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6 ( 2° temporada )

"A crise nervosa, também conhecida como colapso ou meltdown, acontece quando há um acúmulo de sensações ruins na pessoas autista, uma grande frustração, um grau de estresse muito alto, ou ainda, tudo isso junto. Não pode ser confundido com birra, o autista não tem controle sobre ela! Muitas vezes ele não sabe identificar o que gerou ou sequer se lembra o que aconteceu.

Muitos colapsos acontecem por um motivo que consideramos pequeno, mas que na verdade foi apenas o estopim. Geralmente são gerados quando o autista está recebendo muitas informações sensoriais ao mesmo tempo, como ir a um parque em dias de férias ou a um shopping em dia de liquidação. São vozes, barulhos, cheiros, pessoas esbarrando, luzes, roupas ou sapatos incomodando, tudo ao mesmo tempo. Junto a esta sobrecarga sensorial, pode acontecer de algo sair fora do previsto ou ocorrer alguma frustração também.

Todas essas sensações vão se acumulando e gerando ansiedade, até que explodem em uma crise."

J U N G K O O K

Acho que não me sinto bem.

Sim, eu definitivamente não me sinto bem.

Não sei o que Jimin está falando, sua voz está abafada por várias outras coisas que inundam minha mente.

Sai, sai, sai, sai.

Todas aqueles barulhos estão simplesmente me deixando louco.

Abandono meu pratinho e me viro para o outro lado, eu não quero comer logo agora cedo.

A cadeira alta me deixa balançar as pernas com força e sem me dar conta, batuco os dedos na mesa de madeira, completamente angustiado com tudo o que estou sentindo.

— $$@&# Jun@#*$ bem?©£©¥¥¢

Jimin, por favor, faça silêncio. Minha cabeça dói. Eu não estou te entendendo.

— $#@?!*&@_©©£®???

O que?

Eu não estou ouvindo, tudo que ouço é zzzzzzzzzzzz

Hani, não bata as panelas, eu te imploro.

Olho de volta para meu prato, repleto de coisas gostosas e que gosto, eu adoraria comer, mas não me sinto bem.

— @$#&:#- a gent&@$@))?* Precisa ©£€€^¢®¢ convers®©£¥¢®

Empurro meu copo para longe, agarrando somente meu prato de plástico, levanto-me de forma rápida, minhas pernas tremem, meu coração parece que vai sair.

Caminho até a cozinha, mas acabo me assustando com o barulho que vem da pia. Ah não, as panelas continuam batendo como sinos.

Meu prato que estava em minhas mãos, em questão de segundos está esfarelado ao chão. Não foi porque eu quis, eu juro.

Eu tento segurar ele firme, mas é como se meu corpo não fizesse o que mando, sou fraco.

Eu sei, eu quero ser igual a todo mundo.

Eu quero saber escrever com letras bonitas, em cima da linha e emendado. Eu quero ler tudo o que está escrito na tv e dizer ao Jimin que posso ler, ele ficaria feliz. Gostaria muito de falar do jeito que penso, tudo certinho, mas minha língua enrola e eu erro tudo. Segurar um prato deveria ser fácil.

— $@&#+^£®¢¥¢

Hani está falando algo, mas mesmo assim eu não entendo. Lhe encaro e só vejo um grande borrão ao redor de tudo. Ela está brava? Feliz? Triste?

Eu não sei. Meu autismo não me deixa saber as emoções das pessoas pela sua expressão facial, não sei como está seu rosto, pra mim é quase sempre o mesmo.

Tic tac tic tac tic tac.

Alguém para o relógio da cozinha, o cheiro do peixe me dá náuseas, por que o caminhão do lixo chegou tão cedo?

Vizinho, abaixe o volume da sua música, isso é tão perturbador.

O que Jimin tanto fala? Eu não quero falar com ninguém.

ME DEIXA EM PAZ.

Sinto suas mãos calmas segurarem meus ombros, me afasto bruscamente, não me toque, não me toque, eu odeio isso.

Desvio dele e corro para a sala. Não quero vê-lo agora. Ele não sabe simplesmente ficar com seu amigo?

Eu odeio aquele homem, me disse palavras tão feias e nojentas. Por que Jimin gosta dele? Ele parece tão mau.

Sua casa é estranha e sua comida estava sem sal.

Subo as escadas rapidamente e tudo parece girar.

Dor, dor, dor. Dói tudo. Meu corpo está pinicando como se várias formiguinhas estivessem tomando conta dele.

Entro em meu quarto e sento em minha cama. A aflição não me deixa em paz.

Tudo bem, eu preciso me acalmar, está acontecendo de novo.

Eu pensei que tinha me livrado disso, mas não.

É nesses poucos segundos que vejo como minha vida pode ser um inferno causado por mim mesmo.

Eu não odeio ser assim, eu odeio ter colapsos.

Eles me puxam e me afogam no mar de desassossego que minha própria cabeça cria.

Minha mão dói desde quando a mulher costurou, na hora eu não dei muita importante, mas agora... Isso dói como nunca.

Os sons variados tomam minha mente mais uma vez. Os zumbidos são as únicas coisas que tenho escutado, a dor parece aumentar, o rapaz chato amigo de meu esposo não para de falar em minha cabeça.

O Jimin é meu, você não pode tirá-lo de mim, eu irei ficar sozinho aqui.

Escorrego até o chão, abraçando minhas pernas e balançando-me pra frente e para trás. Parece não funcionar, estou segurando todo o meu estresse faz dias e parece que tudo vai explodir.

Bato palmas para me concentrar no som que sai de minhas mãos, mas não consigo ouvir o barulho delas.

— Am-©_#@#'#?!$$;

Viro-me em direção a porta, é Jimin.

Ele se aproxima e tenta me tocar.

Não, não me toque, isso dói. Eu estou passando mal. Você não percebe?

Me deito no chão e rolo para lá e para cá, isso não passa, está tudo rodando. Arrasto minhas unhas pelo chão até sentir elas quebrando, alguém faz tudo isso parar.

Jimin me segurou pelos braços e me levantou. Eu grito o empurro, mas ele tenta vir me segurar de novo. O bato com força, em seu rosto, em seu peito, em sua barriga, em tudo que faça ele ficar longe.

Estou estressado, inquieto, irritado e me sentindo chateado com o que você fez. Me deixe.

Balbucio algo que nem eu mesmo entendi e me afasto, indo direto até o canto da parede, deito novamente, não há forma como me controlar.

Me sinto péssimo quando estou assim, não sou dono do meu corpo, não sou dono da minha mente, sou apenas alguém de fora que só olha e não pode ajudar.

Me viro de barriga pra baixo, sinto que meus pontos estão sangrando. Coloco as mãos ao lado da cabeça e começo a bater minha testa com força contra o chão.

Isso deve ajudar. Eu sei que vai.

Posso me acalmar.

Um... Uma batida no chão.

Dois... Outra batida no chão.

Vai dar certo.

Três, quatro, cinco, seis...

— Um, dois, três, quatro, cinco, seis... Um, dois, três, quatro, cinco, seis...

Contar me ajuda a ficar calmo, eu penso em números e esqueço as coisas ao redor.

—@$"&#+-((")"©£¥¥¢®¢

Jimin se ajoelha ao meu lado, colocando sua mão entre o chão e minha testa, tentando me impedir de bate-la contra o chão novamente.

Me irrito com seu ato, lhe empurro novamente. Meu rosto está completando encharcado de lágrimas, levo minhas unhas quebradas até a bochecha, arranho com tanta força que a ardência é demasiada forte.

Está tudo girando, eu preciso vomitar.

O Kenai não pode morrer.

Jimin você não pode me deixar sozinho.

Mamãe, eu sinto sua falta, por que você morreu?

O cara do supermercado me chamou de louco, eu sou louco?

Taemin... Taemin... Palavras feias.

Eu só quero chorar e chorar. Arrancando meus fios de cabelos enquanto grito o mais alto que posso.

Um, dois, três, quatro, cinco, seis...

Choro, esperneio, arranho o rosto, me bato, arranco cabelo.

Meu marido só quer me ajudar, ele não me faria mal, você precisa se controlar Jungkook.

Ainda chorando alto, olho em direção de Jimin. Ele está todo preocupado e com manchas de arranhão no rosto. Por favor, me desculpe.

Seu braço estendido em minha direção com certo receio, sua respiração ofegante. Ele não merecia que eu fizesse isso.

Me desculpe, eu juro que não vou mais fazer.

Uma carga imensa de culpa é jogada em minhas costas, me sinto horrível. Por que eu fiz isso? Estou tão triste.

Aos poucos meus gritos cessam, minha respiração ainda está rápida e meu corpo continua tremendo por inteiro. Estou exausto de todo o esforço que fiz.

— "@$@&#+ sim?

Lhe olho mais uma vez, não consigo distinguir sua expressão facial. Ele estava triste, não estava? Eu sou horrível.

— Eu vou... ®£©€¥¢@"$@ está b"@_#?

Os zumbidos estão sumindo, assim como o cansaço está tomando conta de meu corpo.

Acho que posso ouvi-lo com mais clareza.

— Huh... Eu só vou te ajudar, meu amor @"$$@%£€€~ Sim?

Sua voz está tremida e seu rosto está brilhando.

Eu o fiz chorar.

Apertei os olhos com força e puxei meus cabelos mais uma vez. Olhe o que eu fiz, quão ruim eu posso ser.

— Calma...Calma, shhh... Não chore.

Ele se aproximou com calma até que suas mãos tocassem meu corpo.

A única coisa que eu ouvia agora era minha própria respiração e a voz chorosa de Jimin.

Um grande alívio percorreu minha mente quando eu percebi que tudo aquilo tinha sumido a partir de agora. Ainda sinto vontade de vomitar e ainda dói minha cabeça, mas os sons estão sumindo.

— Estou aqui com você, sim?

Me abraçou com leveza, deixando-me livre para sair dali quando quiser.

Sem pressa, tirou minhas duas mãos que apertavam a cabeça e as afastou dali. Eu continuei a me balançar pra trás e pra frente, assim, ele alcançou meu ritmo, me embalando em seus braços.

— Você quer se acalmar? Não se aborreça assim, te faz muito mal.

Beijou o topo da minha cabeça, ainda se balançando em meu ritmo.

— Vamos nos acalmar, okay? Você gosta de contar, vamos contar de dois em dois... Zero, dois, quatro, seis, oito...

E ele fazia assim, me acalmava devagar com sua voz melodiosa e seu carinho sem tamanho.

— Sim, amor. Está indo tão bem — Me elogiava, eu adoro quando ele me elogia pelas coisas que faço de modo certo — Que tal contar de trás para frente? Dez, nove...

Oito, sete, seis, dois....

Okay, eu errei.

Mas o que importa é que ele está aqui comigo, fazendo o possível e o impossível para tranquilizar minha mente conturbada em momentos como esses.

Ele me entende, ele me ajuda, eu o amo como nunca amei na vida.

Ooi!!

Olha que interessante, tivemos um POV do Jungkook. Ele nos mostrou seu momento mais difícil com si mesmo, sua crise. Imaginem o quão agoniante deve ser estar nessa situação.

Fiz esse capítulo especial para o dia 2 de Abril, dia mundial da conscientização do autismo. Está bem aí, mas infelizmente não terei tempo para postar no dia.

Você sabia que há mais de 70 milhões de pessoas autistas no mundo?

E todas elas precisam de amor.

Vista-se de azul.

Até a próxima e feliz Páscoa ❤️

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