XVII - O princípio do Epílogo.
Olá, gente! Tudo bem?
E chegou ele, o capítulo com mais gritos, mais dores e mais emoções.
E finalmente, a frase de apresentação do Seungmin, esperei por esse momento.
Ah, e mais um detalhe que amo: a partir desse capítulo as frases de início fazem realmente ligações com as outras histórias.
Boa leitura e beijinhos!
"Mesmo que no fim jamais veja seu sorriso, será inesquecível me lembrar dele. E eu jamais conseguiria dizer o que sentia, só o mar saberia como pólvora é amarga e sua risada doce." Hyunjin, Capítulo dezessete, dias antes da duquesa ser levada.
— Gosta disso, Hyunjinie?
Ele não via mais nada, a dor era arrebatadora, sentia queimar a cada segundo, os chutes na barriga fazia o corpo balançar na nuvem, o sangue azul escorria pelos lábios e mesmo assim, ele não dizia uma palavra.
Talvez morrer fosse o momento menos doloroso de existir.
— Diga! — Novamente ouviu o grito grotesco, seguido de um puxão, a cabeça latejou ardendo com a agressividade. Os dedos de Christopher seguraram os fios, ergueu o rosto do anjo encarando o azul escorrer lentamente. — Achei que seria mais divertido, vejo que perdi meu tempo.
Chan soltou de uma vez, e por estar fraco e machucado, caiu com o rosto na parte dura, que Christopher tinha projetado apenas para ele. Sentiu a testa doer, a cabeça parecia chocalhar a cada segundo, o som dos ferros arranhando irritou os ouvidos. Tudo parecia péssimo, a sua cabeça só pensava em Jisung, em como ele ficava lindo sorrindo, como aquelas gargalhadas eram sinos escandalosos, como cada segundo valeu a pena.
Agora tinha deixado ela lá, queria do fundo do coração que ela o perdoasse por partir sem se despedir, Hyunjin pensava nela a cada segundo, aquilo fazia a dor diminuir, principalmente no segundo que gemeu baixo.
Sentiu uma pressão forte nas costas, perto das asas, o peso afundou fazendo a costela arquear em dor, parecia que os ferros entravam perfurando a pele já sensível, e o grande poderoso ainda gargalhava alto, o som irritante que fazia o interior do anjo se contorcer em nojo.
Como ele pôde fazer aquilo com Minho? Com Jisung? E Changbin? Isso porque deveria ter mais anjos naquele estado, e Hyunjin estava sendo covarde, calando aceitando o governo da maldade.
Ele jamais seria um deus para Hyunjin.
— Sejun. — Hwang suspirou, sentiu um alívio momentâneo dos pés em suas costas, para em seguida a dor voltar, sentia tudo doendo, mas não soltaria nenhum gemido a mais. — Chame aquela, Minie, não é? Mande para meus aposentos.
Hwang arregalou os olhos ouvindo tamanha podridão, foi a primeira vez que escutou de Christopher aquilo, ele era baixo ao ponto de simplesmente exigir que fossem? Ah! Que ódio estava sentindo de si mesmo. Só que a naturalidade em que Christopher dizia tudo aquilo, fazia as entranhas de Hwang reviraram. Não era pela dor que sentia naquele momento, mas sim pelo nojo que sentia daquele que, por tantas décadas, seguiu cegamente, como ovelhas tolas por seu pastor.
Se tivesse visto antes, notado, Minho talvez não tivesse sofrido, ninguém teria.
— Desgraçado. — Rugiu, a voz pesada pelo sangue escorrendoentre os dentes e o ódio cegando o anjo.
— O que disse? — Quando ouviu a ofensa, o senhor abaixou o rosto, aproximou-se de Hyunjin, viu o sangue escorrer da testa e da boca, além da poça embaixo dele. Estava humilhado. — Repete, imprestável. Não consegue ao menos se salvar.
Ele tinha razão.
Hyunjin estava largado no chão, sem agir nada, sem defender os seus. Tinha sido criado para que? Se no fim, passaria a eternidade apanhando? Ouvindo Christopher ordenar neles como se fossem bonecos?
Não.
Poderia passar a eternidade sendo torturado, mas lutaria.
Por ele, pelos seus e por Jisung.
— Desgraçado. — Repetiu com gosto, lentamente como fazia Han, para então erguer-se do chão, mesmo com o corpo sujo de sangue, a dor de ficar em pé, ele ergueu os lábios sorrindo. — Verme, miserável.
— Cala sua boca. Cala boca! — Christopher avançou, os anjos que os cercavam ergueram as espadas, mas ouviram a ordem do seu senhor. — Abaixem a porra das armas. Eu mesmo vou te dar um jeito. — Ele disse tudo aquilo apertando o rosto do anjo, que mantém o sorriso com os dentes sujos de azul.
— Faz. — Simples balançou os ombros. — Faz como sempre. Covarde.
Ninguém nunca tinha dito tantas verdades para o grande deus, e ver como Hyunjin rugia como um lobo feroz, fazia com que ele recuasse, não o bastante. Pois quando a surpresa sumiu, deu lugar à ira.
— Quer mesmo ter essas asinhas de merda arrancadas? — Estavam um de frente para o outro, Christopher teve que erguer levemente o rosto para encarar Hwang. — Dessa vez, não terá sua puta aqui.
O sol escureceu.
A cor brilhante por segundos apagou, a terra sentiu o impacto daquilo, tremeu sucumbindo à fúria do criador da estrela que governava a pobre terra.
O olho direito ficou vermelho, enquanto o outro iluminava um azul. Tão claro quantos os de Chan, que após insultar a grande deusa de Hyunjin, sentiu pela primeira vez como o corpo podia sentir dor.
A bochecha do magnífico senhor queimou, ardeu como inferno e o corpo caiu, sem forças encontrou o chão duro, o mesmo chão que fez para Hyunjin apanhar.
Mesmo vendo ele caído, com a mão na boca com sangue escorrendo, azul quase branco, ele não estava satisfeito, o anjo de Virtudes abaixou-se, com o corpo doendo em uma regeneração lenta demais. Agarrou a túnica virando Christopher, deitando no chão, ergueu o punho socando forte.
— Isso é por insultar minha deusa. — Os anjos ao redor não moveram um dedo, esperando ordens para fazer algo. — Por tocar nela. — Outro golpe, mas do lado oposto do primeiro. — Por pensar na minha rainha. — O sangue azul claro estava entre os dedos de Hyunjin. — Esse por Minho. — Trocou de mão, agora usando a esquerda. — Por tocar no meu irmão. — O suor estava pingando e Christopher tentava cobrir o rosto. — Pelo Changbin. — Mas mesmo assim não adiantava, Hyunjin estava acertando com ódio. — E esses por todo resto.
Christopher tentava impedir arranhando e usando as pernas, mas Hwang estava descontrolado, os fios grudando na testa e as mãos com sangue, mas não sabia de quem era, estava uma bagunça. Até o momento que Christopher sentiu a sobrancelha arder, o desespero subiu e a vergonha também.
Seus escravosp estavam vendo ele sucumbir nas mãos de um anjo estúpido que se deixava cair nos encantos de qualquer puta?
Seus servos realmente estavam vendo ele apanhar? Logo aquele que tinha a obrigação de vangloriar? Aquele que jamais cometeu erros? Aquele que era mais o significado de perfeição do que a própria palavra criada? Aquele que os humanos imundos deveriam amar e seguir cegamente, sem sequer ter ciência do que acontecia do que eles chamavam de paraíso?
Usando o que ele nem mesmo tinha de forças, empurrou pela barriga o anjo, logo o lugar que tinha sido golpeado várias vezes. Hyunjin gemeu de dor, mas ainda com a raiva o deixando cego, ergueu o corpo quase caindo novamente e tentando voltar a agredir o tal salvador.
— Segurem ele! — Deu tempo apenas de atingir a barriga do grande Christopher, que curvou o corpo segurando o local, antes de Hyunjin acertar novamente um soco, foi agarrado. — Miseráveis. Deixaram ele me acertar!
Quatro anjos agarraram ele, outros foram até Christopher, viram parte da sobrancelha arrancada e aparentemente o nariz deslocado, além do rosto todo ensanguentado. Eles se surpreenderam em como um anjo fora tão valente, dizer não para o senhor era inimaginável, agredir? Céus!
Hyunjin foi admirado. Mas não apoiado. Ninguém teria coragem.
No entanto, a admiração é o apoio silencioso. Mesmo vindo daqueles que menos esperamos. Admiração é apenas o resquício de esperança em cada um de nós. E para aqueles anjos cansados, Hwang era o último resquício de esperança que haviam.
— Já que você é tão valente, vamos ver.
Hyunjin não tinha medo de mais nada naquela altura, Jisung estava na terra e Minho também, longe de Christopher.
"Almas destinadas eram engraçadas, pois a única certeza era de que elas em algum momento se encontrariam. Agora terminar juntas? Ah! Isso que rendia a graça para o destino, adivinhar se sim ou se não."
Jisung estava no inferno.
O frio parecia pior, tinha pedaços de gelo por toda parte, principalmente no castelo, o vermelho lutava contra o amontoado de neve fofa e congelante. E tudo piorava com Han andando de um lado para o outro, o som dos saltos parecia como uma canção infernal para Seungmin, que estava do lado de Felix o deixando protegido do frio, enquanto Changbin tentava se proteger enquanto fazia um curativo em Minho.
Eles estavam ali esperando Yuqi e Soyeon, enquanto Minho recebia os devidos cuidados com os machucados enquanto explicava cada detalhe, Felix estava do lado dele a todo momento, enquanto JeongIn estava cuidando da filha de Changbin, bem agitada brincando de adivinhações.
— Quando cheguei, Hyunjin estava sendo levado. — Contava, mas Jisung não conseguia ouvir quieto, precisava andar. — Ele pediu para ir em troca do Christopher deixar você em segurança.
— E como você caiu? — A voz forte de Felix foi sumindo aos poucos da mente de Han, que parou de andar.
Tudo parecia longe, fraco e silencioso, o corpo parecia ficar pesado e sem perceber, foi despencando lentamente, até o momento que sentiu mãos o segurando, um cheiro bom e acolhedor indicou que era Seungmin o segurando.
— Está bem, Han? — Antes mesmo de dizer, a porta enorme foi aberta, Yuqi entrou pisando forte com o chá de sempre.
Naquele momento, os dois anjos e o humano suspiraram aliviados, o frio tinha cessado. A máscara no rosto e os fios longos castanhos atraíram a atenção, ela era alta e tinha uma presença forte.
— Sinceramente, acho mais eficaz colocar o chá na cachoeira, já que estamos recebendo muitas visitas. — A voz grossa e brincalhona fez JeongIn rir e negar, enquanto Han sentou-se no trono cansado.
— Na real, acho que foi a última. — Com a boca enorme de sempre, Seungmin contou fazendo Yuqi erguer as sobrancelhas e deixar a bacia na mesa.
— E cadê o tal bendito? — Se referindo a Hyunjin, procurou com o olhar o gigante de asas.
Mas encontrou um do seu tamanho, com asas médias com algumas penas vermelhas, outro com uma blusa preta e braços grandes enfaixando a cabeça do de asas, e outro mais estranho, a aura dele não era brilhante, era normal, mas ele parecia brilhar com os fios loiros e olhos fofos.
— Nem te conto. — Continuou Seungmin levantado para guardar os curativos, Changbin encarou uma última vez Minho e bateu levemente nos ombros dele.
— Ai! — O anjo da guarda gemeu.
— Sinceramente, Jisung. — Yuqi negou divertida, e daquela vez, quem entrou foi Soyeon.
Os fios vermelhos e a pele rosa parecia um raio de tão rápida e agitada, as asas batiam rápido fazendo ela voar ao invés de andar calmamente. Yuqi logo olhou a esposa, que parecia surpresa, abatida, os olhos encaravam todos os lados e as mãos apertavam os dedos finos.
— Os demônios. — Chamou a atenção, Han encarou esperando o pior. — As almas estão descendo, até as que deveriam subir, como se o céu estivesse fechado.
Tentou explicar balançando as mãos, aquilo sim significava o Apocalipse. Jisung estava com os olhos fixos na parede cheia de livros, parecia hipnotizado, perdido em meio a todo aquele caos.
Jamais tinha passado por aquilo, por tamanha crise, o máximo que já presenciou foi quando caiu, mas ele se recuperou, ergueu-se das cinzas, viu cores no branco do desespero. E agora deixaria seu povo presenciar e se sentir indefesos? Droga, ele era um líder, uma rainha, uma deusa, e pelo seu povo daria um fim.
Se Christopher queria brigar, ele daria a guerra.
Levantou-se do trono e se aproximou deles, viu cada um, começou por Seungmin que mesmo brincando, tinha temor no olhar, depois para Soyeon, Yuqi, viu o sorriso fraco de JeongIn, Felix distraído mexendo nas coisas, grande idiota, pensou. Depois para Minho que olhava Felix, Changbin que agora tinha se aproximado da filha arteira. E eles eram apenas uma pequena parte do mar.
— Soyeon, — ela encarou ansiosa por alguma ordem. — você sempre ficou no comando quando eu saia, quero que você continue assim.
— Jisung… — Repreendendo, Seungmin sussurrou encarando sua rainha.
— Seung. — Respondeu sorridente e o abraçou. — Obrigado. Cuida deles.
— Ta de tiração, né? — Questionou apertando Han no abraço. — Por que você não continua aqui? As almas estão vindo para você, isso não é bom?
— É ótimo, mas Seung, — Tentou se afastar, mas Trono continuou o abraçando, e a rainha sentiu o ombro nu molhar. — Hyunjin faz parte de mim, eu não deixaria ninguém para trás, principalmente meu marido. Se alguém tem culpa, sou eu e vou me resolver.
Afastou o amigo e viu os lábios finos tremendo enquanto as bochechas estavam molhadas, ele concordou deixando Jisung partir.
Lúcifer viu cada um antes de começar a andar.
Correu saindo do Palácio, mas os pés mal começaram a andar e já doíam com o salto, deixou eles ali na porta, e começou a correr em direção ao abismo. Poderia ver ao longe a luz no alto da montanha que dividia o céu, sem pestanejar, abriu as mãos fazendo montanha abrir, como uma ponte longa que o levava ao paraíso.
Correu sem olhar para trás, apenas pensava em como poderia salvar Hyunjin, talvez sequestrar ele?
Nenhum anjo estúpido teria coragem de descer. Pensou decidido.
Então Jisung invadiu sorrateiramente o céu.
Da janela, Seungmin suspirou batendo a palma das mãos na testa e suspirou, sentiu a presença forte e o toque suave na cintura, ergueu o rosto encontrando os olhos pequenos de JeongIn.
— O que faremos agora? — Trono abaixou a mão e encarou todos ali, Soyeon parecia em choque enquanto Yuqi acariciava as costas dela.
— Vamos fazer o que Jisung faria. Pensar no coletivo. Ser racionais.
O inferno naquele momento entristeceu, o fim era inevitável, assim como a rendição.
[...]
— Uma graça.
A voz mergulhada em escárnio de Christopher fez o estômago dos anjos embrulhar, o chão parecia uma pequena poça, o azul era aparente assim como o corpo já pálido estava sendo segurado pelos braços por dois anjos.
— O que acharam? — Retórico, aproximou-se do anjo para ajustar a coroa de rosas. Seria belíssimo, se rosas não tivessem espinhos.
— Excelente, Senhor. — Christopher gargalhou deslizando os dedos pelo rosto do anjo.
— Me largue. — Como um pedido, Hwang usou as poucas forças, os lábios estavam secos e desejou a morte.
A regeneração dos anjos naquele momento era um castigo.
— Largar? — Proferiu zombando, os dedos pararam no pescoço, passou pela clavícula e tocou o peito. — Eu sempre usei meus anjos, mas acho que deixaria você me mostrar o que fez Han dar para você.
Apesar de fraco, o corpo de Hyunjin sentiu tamanho repúdio que sua garganta tentou empurrar o que nem tinha digerido.
Christopher levou as mãos até o laço da túnica, antes de puxar, ouviu um som de algo batendo, revirou lentamente os olhos, anjos Incompetentes.
— Parem de barulho, não quero que me interrompam. — Ordenou. — Irei soltá-lo.
Hwang encarou de cima a baixo, sentiu repulsa das mãos tocarem o cinto, se sentiu observado, despido da dignidade que jamais teve convivendo no mesmo ambiente que Christopher. Novamente ouviram um som de algo batendo no chão, mais alto, mais forte.
Toc. Toc. Toc.
Cada vez mais alto e mais forte.
— Eu mesmo resolverei. — Todos os anjos estavam parados a pedido de Christopher, para caso Hyunjin novamente o acertasse.
Quando ele virou-se, ordenou para que os anjos que estavam cobrindo a direção do som saíssem.
No momento que eles fizeram, não só Christopher, como todos ao redor viram o que causava o som, e um sorriso fraco surgiu nos lábios de Hyunjin.
— Saia. — O céu escureceu no momento que Christopher rugiu. — Saia imediatamente do meu trono!
Ali estava a única rainha. Sentada de pernas cruzadas no trono, o vestido preto curto e os pés nus, o sorriso arrogante e nas mãos um tridente envolvido por galhos e flores, e como se nada daquela ofensa não fosse o suficiente, no alto dos fios vermelhos a coroa de ouro estava ali, claramente pegou da mesa.
Christopher estava espumando, o olho chegou a tremer.
— Meu trono. — Ergueu-se, caminhou tranquilamente balançando os quadris, parou diante dele e sorriu. — E essa é só a primeira coisa que pegarei.
Christopher estava paralisado.
Mas não foi um problema para Jisung, principalmente quando tomado pela raiva, ergueu o tridente de ferro duro e atingiu contra o rosto do todo poderoso, o impacto fez cair.
Daquela vez, os anjos não esperaram uma ordem para avançar, afinal, tinham mais medo do desconhecido, do tal que o Senhor sempre falava sobre. O primeiro a atacar foi Sejun, que logo caiu longe com o impacto, em seguida a mesma guerreira de franja que atacou Hwang, veio na direção da deusa.
Infelizmente, Jisug caiu.
No entanto, girou no chão, usou a barra derrubando ela, outro anjo veio, nele o ataque com o tridente funcionou, outros foi necessário correr, usar as mãos, e nos piores casos quando um deles o agarrou por trás, usou a cabeça para atingi-lo. Mesmo cansado, necessitando de um descanso, Han lembrou-se de como caiu. E ali estava ele, sozinho lutando contra milhares de anjo, na esperança de Hyunjin estar apenas machucado. Pensar em como ele estava, quase tendo as mãos asquerosas de Christopher sobre ele, fazia Han ter mais força.
O ódio era a fonte da força que ele usava.
— Pare! Desista imediatamente ou matarei você. — Com a visão ocupada por um anjo, foi pego de surpresa quando sentiu algo afiado no pescoço.
— Me mate. Sempre quis isso, não é, papai? — Debochou rindo grande, ergueu o bastão pontudo para atingir ele.
— Pare! Então deixo você vivo… — Jisung parou. — E te faço assistir a morte desse merda aqui. — Apontou agora a espada para Hyunjin sendo segurado, o sangue escorria pela boca sujando o queixo. — Quer ver? Mato agora mesmo.
— Não! Não, eu… — com a voz fraca, os olhos se encontraram, e por aquela pequena troca doce, Hyunjin abriu um grande sorriso, aquilo fez Christopher aproximar novamente a faca do pescoço, mas com tanta força que o sangue escorreu.
— Você nunca vai ganhar. — Mesmo como um sussurro no meio do nada, ouviu Hwang, seguido de uma risada. — Vai sempre governar usando da brutalidade, incapaz de fazer algo além disso.
— Curve-se. — Ordenou com as mãos tremendo.
— Jamais me curvarei perante alguém como você. — Hyunjin no minuto seguinte gargalhou como um louco, encarou as nuvens acima deles.
— Vai. Ou se curva ou então mostro como ela gosta de ser fodida.
Hwang cerrou os dentes, abaixou o rosto encarando, Jisung negava com a cabeça enquanto ainda segurava o tridente.
Christopher sorriu vendo aquilo, aproximou mais o corpo de Han, que grunhiu incomodado. E a expressão nojenta aumentou quando Hyunjin puxou o braço se soltando, os anjos não usaram força alguma, ele mesmo com a barriga pingando no chão, começou a descer, tocou o joelho na parte dura, a cabeça lentamente inclinando até tocar o chão, totalmente curvado.
Ele se sentiu vitorioso. Agora deveria ser a vez de Jisung o adorar, assim poderia o perdoar pelos seus erros.
— Toda honra e adoração, — a felicidade aumentou, não esperava tamanha obediência vindo de Virtude. — para minha deusa.
Christopher arregalou os olhos, e movido pela emoção, jogou Jisung no chão, ergueu a espada o mais alto que pode, abaixou rápido e bruto, arrancando um grito de Hyunjin, que inutilmente esticou as mãos, mesmo que não tenha adiantado nada.
Ali seria o fim, mas Jisung estava aliviado, tinha memórias incríveis, além de que Soyeon e Seungmin cuidariam de tudo. O fim não seria ruim, pois viveu a eternidade nos momentos em que o amor comandava.
Antes que fosse atingido, Christopher gritou com o corpo caindo, uma flecha estava na barriga dele, os anjos começaram a gritar, Jisung arregalou os olhos vendo uma flecha preta na costela, virou o rosto para o lado encontrando Seungmin.
— Seungmin? — Gritou, Christopher ergueu-se com dificuldade vendo não só Seungmin.
Tinha Soyeon, Yuqi e mais um exército. Demônios gigantescos surgindo do abismo, rosnando e segurando armas, eles estavam em maior quantidade.
— Me senti na liberdade de chamar um exército. — Seungmin balançou os ombros sorrindo para Jisung.
E naquele momento, a guerra tinha começado. O que seria hipócrita, já que ela nunca acabou quando "haja amor" foi proferido. Os propósitos eram os mesmos, os seres eram os mesmos, a ganância era a mesma. O bem e o mal são iguais. Nada ali mudou, somente a força de vontade guiada pelo simples e destruidor: amor.
"E disse-me mais: Está cumprido Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim." Apocalipse 21:6
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