda certeza era a biblioteca, cheguei a pensar que haveria muitos alunos estudando, mas para minha surpresa não havia quase ninguém.
Alguns alunos estudavam nas mesas principais, outros apenas estavam lendo algo e eu fui até as prateleiras ver se encontrava algo interessante para ler e me distrair. Mas acabaria ficando um pouco perdida ali na verdade, já que a biblioteca mais parecia ser um labirinto, não sei quem projetou esse lugar, mas deve ter pensado que seria legal ver os alunos perdidos, deve ser um modo de dificultar a busca por um livro.
Olhei cada um dos títulos e quando encontrei um realmente interessante e fui tirá-lo da prateleira quando senti algo cair na minha cabeça e em seguida ouvi o baque do livro que agora estava no chão, passei a mão sobre a região ao qual o livro havia batido e levantei o olhar vendo uma pequena fresta no meio dos livros me dando a visão da pessoa que estava do outro lado da prateleira.
— Me desculpe, eu devo tê-lo empurrado. — Eu apenas pude ver os seus olhos e eu jamais me esqueceria deles, talvez ele estivesse tão surpreso quanto eu.
— Tudo bem. — Murmurei sentindo um nó na garganta e meu coração acelerar em seguida.
Seria sempre assim? Eu sempre me sentiria atingida por sua presença? Apenas o fato de Taeyong respirar perto de mim já me deixava desestabilizada e também me faz parecer uma estúpida.
— Você está bem? — Ele perguntou duvidoso, em outras palavras acredito que ele apenas estava tentando ser cuidadoso com suas palavras, Taeyong deve estar achando que eu o odeio agora, mas eu apenas odeio a mim mesma por ter sentimentos muito grandiosos por ele que não os merece.
— Sim. — Respondi secamente e ele suspirou brevemente.
Um silêncio então se fez presente, ele não disse nada e eu também não, nós apenas ficamos ali nos olhando perdidos com aquela prateleira de livros sendo o único obstáculo entre nós.
— Eu fiquei me perguntando quando iria te ver novamente, embora tenha evitado te ver durante os dias que se passaram após o domingo, algo em mim queria te ver, eu poderia ter ido atrás de você por ter me sentido muito ansioso mas preferia acreditar no acaso. — Taeyong falou e eu apenas olhei para o chão um pouco surpresa, não queria demonstrar que ele havia me surpreendido.
— Porque está me dizendo isso?
— Eu acho que se o tempo passar, e nós ainda continuarmos nos gostando, acha que seria possível? — Eu olhei para ele com o cenho franzido, ele estava mesmo me fazendo aquela pergunta?
— Não será possível, porque eu não quero, eu não quero você, Taeyong. — Falei ríspida e ele então abaixou o olhar e riu sem graça.
— Eu estraguei tudo, não é mesmo?
— Não, eu estraguei tudo. Se tivesse apenas não ido falar com você quando éramos crianças, talvez eu não teria passado por maus bocados. — O que não era mentira, eu fui falar com ele, pois assim como eu, as crianças da nossa rua o excluíam.
— Se auto culpar não irá resolver as coisas.
— Não importa. — Me virei para sair daquele corredor.
— Espere, não vá ainda. — Ele falou um pouco alto demais e logo o rapaz que trabalhava no local passou pelo corredor fazendo um sinal de silêncio e assim que ele se afastou suspirei já cansada.
— Taeyong, eu estou tentando seguir o meu caminho e você continua tentando me fazer nadar contra maré. — Eu não queria vê-lo, olhar nos olhos dele me faziam fraquejar.
— Você está certa, eu sou egoísta por não querer te deixar ir, por não ter admitido do quanto eu gostava de você e não ter deixado você ficar com outra pessoa, na verdade eu não pensei muito nas consequências, não pensei que algo assim fosse acontecer com nós os dois. Não pensei no quanto você se machucaria e no que sentia ou como se sentiria. Também não pensei que a garota que sempre esteve ao meu lado mudaria tanto ou que nós em algum momento iríamos nos perder um do outro. — Ele tinha um certo arrependimento em seu tom de voz e eu senti um bolo se formar em minha garganta no seguinte instante, ele estava tentando me fazer entendê-lo ou tentando usar uma chantagem emocional para me fazer voltar atrás? E por algum motivo, eu estava aborrecida com ele, talvez mais enraivecida do que nunca após aquela confissão.
— Você queria me ver implorar pela sua atenção? Como uma miserável? Eu era uma qualquer pra você?
— Você nunca foi uma qualquer pra mim, Amelie. Me desculpe se você entendeu desta maneira. — E aquele se você entendeu desta maneira era uma forma de me dar a confirmação de que o Taeyong realmente me culpava por tudo. Se eu entendi daquela maneira. Se.
— Você não sente isso. Todas as suas desculpas são vazias e tem um ponto interrogativo em meio a sentença. Você acha mesmo que eu sou tola? A cada momento penso que foi melhor nós termos nos afastado mesmo. Eu tinha a certeza de que te amava, mas agora estou começando a te odiar e isso até mesmo chega a ser engraçado e irônico ao mesmo tempo. Se pudesse mudar algumas coisas em minha vida, com toda certeza, seria o momento em que nos conhecemos. — Estava pronta para ir embora dali, Taeyong havia esgotado todas as minhas energias em poucos minutos.
— Nós já tivemos essa conversa antes, lembra? E eu não vou desistir de você, eu não posso.
[...]
ʏᴇᴀʀs ᴀɢᴏ
Havia uma casa na árvore no quintal dos fundos da casa dos Lee, o pai de Taeyong havia a construído a muitos anos e nós costumávamos brincar ali quando éramos crianças. Na noite do meu décimo sexto aniversário, Taeyong e eu subimos na casa da árvore, os pais dele haviam decidi tirar a casa dali e Taeyong insistiu para subirmos uma última vez ali. E eu nunca negava nada a ele.
— O que exatamente viemos fazer aqui? — Perguntei confusa olhando ao redor da casa de madeira que agora tinha um aspecto envelhecido.
— Seu décimo sexto outono, não é mesmo? — Taeyong falou se deitando no chão de madeira da casinha, como havíamos crescido, ficar ali em pé era impossível, no máximo sentados e ainda sim, nossas cabeças encostavam no teto o que era engraçado.
— Décimo sexto outono? — Perguntei olhando para ele confusa e o mesmo apenas suspirou como se tivesse que me explicar sobre o que estava falando.
— Sua estação do ano, não apenas porque você nasceu no outono mas porque combina perfeitamente com você, querida. — Ele respondeu e eu me deitei ao seu lado olhando para o teto onde havia uma pequena janela nos dando a visão do céu estrelado e da lua.
— Acha mesmo? — Perguntei meio risonha e ele assentiu fechando os olhos momentaneamente.
— Sim, eu acho.
— Como será nos próximos anos? Digo, quando estivermos na universidade, se seremos amigos ainda ou não. Se iremos nos odiar a ponto de não podermos ficar nos mesmo lugar. — Aquele pensamento vinha martelando minha mente a algumas semanas, meu pai havia mencionado um amigo antigo que ele havia acabado tendo um desentendimento e os dois nunca mais voltaram a se falar, mesmo tendo sido próximos como se fossem irmãos no passado.
— Desentendimentos podem acontecer, vamos resolvê-los com toda certeza. — Taeyong falou sem muito preocupação em seu tom de voz.
— E se algo acontecer e nós começarmos a nos odiar? — O olhei rapidamente e pude ver ele rir um pouco incrédulo.
— Vamos apenas nos recordar das coisas que nos fizeram gostar um do outro.
— Acha que algo assim pode acontecer?
— Eu não sei querida. — Taeyong perguntou seguido de um suspiro de cansaço.
— Se acontecer, não desista de mim, mesmo que eu te mande ir embora, me prometa isso, Tae. — Eu estava falando sério pois não sabia o que realmente aconteceria no futuro, mas queria ao menos que ele prometesse, assim saberia que ele se importava comigo.
— Eu prometo. — Taeyong respondeu antes de cair no sono, e eu me lembro de ter ficado um pouco brava por ele ter dormido ali e não ter dado importância ao assunto.
Ele prometeu e está cumprindo, e eu odeio isso.
[...]
Olá, me perdoem a demora! Andei tendo alguns probleminhas com o meu celular por isso acabei não atualizando a fanfic aqui.
Pretendia trazer mais fanfics minhas para esta plataforma, mas eu realmente não tenho tempo de atualizar lá no Spirit e aqui, sinceramente, não sou mais tão ativa nem no Spirit e aqui menos ainda, então me desculpem.
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