9 ( 2° temporada )
J I M I N
Corri para tentar alcançar, mas quando vi, ela já estava longe demais. Enquanto eu olhava ao redor para ter pista de alguma coisa, Jungkook foi até a entrada de nossa casa e se abaixou perto do cesto.
— Jimin-ah, tá mexendo... Tô com medo. — Ele sentou na pequena escadinha e abraçou seus joelhos, olhando fixamente para o cesto.
Me aproximei também, ficando abaixado ali. A cesta não era bem uma cesta, estava mais parecida com uma caixa de papelão, havia todo um amontoado de lençóis que inclusive estavam muito sujos.
— Será que é um cachorrinho? — Jungkook questionou e juntou as mãos, ansioso para ver o que tinha ali.
— Eu não sei... — Disse um pouco desnorteado, olhando em volta mais uma vez para ter a certeza de que estávamos sozinhos.
Jungkook não se segurou, e lentamente puxou a barra do lençol. Prendi a respiração e fechei os olhos com força ao ouvir um choro baixinho que saía dali de dentro.
Eu conheço esse tipo de choro... Definitivamente não era um cachorrinho.
Jungkook soltou um ruído surpreso e levou as mãos até a boca, ficou em pé rapidamente e arregalou seus olhos.
— É um bebê, é um bebê, é um bebê!!!
Pulava incansavelmente apontando para a caixa, não conseguindo segurar a euforia.
No exato momento meu coração pareceu parar, senti minhas mãos ficando geladas e meu sangue parar de circular.
Juro que por um minuto eu estive inerte de tudo, um turbilhão de pensamentos correndo por minha cabeça.
Encarando o pequeno ser humano em minha frente, provavelmente prematuro, que pode até caber na palma de nossas mãos, sujo de sangue e desnutrido.
[...]
Naquele momento eu não soube o que fazer. Jungkook teve que ligar para Hani, atrapalhar seu jantar e a chamar para nossa casa.
Os dois fizeram praticamente tudo, desde o banhar com muito cuidado com um pano molhado e morno, até lhe cobrir com lençóis limpos e confortáveis.
Agora... Agora ele está aqui, tão pequeno no meio da minha cama que agora parece tão grande, com Jungkook ao seu lado sorrindo feito bobo, e eu aqui na poltrona sem dizer uma palavra sequer.
Sentia como se minha cabeça fosse explodir, podia jurar que tal coisa só acontecia em filmes. A ficha não caiu ainda. Um mulher abandonou seu bebê na porta da minha casa, o quão difícil sua vida está para ela ter que fazer isso? Quais os motivos? Qual a condição de sua saúde para ter um filho que ainda não está completamente formado?
São tantas coisas que rodam minha cabeça e não sei resolver nenhuma delas.
— Nós podemos guardar ele pra gente? — Perguntou baixinho e esperançoso.
Se guardar significa ficar com ele, a resposta é "não".
— Não, amor. Nós não podemos... — Disse com a voz mais suave que tinha, mas nem isso foi possível de fazer ele aceitar.
— O quê? Por que não? — Se pôs de pé, alarmado com o que eu disse.
— Anjo, é uma situação complicada, ele não é nosso... — Me levantei e me aproximei dele, juntando suas mãos na minha.
— Mas a gente pode guardar ele... — Seu queixo tremia, indicando que o mesmo queria chorar.
— Mas a gente não pode fazer isso.
— E por que não? — Disse um pouco mais irritado agora.
— Ele foi simplesmente abandonado aqui. E se a mamãe dele vier buscá-lo? — Segurei seu rosto.
— Mas se a mamãe dele o deixou aqui, q-quer dizer que ela não quer mais ele... — E pronto, o choro até agora guardado foi liberado feito cachoeira.
Deitou a cabeça no meu ombro e chorou feito outro bebê, completamente magoado com minha ideia.
— A gente nunca sabe, ela pode ter lhe deixado aqui e o querer mais pra frente. O melhor a se fazer é entrar em contato com a polícia ou algo assim. — O abracei, massageando sua nuca enquanto o ouvia chorar, com meus olhos fixos no menininho em minha cama.
— E s-se o levarem? — Perguntou com sua voz embargada.
— Infelizmente nós não poderemos fazer nada.
— Eu queria um bebê, tu sabe... — Me agarrou pela cintura e chorou mais.
— Eu sei. Eu também quero, mas não é fácil assim e não é igual a adotar um. Temos que pensar em todas as consequências.
Senti apenas ele balançar a cabeça positivamente e fungar.
— Você vai ter um neném comigo? — Ele perguntou.
— Sim, nós teremos um. Não sabemos se vai ser esse ou outro, se vai ser esse e mais um outro. Tudo só será resolvido com o tempo, mas eu te prometo.
Ele me abraçou com mais força, confiando em cada uma de minhas palavras.
— O que nós vamos fazer?
— Essa noite ele ficará aqui, mas amanhã cedo vamos ver o que fazer, certo pra você? — Lhe afastei para que pudesse ver seu rosto.
— C-certo. — Depois disso depositei um beijo em sua testa e o deixei ir tomar seu banho.
Enquanto ele estava no banheiro, me sentei com bastante cuidado em minha cama, completamente encantado com a figura que estava ali. Tão pequeno e já começou com uma vida difícil. Seu sono era leve, emitia um ronco fraco, porém preocupante, logo seguido de uma pausa demorada da respiração. Era o óbvio que nasceu mais cedo do que o planejado, seis meses talvez, mas eu não entendo muito disso.
Deve estar com fome, o que devo lhe dar para comer? Ele parece precisar de tubos e cuidados especializados. Hani é boa com crianças, mas não tão boa com crianças como essas.
A noite se passou e foi um terror, ele acordou e chorou como eu nunca pensei que um ser desse tamanho pudesse chorar. Nem eu, nem Jungkook e nem Hani sabíamos o que fazer. Pesquisas na internet foram feitas e de nada adiantou. Fome, dor, frio entre outras coisas. O menininho só pareceu se acalmar quando a moça o colocou deitado sobre seu peito e o balançou, depois disso pude respirar aliviado.
Jungkook acabou por dormir em meus braços também, já eu, não consegui pregar os olhos um minuto sequer. O que parecia uma eternidade finalmente teve fim, amanheceu, e eu parecia um zumbi.
Rimou.
Enfim, estava na hora de saber o que fazer com o bebê, e pelo olhar carinhoso de meu marido para ele, torci para que ele pudesse ficar conosco.
Depois da noite inteira em claro pensando várias coisas, eu achei que sim, nós podemos "guardar" ele se nos for permitido, e eu espero finalmente conseguir completar minha família.
Gente, olha esse trocinho que coisa fofa.
Esse capítulo foi bem pequenininho, mas queria mostrar logo pra vocês o que aconteceu em seguida. Não foi uma coisa BAAAM mas eu não sei surpreender desse jeito #sorry
Eu vim rapidinho agora, pois vou entrar em semana de provas de novo e vai ficar uma inferno. Então o próximo irá demorar :(
Vão ler minhas duas fics novas, por favor :(
:( :( :( :( :( :( :( :( :( :( :( :( :( :( :( :(
Por favor........
😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔😔
Tchauzinho e beijinho no pescoço.
Por favor...... 😢😢😢😢😢
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