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Capítulo 24

A noite começava a cair. Era o penúltimo dia antes da chegada dos Volturi. Sabiam disso porque Alice fora clara: eles chegariam quando a neve cobrisse a floresta por completo. Pelos flocos de neve que caíam, não faltava muito.

Na casa onde Bella e Edward viviam, no terreno dos Cullen, uma mulher de cabelos cor de bronze observava algo na sua mão. Um passaporte, com uma fotografia de alguém a quem o seu coração pertencia. Acariciou a mesma com o polegar, o coração afundando ao aperceber-se quão lhe custava estar magoada com ele.

Tessa não falava com Jacob há algumas horas. Sequer o vira. Escondera-se na sua casa e depois viera ter com Bella de forma instintiva. Se havia alguém que tivera de enfrentar o preconceito de Jacob para com os vampiros, fora ela. Tessa estivera sempre lá, um contrapeso para o ódio natural do lobisomem mas ainda assim questionava-se se alguma vez fora o suficiente. Se o amor entre eles era suficiente para pôr um fim à visão monstruosa que Jacob tinha dos vampiros.

- Aqui. - ouviu Bella dizer, pousando uma chávena de chá quente à sua frente- De certeza que não será tão bom como os que tu fazes mas tentei.

A mais velha esboçou um sorriso.

- Obrigada. A intenção é que conta.

Bella sentou-se à sua frente, observando-a atentamente. Por fim, perguntou:

- Estás bem?

Tessa assentiu, pousando o passaporte no tampo da mesa.

- Sim. Dói, claro, mas sei que ele não...

- Não o justifiques. - interrompeu Bella, abanando a cabeça - Jacob errou. Ele não devia ter dito o que disse, foi completamente injusto...

- Eu sei. Eu sei disso.

As duas Cullen encararam-se. A antiga Swan estendeu a mão, apertando a da inglesa num gesto de conforto.

- Jacob é um idiota. Eu adoro-o mas ele foi um idiota contigo.

- Também foi para ti em tempos. - respondeu Tessa, sorrindo.

Os olhos dourados de Theresa fitaram a fotografia no passaporte. Recordou-se do que iriam enfrentar. Das escolhas que teria de fazer. Do que teria de perder. Vendo a sua tristeza, Bella pestanejou, escolhendo as suas palavras com cuidado antes de falar:

- Tess, eu sei que o amas e sei que irás deixá-lo partir com a minha filha para a proteger. Sei o risco que ele vai correr e amo-o por estar disposto a isso... - fez uma pausa, fitando a superfície turva do seu chá - Lamento colocar-te nesta posição. Se eu tivesse de deixar o Edward partir sem saber quando e se o veria novamente...

Bella calou-se, incapaz de continuar. Um sorriso entristecido bailou nos lábios de Tessa. Jacob iria partir com Renesmee se as coisas com os Volturi corressem mal. Era isso que Bella acreditava, fora isso que Alice a preparara para acreditar. Se para se certificar que Renesmee e Jacob ficariam a salvo, Tessa não sabia. Aquilo que sabia...

Era que isso não iria acontecer. Não seria Jacob a partir.

- O que importa é que ambos fiquem a salvo. - foi tudo o que Tessa respondeu.

No seu peito, o seu coração estilhaçava-se.


**

Tessa observava os vampiros em seu redor, afastada dos mesmos. Conversavam entre eles tranquilamente, como se não faltasse apenas um dia para a chegada dos Volturi. Sozinha no meio da floresta, a inglesa pensou em Jacob, o seu coração retorcendo-se no peito ao pensar no que poderia acontecer nas próximas horas.

- A Jóia Perdida de Aro Volturi. - a voz de Allistair sobressaltou-a, algo que o fez sorrir abertamente - Uma vampira que é apanhada de surpresa. Uma imortal com a humanidade intacta. Posso ver porque os Volturi têm tanto interesse em ti.

O vampiro dos cabelos loiros observava-a, como um predador observa a sua presa. Carlisle falara-lhe nele, tantos anos antes, mas nunca se tinham cruzado. Agora, a Cullen percebia porquê. Allistair emanava uma aura de sofrimento e desconfiança. Não estaria ali para testemunhar se não devesse a sua vida a Carlisle e Tessa tinha quase a certeza que, quando a altura chegasse, ele não enfrentaria os Volturi.

- Estás enganado. - retorquiu Tessa com firmeza, recuando um passo ao ver o vampiro demasiado próximo de si, os olhos cor de sangue fitando-a como se de uma espécie rara se tratasse - Não é a minha humanidade que eles desejam. Os Volturi abominam os humanos e acreditam que os vampiros são superiores. Aro tem interesse em mim pelo fogo que sou capaz de invocar.

- É isso que acreditas? Oh não, docinho. Esse não é o teu verdadeiro poder.

O vampiro fez uma pausa, humedecendo os lábios antes de falar:

- És uma Empática, Theresa Cullen.

Tessa ergueu os olhos, o sobrolho franzido. Allistair esboçou um sorriso gélido, inclinando a cabeça para observá-la com súbita admiração.

- O teu Dom... Que maravilha. Nunca vi algo assim.

- O meu Dom é o fogo. - respondeu Tessa, erguendo a palma da mão e invocando chamas quentes para o demonstrar.

- Oh claro, o fogo é a demonstração física do teu poder... Mas esse não é o teu verdadeiro Dom. Não é por isso que os Volturi tanto te desejam. Destruidores eles têm muitos. Assassinos, vampiros com Dons mortais... Eles têm. Não, Aro não te deseja por seres letal. - o vampiro fez uma pausa, lambendo os lábios - Estás familiarizado com o Dom de Jasper? - questionou, fazendo Tessa assentir - O pequeno vampiro consegue manipular as emoções de quem o rodeia. Tu... Tu não precisas de manipular ninguém. Entras no coração de qualquer um e as pessoas seguem-te, movidos pela tua compaixão e empatia. Eles seguir-te-iam até ao fim do mundo se lhes pedisses... mas não por submissão ou medo. Não por dominares as suas mentes ou estarem sobre a tua vontade. - Allistair estalou a língua, abanando a cabeça - És bem mais perigosa do que uma dominadora de mentes, flor. As pessoas seguem-te porque acreditam em ti. Porque te admiram. Porque querem.

Outra pausa, as palavras dele martelando na mente dela, uma e outra vez.

- Não há nada mais perigoso do que alguém com um coração como o teu, querida.

Tessa pestanejou, atordoada. Por um breve instante, sentiu-se duvidar, inseguranças batendo-lhe à porta de rajada. Abanou a cabeça, negando com veemência:

- Isso é impossível. A minha personalidade nada tem a ver com um Dom. Tento ser honesta e ter compaixão por todas as criaturas... mas isso não faz de mim... - fez uma pausa, entrelaçando as mãos em frente ao colo - Estás a dizer que sou manipuladora.

- Não foi isso que eu disse.

- Faço as pessoas seguirem-me? Isso é manipulação.

- É o reflexo da empatia.

- Eu não sou uma Empática.

- Alistair tem razão.

A voz de Eleazar atrás de si fê-la girar, o choque bem visível no seu rosto. Havia uma expressão de culpa no rosto do moreno, cujos olhos dourados fixavam o chão com pesar. Abanou a cabeça, abrindo as mãos ao dizer:

- Lamento mas nunca te quis dizer. Não queria que isso te influenciasse de alguma forma. Há pessoas que perdem a sua bondade ao terem conhecimento do poder que isso lhes confere. Não queria que isso acontecesse contigo.

- O que... Eleazar...

As palavras de Alice vieram-lhe à mente, fazendo-a dobrar-se ligeiramente, a mão espalmada no peito como se sentisse dificuldade em respirar. Não sentia mas a sua mente sentia-se turva como se sentisse falta do oxigénio.

Alice dissera-lhe, não fora?

"Tens um jeito especial com as pessoas." Dissera ela antes de partir. Por isso não a deixara ir com ela.

Tessa era necessária ali porque Tessa era uma Empática. O seu Dom era literalmente mostrar empatia para com os outros e criar laços de lealdade com qualquer um. Um Dom fruto da sua personalidade, do seu coração, da sua alma.

Eleazar afundou as mãos nos bolsos. Ele sabia, claro. O seu Dom era reconhecer o Dom dos outros. Vira-o em Tessa no primeiro momento que a conhecera. Estava estampado no seu rosto, nas suas mãos, no seu olhar, na gentileza com que falava, na infinita bondade que tinha no seu coração que não batia...

- Mas... - a inglesa abanou a cabeça, fitando Eleazar com horror - Aro está há séculos atrás de mim por um Dom que eu nem sabia que possuía?

- Lamento, Tessa. - pediu o Denali, abanando a cabeça- Eu devia...

- Não. - interrompeu a Cullen, soltando um suspiro - Fizeste o que achavas melhor, eu compreendo.

Um sorriso de escárnio surgiu nos lábios de Allistair.

- Empática. Sempre a compreender as ações dos outros... e sempre a sair magoada por quem tenta proteger. Não é assim?

Tessa não respondeu. Aquilo era demais para ela.

Num suspiro, desapareceu.

**

Estava na praia.

As ondas do mar rebentavam com força junto à costa, espirrando gotas de água para o seu rosto. O vestido estava já ensopado, os dedos dos pés enterrados na areia molhada, os lábios com um sabor salgado.

Tessa soltou um grito, os punhos cerrados junto ao corpo, as emoções ao rubro. Uma Empática. Sempre fora uma pessoa empática, demonstrava compaixão e tentava colocar-se no lugar dos outros... mas isso fazia parte da sua personalidade. Não era um poder. Não utilizava isso para que as pessoas confiassem nela e a seguissem.

Mas não era isso que tinha feito para convencer todos aqueles vampiros a serem testemunhas de Renesmee? Não fizera isso com a alcateia de Jacob? Sam, Leah, Seth... Um por um, todos se encantavam por Tessa. Confiavam nela, cediam à sua palavra porque se tornavam leais.

Fora tudo manipulação da sua parte?

- Tess.

Depois, havia Jacob.

- Bella contou-me o que aconteceu. Já todos sabem. - disse o Black nas suas costas, a voz trémula e aflitiva - Eu sei o que estás a pensar. Eu sei que estás a duvidar de ti...

- Onde começa o meu Dom, Jacob? - questionou, virando-se para ele - E onde acaba quem eu realmente sou? Eu nunca quis convencer ninguém a fazer nada. Nunca quis que confiassem em mim por causa de um Dom.

- E não confiam. O teu Dom é apenas um reflexo de quem és. - Jacob abanou a cabeça, as mãos pousadas nos seus ombros - Não és uma sereia, Tess. Não encantaste ninguém com a tua voz. Não manipulaste ninguém. Tu... Tu encantas as pessoas pelo teu coração. És uma boa pessoa e nós seguimos-te, ouvimos-te e gostamos de ti por causa disso.

A imortal abanou a cabeça, as lágrimas surgindo nos seus olhos... e um pensamento. Um pensamento aterrador, tão banal, algo que sempre esteve ali e que ela não vira... porque não quisera.

- Vampiros não choram.

Jacob franziu o sobrolho, fitando-a sem compreender.

- Vampiros não chora. - repetiu Tessa, levando a mão à boca - Como pude ser tão burra? Nunca vi um vampiro chorar. Sequer sei se isso é possível. Mas eu... eu choro. A toda a hora.

Tessa sentiu o fogo dentro do seu corpo rugir, as emoções à flor da pele, as chamas necessitando de se libertar. Focou-se em Jacob, no seu olhar, nas suas mãos, no seu calor contra a pele gelada de uma vampira.

Uma vampira com a humanidade intacta.

- Eu não quero saber do que dizem. - ouviu Jacob dizer, a voz baixa forçando-a a encará-lo - Não quero saber se tens um Dom ou vários. Tess, és a melhor pessoa que conheço. A mulher mais forte, bondosa e gentil que alguma vez conheci. - a voz falhou-lhe, os olhos escuros desviando-se dos dela com vergonha - A pessoa mais longe de ser um monstro. Perdoa-me pelo que disse, Tess. Por favor. Eu nunca quis magoar-te...

O lobisomem que não passava de um rapaz fechou os olhos, contendo as lágrimas. Ver Jacob naquele estado surpreendia Tessa, compadecida pela dor e vergonha que via na sua expressão. Inevitavelmente, as lágrimas escorriam pela face dele abaixo, límpidas e cristalinas como a sua tristeza. A Cullen mordeu o lábio, sentindo a sua própria dor, recordando-se das palavras que ele dissera.

- Mas magoaste-me. - murmurou, cruzando os braços e engolindo os soluços - Eu disse que nunca poderias amar-me. Nunca serias capaz de amar uma vampira.

A expressão de choque no rosto de Jacob fê-la suster a respiração. Quando o rapaz falou, sentiu as palavras atingirem-na uma a uma, enterrando-se no seu coração tão profundamente que Tessa pensou que se desintegraria se fosse humana:

- Eu estou completamente apaixonado por ti, Tessa Cullen. Eu amo-te com tudo o que sou e não sou. Eu escolhi-te. O meu coração escolheu-te a ti. Por favor, não duvides do que sinto por ti pela minha estupidez, está bem? - rodeou-lhe o rosto com as mãos, o choque térmico fazendo-a engolir em seco, os olhos escuros de Jacob trespassando-a com amor e desejo - Eu amo-te, Tessa Cullen. E vou dizer-to todos os dias da minha vida se isso te fizer acreditar em mim. - acariciou-lhe as bochechas, esboçando o sorriso ladino que ela tanto gostava - Tu e eu ainda temos muita história para viver. Por favor, perdoa este lobisomem idiota que faria tudo por ti. Que errou. Eu não poderia ter errado mais, Tess. O que eu disse... Era uma mentira. Tu não és um monstro.

Jacob abanou a cabeça, os olhos brilhantes de lágrimas.

- És tudo para mim.

Por instantes, encararam-se em silêncio. O batimento do coração de Jacob era tudo o que Tessa ouvia, todos os outros ruídos abafados pelo único que lhe interessava. Sentiu o peso do anel no seu bolso esquerdo, como uma lembrança do que estava por vir. A tristeza toldou-lhe o olhar mas refreeou-a, questionando-se até que ponto valeria a pena viver aquele amor... nem que fosse por mais umas horas.

Depois, os lábios de Jacob uniram-se aos dela e ela soube que ele iria sempre valer a pena.

Valeria sempre a pena amar alguém com todo o seu coração.

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