quando você olhava pra mim, eu conseguia ver o universo nos seus olhos.
e eles brilhavam tão adequados a mim

eu sempre ouvi que os dias do outono eram mais curtos,
as noites mais longas,
mas sempre que eu olhava nos seus olhos, o tempo parava

podia ser dia,
podia ser domingo,
podia ser noite,
ou quarta-feira a tarde.

era o mesmo efeito ampulheta.¹

eu não precisava mais contar estrelas no céu,
eu apenas precisava fitar seu olhar para me sentir fora de órbita.

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¹O ato interminável da contagem de tempo (momento, neste caso) e a possibilidade de inversão do tempo. Aqui é como um sentimento recorrente, que se repetia no eu-lírico a cada ação de coadjuvante-principal.