Onde ninguém pode ver,
Onde ninguém é capaz de alcançar,
Onde o som não se pode chegar,
Onde a brisa não é capaz de refrescar.

É lá no fundo do meu ser,
Onde se encontra as feridas,
Onde se encontra as lembranças,
Onde se também encontra um único refúgio para se abrigar.

Onde nem eu mesma sou capaz de enxergar,
Com palavras e dialetos não seria capaz de explicar,
Onde o âmago não tem fim,
Onde a luz pode me iluminar.

É lá onde existe a minha transparência,
Onde não tenho medo de ser quem realmente sou,
Não preciso me esconder,
Não preciso me calar,
Onde ele está,
E eu o posso encontrar.

Onde a luz me alumia,
Onde o escuro não têm lugar,
Onde a paz se aconchega,
E só sorrisos são capaz de me abraçar.

É lá onde nem eu sei que existe,
É lá no paradoxo da mente humana,
Onde todos nós somos somente o que fomos feitos para ser,
Sem medo de se esconder.

Pois é lá no mais profundo do ser,
Onde se encontram as lembranças,
As curas, as constelações,
Onde não tem lugar para o caos,
É lá onde me abrigo, quando a chuva se aproxima.

Lá onde nem eu sei onde está. Mas existe, dentro de mim e de você. Só basta tentar encontrar. A luz irá te alumiar. Onde existe a paz, o refúgio para se abrigar, mesmo estando orbitando ao redor do caos permanente.