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VIII - Os maus de coração.

Dessa vez, eu não esqueci!

Esse dia foi longo! Eu estudo? Não mais, no entanto as aulas voltaram hoje, ai né o pai da criança vai se meter pra fazer a inscrição e vem dizer que as aulas começam 7h, ta, todo mundo acordoupra levar e chegou lá o horário da aula dele é 13h 🤡.

Ainda levei mamãe pra tirar ponto, visitar vovó e buscar na escola, passar raiva e agora que consegui. 🤡🤡🤡

Foi isso, gente, agora irei descansar, fiquem com o maior capítulo da história com o Hyunjin carregando o Lino pela roupa e o Ha no braço no ar.

Boa leitura e beijos! ♡

Ah! E se quiserem, deem uma olhadinha na Jeongsung 🥺


"Os maus de coração jamais pedirão perdão pelo o que fizeram, mas sempre culparão aqueles que reagiram." Jisung capítulo oito.

Jisung estava irritado. 

Colocou um de seus diversos chapéus na cabeça, para em seguida tirar irritado jogando na cama. Bufou vendo o reflexo no espelho, a calça de cintura alta social preta, a blusa colada preta de manga curta. Infelizmente, a cidade atrás de si brilhava mais que a luminária fraca, deixando o quarto com aquela sensação de melancolia.

Encarou os saltos finos brilhantes e suspirou fraco, e então voltou a encarar-se, os olhos vermelhos anunciavam quem era, mas o próprio Senhor o faria lembrar-se. 

Atroz, quanto tempo, senti falta do seu corpo em meu leito. — Arregalou encarando o seu reflexo vendo agora os olhos mudarem para um azul celestial, Ele estava no espelho. 

— Christopher. — Retornou a calmaria, forçou uma expressão neutra empinando o nariz, jamais daria esse gostinho a ele. — Achei que estava ocupado fodendo com todos. 

O sorriso apareceu nos lábios, e apenas aquela simples atitude fez Jisung encolher-se assustado, era a mesma expressão de anos. Realmente para aqueles seres infinitos, o tempo poderia ser confuso, um segundo poderia ser mil anos, e mil anos apenas um suspiro. Pois para Jisung o tempo afastado de Christopher parecia um segundo, mas a dor parecia eterna, e vê-lo sorrindo com malícia mostrando os dentes perfeitos e o peito nu com apenas uma calça branca fazia Han pensar, lembrar e enojar-se. Continuava o mesmo de sempre.

— Atroz, não seja ciumento, eu sou para todos. Estou aqui para lhe conceder o perdão. — As sobrancelhas juntaram-se, ele ergueu o olhar raivoso, a ira subiu pela garganta o sufocando. — Depende apenas de você.

— Não. — Firme, bateu o salto no chão e aproximou-se do espelho. — Depois de tudo, tem a coragem de aparecer, ainda quer que eu peça perdão? E depois? Querer que eu abra as pernas novamente? — Ele olhou no espelho e viu que ele não era nada. 

Nada além de mentiras. 

— Estou sendo misericordioso como sempre fui, poderia ter sido pior, principalmente quando se tratava de você embaixo de mim. Afinal, eu escutei criações, e agora não há como castigá-lo. — Mesmo com Hyunjin dizendo aquilo, Jisung era estúpido demais para deixar Christopher machucar alguém. 

A rainha tinha uma péssima mania de se sacrificar pelo seu povo. Como uma verdadeira Deusa fazia.

Ela era exemplo de liderança, empatia e tudo o que a humildade procurava em nada. Pois ela era apenas um mal no mundo, mas fazia o que podia.

— Eu estava apenas cansada, saiu sem querer. E você não pode fazer nada contra mim, vai me jogar onde desta vez? — Agora o rosto delicado que sorria, os lábios de coração abriram mostrando as presas e Christopher aproximou-se mais através do espelho.

— Como sempre, me seduzindo, amor. Você poderia ser muito bem minha deusa, seja na minha cama ou em meu trono. Oh! É a mesma coisa. — Ouvindo aquilo, com aquela risada sarcástica e medíocre, o quarto incendiou. O fogo subiu e aquilo esquentou como nunca sentiu, os olhos brilharam em meio ao breu. — Mas traiu minha confiança.

— Prefiro sumir do universo do que voltar para você. — A voz aumentou, como se vários sussurros falassem em conjunto. — Se já propagou o ódio que você fez todos acreditarem que sou eu que propago, vá, suma para foder alguém como sempre faz.  

Christopher gargalhou ouvindo aquilo, talvez ela fosse burra demais para entender, então ele mesmo iria fazê-la compreender. 

— Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. — Apocalipse 3:11, Jisung pensou sentindo algo estranho subir pela barriga, um arrepio estranho e viu Chan abrir novamente os lábios. — Creio que conhece bem, meu cavalo vermelho, o branco está entre vós, o amarelo sinto sua presença. E bem, o cavalheiro preto sempre esteve entre as almas. 

Jisung temeu. 

Nada era mais poderoso que os cavalos e suas chegadas, e apenas faltava o amarelo e então o Apocalipse. E Han não estava pronto para conhecer o que vinha do fim.

— O branco… — Percebeu a voz baixa, estufou o peito e tomou coragem para continuar. — É o pastorzinho? 

Jisung era o vermelho, conhecido por tirar a paz da humanidade, o preto era a ganância dos homens de usar a balança para medir dinheiro em troca de alimento. O amarelo jamais teve sua identidade revelada, mas era a morte, carregava as guerras e destruição. 

— Hyunjin é meu cavalheiro, criado para sair vencendo e para vencer. Tic, tac. — Estalou a língua causando o único som no quarto. — O tempo está acabando, diabinho, Eu estou voltando.

Então, ele sumiu. 

Fazendo agora ele ver seu próprio reflexo, viu os olhos transbordando pavor. Pois ninguém, nem mesmo o próprio Christopher sabia como era o fim, como era o Epílogo da consumação.

Sentiu-se fraco com o pavor e jogou o corpo na cama, o quarto ainda queimava por um fogo incessante. E pôde sentir o desespero, desespero de perder as almas, então viu-se na obrigação de engolir o medo, sumir com o fogo e correr para a janela pegando o primeiro chapéu da cama, jogou-se do vigésimo andar e abriu os braços vendo os carros sumirem e o fogo surgir queimando as paredes, assim como o interior de Han ardia de medo.

Caindo ali, segurou o ferro e viu seu povo, tranquilo e em paz, apesar de gritos e urros de dor vindos do calabouço, com as almas realmente más que desciam. Caminhou encarando cada alma, cada pintura nas paredes e no alto do abismo, viu Christopher rindo de si. Ninguém de cima podia descer, assim como nenhum dos perdidos poderia subir.

— Soyeon! —Gritou de forma que todos do castelo ouviram, todos os demônios que desceram consigo escutaram. 

Até mesmo os que estavam na terra trabalhando, todos ouviram o chamado de sua deusa. Largaram tudo para voltar.

E dentro da igreja, entregando panfletos para cada pessoa que passasse, Hyunjin viu quando uma legião de demônios passou, cada um com sua peculiaridade, viu também uma senhora cair no chão e um daqueles seres sair de dentro dela, correu segurando antes de despencar. 

No centro do universo, o tempo abreviou, mostrando que o fim estava mais perto do que nunca.

E vós ouvireis falar de guerras e rumores de guerras, todavia não vos desespereis, porque é preciso que tais coisas ocorram, mas ainda não será o fim. — Mateus 24:6

— A guerra sempre foi uma alternativa para ele, afinal não deixaria tudo acabar sem a arrogância de saber que pelo menos uma vez, nós vencemos. — Todos escutaram a voz suave, mas era alta, mais alta que um trovão, que a própria terra tremia de escutá-la. 

— Eu, — um demônio falou entre a multidão, com medo de falar como no céu, que ninguém deveria interromper seu dono. — posso?

— Claro. São meus aliados, não meus servos. — Encarou a multidão em busca do corajoso a falar, e viu JeongIn. 

— Na terra muitos anjos estão se machucando, eles estão treinando pesado para uma guerra, uma guerra que não querem guerrear. — Cochichos começaram. — Ninguém guerreia sem um propósito. É como convocar piratas sem lhes dizer o que será saqueado. Todos sabem que o Apocalipse vem, mas porque viria? -- Os cochichos só aumentaram, então Jisung ergueu as mãos para eles pararem. E claro, pararam. Era a sua rainha, afinal.

— Também treinamos todos os dias, mas somos inteligentes, somos unidos, somos guiados por um propósito. E mais ainda, são meus aliados, como disse antes. Não os escravos de Christopher.— Caminhou entre seu povo, que abria caminho a cada passo da deusa. — E já vencemos uma vez, venceremos novamente porque daremos tudo.

O povo gritou, em alegria e incentivados ao ponto do céu acima deles tremer, e os salvos que estavam ali não entenderam, afinal nada podia ser escutado, mas sentido. 

— Só há uma maneira de vencer uma possível guerra: não fazê-la acontecer. Esse é o caminho. — Então o silêncio voltou, para então murmúrios começar. — Digo que devemos evitar a guerra, pela humanidade não sucumbir, trazer a guerra para nosso lar e acabar aqui mesmo.

— Jisung. — A voz de Seungmin foi ouvida, ele estava aparentemente bagunçado, os botões da roupa abotoados errado e os fios bagunçados e parecia confuso. — Trazer eles para nosso lar? Como poderia mudar? Está escrito que a guerra é a única opção. 

— Então, eu a apagaria, reescrevendo, colocando todos na terra, trazendo todas as almas, vamos vencer pela quantidade. E se mesmo assim ele quiser uma guerra, daremos. A maioria dos anjos não foram feitos para guerrear. Já que sequer foram tratados com dignidade para servir a algum propósito proposto a alguém hipócrita como Christopher — Respondeu alto o suficiente para dar segurança ao seu povo. — Vão! Continuem trabalhando, cuidem de nossas almas. 

Sorriu para eles, ergueu o queixo e apontando para suas conselheiras e braço direito, deu as costas pisando fundo para garantir a paz do seu mar.

Gritaram. Clamaram e glorificaram a decisão do seu deus.

Avisados de que agora o treinamento seria o dobro, que o tempo tão aguardado estava acabando, os demônios voltaram para a superfície e restou apenas a rainha e seus mais fiéis seres.

Soyeon estava sentada sobre as pernas de Yuqi e elas encaravam Jisung, que parecia angustiado encarando o chapéu nas mãos, suspirou lento soltando todo o ar de uma vez e olhou para o chão. Ambas ergueram o olhar para Seungmin procurando respostas pelo desespero de Han em intensificar os treinamentos e dizer que a guerra estava chegando, aquilo parecia estranho, como se alguma parte da linha estivesse solta.

— Conta. — Suspirou Seungmin encarando ele, Han levantou a cabeça encontrando o Kim sério, a blusa mal abotoada e rosto vermelho. 

Obviamente estava com JeongIn antes de ouvirem a rainha chamar.

— Ele apareceu. — Os três encararam-se, Ele jamais apareceu, mesmo após a queda. Por que agora estava surgindo das sombras? — Disse que estava voltando e queria que eu pedisse perdão. 

Que ousadia, pensaram. Ninguém mais do que eles sabiam como a descida era cruel. Lucas, Ten e Park perderam-se no céu, jamais encontraram-se e tudo porque Christopher jamais aceitaria algo diferente de si.

— Pelo visto, papai — debochou Soyeon. — e os anjos idiotas? — Ergueu do colo de Yuqi, que tentou segurar sua amada no colo, mas como sempre esquentada, Soyeon puxou os fios irritada. — Desocupados, é isso o que eles são. 

— Quando eu estava andando com Inie na rua, — os três olharam curiosos para Kim, não era mistério saber que eles dois tinham um certo apreço. — muitos anjos parecem machucados, triste. — Com aquela frase Yuqi lembrou-se dos relatórios. 

— E também tem as observações, parece que eles estão enfraquecendo.

E nisso, a mente como uma traiçoeira fez Jisung lembrar-se de Hyunjin.

Maldito anjo que ainda sucumbia a Christopher. 

No entanto, o que entristeceu a deusa, foi lembrar de como Hyunjin deve ter sofrido, de como os treinamentos deveriam ser pesados, de como eram humilhados e calados, porém da mesma forma que Han se sensibilizava pela dor do anjo, ele também achava estúpido ainda ficar do lado dele, e por isso negou com a cabeça. 

— Vou voltar para a reunião, sinto aquele pastor trazer a negatividade. Mas sabem de algo que traria almas? 

Com um sorriso no rosto, virou-se para seus parceiros, que entendendo o que aquela expressão significava, retribuíram o sorriso.

A reunião já tinha começado. 

Hyunjin demorou dez minutos esperando Jisung, ele acreditou que mesmo irritado, o veria, que aquela rainha insistente estaria ali para brigar consigo, mas nada. Após trinta minutos ele já estava cansado, puxou a gravata do pescoço e suspirou encarando a bíblia, em seguida o lugar vazio na primeira cadeira. 

— Deus é amor, não há nada de errado nisso, em mostrar compaixão. — Ele quis rir, gargalhar com tamanha mentira, mas não poderia. A atenção estava total nele, na voz da autoridade da igreja, até alguém entrar.

O som dos saltos batendo no chão vez a voz de Hyunjin abaixar até o momento em que sumiu, todos olharam encontrando uma pessoa com um chapéu preto, um xale preto sobre os ombros e a barriga nua com um cordão enfeitando a cintura fina. 

Hwang segurou um suspiro na garganta quando ergueu os olhos das curvas que já tocou, e encararam. Os olhos bateram transbordando traição, pois era dessa forma que Han sentia-se.

"Ele não tem respeito algum entrando dessa forma na hora da pregação?"

"O pastor está olhando sério para o repreender."

"Deve ser desesperado para chamar a atenção dele, sempre com esses chapéus ridículos."

Ah, e eram essas almas perfeitas que Christopher se mostrava tão solícito em salvar.

— Feitos um para o outro. — Sussurrou chegando na primeira cadeira e sentou. 

Cruzou as pernas e ergueu a sobrancelha para Hyunjin, o desafiando. 

— Como dizia, não há nada mais santo que amar verdadeiramente as pessoas, principalmente deusas. — Apesar do estranhamento das pessoas, concordaram como ovelhas manipuladas. — Pois o senhor poderoso irá entender colocar algo que realmente vale a pena no lugar de adoração, mas lembre-se, toda atitude é seguida de consequências.

Jisung estranhou. Ninguém conhecia a palavra tão bem como ele, e colocar alguém acima dEle era imperdoável. Sentiu um vento o arrepiar, como se algo estivesse estranho.

— Acho que o pastor está certo. Meu trabalho é mais importante. 

— Tudo bem eu ter um amante.

— Graças ao senhor sei que não há mal julgar pecadores, apenas estou abrindo seus olhos. 

Deusa sentiu-se fraca ali.

Era pecados demais, sujeira demais. E viu a sua criação trazer a própria ruína, agir como monstros com a própria espécie. Observou todos ali, e sentindo os olhos arderem com lágrimas viu no meio daquilo o tal garoto loiro, ele estava fazendo careta escutando aquelas atrocidades, negava com a cabeça assim como um homem ali atrás com uma menina. Tinha apenas seis a sete pessoas negando. Tendo empatia.

Para Han foi irônico a forma que as pessoas que mereciam o paraíso eram as que Christopher negava, porque não seguiam as regras estúpidas. 

Céus, julgar, deixar o próximo passar fome e no fim arrepender-se era mais digno do que ajudar o próximo e negar a existência de algo superior?

— Vão em paz. 

Queimar em paz no inferno, pesou Han abrindo um sorriso em meio a perdição.

Virou o rosto para Hyunjin, e o anjo viu a lágrima solitária escorrendo pela bochecha. 

Em um segundo as pessoas fugiram da igreja, o tempo necessário para Hyunjin descer do palco e parar diante de Han, ele levantou da cadeira e em um ato suspirou lentamente secando a bochecha. 

— Não esperava que chegasse dessa forma, achei que agia nas sombras. — Hyunjin sorriu para ela, que em meio a expressão de dor, mostrou as presas em um sorriso.

— Não perderia a oportunidade de atrapalhar esses discursos, mas parabéns, me surpreendeu hoje. — As mãos delicadas desferiram tapas leves no ombro largo, e sem importar com as pessoas, o anjo agarrou a cintura fina para si.

— Aprendi com a melhor manipuladorzinha. — Revirando lentamente os olhos, Lúcifer viu o rosto exibir um sorriso vencedor, e novamente veio a memória o alfa dizendo que era apenas uma foda.

— Acho que enganou-se. Sou bem sincero, mas vejo que é da laia dos anjos serem assim, igual o papai. — Agora ele entendeu quando chamavam Han de serpente. 

A voz era arrastada, e as palavras venenosas, que iam fundo na alma deles, aquilo fez os olhos azuis ficarem mais fortes e então Hwang fez o seu deus sentir o volume entre as pernas dele, sentir o quão desesperado estava apenas de ver ela chegar daquela forma na sua casa.

— Não me compare com ninguém, minha deusa. Porque nenhum outro irá te satisfazer como eu, e muito menos, adora-lá. — Ele olhou para o lado empurrando a própria bochecha com a língua. 

— Ai, passarinho, se eu quisesse teria todos de joelhos, até mesmo seu papai. — Aquela resposta fez Hyunjin bufar, agarrou mais a cintura como se fosse uma boneca de pano, Han arregalou os olhos e abriu os lábios segurando no peito forte.

— É? Então por que sempre que eu a toco sinto desmanchar? — As respirações estavam perto demais, a igreja tornou-se um lugar pequeno para tanto pecado.

O desejo queimou as peles e o interior de Hwang fisgou sentindo o cheiro doce de rosas, molhou os lábios grossos e o ômega vendo aquilo fraquejou, viu a boca perfeita com a língua deslizando, e ele sabia exatamente o gosto dele, a forma que o agarrava forte. 

Mas então lembrou de como Hyunjin tinha agido como um canalha.

— Nunca. Jamais me sentiria afetado por você, estúpido. — Virou o rosto tentando regular a respiração, mas a respiração quente no pescoço o fez amolecer, e aquilo doía. 

Doía sentir que poderia facilmente ser seduzido por ele, e aquilo não era o problema, o mal estava em Hwang.

Que jamais faria nada por si. 

— Hyunjin! — Um grito fez eles se afastarem, e viram um anjo. 

Era aquele que o encarava com medo, de cabelos azuis que parecia um coelho, a rainha lembrou do rosto dele. Hyunjin não sabia o que faria, tinha sido imprudente e o céu logo poderia descobrir tudo. 

— Minho? — Sussurrou encobrindo a aflição, apertou mais a cintura sem ter a mínima ideia do que aconteceria agora. 

— Ele está te seduzindo! — Gritou e as asas médias abriram, ele voou o suficiente para tirar a flecha e o arco das costas, apontou para o diabo. O olhar de Lúcifer refletiu a flecha, abriu as mãos para se defender.

— Tsc, clássico. – O diabo murmurou, deveria estar mais do que acostumado com aquele tipo de acusação. Todos pensam assim, certo?

— Para com isso, Know! — Gritou alto como um trovão, mas já era tarde, a flecha foi em direção de Han, que já se preparava para virar ela.

Atingir o seu oponente com a própria arma era algo que tinha aprendido muito bem.

Vendo aquela ponta afiada aproximar de sua rainha, Hyunjin não pensou em nada quando cobriu o corpo com o seu, ergueu as asas com ferros cobrindo o máximo, todos escutaram o som dos ferros se arrastando um barulho incômodo que apenas intensificou a decisão do anjo.

O universo curvou-se.

— Virtude? — O anjo desceu, parou em pé no chão e caminhou desacreditado de tamanha traição. 

— Minho. 

— Você tentou me matar, estúpido? — Empurrando o anjo, o diabo estava caminhando lentamente até aquele anjinho da guarda de quinta categoria celestial.

— Achei que tivesse aprendido a lição, criar o sol, flores e agora isso? Hyunjin. — Repreendeu com pesar, com medo de novamente ter que ficar de braços cruzados vendo mais alguém sucumbir, mais uma vez. — Por favor, se o Senhor vê isso, eu  nem sei. — Temeu por pensar em Christopher. 

Suspirou caminhando até eles, abaixou a guarda e Han viu sinceridade nos olhos castanhos. A compaixão que não via há tempos, e sentindo o coração pesar, ela abriu um sorriso triste, mas que era coberto pelo sarcasmo, ajeitou o chapéu e caminhou afastando-se de Hwang, mas não reprimiu as mãos atrevidas de arrastarem lentamente no peito grande, atraindo o olhar surpreso dos dois homens ali. 

— Digo, anjo fofoqueiro…

— Anjo da guarda, me respeite. — Com o sotaque diferente, Jisung abriu um sorriso cínico vendo o passarinho estressar.

— Anjo da baba, — continuou andando para o meio dos dois. — das pessoas que você encontra implorando por vida, matando e as más coisas. Acha mesmo que o papaizinho que só aparece quando é oportuno irá descobrir que os filhos sabem comer muito bem diabinhos? — E Hyunjin abaixou as asas e molhou os lábios virando de costas, sentia a pélvis latejar apenas de ouvir aquela voz arrastada. 

Manipuladorzinho do inferno.

— Estou falando com a fuinha e não com os esquilos! — Mal educado, pensou Jisung olhando desde os pés descalços até a túnica brega, empinou o nariz e ainda sorrindo deixou:

— Então acho que esse esquilo deveria deixar uma bitoquinha na fuinha, — ouvindo aquilo, um sorriso genuíno surgiu nos lábios dele, do grande, do carrancudo anjo de Virtudes só de pensar na sua deusa o beijando. — e berrar para que o papai do céu te prenda por ser cúmplice do pecado. 

— Deus me livre! — Gritou Minho tampando os lábios em seguida.

— Chamando o nome do senhor em vão? — Com a voz pingando veneno, Know se surpreendeu com o próprio anjo falando aquilo, Hyunjin fechou o sorriso novamente e falou erguendo a sobrancelha em uma expressão debochada. 

— Hwang! Viu só? Ele já está fazendo sua mente! — Correndo desesperado até o amigo, o puxou para perto sussurrando, como se Jisung não pudesse ouvir a voz quase gritante. — Deveríamos orar. — Sussurrando pensando se Christopher poderia fazer algo, pois ele era bem pior que o Han.

— Lino. — Com a voz tentando ser o mais calmo possível, segurou as mãos do seu irmão. — Você é incrivelmente chato, mas obrigado pela preocupação. 

— Obrigado eu pelo elogio. — Os dois riram por um momento, mesmo que fosse quase mínimo os lábios de Virtude erguerem um sorriso. 

— Mas de verdade, eu cansei. — Jisung estava sentado na cadeira do lado deles de pernas cruzadas, até que Hyunjin era interessante. — Quero seguir sozinho sem Ele, viver pelo menos um segundo, sem lutar, sem viver para algo que nem mesmo temos o direito de saber. 

A rainha parou para pensar naquilo.

Viver. Era uma palavra bonita, bonita demais para ele ter o privilégio de sentir.

E Minho, sentiu o peso de suas palavras. Será que tudo o que Ele dizia, realmente tinha sentido?

— Está dizendo que quer se rebelar? — Murmurou Minho, assustado com o que deveria ter acontecido com seu amigo, com o irmão que cresceu junto. 

— Se isso significa entender o que é a tal felicidade que dizem existir, sim. — Por um momento, Lee Know pensou em berrar e estapear seu irmão, mas não o fez porque viu pela primeira vez no olhar de Hyunjin coragem.

E por mais irônico que fosse, era a primeira vez que via certeza e coragem no olhar do anjo lutador mais forte. 

Pela primeira vez ele estava lutando pelo o que queria, mostrando algo que nem mesmo viu quando Christopher mandou puxarem as asas, nem mesmo quando foi açoitado no dia que criou a companhia para a lua.

— Se é isso, só me resta fazer uma coisa..

Quando ouviu isso, Han levantou da cadeira e se colocou em posição de ataque, esperava tudo, até mesmo que o próprio Christopher descesse.

— Não me diga que vai me abraçar? — Com a voz banhando nojo, Minho aproximou-se agarrando os ombros do anjo e deixou um beijo na bochecha fina de Hwang, que o empurrou imediatamente limpando o rosto. — Eca.

— Quando foi esse daqui você não disse "eca"! — Reclamou rindo da cara de Virtude, os olhos felinos apertados, os braços cruzados e as sobrancelhas grossas juntas.

— Ele eu queria, queria beijar, comer e adorar. — Declarou pegando a blusa rasgada do chão, Minho encarou surpreso com os olhos arregalados e Han abriu um sorriso vitorioso piscando para o anjinho fofoqueiro. 

— Eca! — Fez cara de nojo, e pensou em voltar para casa, mas quando viu Hyunjin encarar o demônio de cima a baixo e rir, Minho logo apressou em interromper aquela pouca vergonha. — Vocês sabiam que o Jackson chorou hoje?

— Sim, aliás, eu faço o Hyunjin chorar também e se você não voar agora irei fazer isso na sua frente. 

E aquilo aconteceu. 

Hyunjin segurou Han pela cintura sentindo o corpo gelado, viu o sorrisinho malicioso e a forma que ele se esfregava em si. Ergueu o corpo e as asas abriram fazendo todos escutarem o som de ferro, e segurando pela gola da túnica, levou Minho aos berros até a janela do bebê Jackson, que gargalhou alto vendo o seu anjinho voar, e em seguida, deixou sua deusa no apartamento. 

Deixou ela sentada na janela e encostou timidamente os lábios na testa antes de se afastar rápido, para assim não dar a chance dela o prender ali, pois iria aceitar sem contestar. 

— Boa noite, esta tarde para as donzelas andarem sozinhas.

Voou com a sombra de um sorriso no rosto duro, e olhava aquelas luzes que lembravam a sua criadora, iluminada e única para Hyunjin, voltaria para a igreja costurar a roupa e descansar.

Pois estava cansado de costurar suas blusas que Han fazia rasgar todas as vezes.

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