Ensina-me a amar e a seguir os teus passos na retidão dos teus preceitos,
Pois com a gratidão plantada no peito considero a sua palavra o dizer de um amigo querido,
Aquele confidente que me aconselha, e quando estou triste me abraça.

Estenda as tuas mãos e segure a minha, que é cheia de tremedeira e fraqueza, levando todos os meus rascunhos para a lixeira, Com pressa quero conhecer-te mais, e retirar de teus segredos os mistérios que circundam os seus pensamentos.

Quem és aquele a quem o meu coração salta mesmo quebrantado? Quem és, oh rei o dono de todas as minhas confissões nas horas vagantes de sonhos? Aquele a quem meu coração aponta como a flecha do valente, é o dono das estrelas e foi ele quem formou os astros celestes apelidados como planetas.

Teus olhos são como a lua no céu, teu perfume singular vêm dos lírios do campo, e teus cabelos sedosos e macios parecem com o tecido fino ao qual o rei se veste, com linhas de ouro e fibra de linho.

Tento sem tentar manter-me longe das minhas peraltices de poeta, mas as cores são coloridas e o que seria da poesia sem a aquarela do amor pintando tudo por onde passa, até mesmo a melancolia... Pois aquele a quem amo faz a tristeza pular de alegria.

Aquele a quem amo é o dono do meu coração. Aquele a quem meus sonhos sonham é aquele a quem amo. Aquele a quem meus desejos pedem está sendo preparado com ternura e pinceladas formosas, moldado com as mãos do destro escritor a quem amo.