7 ( 2° temporada )
J I M I N
Eu preciso conversar com ele. Desde o jantar que ocorreu a dois dias atrás que ele não fala direito comigo.
Eu sei, não tiro sua razão, ele tem seu total direito de estar se sentindo assim, o que aconteceu saiu completamente dos trilhos, mas eu sinto que o pior não veio.
Eu já havia percebido que ele estava estressado já fazia alguns dias, não tinha paciência para praticamente nada. Não queria comer sua comida, não queria ficar na cama de madrugada, as vezes gritava sem motivo.
Quando o levei em um hospital para costurar sua mão foi uma confusão, não quis, mas eu tive que levá-lo. Ficou de cara emburrada e a enfermeira até lhe interpretou errado.
Agora está aqui, totalmente inquieto e sem direção, enquanto tenta comer a comida que está à sua frente.
— Meu bem, não quer comer? — Perguntei, vendo ele largar o prato e batucar na mesa de qualquer jeito, olhando ao redor sem ter um ponto fixo.
Não me respondeu. Começou a murmurar algo incompreensível e se balançar com mais rapidez.
Okay, com certeza não há algo certo acontecendo.
Talvez ele ainda estivesse irritado com o que aconteceu, isso é óbvio, é melhor eu me explicar antes que as coisas piores e o seu momento "Não sou dono de mim, me ajude" aconteça.
A sua inquietação estava me deixando aflito.
— Jungkook, você está bem? — Preocupado, me coloquei em uma posição de alerta, afastando minha própria cadeira e ficando de pé.
Jungkook fechou os olhos com força e balançou a cabeça como se tentasse se livrar de algo.
— Vamos comer, sim? — Segurei sua mão que batia na mesa, mas ele empurrou.
Hani acabou por fazer algum barulho chato com as panelas e eu pude perceber seu incômodo.
— Você quer conversar comigo, anjo? Me diz o que te irrita, a gente precisa conversar.
Pela sua expressão, estava lhe custando um enorme trabalho entender o que eu estava falando. Acho que já entendi.
Aproveitei que já estava de pé e andei apressado até a janela e a fechei, fui até a sala e desliguei a televisão, quando voltei para a sala de jantar, Jungkook já não estava mais lá. Pensei que pudesse ter ido para o banheiro, mas então eu ouvi um barulho de algo sendo quebrado.
Fui naquela direção e vi Jungkook desesperado olhando para seu prato quebrado no chão.
— Não precisa, Jungkook. Eu limpo, não chora — Hani dizia quase no mesmo tom de desespero que meu marido.
A mulher se abaixou e tentou juntar os pedaços com a mão mesmo, Jungkook lhe olhou um pouco desnorteado e correu para fora.
— Deixa, Hani. Eu limpo — Me abaixei e comecei a juntar também, mas ela tomou todos da minha mão.
— Não, me dê. Vai cuidar dele, ele não se sente bem faz dias.
Ele não se sente bem faz dias...
Me culpo demais por as vezes trabalhar tanto e não dar devida atenção ao meu Jungkook. Tem dias que saio quando ele está dormindo e chego quando ele já está dormindo de novo. Certas coisas acontecem em minha casa e eu nem fico sabendo.
Será que Jungkook está bravo comigo por causa disso também?
Será que ele se sente um prisioneiro aqui?
Faz tempo que não o levo para jantar ou apenas passear por aí.
Balancei a cabeça positivamente e respirei fundo. Corri pela sala e subi as escadas, do corredor já era possível ouvir seus muxoxos de dor, verifiquei se a porta estava aberta e entrei no quarto.
— Amor? — O chamei, mas ele nada respondeu.
Sua imagem de menino indefeso, encolhido no chão enquanto chorava, era de partir meu coração em mil pedaços.
Não importa quantas vezes isso já tenha acontecido ou quantas vezes ainda vai acontecer, nunca irei me acostumar.
Já foram tantos momentos assim, mas sempre me pega desprevenido, suas crises me afetam também, me sinto mal por não saber como ajudar, pois mesmo que já tenha acontecido antes, nunca será igual ao da outra vez.
— Anjo, não fique assim, okay? Amor vai ajudar você... — Me aproximei.
Tudo tinha que ser calculado, um movimento, um tom de voz...
Ainda sem resposta, ele balançou a cabeça negativamente e chorou, deitou-se no chão e começou a virar de um lado para o outro.
Sua roupa estava encharcada de lágrimas e seus cabelos já estavam úmidos pelo esforço que fazia, mesmo que não tivesse tanto tempo nisso.
Tenho certeza que ele já estava estressado por motivos leves, porque uma coisinha vira uma coisona, mas desde aquele jantar na casa de Taemin em que ele foi obrigado a ouvir todas aquelas besteiras que sua cabeça está a mil.
No momento pode se pensar que ele está assim por ciúmes, mas não, ciúmes é o mínimo agora.
— Você quer fazer algo legal para ficar melhor? — Passei as mãos por seus ombros — Nós podemos assistir ou apenas deitar, se você quiser.
Mas ele não estava conseguindo me ouvir, começou a espernear e se debater contra as coisas, chorando e gritando alto.
Lembro-me de uma vez que algum vizinho chamou a polícia e eu tive que ser interrogado por horas até que eles entendesse que éramos casados e que eu não agredia ele.
— Não grita, por favor — Ao perceber que ele já se debatia demais fui para mais perto e segurei em sua cintura e o levantei, mas como previsto, não foi uma boa ideia.
Ele me acertou um tapa no rosto tão forte que imediatamente eu senti a ardência. Mas não foi um tapa bem dado, foi um tapa mal dado, por isso doeu mais.
As vezes eu duvidava que ele era bem mais forte que eu.
— Olha, olha... Não estou fazendo nada, apenas te segurando pra não cair.
Mas ele ainda me batia no rosto, no peito, me arranhava e "sem querer" me deu uma joelhada no abdômen quando eu o levantei no ar para lhe tirar dali.
— Não! — Foi o que ele gritou. Assim, eu o coloquei no chão de volta.
Gritou e gritou, chorava e chorava, dizia coisas impossíveis de ser compreendidas. A única coisa que eu podia fazer era chorar junto à ele.
— Deixe-me te ajudar, amor.
Mas como resposta ele se deitou novamente no chão, batendo sua testa com força ali.
— Um, dois, três, quatro... — Continuava a bater.
— Não... Assim não — Minha voz saiu tremida, não conseguia mais controlar minhas emoções, pra ele deve ser muito mais difícil.
Coloquei minha mão entre o chão e sua cabeça para que ele não batesse, mas isso só pareceu lhe deixar mais bravo.
Me empurrou e se arrastou até a quina da parede, batendo em seu próprio rosto, mordendo seus braços e chutando alguns objetos que tinha por perto.
— Eu não vou fazer mal, você sabe, Jungkook. Sou eu o Jimin.
Ele negava mil vezes com a cabeça, arrastando suas unhas pelas bochechas até que fosse visível as linhas vermelhas escorrerem.
— Um, dois, três, quatro...
Se encolheu e voltava a contar, era assim que ele tentava se controlar. Seu corpo começou a se balançar com rapidez pra frente e pra trás, suas costas faziam um grande baque contra a parede.
— Eu só quero te ajudar, sim?
Estendi minha mão em sua direção, nem sequer tinha percebido meu rosto molhado também, aquilo com certeza me afetava. Ele é meu marido, meu amor, é parte de mim e suas dificuldades são minhas dificuldades também.
Ele cessou seu choro alto, apenas soluçando e fungando. Me olhou ainda com seu corpo tremendo por inteiro, ao ver que eu também chorava, formou uma expressão dolorosa e voltou a puxar seus cabelos.
— Não, não. Não faça isso, eu estou bem — Engatinhei até ele e com bastante calma me sentei ao seu lado.
Ao perceber que ele não estava mais se afastando, o ajeitei entre minhas pernas e o embalei em meus braços.
Ele estava muito cansado, sua respiração estava pesada e sua testa suada. Provavelmente quando isso acabar ele irá dormir por horas, assim como faz todas as vezes.
— Você quer se acalmar? Não se aborreça assim, te faz muito mal.
Funguei, beijando o topo da sua cabeça, sentindo suas lágrimas molharem meu braço.
Depois de algum tempo, nós começamos a contar, pois ele gostava muito disso, pensar em números, cores, desenhos era uma boa estratégia para lhe fazer esquecer o que estava acontecendo de verdade.
Também fiz o que foi pedido pelo mesmo, cantei alguma música que gostava e ele acabou dormindo.
Com algum esforço o coloquei na cama e me deitei ao seu lado, ficaria ali até a hora que ele acordasse pra me certificar que tudo estaria bem.
Porque eu só ficarei tranquilo se ele também estiver.
OOOII
demorei? Demorei.
Desculpa gente, não tá dando pra postar esses dias, tô atolada de trabalhos. Acho que vou demorar de novo, pois estou entrando em semanas de prova, ai já sabe, né? Se eu não passar a cobra vai fumar pro meu lado.
Só postei esse capítulo aqui porque pediram no capítulo passado, mas ficou um LIXO.
Enfim, vamos aos avisos:
* Pra quem lia minha fanfic " 2x1 " eu acabei apagando ela, mas depois de muita insistência da illegaltaehyung eu deixei ela postar a fic e vai dar uma continuação à ela. Então entre no perfil dela que vai estar lá. (Te amo, Carol)
* Eu disse que ia mudar o nome da minha fic nova e mudei mesmo akkaak agora se chama "Kings of suburbia"
Suburbia e não suruba, ok?
Vão ler por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor por favor.
Bea, sei que seu aniversário é só dia 16, mas vou adiantar aqui. Feliz aniversário, muitos anos de vida e tudo de bom pra você. I love you ❤️ Esse capítulo é seu.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro