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XVI - Jardim do Getsemani.

Olá, gente! Tudo bem?

E eu né, que fui pra igreja e o pastor falou que Jesus começou a sangrar no jardim, ai né, eu fiz uma referência porque é aqui que começa o sofrimento do Hyun 💅

Boa leitura, preprarem o coração é isso.

Beijinhos! ♡



"Viver nunca foi um mistério, o segredo permanece em encontrar um motivo para aproveitar cada momento, e em todos, encontrei o meu no mais profundo abismo." Jisung, capítulo dezesseis, versículo nunca achado.

Após o casamento, eles sentaram na porta da igreja, apenas os dois e o sol nascendo.

— O que fazemos depois de casar? — Sussurrou a rainha brincando com os dedos do anjo, cheio de veias que pareciam linhas de histórias. 

Agradeceu por existir a eternidade, pelo eterno.

— Não sei, mas me sinto extremamente alegre.

Ah, lua de mel! Aquilo existia apenas para os humanos consumar o casamento, mas se eles já haviam consumado e não sabiam que existiam aquilo, demonstra o quanto certos momentos não precisam de nomes, para aproveitar cada segundo.

— Deveríamos fazer filhotinhos! — Como uma ordem, a voz doce atraiu o olhar de Hyunjin do sol para ver o enorme sorriso. 

Jisung sem pestanejar, subiu no colo do anjo, quase que desesperado abraçando o pescoço, quando os corações deles se encontraram, Han sentiu a força que eles usavam para baterem na mesma sincronia. Hyunjin agarrou a cintura fina e o anjo observou os olhos alaranjados, o vermelho sucumbiu à grande luz do sol, assim como Hwang tinha caído nos encantos dela.

— Creio que sim.

Os lábios se tocaram lentamente, o mal tinha um gosto inebriante, era doce e Hyunjin gostava ainda mais de sentir o cheiro avassalador das flores, desceu os lábios para tocar aquele desenho, para o anjo, aquilo parecia uma obra de arte que ninguém jamais faria igual, era a perfeição. 

— Acho cativante a forma que me olhas. — Segredou Lúcifer. — Ninguém me olhou assim.

— Me sinto honrado. — Sussurrou contra a pele macia, subiu os lábios contra a testa, deixando um pequeno beijo ali. — É a mais bela, deveria estar acostumada em ser admirada.

— Estou quando se trata do meu amor.

"Meu amor" aquilo soou tão doce nos ouvidos de Hyunjin, ele olhou maravilhado o deus em seus braços. 

O que eles não esperavam, era como os humanos eram cruéis. 

A primeira pessoa que passou na frente da igreja viu os chifres lustrosos, a primeira coisa que pensou foi: na porta da igreja aquela patifaria? As pessoas encontravam um ser de vestido e com chifres no colo de um homem, que era um cara de terno apertado e com mãos grandes segurando com firmeza a carne macia da bunda.

— Que horror! Ele tem chifres. 

— Na porta da casa do senhor?

— Deve ser uma vadia.

Jisung ainda alheio a tudo, encarava como os olhos finos de Hwang enquanto podia sentir as mãos grandes amassarem seu corpo, já sentia o calor subir e querer esfregar-se contra o marido.

O anjo foi quem ouviu aquilo, e talvez algo fosse seu ponto fraco: o julgamento. E pior. Contra sua deusa, sua esposa. 

Sem entender quando teve o corpo erguido, Han segurou firme os ombros rodeando as pernas na cintura dele, nos olhos redondos estava o questionamento se Hyunjin seria louco de procriar ali, em ar aberto.

Mas foi respondido quando ele encarou algo atrás de si, virou a cabeça lentamente encontrando algumas pessoas, para finalmente notar que estava sem seu chapéu. Nua e indefesa.

— O pastor? 

— Essa prostituta deve ter o enfeitiçado. 

— Prostituta? — Com um gosto amargo, Han silabou em seguida tocando nos próprios lábios.

— Calem a porra da boca para se dirigirem a uma deusa. — Não era para assustar ninguém, mas as pessoas se encolheram vendo os olhos azuis ficarem vermelhos, e pobre Han, os pelos eriçaram com a voz rouca dita tão duramente perto de seu ouvido.

— Hyunjin, não precisa… — Condolente, Jisung pediu deslizando a ponta dos dedos pelo peito do anjo, coberto pela fina blusa. — Eu quero tanto você, agora.

Confidenciou, sem esconder, atraindo os olhos arregalados dos poucos fiéis. 

— Farei, minha deusa, só um momento. — Pediu deslizando as mãos para as coxas grossas, abaixou lentamente fazendo as pernas soltarem a cintura do anjo. 

— Apenas porque você fica um gostoso pregando em cima daquele palco medíocre. — Em pé arrumando o vestido, viu os olhares, por um segundo encolheu os ombros e abaixou a cabeça, tocou a extremidade pontuda que tanto odiava.

— Diabretinha, — chamando baixinho, tocou com a palma da mão a lombar dela. — eu amo você, e tudo que tem no seu corpo, docinho. 

Só precisava daquilo para ela erguer o rosto e entrar na igreja confiante, os sons do salto a cada passo, até mesmo parecia mais brilhante e o sorriso era o coração mais bonito, arrumou os fios jogando para trás, caminhou até os fundos vendo JeongIn velar o sono de Seungmin e Minho não estava mais ali.

— E como ta sendo a lua de mel? — Felix empurrou levemente a rainha com os ombros. 

— Lua de mel? 

— É! Quando o casal acaba de casar.

— Tirando a parte que eu iria fazer filhotinhos, — Felix e JeongIn viraram no mesmo segundo arregalando os olhos. — e um bando de intrometidos atrapalharam, está sendo ótimo. 

— Intrometidos? — JeongIn questionou agora levando um tapa no rosto, Seungmin até mesmo dormindo era agressivo. 

— Os fariseus que vem para o culto, o Hyunjinie ficou lá. — Comentou sentindo uma cabeça pousar no ombro, virou encontrando os fios amarelos de Felix. — Espero que eles se resolvam.

No entanto, passou horas, Seungmin tinha acordado, JeongIn tinha apanhado e Felix reclamava de fome, tudo isso enquanto Jisung encarava a porta de madeira, Hyunjin já deveria ter aparecido para fazerem herdeiros. 

— O passarinho já deveria ter voltado. — As pernas balançavam agitadas, JeongIn que estava sentado do lado da rainha empurrou com os ombros.

— Calma, ele não fugiria. — Brincando, ele pelo menos arrancou uma risada agitada de Han.

O sol estava no alto de sua glória, iluminava os pobres mortais que viviam, que ignorantes não apreciavam como deveriam toda glória do astro rei. 

— Ele já deveria ter voltado. — Repetiu Felix resmungando acompanhado de Seungmin.

— O sol está quase se pondo. — Kim afirmou pegando um pão na mesa e jogando no humano.

A cada segundo, o coração da rainha pesava ouvindo o que eles diziam, apertava e era como se estivesse sendo sufocada lentamente, em uma dor agonizante, que não dava trégua alguma. Até que em meio a discussão, foi como se um ferro arrastasse a garganta, não era uma metáfora. 

Ele realmente sentiu o metal deslizar sobre o pescoço, fundo e doía ao ponto de segurar aquela área. Levantando-se agitado, JeongIn foi o primeiro a ouvir os saltos batendo no chão. 

— Jisung? — Chamou atraindo a atenção dos outros dois.

— Eu estou me sentindo estranho. — Afirmou com a voz rouca, parecia que seu corpo rejeitava algo. 

E como se fosse interligados, a porta de madeira abriu violentamente, bateu contra a parede revelando um homem desconhecido, com braços grandes e de estatura baixa, e nos braços tinha alguém, um pouco maior, fios com um azul bem escuro, e o que fez ele ser reconhecido imediatamente era as asas médias nas costas, quebradas.

— Minho? — Em choque, Han apenas ouviu Felix berrar correndo até o estranho. — O que aconteceu?

Jisung apressou o passo, a igreja era pequena e caindo aos pedaços, então chegou perto o bastante para ver o tal desconhecido, era o pai daquela menina.

— Eu encontrei ele caído na porta. — Ofegante, Changbin deitou o anjo no chão, deixando que eles vissem sangue azul escorrer. — Está quase na hora da reunião. 

Droga. 

Se ele não tivesse saído, não tivesse deixado Hyunjin sozinho nada daquilo teria acontecido, era o pior marido que já existiu.  

— Dói. — Minho falava baixo, tocando as costas, aquilo fez Han sacudir a cabeça.

"Deixe de ser uma burra, seja a líder que você é." Falou consigo mesmo e suspirou antes de se abaixar.

Tocou onde estava azul, e aos poucos a dor foi se esvaindo, mas para Minho, as asas eram o seu pesadelo, ardiam, queimavam como se estivesse arrancando de dentro da alma, e quando Jisung tocou, um gemido escapou. 

— Por favor, não. — Implorou encolhendo, virou para o lado com Felix e abraçou a cintura do humano.

Minho era um anjo, inimigo por destino de Han, o grande Lúcifer. Mas por mais estranho que fosse, Minho tinha se tornado parte do mar, e quem tivesse feito aquilo, sentiria cada centímetro do salto de uma deusa. Porque no fundo sabia, sabia que o único e verdadeiro mal que conviveu sempre esteve ao seu lado, dando ordens, punindo sem piedade, o obrigando a realizar atos profanos consigo. Então, sabia a quem verdadeiramente deveria servir. 

E serviria sem nenhum remorso.

Por ter virado, Jisung pode ver. As asas estavam presas por uma pequena pena, e se Minho fizesse mais um movimento ficaria sem elas.

— Fique calmo. — Tentou tranquilizar o anjo, para tocar na asa mantendo parado. — Que não doa, — pediu humildemente. — haja asas novamente.

Como se seu pedido fosse uma ordem, as costas iluminaram em um laranja beirando o vermelho, seus demônios já haviam presenciado o que poderia fazer quando disse: Haja luz. Agora, Felix arregalou os olhos vendo aquilo acontecendo com um anjinho tão bonito. Já Minho, estava surpreso com a luz o cercando, para os anjos, Han não poderia fazer nada.

— Então você pode falar e as coisas acontecem? E eu aqui comendo pão dormido! — A reclamação fez todos olharem o humano. — Foi mal, me exaltei. 

Quando a rainha abaixou novamente o rosto para encontrar o que tinha feito, viu o vermelho surgir entre algumas penas, a asa parecia mais forte e reconstruída, com algumas penas vermelhas entre as plumas delicadas. 

— Ficou agradável. — Afirmou agora virando o anjo, encontrou os olhos, e diferente do comum, um era castanho como sempre fora e o outro vermelho. — Escuta, quem fez isso? 

Naquele momento iria ignorar os olhos diferentes, queria saber como Minho parou naquele estado, e que a lua o livrasse, mas se Hyunjin também estava naquele estado? Pior! Longe de casa! 

— Christopher. Christopher voltou. — A voz baixa causou arrepio, eles sabiam o que significava a volta do todo poderoso. — Ele pegou os anjos.


"Vejam! O dia do Senhor está perto, dia cruel, de ira e grande furor, para devastar a terra e destruir os seus pecadores." — Isaías 13:9


Antes do sol render a sua lua, foi o momento que os humanos chamam de Apocalipse. Mas o que seria o fim? Fogo? Pessoas sumindo? Aviões caindo? Ah, pobres humanos, se soubessem que o grande senhor, de forma covarde, levou seus anjos brutalmente. 

Hyunjin estava ali, pregando lindamente com o povo, que em sua maioria eram contraditórios.

— Se o senhor perdoa, é o amor, — ele encarou a porta da igreja fechada sorrindo, sabendo que o amor estava ali. — suas criaturas devem amar.

— Pastor, me perdoe, mas um homem com outro? — Uma senhora falou que, apesar do tom doce, as palavras eram amargas.

— O que há de errado? — Questionou, e eles não sabiam responder o ódio que sentiam. — Ainda é uma criatura, não? Aliás, o senhor disse: Ame o próximo. 

Ali, Hwang declarou como o amor era a coisa mais pura no mundo, como Jisung era valente, corajoso e puro, além de ter o segundo coração de Deus, pois sempre ajudava o trabalho da igreja. Era um verdadeiro Davi na terra.

E se Jisung era Davi, Hyunjin era Jônatas. 

"E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma." — 1 Samuel 18.

Era doloroso demais amar, e mesmo que nenhum deles aceitasse, continuaria ali. Com a alma eternamente apaixonada pela sua deusa.

— Então, disse a deusa que o amor era a maior virtude da humanidade. — Na porta, Hyunjin estava cansado, o suor escorria pela testa castigada pelo clima que tornou-se quente. — Dito isso, espero que todos tenham um bom dia.

Aos poucos, as pessoas voltaram a seus afazeres, viu a movimentação voltar a diminuir, encarando as pessoas, virou-se para voltar ao seu marido e amá-lo o dia todo, consumar o que começaram nas escadas, até ouvir uma voz surgir aos poucos, como vários sussurros em diferentes lados, aumentando gradativamente. 

— Bela pregação. 

Aquela voz.

— Achei que me convidaria para o casamento. — Um calafrio subiu entre as costas molhadas, o tecido tremeu com a agitação das asas, os ferros arrastaram causando um desconforto, assim como era ouvir aquela voz.

— Não é bem-vindo aqui. — Afirmou abrindo a mão, o fogo surgiu juntamente com a espada. 

Lentamente virou o corpo encontrando o próprio criador ali, com a túnica branca e uma coroa dourada, três anjos armados atrás dele, encarando de cima a baixo Virtude, viu os olhos o encarando atentos e com marcas no corpo. Christopher estava radiante, não tinha asas, mas os olhos azuis pareciam mais intimidadores do que qualquer par de asas.

— Assim magoa o seu pai. — Falou sorrindo grande, para então começar a andar ao redor vendo um jardim nos lados do muro da igreja. — Achei que era minha casa, tem meu nome no letreiro. Brega.

— Foi. Não é mais, agora pertence a minha rainha. — Retribuindo o sorriso, Hyunjin terminou fechando a expressão, ergueu o lábio superior desagradando Christopher com a insolência.

— Morram. — Balançou as mãos, as flores se apagaram e murcharam, irritou profundamente Hyunjin, que estranhamente tinha começado a gostar delas. — Deveria ter acabado com você quando não fez seu trabalho. — O todo poderoso encarou as mãos e balançou.

Mesmo que Hwang não tenha entendido o movimento, os anjos compreenderam no mesmo segundo, e sem hesitar, obedeceram seu líder indo até Hyunjin.

— Rende-se. — Não deu importância para qual dos três burros tinha dito, sua preocupação era outra.

Bateu a espada contra um deles, enquanto usou a perna para chutar o outro, mas foi encurralado pela terceira anjo, sentiu um impacto forte contra o queixo junto com um gosto amargo, era seu sangue, sentia o líquido escorrer pelo canto dos lábios enquanto dava uma cabeçada na anjo que ainda o segurava, ergueu a espada impedindo o ataque do outro ataque. Cansado daquilo, mostrou porque era o único Virtude guerreiro. 

A espada atingiu a orelha do anjo que veio atacá-lo, desviou dando seguidos  chutes contra o outro, a que tinha franja veio com a espada, fazendo os ferros arrastarem causando irritação aos ouvidos. 

Erguendo do chão segurando a orelha cortada, o anjo menor não se atreveu a entrar no embate novamente, já a anja ainda estava gloriosa, os fios longos com a franja cobrindo parcialmente os olhos, a espada brilhava e virando repentinamente, fez o corpo de Hyunjin cambalear, logo voltou batendo a espada seguidas vezes, ela impedia o ataque mas nada adiantaria, pois Hwang ergueu as asas, os ferros enormes apareceram atraindo a atenção de todos, até mesmo Christopher parou de sorrir. 

A melhor dos anjos tinha desistido, aquela de franja que sempre se destacou. 

Os dois anjos caídos e a outra abaixando a cabeça para voltar até o criador fez Christopher rosnar, para sorrir novamente. Aos poucos um sorriso foi surgindo, do sorriso a uma gargalhada. 

— Do que está rindo? — Ofegante e com os fios cobrindo parcialmente a visão, Hyunjin gritou com ele, e foi avançar, colocou a espada no pescoço, viu o corpo do Senhor tremer e um sorriso surgiu.

Christopher era covarde.

— Tragam. — Com um tom fraquejante, Hyunjin ainda em posição de ataque, observando os três anjos e o desgraçado que encurralava, viu o Senhor fazer um sinal com as mãos. 

— Me larguem! — Sentiu a pressão fraquejar, o medo surgir escutando a voz de Minho. 

— Seu irmãozinho sempre divertido. — Dando um passo para trás, Hyunjin se afastou de Christopher. — Se me atacar, diga adeus pra esse espúrio. 

— Solta ele. — Mandou, ergueu novamente a espada.

— Cortem a cabeça dele.

— Não! Tudo bem. — Lentamente, abaixou a espada.

— Não, Hyunjin! 

— Cala boca! — Gritou o Grande Deus, os dois anjos que seguravam o anjos da guarda baixaram, Christopher não perdeu tempo em agarrar o pescoço de Minho. — Querido Hyunjin, escolhe. Vem comigo ou fodo seu irmãozinho aqui, e depois, — o azul nos olhos de Hyunjin brilharam em ódio. Aquelas palavras saíram tão certeiras, tão cobertas de soberba, que por um momentos Hwang levou em consideração que não seria a primeira vez. Pensando nisso, a mão que segurava a espada tremeu em ódio. — como a vagabunda da sua esposa.

Foi apenas aquilo para ele guardar a espada.

— Hyunjin, não, por favor. — Os olhos de Minho brilhavam, mas ele não deixaria cair uma lágrima. Christopher colocou a língua para fora, deslizou áspero na bochecha magra.

— Cuida dela e de você. — Sussurrou para Minho, virou o rosto juntando as sobrancelhas, odiava com todas as forças Chan. — Vou se soltar ele. 

— Ótimo. Peguem ele. — Ordenou para os anjos, que não demoraram para agarrar Hwang.

Guardou a espada e sem resistir, foi puxado, em todo momento olhava para Minho, entretanto sua paz não durou muito. 

Christopher estava no cavalo branco e Minho preso a ele, tentava se afastar empurrando o Senhor, mas não adiantava, Chan parecia o puxar mais e sorria como um desgraçado parecendo gostar de torturar suas criaturas, Minho chegava ao ponto de gritar usando as mãos para puxar os próprios fios de cabelo.

Aquilo foi o ápice para Hyunjin se irritar.

— Solte ele, prometeu que deixaria todos em paz. — Os dois anjos que estavam do lado dele, apontaram lanças, mas Hyunjin não fez nada além de respirar pesado apertando o punho, o sangue azul estava até mesmo escorrendo.

— Como estou de bom humor… — Começou sorrindo, para depois cerrar os dentes, virou o anjo de costas do cavalo e puxou brutalmente a asa média, não muito, e em seguida, como o monstro que era, jogou Minho do alto das nuvens. — Uma graça sua, e o próximo será sua "deusa".

— Você é um desgraçado! — Berrou voando até ele, agarrou pela túnica sacudindo no ar como se fosse nada. 

— Ele vai continuar vivo, agora se você não quiser que nenhum deles respire, volte já e cale a merda da sua boca.

Hyunjin sem expressão alguma, afinal não demonstraria o medo, medo de Minho machucado no chão, pavor de Christopher tocar em sua rainha, em seu mar e até mesmo voltar a fazer alguma maldade com Minho. Pela sua família ele iria, de cabeça erguida.

Se fosse para começar a suar sangue, que fosse ali. Não era o Jardim do Getsemani, mas foi no alto dos céus que começou a sua caminhada na Via Dolorosa.

Abrindo um sorriso falso, abriu as mãos deixando o corpo de Christopher cair no cavalo, e isso fez ele abrir os lábios sorrindo de canto. As asas de ferro batiam forte, como se ele não tivesse largado o Senhor no céu, deu as costas se aproximando dos anjos.

— Faça isso novamente e será sua última ação. — Revirou lentamente os olhos, Christopher berrava como uma criança. 

Ele estava desesperado, como se sua existência fosse apenas para ser adorada, viver de aplausos. Tinha se acostumado com isso. Desde o princípio obrigou tudo e todos a adorá-lo como se não houvesse amanhã. No paraíso, seus filhos gritavam em adoração, suas gargantas ardiam de tantos louvores forçados. Porém, nada daquilo se comparava a dor que rasgava de dentro para fora cada um daqueles anjos, a dor de exaltar alguém que sequer acreditavam que era digno de tudo aquilo que era imposto. A dor de demonstrar amor a alguém que puniu outro por proferir: "Haja amor".

Sentiu o vento bagunçar os fios, viu o cavalo correr pelos céus e seguiu, iria sem reclamar, tinha decidido aquilo e cumpriria até o fim.

Talvez fosse seu destino, amar infinitamente, mesmo que não ficassem juntos, amaria cada lembrança, cada segundo.

A rosa que estava no bolso da calça seria eternamente sua deusa, seria devoto até o fim pela única que amava e adorava.

Ele tinha descoberto. Apaixonado. E agora, perderia tudo. 

O pior era saber que o fim deles seria algo eterno.

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