11 ( 2° temporada )
Oi oi 🌻
Avisando que a partir de agora a fanfic vai ter algumas quebras de tempo, por exemplo: um mês, dois meses... Ok?
Feliz aniversário tayzinha do meu coração ❤️
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J I M I N
Um mês se passou desde aquele dia. Aconteceram muitas coisas, muitas reuniões, muitas pesquisas, muitas visitas ao Samuel que ainda estava no hospital. O processo estava acontecendo, Infelizmente ou felizmente sua mãe não foi encontrada, não por enquanto. Foi um mês tenso, mas não tenso como o dia de hoje.
Pensei que o dia iria se iniciar de forma boa. Eu e Jungkook fizemos mais um ano juntos, jantamos fora e comemos nossa comida preferida, depois disso dançamos romanticamente, lhe tratei como um verdadeiro príncipe o dia inteiro, ele fez o mesmo por mim, de madrugada tivemos uma noite de amor incrível, poderia dizer que a melhor delas.
Eu amava nosso momento íntimo, onde tudo o que havia era meu corpo nu ao seu, desfrutando de tudo que compartilhavamos, onde as mais belas palavras eram ditas e os mais quentes toques eram feitos. Era só eu e ele.
O dia seguinte tinha tudo para ser perfeito também, se não fosse pela simples frase que Hani disse, assim que coloquei os pés na cozinha.
— Jimin... O Kenai morreu.
Seus olhos lacrimejantes e seu nariz vermelho informavam que não era uma brincadeira de mal gosto.
O meu melhor amigo realmente me deixou.
E enquanto eu cavava meu quintal, Jungkook estava em pé atrás de mim, com as mãos tampando o rosto e chorando como eu nunca mais tinha visto.
Como eu posso dizer isso? Um simples cachorro teve um significado muito grande em minha vida. Lembro-me como se fosse ontem o dia em que lhe achei na rua, ou quando Jungkook se mudou para a casa ao lado e Kenai adorava ir pra lá, ou até mesmo o quanto ele foi importante nas crises de meu marido.
Um anjo que foi me dado e que agora merece seu descanso.
Kenai, eu não te merecia, você era bom demais pra esse mundo, mas muito obrigado por ter sido meu companheiro.
O choro entalado na garganta escapou assim que eu peguei seu corpo e enrolei no seu cobertor preferido. Enterra-lo era como enfiar uma faca em meu peito, mas ele já havia cumprido sua missão.
O restante do dia foi estranho, todos sentíamos o clima estranho na casa. Jungkook parecia traumatizado, passou todo o tempo com o coelho em seus braços, não queria solta-lo jamais, nem por um minuto sequer.
— Vou tomar um banho, você quer ir? — Lhe chamei e agradeci mentalmente assim que lhe vi soltando o coelhinho e concordando com a cabeça.
— E-eu posso ir primeiro? — Perguntou, grudou suas mãos na minha e senti que ele estava tremendo. Estava com medo.
— Claro, anjo — Tranquei a porta do quarto e me deitei na cama enquanto ele tirava sua roupa ali mesmo.
— Não vai embora, tá? — Sua voz saiu tremida, abraçou os próprios braços e entrou no banheiro.
— Não irei, quando você sair eu estarei aqui.
Devo ter cochilado alguns minutos, pois quando acordei ele já estava fora do banheiro e com uma toalha amarrada na cintura.
Avisei que iria tomar meu banho e ele me pediu pra que eu não trancasse a porta do banheiro, se possível deixa-la totalmente aberta, assim eu fiz. Enquanto estava no chuveiro podia ouvir ele mexendo em algumas coisas, creio que será difícil ele dormir hoje, está assustado.
Quando fui para o quarto Jungkook estava vestido em pijamas, fungava baixinho enquanto sentava-se no chão e em frente ao espelho.
Não quis atrapalhar seu momento agora, me vesti sem falar nada e arrumei algumas coisas na cama.
Quando terminei fui até ele e me sentei logo atrás, lhe puxando para entre as minhas pernas, peguei a escova de suas mãos e comecei a passar por seus cabelos. Não fazia ideia do que se passava por sua cabeça, mas era perceptível que não queria que eu saísse de perto, já que quando me sentei ele agarrou a calça do meu moletom e não soltou.
— O que há de errado, uh? Quer me dizer? — Plantei um beijo em seu pescoço e logo o encarei pelo espelho.
— E se o Aikoda morrer também? — Deixou as lágrimas caírem por sua face.
Suspirei e mordi o lábio, como eu iria explicar algo assim?
— Anjo, ele não vai morrer agora. Veja, ele é completamente saudável, Kenai morreu porquê estava velhinho e muito doente. Aikoda só vai morrer se você continuar dando esses banhos malucos nele. — Fiz cócegas em sua barriga, mas ele não se importou muito.
— Então ele vai morrer depois? — Cobriu o rosto.
— Aish, amor. Não faça assim — Rodeei seu corpo com meus braços — Todos nós vamos um dia, mas vai demorar. Eu prometo.
— Jimin-ssi, tu não pode me deixar — Soluçou, fazendo todo seu corpo sacudir.
— Eu não vou, olha só... — Tirei suas mãos do rosto e apontei para o espelho em nossa frente — Estou aqui com você, você pode me ver, pode me tocar.
Coloquei minha mão por cima da sua e a levei até meu próprio rosto.
— Esse é meu rosto. Meu nariz, meus olhos... — Passei sua mão por cada pedacinho, enquanto ele me olhava pelo espelho — Esse é seu nariz, seus olhos, sua boca...
Levei sua mão até seu rosto, fazendo exatamente o mesmo. Seu olhar acompanhava cada movimento com certa curiosidade, como se ele nunca tivesse parado pra perceber todas essas coisas.
— Você tem um sinal aqui no nariz, um embaixo da boca e um na testa. Você sabia disso? — Ele negou, se aproximando mais do espelho — Eu também tenho um sinal na testa, no mesmo lugar que o seu.
Levei sua mão até o meu sinal e ele sorriu assim que viu que era no mesmo local.
— Esse é meu cabelo... — Coloquei sua mão em meu cabelo — E esse é o seu cabelo... Ele precisa ser cortado e o meu precisa ser pintado de novo.
Ele sorriu balançou a cabeça fazendo os cabelos saírem de seus olhos.
Mostrei seu pescoço, sua barriga, os dedos de seus pés e até o formato de suas unhas.
Foi um ótimo exercício de auto conhecimento, para ele e para mim.
[...]
Dois meses se passaram...
— Jungkook!!! Jungkook!!! — Corri eufórico até ele.
— Que susto — Ele reclamou, colocando a mão no peito e quase derrubando seu café — Não pode.
— Perdão — Corri em volta da mesa e beijei seus lábios, pegando um dos seus bolinhos e enfiando na boca — O adfogado me lifou.
— O que? — Entortou o nariz.
— O advogado me ligou. Depois de longos três meses de procura, a mãe do Samuel não foi encontrada, ele está oficialmente pra adoção agora. Então vem a melhor parte, mês que vem ele já vai para o berçário do orfanato e então podemos entrar com uma declaração e todos os outros documentos para poder adotá-lo.
— Não acredito, isso é incrível — Hani bateu palmas e comemorou.
Jungkook sorriu tão largo que pude ver o brilho dos seus dentes branquinhos, se levantou rápido e pulou em meus braços.
Sorrimos tão felizes sentindo a notícia aquecer nossos corações. Hani se juntou à nós comemoramos juntos.
Depois de me recompor, me organizei e me despedi dos dois, está na hora de ir para meu trabalho.
Fechei a porta de casa e olhei em volta, agora o dia parecia 100% mais bonito que antes. Me sentia quase completo, só faltava Samuel aqui. Espero que não demore muito todo esse processo de adoção, quero tê-lo em meus braços. Farei o possível e o impossível para isso.
Puxei a chave do carro do bolso e olhei em volta mais uma vez, sentindo vontade até de cumprimentar os vizinhos.
Até que eu vi ela...
Balancei a cabeça, franzi o cenho e tentei focar.
Era ela, eu sei que era. As roupas agora um pouco mais velhas, com o corpo completamente sujo e com a aparência ainda mais magra.
A mãe de Samuel me olhava por detrás de um árvore, completamente assustada com a situação.
Com o seu braço magro me estendeu um pedaço de papel, mas ela ainda estava longe, do outro lado da rua para ser mais específico.
— Hey, você! — Assim que falei ela se escondeu — Vem aqui, nós precisamos conversar.
Mas ela correu mais uma vez, atravessei a rua e corri atrás dela.
— Não foge por favor, eu não sei pelo o que você está passando, mas eu quero te ajudar também. POR FAVOR!
Mas outra vez ela sumiu de meus olhos. Me perguntei se aquilo era real ou somente fruto da minha imaginação boba.
Me irritei, passei as mãos pelos cabelos de forma raivosa e chutei uma pedra. Foi então que vi o pequeno papel abandonado no chão. Me abaixei e o peguei, amassado e com letras de forma, dizia:
"CUIDE DELE, EU NÃO TENHO CONDIÇÕES PARA ISSO, ESTOU MUITO DOENTE E MORO NA RUA. NÃO ME JULGUE POR TER TIDO UM FILHO QUE NÃO POSSO CRIAR, FUI ABUSADA EM UMA MADRUGADA DE FRIO. NÃO SINTA NOJO DELE POR CAUSA DISSO, EU NÃO QUIS MATA-LO. CUIDE DELE, EU IMPLORO, FAÇA ISSO. CONFIO EM VOCÊS E POR FAVOR, NÃO ME PROCURE.
OBRIGADA."
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