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Eles estavam nas montanhas.

E como Órion odiava aquelas montanhas.

As odiava pelas memórias que elas o traziam.

Tudo que ele conseguia ver enquanto caminhava por aquelas trilhas cobertas de neve era ela, Artemys.

Sua irmã mais velha.

Aquela que havia o criado tal qual uma mãe.

Tudo que ele conseguia ver enquanto caminhava por alí era seu pequeno eu correndo, enquanto Artemys o perseguia. Rindo a todo momento.

Se Órion fechasse os olhos, ele ainda conseguia ouvir a risada dela, doce e feliz, parecendo ser levada à ele pelo próprio vento.

Sim, ele odiava aquelas montanhas.

As montanhas onde as cinzas de Artemys foram jogadas.

ㅡ Órion? Você está bem? ㅡ uma voz chamou atrás dele.

Apolo estava olhando para ele. Preocupação em seus olhos dourados.

Apolo.

Sempre preocupado com os outros. Nunca pensando em si mesmo.

Órion costumava admirar Apolo como se ele fosse um herói, um deus benevolente e forte.

Mas agora, depois de tudo que Apolo o disse para fazer. Órion percebeu que ele era um macho como qualquer outro, mesmo que ele ainda o achasse bom de certa forma.

Apolo não era um herói. Nenhum deles era.

Eles eram mentirosos. Assassinos. Enganadores. Escória.

ㅡ Órion? ㅡ Apolo estava se aproximando mais agora.

ㅡ Estou bem. ㅡ Órion respondeu.

Uma mentira. Apolo sabia bem que era uma mentira.

E Órion sabia que Apolo sabia.

ㅡ Você parece distraído. ㅡ Apolo murmurou olhando para as altas árvores agora. Para a floresta à frente.

ㅡ Obrigado por apontar o óbvio, Apolo. ㅡ Órion zombou se afastando do irmão.

Apolo suspirou. Ele parecia tão cansado.

Órion se perguntou a quantos dias Apolo não dormia. Ou comia.

ㅡ Você sabe que eu não te traria aqui se não precisássemos de você. ㅡ o mais velho disse.

ㅡ Você acha mesmo que Oryas encontrou pistas deles? ㅡ Órion zombou. ㅡ Eles foram levados Apolo. Trancafiados por Hybern e aquele traidor maldito.

Apolo suspirou.

ㅡ Temos que ter esperança, Órion.
ㅡ o mais velho disse.

Órion deu uma risada sarcástica.

ㅡ Realmente, Apolo? Esperança? Depois de tudo, esse é o seu plano para salvar o que resta dessa Corte?

ㅡ É o melhor plano que temos. ㅡ a voz de Oryas soou enquanto ele se aproximava dos irmãos, saindo da escuridão das árvores.

Apolo olhou para Oryas com expectativa. Oryas negou com a cabeça parecendo decepcionado.

ㅡ Nossa esperança está á quilômetros daqui. Sofrendo. Provavelmente nos odiando agora. ㅡ Órion murmurou.

ㅡ Já conversamos sobre isso, Órion.
ㅡ Apolo disse de forma mais dura.

ㅡ Não. Você apenas decidiu que seria dessa forma e pronto, tivemos que obedecer. ㅡ Órion rebateu.

ㅡ E qual seria seu plano Órion? Contar a verdade? ㅡ Oryas zombou.

ㅡ Sim. Exatamente. ㅡ o mais novo respondeu.

Oryas negou com a cabeça, uma risada sarcástica saindo de seus lábios.

ㅡ Acha mesmo que ela iria olhar para algum de nós se contássemos a verdade? Acha que ela iria simplesmente aceitar tudo que fizemos? ㅡ Oryas perguntou.

A tensão cresceu entre os irmãos. O assunto em questão sendo o maior motivo de briga entre eles nos últimos anos.

ㅡ Ainda era uma opção melhor do que mandar você procurar por pistas sobre os seres que Hybern trancafiou. ㅡ Órion rebateu e riu em zombaria.

Oryas o encarou.

ㅡ Tudo que você tem feito é falhar nos últimos cento e vinte anos. ㅡ o mais novo completou, os olhos brilhando com poder.

A escuridão rodeou Oryas.

ㅡ É mesmo? Preciso lembrar de qual de nós não conseguiu salvar Artemys? ㅡ Oryas perguntou com ódio.

ㅡ Parem. Agora. ㅡ Apolo pediu, mas foi ignorado pelos irmãos mais novos.

ㅡ Sim. Eu não consegui salvar ela. ㅡ uma lágrima rolou por um dos olhos de Órion, dor em seu tom de voz.
ㅡ Mas se você tivesse feito o seu maldito trabalho, ela não precisaria ter sido salva em primeiro lugar.

Dor e culpa pura e genuína coloriram a face de Oryas. Como uma facada bem em seu coração.

ㅡ Parem! ㅡ Apolo gritou cansado das brigas deles. ㅡ Nós três falhamos com ela! Nós três!

Os olhos de Apolo estavam brilhando com lágrimas agora. A dor de perder a irmã gêmea ainda era grande demais, mesmo depois de tanto tempo.

ㅡ Nós três falhamos. E nós três a perdemos. Perdemos Artemys. Culpar um ao outro não vai mudar isso. Ela está morta. E eu tenho certeza que ela não gostaria de que acabemos criando uma fenda entre nós. Somos irmãos. Irmãos. ㅡ Apolo disse. Mas suas palavras não confortaram o coração perturbado de Órion.

ㅡ Ela também não gostaria de muitas outras coisas que fizemos. ㅡ Órion zombou.

ㅡ Órion, se isso é sobre Aurora-

ㅡ É claro que é sobre Aurora. ㅡ Órion interrompeu Apolo. ㅡ Temos mentido e enganado Aurora dês do princípio. Você prometeu. Você disse que era a última vez. Que poderíamos-

ㅡ Ela está melhor sem nós. ㅡ Oryas disse com a voz séria e fria. ㅡ Ela está feliz, Órion. Ela tem uma família que ela ama. Você quer mesmo arruinar isso?

Órion estava chorando agora. Não podendo mais segurar as lágrimas.

ㅡ Isso nunca nos impediu antes.

ㅡ Órion. Por favor. ㅡ Apolo pediu.

ㅡ Eu tenho mexido na cabeça dela tantas e tantas vezes. Tenho enganado a própria mente dela. A feito esquecer por toda sua vida. Criando memórias que não estavam lá e apagando as que estavam. ㅡ as lágrimas corriam livremente pela face do mais novo.

ㅡ Órion-

ㅡ Nós fizemos isso. Eu fiz isso. E agora vocês simplesmente deixaram ela sozinha. O pai dela viaja e não para em casa. Nestha Archeron é uma pedra fria. Elain Archeron é alheia e está noiva. Feyre Archeron agora vive na Corte Noturna. Aurora precisa de nós, e nós a deixamos sozinha.

ㅡ Você queria mesmo falar a verdade para ela? Destruir o mundo dela? ㅡ Oryas perguntou.

ㅡ Seria a coisa certa a se fazer. Mesmo que ela nos odiasse e nos mandasse embora. ㅡ Órion murmurou. ㅡ Seria a coisa certa a se fazer. O que Artemys sempre pregou. A verdade. Nossa Corte sempre foi verdadeira. Gentil e Honrada. Isso morreu com Artemys também? Nossa honra se foi com ela?

ㅡ Ela ficará bem Órion. Ela está mais segura onde está. Deixe esse assunto.ㅡ Apolo disse com gentileza.

Apolo sempre o disse o que fazer. O que não fazer. Ele ensinou Órion tanto quanto Artemys.

Mas Órion não era mais uma criança que precisava ser ensinada.

ㅡ Eu estava lá. Vocês sabem. ㅡ Órion sussurrou com pesar.

ㅡ Onde? ㅡ Oryas perguntou confuso.

ㅡ Na mente de Artemys enquanto ela morria. Isso me assombra toda vez que uso meus poderes. Machuca. Mas ainda assim eu usei meus poderes em Aurora. Em Aurora de todas as pessoas. Porque vocês disseram que era o melhor a se fazer. O certo.
ㅡ Órion sussurrou com dor em cada palavra. ㅡ Mas agora vocês estão errados. Estão com tanto medo do ódio de Aurora por vocês que se recusam a ser o que Artemys sempre nos disse para sermo. Verdadeiros.

ㅡ Órion-

ㅡ Não Apolo. Eu estou cansado disso. Se Oryas achar algo. O que eu acho difícil. ㅡ Órion zombou. ㅡ Você vai procurar outro Daemanti.

Dito isso o mais novo se virou e partiu das montanhas.

Ele odiava aquelas montanhas. O que elas representaram para ele.

Pela Mãe, ele sentia tanto a falta de Artemys.

Ela sempre foi a mais sábia entre eles. A mais gentil. A mais verdadeira.

E os três falharam com ela.

Órion não iria falhar com Aurora também.

Por isso, quando ele deu adeus para Aurora, ele havia feito algo que seus irmãos nunca aprovariam.

Ele devolveu as memórias que roubou dela.

Quando Azriel a encontrou, ela se parecia muito pouco com a garota que ele conheceu.

Ele a observou das sombras enquanto ela acariciava um belo cavalo preto.

Ela parecia gelada.

Seu sorriso era mais contido. As mãos dela tremiam e ela estava muito mais pálida.

Ela parecia cansada.

Cansada e doente.

Como se algo muito errado estivesse acontecendo com ela.

ㅡ Sinto muito por não estar andando com você Ray. ㅡ ela falou para o cavalo enquanto pegava uma escova para o escovar. ㅡ Acho que não consigo me manter na sela. ㅡ ela confessou e se abaixou por um momento quanto a escova caiu de suas mãos. Ela a pegou, mas quando se levantou, pareceu ficar tonta, se apoiando no cavalo para não cair.

Azriel a observou.

Daquela vez ela não o notou como na cozinha naquele outro dia.

O Cantor de Sombras tentou sentir a morte que Cassian sentiu. Tentou cheirar isso.

Mas tudo que ela cheirava para ele era perfume de lavanda, tristeza e dor.

Mas Azriel quase conseguia sentir a morte, observando de longe, pronta para se aproximar no menor deslize.

ㅡ Quem está aí? ㅡ Aurora perguntou de repente, parecendo finalmente notar que algo estava errado.

Azriel não poderia dizer por que, mas saiu das sombras para a encontrar.

O cavalo se assustou com a presença repentina de Azriel, se mexendo assustado.

ㅡ Ray, acalme-se. ㅡ Aurora fez carinho no cavalo, falando em uma voz doce. ㅡ Ele é amigo. Não vai te fazer mal.

Quando o cavalo se acalmou, Aurora o levou para a baia dele.

ㅡ Azriel. Olá. ㅡ ela cumprimentou com um sorriso. Mas não era o sorriso que ele já havia visto antes, aquele sorriso com o qual ele sonhava todas as noite. Não. Esse sorriso nem ao menos alcançou os olhos dela.

ㅡ Aurora. ㅡ ele murmurou enquanto a observava se aproximar um pouco dele.

As sombras dele se aproximaram dela, rodeando os tornozelos dela e brincando com o cabelo dela.

Azriel estava pronto para as chamar de volta, quando Aurora sorriu para as sombras dele.

Um sorriso pequeno e tímido, mas que finalmente alcançou seus olhos. Pareceu um sorriso verdadeiro.

Havia uma tristeza profunda enquanto ela interagia com as sombras. Uma tristeza que não estava lá quando Azriel a viu da última vez.

Aurora Archeron parecia fria. Profundamente triste. Até mesmo um pouco misteriosa.

Muito diferente da garota alegre e calorosa que ele conheceu.

ㅡ Você está bem?ㅡ ele se pegou perguntando. Ele sabia que ela não estava. Ele conseguia sentir isso. Mas ele queria ouvir a voz dela. Queria desesperadamente a tirar daquele poço que ela parecia tão desesperadamente se afundar.

Aurora olhou para ele e pareceu contemplar a pergunta. Ela parecia estar pronta para mentir, para dizer que sim, mas algo na forma que ele olhava para ela, algo nele, a fez ceder e dizer a verdade.

ㅡ Não. ㅡ ela confessou. E a forma que ela falou, fez parecer que aquela era a primeira vez que ela respondia aquela pergunta com sinceridade.

ㅡ Mas vou ficar. ㅡ ela completou um momento depois. Essa parte parecendo menos verdadeira que sua resposta.

Azriel não era bom em consolar pessoas. Em falar com muitos sentimentos. Ele não era assim. Ele era calado, gostava de manter distância. Rhysand era esse tipo de macho. Até mesmo Cassian sabia consolar pessoas melhor que ele.

ㅡ Você precisa de ajuda? ㅡ ele perguntou. Porque essa era a única coisa que ele pensou em perguntar. A única coisa que ele poderia falar.

Aurora contemplou a pergunta e suspirou. Um sorriso triste nos lábios dela.

ㅡ Não. Isso é algo que eu preciso fazer sozinha. ㅡ ela suspirou parecendo cansada e perturbada. ㅡ É algo que eu preciso aceitar sozinha.

Azriel a observou se perguntando o que poderia ter acontecido para a deixar assim.

Aurora também estava o observando. O rosto dela ilegível. Azriel sempre foi bom em ler os outros. Era seu trabalho.

Mas ela? Essa Aurora que olhava para ele, era um mistério.

Ela se aproximou dele, algo como determinação brilhou nos olhos dela enquanto ela parava de frente para ele.

A tendo tão perto ele poderia sentir isso. Havia algo muito errado com ela. Algo sob sua pele. Em sua alma. Em sua essência. A morte estava impregnada nela, de uma maneira estranha.

ㅡ Eu sonho com você, às vezes. ㅡ a confissão dela o manteve em silêncio, petrificado no lugar, o fazendo prender a respiração por um instante. Surpresa clara nele.

ㅡ Você sonha comigo? ㅡ a pergunta dela o atingiu em cheio. Como uma flecha no coração. Uma facada no estômago. Azriel a observou. Ela o olhava com curiosidade. Com confusão.

Como se ele fosse um quebra-cabeça que ela não conseguia resolver, mal sabia ela que ele a olhava da mesma maneira. 

Azriel pensou em todas as vezes que sonhou com ela.

Sonhou com ela antes mesmo de a conhecer.

Sonhou com o sorriso dela. Com seu rosto. Seus olhos. Sua voz.

Ele sonhava com ela na maioria das noites. Sonhava com ela por anos.

A morte tão próxima dela o lembrou que ela era humana. Frágil e com uma vida curta.

Uma vida curta demais.

Ele pensou na forma como ele puxou o vínculo e quase causou a morte dela.

Pensou em como ela puxou o vínculo alguns dias atrás e tudo que ele sentiu foi morte.

Ele olhou para o vínculo, a corda, que os unia. O lado dele brilhava em uma luz opaca e fraca, mas ainda assim brilhava.

O lado dela estava apagado, exceto por uma pequena luz, parecendo uma vela minúscula na escuridão de uma floresta em um dia sem lua.

Humana e sujeita à morte. Diferente dele.

Os olhos dela estavam brilhando com um sentimento que ele não entendia. Era além da curiosidade. Era diferente.

Uma vida curta demais.

Ele tinha a eternidade.

Azriel respirou fundo e respondeu por fim:

ㅡ Não.

I. O que acharam do capítulo pessoal? Gostaram?

II. Agora muita coisa está mais ou menos clara, principalmente por causa do começo do capítulo. Vocês gostaram da interação dos três? Eu queria mostrar pra vocês como os irmãos agem. Como eles se culpam entre si e acabam se afastando por conta do que aconteceu com a Artemys. Terá várias partes do ponto de vista deles daqui pra frente, para que tudo comece a fazer sentido.

III. Na minha cabeça a música 'Daylight' do David Kushner é 100% a música dos três irmãos da Corte Boreal e também uma das músicas que mais representa essa fanfic.

IV. Sim, o Azriel mentiu falando que não sonha com ela. E ele percebeu como ela "mudou". Ansiosa demais para as próximas interações deles. E vocês?

V. Daqui pra frente a Aurora vai sofrer bastante, já deixo isso avisado pra vocês se prepararem. As pontas soltas estão começando a ser amarradas.

VI. Vocês tem alguma teoria?

VII. Por hoje é só. Mas nos vemos em breve.
Byee ♡.

30.04.2022
Duda.

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