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ESPECIAL 10 mil leituras 💕

No passado...

           Ele dedilhava as teclas suavemente, os dedos voando por elas como se as acariciasse, os olhos fechados para mergulhar na melodia.

Ela encarava-o, observando o luar iluminar-lhe a face concentrada, o colarinho da camisa aberto, os cabelos loiros desgrenhados. Por vezes, gostava de ler enquanto ele tocava piano, relaxando ao som da melodia. Noutras, tocavam em conjunto, sentados lado a lado.

Naquele momento, limitava-se a observá-lo, como se quisesse gravar cada traço do seu rosto no caso de algum dia o perder.

            Os olhos dourados de Edward fitaram-na, um sorriso breve desenhando-se nos seus lábios finos ao vê-la encará-lo. Ter a atenção de Tessa era o mesmo que sentir-se sobre a luz do Sol, como se a sua pele brilhasse e não houvesse nada mais belo no mundo.

           O luar incidia sobre a pele marfim dela, os cabelos cor de bronze adotando tons de prata, o corpo esguio coberto por um vestido cor de musgo aveludado. Os lábios pintados de nude e a maquilhagem leve tornavam-na ainda mais bela, uma estrela cadente numa constelação por si só demasiado brilhante.

          Para outro homem, a visão de Theresa Cullen deitada na cama com os olhos postos em si, inundados de amor e carinho, bela e sedutora... seria uma honra.

           Para Edward, era um conflito.

           O sorriso caloroso dela envolveu-o com familiaridade, seguindo-lhe os movimentos à medida que ela se aproximava. Passou os braços por cima dos seus ombros, beijando-lhe os cabelos, o peito encostado às suas costas. Quando falou, a voz saiu-lhe serena e gentil como sempre, alheia aos sentimentos que borbulhavam no interior do companheiro:

- O casamento foi lindo. - Tessa abanou a cabeça, soltando uma pequena risada - Até o Emmett ficou emocionado.

- Carlisle e Esme foram feitos um para o outro. - disse Edward, engolindo em seco.

         Tessa assentiu, pousando o queixo no topo da sua cabeça. A mão direita acariciava com suavidade o seu peito desnudo, distraída. O vampiro fechou os olhos, recebendo a ternura dela como uma criança carente, esperando que o seu corpo reagisse. Num gesto rápido, colocou-se de pé, girando-lhe o corpo para que os seus rostos estivessem frente a frente, os lábios indo ao encontro dos dela abruptamente.

            Um suspiro suave escapou-se-lhe dos lábios, relembrando-o quão humana ela continuava a ser. Se o seu coração batesse, tinha a certeza que bateria acelerado por ele, a pele estaria coberta de arrepios ao seu toque, a respiração entrecortada pelos beijos longos que lhe dava. Por instantes, Edward questionou-se se o seu corpo sentiria o mesmo. Se o seu coração bateria por ela. Se a beijava porque a desejava ou porque sabia que ela o desejava e tudo faria para a fazer feliz.

          Amava-a, claro. Pensar em perder Tessa era doloroso, seria perder uma parte de si, a única parte boa da sua alma. Quando estava a morrer, aquele anjo salvara-o. Quando nada era do que apenas escuridão e melancolia, Tessa era a sua luz, a sua gargalhada, a sua vida.

          Devia-lhe tudo e amava-a. Não tinha dúvidas disso.

           Somente não sabia se estava apaixonado por ela.

- Vamos dançar. - murmurou ele, pegando-lhe pela mão.

- Deixa-me colocar uma música...

         Edward abanou a cabeça, puxando-a para si.

- Não é preciso. Imagina uma melodia. Imagina a melodia que os nossos corações fariam se batessem.

          Valsaram lentamente, os olhos um no outro, o corpo fluindo levemente num ritmo delicado. Um sorriso matreiro surgiu no rosto de Tessa, a voz soando divertida ao dizer:

- Que poético, Ed.

- Pensei que gostasses de poetas, "Julieta". - retorquiu Edward, piscando-lhe o olho.

      A gargalhada musical de Tessa inundou o espaço, fazendo-o sorrir, o coração mais leve sempre que ela estava presente.

- Oh vá lá.  Não tenho a culpa do William se ter inspirado em mim para a Julieta.

        O Cullen abanou a cabeça, girando o corpo dela ao som da música que apenas eles ouviam, observando-a sorridente nos seus braços.

- Partiste o coração do pobre homem quando saíste de Londres para vires ter comigo. Shakespeare nunca mais foi o mesmo. Por isso a história de Romeu e Julieta acaba tão mal.

- Ele apaixonou-se por mim. - protestou a morena, encolhendo os ombros - Nunca quis magoá-lo mas já estava comprometida. Além do mais, ele só teve a agradecer. Fui a sua musa inspiradora e hoje o seu nome é louvado no mundo inteiro.

- És uma inspiração para o mundo, Theresa Cullen.

               Ela abanou a cabeça mas nada disse, encostando o rosto ao seu ombro. Os braços de Edward envolveram-na, o polegar acariciando as suas costas, fazendo o trilho da sua coluna até ao pescoço.

- Eu não te mereço. - murmurou ele, apertando-a mais para junto de si, inspirando profundamente o odor amendoado dos seus cabelos.

         A mulher nos seus braços afastou-se. Os olhos dourados fitaram-no com gentileza. Pousou uma mão no seu peito enquanto a outra acariciava-lhe a bochecha, o sorriso belo despontando nos seus lábios com naturalidade.

- Um dia, verás o que eu vejo. - respondeu Tessa, beijando-o com ternura.

            Edward fechou os olhos, mergulhando profundamente na mulher que achava ser a sua parceira. Beijou-a com todas as emoções que sentia por ela, mostrou-se grato por ela existir, mostrou-lhe a alegria que ela trazia ao seu mundo, mostrou-lhe as diferentes melodias que surgiam quando ela estava por perto. Num beijo, Edward deu a Tessa tudo o que lhe podia dar.

           Havia amor. Apenas não seria para sempre.

**

No presente, antes da ameaça iminente dos Volturi...

- Jacob, larga-me!

         Tessa soltou uma risada, esperneando, embora sem fazer muito esforço. Estava pendurada ao ombro do lobisomem, o mundo virado do avesso, os olhos fitando os pés cheios de areia dele. Sentiu o corpo de Jacob sacudir-se numa gargalhada malvada, atirando-a. A vampira soltou um grito justamente quando o seu corpo chocou contra o mar, a boca aberta permitindo que a água salgada entrasse, engolindo-a. Quando veio à superfície, o rapaz encontrava-se à sua frente, as mãos na barriga de tanto rir.

- Isto... foi... épico. - Jacob limpou o canto dos olhos, onde lágrimas se formavam - Estou a chorar de tanto rir!

         Com toda a sua força, Tessa atirou-se a ele, agarrando-se aos seus ombros e tentando puxá-lo para baixo, sem sucesso. Numa segunda tentativa, optou por enlaçar as pernas na cintura dele, as mãos em concha empurrando água de encontro ao seu peito, encharcando ambos. Ao invés de se proteger, os braços de Jacob envolveram-na, o rosto encaixado na curvatura do seu pescoço, as mãos espalhadas com firmeza nas suas costas.

            Apertando-a contra si, Jacob ajoelhou-se, mergulhando e levando-a consigo.

         Era um dia calmo em La Push. O Sol punha-se no horizonte, preenchendo o céu com tons quentes de laranja e púrpura, despedindo-se para dar lugar à Lua. A praia estava vazia, o silêncio cortado pelas gargalhadas, conversas diversas e gritos divertidos das duas únicas pessoas ali.

          Quando vieram à superfície, ambos riam, descontraídos. Jacob ajeitou os cabelos molhados dela, um dos braços segurando-a pela cintura para a manter na mesma posição. Com os braços em volta do seu pescoço, Tessa permitiu-se relaxar no seu colo, a água ajudando-a a manter-se tranquilamente junto dele, os rostos de ambos frente a frente. No instante em que o lobisomem se debruçou para ela, a vampira já o esperava, os lábios salgados entreabertos incentivando-o a beija-la.

               Se o coração de Tessa batesse, estaria desenfreado, tentando dolorosamente ir ao encontro do dele. Se a sua pele se arrepiasse, mostraria quão derretida ela estava com as suas carícias, o seu toque como chamas na sua pele gelada. Se fosse humana...

         Não era e mesmo assim o seu corpo reagia ao dele, o seu estômago embrulhava-se com antecipação quando o via, os seus olhos iluminavam-se ao pensar nele, o seu coração ansiava por ele como qualquer outro. Com Jacob, não havia dúvidas, incertezas, melancolia.

- Estou tão feliz de te ter encontrado. - murmurou ele contra os seus lábios, as palavras aquecendo-lhe a alma.

         Com Jacob, não era uma questão de merecimento. Ele estava apaixonado por ela. Por mais imperfeito que fosse, por muitos erros que cometesse, faria tudo para ser melhor para ela, por ela, porque ela valia a pena.

           Por uma vez na sua longa e eterna vida, Tessa sentia que alguém iria lutar por ela.

- E nunca mais ficarás sem mim. - respondeu ela.

              A Julieta encontrara o seu Romeu.

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