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II - Pois, o Senhor, pode ordenar o tempo.

Olá, gente! Tudo bem?

#HajaAmor

Talvez o Hyun seja levemente red flag? Talvez, mas deem uma chance 🥺 E seu comentário, gosto muito de ler eles.

Boa leitura e beijinhos! ♡



No final da reunião, Jisung tinha aprendido duas coisas: a primeira era que a sociedade inventava muita história para avestruz dormir, a segunda era que anjos tinham péssimo senso de humor.

Por um momento ele tinha esquecido que os seres celestiais tinham uma soberba tão grande, o nariz daquele pastor tão empinado e longo, os braços enormes molhando aquele tecido social medíocre. 

Vivendo por anos embaixo da ordinária terra, sob as sombras e taxado como um monstro, fazia ele se acostumar com alguns olhares, afinal estava ali para observar que tipo de pessoas visitavam aquele lugar para ficar horas sentados ouvindo que a culpa de todos os problemas era o diabo. 

Por seu trono, a culpa era sua de escolherem o caminho mais fácil? De deixar seus desejos falarem mais alto do que a empatia? 

Uma senhora ali, do outro lado sentada na primeira fileira, com uma bíblia rosa no colo e uma roupa fechada demais para o lugar abafado o encarava, de cima a baixo e negava com a cabeça. Era desconfortável receber aqueles olhares, como se ela lesse seu espírito, até mesmo parou encarando o chapéu como se soubesse o que tinha ali, e isso fez Han abaixar a cabeça tocando o chapéu cheio de véus e enorme para o cobrir. 

Hyunjin deu as costas para seu público e caminhou até a frente do altar, e por um momento tinha esquecido daquele ser que o encarou profundamente, quando parou diante de todos, mesmo que não quisesse. Seus olhos caíram para os saltos finos, os pés tortos e delicados, subiu lentamente encontrando as coxas apertadas pelas calças, então parou na clavícula marcada com aquele decote, e então não viu os olhos redondos vermelhos, apenas o chapéu cobrindo tudo. 

— Agora, vamos buscar o Senhor, fale com ele que te escutará. — Deixando o microfone no altar ele fechou os olhos, a única coisa que Lúcifer ouviu depois daquilo foi a movimentação das pessoas, ergueu o rosto vendo eles de pé com a mão no coração.

Filhos de anjos desgraçados, Han os xingou na mente. Principalmente olhando aquela senhora, ele era o deus, o todo poderoso da terra e não deixaria aquilo acontecer diante dos seus olhos, muito menos diante de seu poder. 

— Haja dúvida. — Balançou o indicador lentamente com a elegância de uma rainha que era, sorriu erguendo os ombros e estufando o peito. 

No ouvido da mulher, fez sua voz ser escutada no momento que sussurrou, sabia exatamente o que cada um pecava, porque ele era o próprio mal, a cobra que se esgueirava em meio a poeira e o inferno. Viu o fundo da alma dela, a forma que ela chamava a nora de interesseira cobrando duzentos reais de pensão, e como o próprio filho dela negava a pagar.

— Acha que ele vai escutá-la? Julga todos e no fim, coloca o dinheiro acima de tudo. Uma avarenta pecadora. — Abaixou a mão, viu aquela mulher continuar invicta. 

No primeiro momento, Han sentiu irá, o céu brilhou em vermelho assim como os fios. Mas então, se alegrou. Ela deveria realmente adorar Christopher, assim não teria o desprazer de encontrá-la no inferno. Uma mulher podre, que não precisava do diabo para fazer nada.

— Deus está nos ouvindo, mas para isso é necessário fechar os olhos. — A voz grave saiu perto do ouvido de Jisung, que virou o rosto encontrando os olhos finos azuis como os oceanos eram antes da industrialização. O anjo estava com o corpo reto, mas a cabeça abaixada para apreciar as bochechas grandes, os fios vermelhos cobrindo parcialmente os olhos bonitos fez Hyunjin pensar.

Christopher dedicou-se um pouco mais na hora de fazer aquele ser.

Nenhum anjo do paraíso era tão formoso quanto aquele humano. 

A rainha do inferno ergueu os lábios em um sorriso, encarou de cima a baixo, os sapatos grandes sociais, a calça apertada mostrando que realmente aquele era um anjo viril, os fios curtos dourados e lábios cheios. Em resposta, fechou os olhos e abriu os lábios deixando a língua sair, passou sobre a boca lentamente com a certeza que estava sendo observada. 

E estava certo, Hwang encarou persuadido a língua deslizar sobre a boca cheia que parecia um coração, e a mão dele subiu, observando a movimentação, o anjo viu quando pousaram no peito fazendo uma das alças da blusa escorregar lentamente. 

Aquela era a razão do inferno ser quente, a sua rainha era excessivamente sedutora.

Christopher o perdoasse, mas olhou.

Sentindo um arrepio subir entre suas asas, Hyunjin sentiu que aquela era a deixa para fechar os olhos e torcer para dar a hora de terminar a reunião.

Permanecendo de olhos fechados, abriu novamente vendo o grande relógio na parede dos fundos, acima da porta. Oito e meia, hora de finalmente terminar a reunião, e se sentia fraco, um anjo tolo por desejar que aquele ser saísse da igreja para não voltar mais, seria difícil fazer as reuniões no meio do corredor.

— Em nome do pai, amém. — Respirou fundo aliviado, balançando as mãos para as pessoas, que se levantaram rápido para saírem. 

Sem pressa, Jisung olhou eles saírem correndo. Sabia exatamente onde cada um iria, para o pecado e depois retornariam para a igreja pedir perdão, aquele era o ciclo e no fim da vida, eles novamente pediriam perdão e seriam salvos na mesma casta de quem realmente obedecia às regras estúpidas de Christopher.

Viu o pastor ir até a senhora que o julgou, e se sentou pronto para ouvir o que ela diria.

— Pastor, meu filho tá passando uma luta. A ex-esposa dele está colocando ele na justiça, uma mulherzinha interesseira! — Não entendia porque Christopher brigava por aquelas almas, especificamente por aquela mulher.

E o pastor parecia acostumado com aquilo, pela visão de Han. Afinal, viu ele balançar a cabeça e dizer que ia orar pelo filho dela, que ele devia ir para a igreja e Christopher proveria, aquele anjo parecia fazer sempre a mesma expressão, os lábios retos e os olhos finos sem qualquer reação. Nem mesmo aqueles que pediam algo para seus demônios eram tão mentirosos assim, diziam que eram pecadores e desgraçados que não mereciam nada, mas que queriam dinheiro ou amor. E eles davam por causa da sinceridade e sacrifício que faziam.

Quando a senhora se foi, ainda restou uma mulher no fundo sentada chorando compulsivamente, um homem de terno deixando dinheiro no altar e um menino com as mãos juntas e olhos fechados. 

Aquilo era a verdadeira transparência de quem aquelas pessoas eram, e Han invejou aquele templo. Queria um também para si.

— Você é novo aqui. — A voz que ouviu tanto naquela noite saiu tão alta que parecia estar perto, ergueu o olhar das pessoas para encontrar a luz. A pureza na cor azul. — Eu lembraria se já tivesse visto olhos assim.

Em uma semana pregando, vivendo na terra sem poder voar, Hyunjin tinha criado uma habilidade de lembrar perfeitamente de olhares e rostos. E a cor vermelha, a beleza que saia daquele ser era única e poderia reconhecer a distância. 

Era como a lua, uma beleza fosca, delicada e chamativa, como uma deusa que reinava nos céus abaixo do paraíso. Digna de adoração. 

Assim como para a serpente, aquele anjo parecia o sol, grandioso e forte, capaz de derrubar todos e tão estrondoso que sozinho iluminava um norte a outro. 

— Ouvi falar do grande enviado, quis ver pessoalmente o que parcos alados fazem. — Articulou erguendo-se da cadeira, o sorriso ácido nunca saia do rosto, e em um movimento, parou tudo.

A lágrima da mulher parou antes de cair no chão, as moedas do homem parou no ar sem tocar o palanque, o menino ficou como estátua e a senhora julgadora parou em pé na porta da igreja. 

Hyunjin viu o que era poder. 

— Quem é você, ser imundo? — Vociferou o anjo, abriu os botões da camisa, para a deusa do inferno, aquela imagem saiu mais lenta do que esperava.

Viu os músculos pequenos surgirem, o peito estufado e grande, e seus olhos caíram para a curva que se perdia entre as calças, queria ver o que tinha abaixo na virilha dele e por um momento esqueceu o motivo pelo qual estava ali, isso até ver as asas abrirem nas costas. Enormes com penas grossas que derrubaram o púlpito, a bíblia caiu no chão fazendo um estrondo, as asas brilhavam e contrastavam com os fios dourados. 

Ele mostrou a glória de um anjo.

Para então avançar sobre Han, Hyunjin possuía tanta força nas asas, que em um movimento batendo elas, ele já estava do outro lado da construção, com a mão no pescoço de Lúcifer, o corpo grande sufocava o menor. O chapéu com o impacto, estava no chão e os chifres apareceram, as costas arderam com a batida na parede fazendo um som de lamúria escapar. Jisung encarou fundo os olhos azuis, que agora mostravam irá, queimava a pele de Han o fazendo encolher-se, mesmo com a expressão depravada colocando a língua para fora molhando os lábios. 

— Seu papai não ensinou bons modos? Tratar uma rainha assim é falta de educação. — Aquele som, a voz entrava como uma melodia alucinante no ouvido de Hyunjin, que no momento que afrouxou o aperto do pescoço, recebeu um ataque.

Um ataque que apenas ele poderia dar.

As mãos macias tocaram os braços nus do anjo, elas eram frias como gelo e causavam arrepios, e então Jisung ficou na ponta dos pés, virou-se levemente aproximadamente a boca do ouvido esquerdo de Hwang, colocou a língua para fora aproveitando da forma que ele se abateu com apenas a sua voz, e deslizou a língua lentamente, sentiu o gosto de castidade mais pura. 

— Que foi, anjo? Achei que seu dever era me atacar, mas acho que prefere o contrário. — Gargalhou alto, e parecia que milhares de almas riam juntas, agonizante, mas Hyunjin não tinha reação. — Acho que me confundi de achar que encontraria o anjo mais forte. 

Então a resposta veio e Jisung sentiu a confirmação do que já desconfiava. 

As mãos de Hyunjin fecharam no pequeno pescoço, a outra segurou a cintura o empurrando para a parede, a luz que manifestou quase cegou Han. Foi necessário fechar os olhos, e o anjo aproveitou para aproximar na intenção de responder, mas aquela aura sufocava o rei do inferno. 

— Eu sou o único de minha espécie, nenhum se compara a mim e não é uma meretriz como você que vai dizer o contrário. 

E Han estava certo. Aquele anjo era orgulhoso demais, e Christopher conhecia seus monstrinhos. 

Não o mandou para salvar as almas.

— É mesmo, anjinho? — Virtude temeu. Jisung brilhou em vermelho, gargalhou assustadoramente como um monstro e o encarou, os olhos brilharam e sem entender, foi afastado, sentiu a friagem subir. — Acho então que essa meretriz deverá se curvar perante você, grande e digníssimo.

A voz era suave e doce, lenta e fez o Alfa encarar sério, sendo Jisung o primeiro a fazer ele expressar duas emoções em minutos, a ira e a confusão. A sobrancelha grosa juntou-se e ele esperou, para então sentir o corpo cair na escada do altar, o corpo pequeno caiu sobre o do pastor e Hwang o sentiu.

Frio e pequeno, a alça caída deixando  imagem de flores no pescoço perto de seus olhos, e as nádegas tocar as coxas. Han encarou o anjo, sorriu poderosa levando a mão até o queixo marcado, segurou e aproximou os lábios, antes mesmo de chegar perto, o anjo levantou-se deixando o corpo gélido cair no chão.

— Criatura condenável. — Rosnou pegando a blusa do chão, abaixou as asas e colocou os braços, fugiu como um passarinho medroso.

E Han permaneceu ali, no chão vendo as costas largas do inimigo, ele estava saindo da igreja e o deixou ali, no chão com a alça da blusa caída. 

— Tolo. — Murmurou sentindo pena.

Para então levantar-se, puxar a alça caída, pegar o chapéu no chão ajeitando os fios, escondeu seus chifres e respirou lentamente acalmando-se, novamente encarou a porta daquele lugar medíocre e gargalhou molhando os lábios. Encarou as almas ali e estalando os dedos, ouviu o som da moeda cair.

Parvos.

Pensou Jisung caminhando com elegância, o som dos saltos batendo no chão era como uma melodia macabra do inferno, colocou a bolsa embaixo dos braços e com um movimento de mãos, a porta abriu-se diante de sua glória. 

Saiu daquele lugar sem ao menos olhar o anjo ali no canto. Jisung se pôs a caminhar de volta para seu então apartamento na próxima esquina, e Hyunjin observou o movimento dos quadris, o nariz pequeno empinado e virou-se para o céu puxando os fios para trás. 

— Diabrete. — Enunciou negando com a cabeça de olhos fechados, aquele anjo demoníaco era diferente, mais forte do que os anjos falavam no céu, nunca ouviu falar de alguém que parava o tempo.

Muito menos que carregasse a sedução no olhar e o gelo nas mãos delicadas, que clamavam por beijos e adoração.

— Perdoa-me. — Julgou-se arregalando os olhos, e para livra-se de pensamentos sórdidos, andou até a primeira pessoa na sua frente. — Boa noite, irmão. Sabia que Deus te ama muito?

Longe, a deusa estava pronta para tirar seus saltos na porta de casa, mas como se sentisse a energia profunda, a porta de seu apartamento abriu,  Seungmin estava com as asas abertas e o braço aberto, o sangue preto escorria lentamente pingando, vendo aquilo, Han ergueu o tronco ainda com os saltos e aproximou-se. 

— O que foi isso, Seungmin? — Inquiriu lentamente, uma mão tocou o ombro e a outra a palma da mão virando para analisar aquilo.

— Eu não sei. Estava com Soyeon analisando, fechamos os olhos e ficamos assim. — A voz declarou alta, e Seungmin era calmo demais para deixar aquilo o abater, deveria doer e Jisung sentia a dor dos seus. 

— Ficamos? Quem? A Soyeon também? — Apesar de seu interior querer gritar para saber o que tinha acontecido, esperou por Trono. 

Seungmin balançou lentamente a cabeça e Han suspirou, segurou os ombros de seu soldado, e o levou até o quarto no final do corredor. Abriu a porta e o arrastou até a cama o deixando ali. Seungmin sentou-se segurando um grito na garganta, aquilo ardia como os céus. 

Jisung fechou os olhos. Ergueu as mãos até onde o líquido preto escorria e fechou forte ali, Kim arqueou as costas sentindo aquele contato violento, aos poucos, a dor foi passando, o braço voltou a ser o que era. 

— Descanse. — Ordenou caminhando para sair do quarto, Kim o obedeceu deitando na cama relembrando o que aconteceu e como Han tinha feito com aquilo, admirava seu rei. 

A rainha parou diante da enorme janela de vidro na sala, a lua estava em seu ponto alto e suspirou abrindo a janela. Subiu e fechou os olhos, impulsionou o corpo para frente e do vigésimo andar, seu corpo despencou, o vento frio o levando e o chão abriu-se novamente.  

Aquela emoção e liberdade era o mais próximo que podia chegar de quando tinha suas asas.

Elas eram fortes, o levava para onde quisesse, mas também eram quase transparentes, pareciam plumas brancas e delicadas, faziam um belo contraste com os fios escuros que tinha e os olhos roxos. Era as asas mais belas do reino. 

Agora só restava jogar-se do alto do prédio para descer no inferno, com as marcas do que um dia foram asas.

Tocou a barra de ferro segurando o corpo, rodeou as pernas e girou caindo em meio às construções pretas iluminadas por luzes vermelhas, a lua era laranja e os demônios enormes protegendo, impedindo qualquer briga ou algazarra.  

Seus saltos tocou o chão e os seus anjos gigantescos curvaram a cabeça perante a deusa, sorriu para eles. Caminhou lentamente e foi então que viu, as pessoas caídas com aquele líquido escorrendo. Apressou o passo para entrar no palácio encontrar Soyeon, arcanjo. 

— Se eu tivesse asas… — Lamentou, já tinha tentado dizer: Haja asas, mas não tinha adiantado. 

Tinha coisas que não voltavam, e geralmente são as mais importantes. 

Quando entrou, viu ela caída nos braços de Yuqi, uma querubim com metade do rosto coberta. Parou diante delas e viu a barriga coberta pelo líquido, e Yuqi com o pescoço escorrendo. Um frio subiu, a imponência o consumiu, não sabia o que tinha feito aquilo com eles e o porquê, era a terceira vez. 

— O que aconteceu? — Yuqi levou um susto erguendo os olhos, seu líder estava ali para eles.

— Não sabemos, isso não acontece sempre, mas dessa vez parece que foi mais forte, o reino todo desfaleceu. — Han suspirou vendo aquilo, quando aconteceu antes, apenas Jisung tinha adoecido, agora um reino inteiro?

Quando curou Seungmin, tinha doído. 

— Espere aqui. — Mandou caminhando até a sala do trono, pelo vidro podia enxergar perfeitamente o reino inteiro. 

O som dos passos era a única coisa que podia ser ouvida por todos, parou diante da imagem silenciosa, os anjos ao redor protegendo, os poucos Tronos cantando em shows, arcanjos treinando o exército sanguinário e os querubins trazendo almas e as recebendo.  

Suspirou e tocou o vidro lentamente, fechou os olhos deixando aquela dor o invadir, não entendia porque aquilo acontecia, como se algo grandioso acontecesse. A dor aguda era estranha, como um arrepio e excitação, como se toda vez que aquilo ocorria interferisse diretamente a si. 

Então, esperou.

Sentando em seu trono, o peito apertou e se lembrou daquele anjinho, ele tinha asas enormes e brilhantes, Jisung o invejou e se sentiu instigado. Ele parecia poderoso e poderia lhe dar algo, algo que humanos não conseguiam, parte de si sabia o porquê, eles eram superficiais, os toques vulgares e se preocupava consigo mesmo, nada importava além do próprio prazer.

Era rápido, passageiro, e para alguém infinito, o passageiro era agonizante.

Jamais viveria algo com alguém se fosse breve, supérfluo e mesquinho. 

"Pois nós nascemos ontem e não sabemos nada. Nossos dias na terra não passam de uma sombra. — Jó 8:9"

Ele era o dono de seu mundo solitário, que por milênios buscou o motivo pelo qual se aventurou, e infelizmente suas criaturas não viviam aquilo, aquilo que ele daria seu tudo para ter a chance, para não ter vivido na sombra do que almejava, e se para isso tivesse que dar suas forças, daria.

— Não é esse incompetente que vai me impedir. — Sussurrou novamente dando as costas para a janela.

Se Hyunjin não saísse do seu caminho, passaria por cima dele. E não era nenhum sacrifício ficar em cima dele como tinha feito. 

— Estúpido. 

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