I - A descida da Virtude.
A primeira vez que saiu do inferno, ele contemplou a beleza do oceano, o mar impiedoso que lutava para levar as pessoas a conhecerem seus segredos. Observava os grandes navios surgirem, eles reinavam sobre as águas.
Eram os mais valentes da face da terra.
Jisung, viu também pela primeira vez suas criaturas fazerem atrocidades em nome de Christopher, matando mulheres com a mesma cor de seus cabelos, os piratas que navegavam. Ele viu também os anjos defenderem aquelas criaturas cruéis, os achavam estúpidos e agora, usavam armaduras e túnicas.
Como se quisessem guerrear. Mesmo invadindo seu reino.
Após conhecer navios, e esbarrado em muitos, o grande dragão se cansou.
Retornou ao seu palácio e ordenou que seus demônios trabalhassem para si.
Passando milênios, ele retornou à superfície.
Dessa vez, a terra tinha mudado, não encontrava mais piratas e duquesas, mas sim estilistas, modelos e trabalhadores. A comida era vendida em lugares coloridos, e quando provou, gostou daquilo que saia da terra. Era novo naquele mundo, só conhecia o subsolo escuro e barulhento, com seus demônios vagando apresentados com as almas novas, festejando e bebendo vinho. Mas jamais tinha comido uma batata que era colocada no forno.
— Isso é divino. Como se chama? — Questionou lento, pausadamente para a senhora que vendia, a filha dela adolescente estava em uma mesa afastada para perguntar a ela.
— Para um estrangeiro, você fala bem meu idioma. — Jisung ergueu os lábios orgulhoso daquilo, humanos tolos e engraçados. — É batata frita, o prato preferido do meu estilista favorito
Ela acenou para um senhor já de idade, com os fios loiros e olhos redondos, que do lado dele tinha um outro de cabelos escuros com olhos finos que sumiam quando ria. Eles já eram velhinhos, mas a tinta de cabelo nova, assim como um anjo ali.
As asas médias e uma túnica branca, não tinha fios e seus olhos castanhos sérios.
Infelizmente, havia um porém entre a divisão do céu e o inferno. O que entrava não podia sair, e quando alguma alma estava para partir daquele plano alguém deveria buscar, e infelizmente, a senhora do inferno estava ali sentada sentindo a vida esvair de um deles.
Odiava quando precisava levar um casal, o amor estaria sendo morto.
— Senhor. O céu está o pedindo novamente. — Agora na rua, ouviu o anjo dizer, a voz suave e então, viu o senhor cair levando o parceiro. — O senhor moreno é quem Chan está pedindo.
Jisung viu então as almas saírem do corpo, mas ambos deram as mãos se olharam e Han temeu novamente ter que levar todos consigo. Igual o que aconteceu na primeira vez que saiu para a terra, teve que levar uma duquesa e o anjo, estranhamente, um pirata.
Mas o casal tão apaixonado, decidiu sacrificar a vida no paraíso, Christopher impiedoso, decidiu que deveriam levar o navio todo para o inferno.
E após séculos, o casal sumiu entre o vilarejo no submundo.
Dando vida então, aquilo que conheciam como almas destinadas, que seriam condenadas a procurarem umas às outras até a consumação do século.
— Pode levar os dois. — Abriu mão. Apesar de acolher as almas negadas, não deixaria novamente alguém que tem a chance de subir, descer.
— Christopher não aceita a alma dele. — Han franziu as sobrancelhas, ajustou o xale preto sobre os ombros e ergueu o rosto encarando os céus com desdém.
— Mande Christopher se foder. — Passou rente ao anjo, para então levar as almas consigo. — Ah, e se você, anjo, quiser um novo pai, me procure no inferno.
Continuou andando imponente na terra que reinava, e caminhando com o casal de mãos dadas se abraçando, ergueu o joelho e bateu no chão, a terra se abriu, viu do alto o palácio iluminado com as lâmpadas de fogo, os demônios andando apressados de terno, e a cidade ali, aparentemente teria show, mais um artista tinha chegado.
"E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias." Mateus 24:22.
Então, passaram-se anos, mas para aqueles seres que viviam desde o primórdio, o tempo era algo supérfluo e tão pequeno que cabia na palma da mão, mas que se deixasse, viveriam como os mortais. Ter um ciclo de vida, amar alguém e viver algo tão intenso que teria valido a pena existir, e tudo que Han queria, era ter seu sol, pois ele era a lua.
O tempo abreviou, a terra clamava por amor, a frieza no olhar de quem julgava se achando deuses, a falta de consideração e cada vez mais o inferno lotava, pois nem mesmo Christopher aceitava seus servos. O lugar estava tomado por iniquidade, seres maldosos que fazem do subsolo um pesadelo.
— Sinceramente, nem mesmo eu quero atormentá-los. — Seungmin, o Azazel da ira entrou nos aposentos do rei, a capa preta voando sobre as asas enormes, os ferros arrastavam o tecido causando buracos, a roupa fechada escondendo a pele pálida combinavam com os fios escuros.
— Sumam. — Sussurrou para aquelas criaturas tão podres, que ironicamente, nem os demônios queriam, e sumiram da face do abismo. — Seungmin, como está o andamento? Notei que estamos ficando cada vez mais cheios. — A voz suave e melódica, fez o magnífico Trono suspirar dando as costas, mesmo que Han não pudesse ver.
O deus do inferno estava olhando pelo vidro as almas andarem, mais especificamente aquele novo casal. Jisung girava o líquido na taça, seu sobretudo preto e a calça de couro o fazia sumir ali, exceto o cabelo vermelho sangue caindo nos olhos redondos e a pele bronzeada. Virou-se encarando as asas grandiosas de Seungmin, por um momento lembrando das grandes marcas nas costas e um desenho de rosas no pescoço.
Caminhou até o demônio da ira, e ele sabia que seu deus estava perto pelo som das botas com saltos. Jisung ergueu o canto dos lábios e levantou a cabeça esperando a resposta de seu servo.
— Pelo que Soyeon diz, o tempo está abreviando. O todo poderoso… — antes mesmo de terminar uma escuridão cegou, todo o inferno virou um nada.
— Quem fez tudo se apagar? — Sussurrou como uma cobra preparando para atacar, Trono engoliu a seco sentindo o toque suave nos ombros.
— A senhora. — Respondeu mudo, ninguém ousaria contra Han. E Seungmin, que conhecia muito bem, sabia que falar aquilo o acalmava.
— Ótimo. Então eu sou o todo poderoso. — Aos poucos, Seungmin conseguiu ver os sapatos sociais, a calça e o que tinha diante de si.
Houve luz novamente.
— Sim, minha senhora. — Jisung gargalhou, a risada aguda e escandalosa que o definia, tudo deveria se curvar perante si. Engolindo a seco, continuou: — Soyeon disse que o tempo abreviou por medo das almas que estavam descendo. — Sem ligar para o que ouvia, Han jogou-se em seu trono de ossos e cruzou as pernas, encostou as costas ali e bebeu de seu vinho.
— E o que ele, — Gesticulou com as mãos falando amargurado, sem qualquer temor que algum dia teve. — Pode fazer? Tirar o livre arbítrio? — Debochou deixando a peça de cristal na bandeja.
Christopher era previsível, começar a matar as pessoas para descerem? E ainda o temeu um dia, pensou Han tocando os lábios com as pontas dos dedos e rindo consigo mesmo.
Seungmin respirou fundo antes de dar a notícia, dizer que Christopher era louco o bastante para enfrentar Han com alguém a sua altura, aquele que nem mesmo os querubins deformados podia lidar, nem a legião de demônios podiam contra aquela pedra no caminho.
— Ele enviou um anjo para lidar com isso.
Falou rápido, em um fio de voz. Esperou trovão, gritos estéticos, até mesmo a escuridão de antes. Mas tudo que recebeu foi uma risada baixa, elegante e indiferente. Seungmin virou-se para ver a reação do rei, e tudo que encontrou foi ele negando com a cabeça com a sombra de um riso.
— E por que eu ficaria preocupado? Mande meus querubins resolverem, anjos são os mais fracos. — E Jisung sabia exatamente daquilo, anjos apenas guardavam as crianças, um peteleco dele e voariam para longe.
Até mesmo quando era um Serafim, poderia acabar com qualquer anjo.
— Han, — chamou agora se achando idiota, gastou a respiração antes quando devia ter feito agora. — é um anjo de Virtudes, e só existe um desses.
Jisung fechou o sorriso.
No outro milésimo, os lábios subiram e os dentes tortos apareceram, um riso surgiu, logo uma gargalhada. Han levantou-se do trono e andou até o carrinho perto da porta, pegou uma batata frita, que tinha aprendido com os mortais e saboreou.
— Não acredito que está rindo disso. Christopher simplesmente tirou do lado dele um Virtude e mandou para a terra. — Quando ouviu aquilo, encarou Seungmin, que parou cruzando os braços e franzindo as sobrancelhas. Voltou a gargalhar quase caindo com as mãos na barriga.
— Essa é a graça. Ele está tão ameaçado que tirou o maior cachorrinho dele para me enfrentar.
Por isso ele era o deus do orgulho. O mais solitário que procurava o amor que o levou a descer.
— Não vejo por esse lado, nenhum de nossos querubins conseguiu pará-lo. — Kim levou as mãos até os fios escuros os puxando, se continuasse assim, perderiam para ele.
Não ligavam das almas deixarem, o que irritava era saber que perderiam para Christopher, e jamais deixariam ele se sentir vitorioso.
— Incompetentes. — Esticando as costas, Jisung ouviu o som estalado e em seguida, encarou Seungmin, seu mais fiel ser. — Eu mesmo preciso resolver, nem parece que tratavam diretamente com ele. Covardes.
— Esse anjo está em uma cidade se disfarçando de pastor. — Aquela situação apenas melhorava, Christopher era tão criativo, pensou Han novamente gargalhando jogando a cabeça para trás.
Era só o que faltava, Christopher tremer de medo acelerando o tempo, mandar um anjo único apenas para fazer as pessoas decidirem ficar a eternidade esnobando e cantando como passarinhos desafinados, até porque Han Jisung era o maior, a voz mais suave e doce que já existiu. Christopher o abençoou com o dom da voz, apesar de não ser um Trono.
— Então só me resta salvar as almas tolas que se deixam enganar por palavras bonitas. — Com a inocência levada de seu espírito, a voz suave igualava como uma serpente. Lenta e hipnotizadora, Han negou com a cabeça e deu as costas para Seungmin.
Caminhou lentamente deixando ele ali, o som dos saltos chocando o chão diminuíram na frequência que os chifres sumiram da visão do demônio da ira, parado ali na sala do trono com as velas vermelhas iluminando o chão de cerâmica, Kim olhou para a janela com a visão dos montes, pousou as mãos da cintura e negou com a cabeça.
— Engraçado que quem diz palavras bonitas é ele. — Resmungou em seguida erguendo os lábios superiores em deboche.
— O que disse? — Sem temer, Seungmin deu um sorriso devasso saindo dos aposentos.
Muitas coisas impulsionam o homem a cair, desde simples escolhas até grandes decisões, como agredir um semelhante, vender o corpo em troca algo, mentir para alguém, desobedecer uma ordem. Tudo entrava em uma caixa, pois não existe pecado grande ou pequeno. Tudo termina nele, no mal.
Como se ele obrigasse as pessoas a errarem, afinal a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, ou do lado de quem não falava, não se defendia. Mas aquilo mudaria.
E com seus anjos das trevas tão grandes que tocavam as estrelas, Jisung saiu das profundezas escuras, viu o sol raiar fraco pela manhã e surgir em meio às montanhas, parado diante de uma construção grandiosa, virou-se para seu braço direito e apertando os lábios, admitiu:
— Seungmin, doce, lembre-me de quando levar a alma do arquiteto, ordenar para ele reformar o castelo. — Ajeitou o cachecol cobrindo a imagem das rosas, a blusa preta com mangas curtas e a calça jeans escura sempre o acompanhava, Jisung era aquela paleta.
— Quando a alma dele descer, deveríamos atormentar. Que construção ridícula. — Resmungou apontando para os anjos enormes, e como as bestas agressivas que eram, jogaram as malas pela janela.
No entanto, não tinham culpa de serem maiores que a construção e não poder entrar no elevador, mas isso não impediu de Han olhar sério as criaturas, se ainda tivesse as asas subiria o mais alto e gritaria diante dos rostos deles.
— Seus pacóvios! — Vociferou o deus, puxou todo o ar antes de ditar baixo. — Se quebrarem um dos saltos daquela loja humana metida, eu farei todos carregarem pedras para construir um novo vulcão. — Balançou a cabeça puxando os fios para trás, mesmo não conseguindo por causa dos chifres médios.
— Com certeza se acertarem e incendiar o prédio, não será um problema. — Sussurrou com a voz melódica Seungmin, que ajeitou os fios rosa atrás da orelha.
— Cala boca. Vamos entrar, que horas mesmo começa aquela reunião contra minha doce alma? — Seungmin segurou no fundo das habilidosas cordas vocais uma risada.
Jisung possuía um humor contraditório que Kim particularmente gostava, era o tipo de cumplicidade que nem mesmo o destino esperava.
Ah, o destino, guarde esse termo.
Ele estava acima de tudo, observando a terra girar sem cansar, flutuando entre o nada e o cósmico, onde nenhuma criatura tocou. E lá de cima, viu as almas descerem, seu paraíso tinha mais espaço que a terra e seus anjos ocupavam a terça parte de tudo, sem humanos para cantar e o adorar.
Decidido então, ordenou que seu mais alto servo descesse.
"A terra precisa da nossa ajuda, e eu confio em ti, a maior missão que poderia dar." Aquela sentença girava na cabeça de Hyunjin, o maior Virtude, o único da espécie e obediente a Christopher. Jamais o desobedeceria.
Então, em um cavalo branco, o peito nu e o cabelo ao vento, chegou em uma manhã de domingo. O sol estava fraco, e os sinos das catedrais tocavam alto pela cidade, os carros e os ônibus andando entre construções cinzas, e ali notou, por isso aquelas almas desciam.
Pelos céus, eles não aproveitavam as flores belas que via do céu?
Uma vez que seus olhos desceram, viu uma rua de flores, lotadas de cores e quis tocá-las, cheirar o perfume doce.
No entanto, quando finalmente desceu, não havia nada além do cinza.
Quando chegou no chão, o cavalo relinchou erguendo as patas e Hyunjin voo, as asas abriram-se gloriosas, brilhavam mais que o sol e eram enormes, maior que até mesmo que ele e abertas poderiam esconder o alfa. Pois Hyunjin, o anjo de Virtudes representava o alfa, o início de tudo, o renascer da salvação da humanidade.
Quando pousou no chão, encontrou Minho, um anjo da guarda encarregado de mostrá-lo o local onde trabalharia. Minho não era o anjo mais cativante.
— Coloque esse terno e esconda essas asas. — Nem mesmo um cumprimento, mas Hyunjin não expressou nada. Anjos eram diretos e inexpressivos, mesmo sendo irmãos.
Nenhum dos que restaram queriam expressar, não depois de ver um anjo cair e saber que existia aquela possibilidade.
Mas para Hwang, aquilo não significava nada, era assim pela sua forma de criação.
Quando ali mesmo, na porta da construção pequena tirou a roupa, Minho virou de costas para o anjo enquanto explicava tudo.
— Eu cuido de um bebê chamado Jackson, ele mora pelas redondezas, então é fácil me achar. O culto começa cedo e são realizados a cada dia.
Lee Know dava todas as instruções superficialmente, Hwang que estava puxando os fios curtos para trás encarou a porta de madeira ser aberta pelo anjo da guarda, as asas estavam começando a doer com a blusa apertada branca, e era desconfortável aquelas calças sociais com cinto, além de usar sapatos. Anjos não precisavam daquelas bobagens, mas por Christopher e pela humanidade ele se sacrificaria.
Quando finalmente se alojou ali, com seis peças de roupa, Minho voou embora. Hyunjin sentou-se na cadeira desconfortável e abaixou a cabeça diante do altar e pediu direção de Chan, para que lhe desse sabedoria.
E lhe deu, ou talvez, pois não sentiu nada e nem mesmo um sinal de que fora ouvido. Mas talvez fosse sua forma de pregar, aos poucos, a pequena construção encheu. O som alto das vozes clamando fazia Hyunjin brilhar, estava seguindo seu propósito.
Assim como naquela quarta-feira.
O dia da busca pela salvação, faltavam dez minutos para a reunião principal da noite começar, ele saiu da porta da igreja sem expressão após passar a tarde entregando panfletos.
E ali na frente, na primeira cadeira estava a perfeição. Os saltos de ponta fina vermelho, uma calça social preta com uma blusa de tecido fino caindo nos ombros nus e um colar brilhante com uma estrela no meio, apesar de abrir nos pés, o tecido contornava perfeitamente as coxas, e no alto da cabeça, um chapéu cobrindo o rosto.
Hyunjin virou as costas para a porta e a deixou aberta, caminhou lentamente no corredor do meio erguendo a palma da mão cumprimentando os fiéis, que já estavam acostumados com o fato do pastor não sorrir. Subindo o altar pelas escadas, pegou o microfone nas mãos e atrás do púlpito olhou a casa cheia, seu olhar parou na primeira fileira, não via nada além de um sorriso ardiloso, e por trás das plumas pretas, viu a ponta do nariz.
Jisung o olhou desde o momento que viu passando, ergueu os olhos deixando que o grande anjo visse as pupilas vermelhas, se Hyunjin respirasse, diria que o ar se esvaiu, e parecia que algo lhe chamava, e realmente estava quando desceu os olhos pelo pescoço bonito com flores marcando, os ombros nus e as mãos pequenas segurado uma bolsa vermelha.
O rei retribuiu erguendo a sobrancelha para o anjo, que simplesmente esqueceu que deveria começar a reunião.
— Boa noite, pastor. — Sussurrou dissimulado, sem sair quase nenhum som, mas Hyunjin leu os lábios em formato de coração pintados de vermelho.
— Boa noite, igreja. — Refutando o nada que havia acontecido, Hwang desceu novamente pelas escadas.
E fez a reunião ali, no meio do corredor, fazendo Jisung erguer a cabeça se sentindo poderosa. Não precisaria de muito, cruzou as pernas e permaneceu o momento todo ali, ouvindo a voz grave pregar sobre tentações.
E Hwang se sentiu inseguro, aquele humano tolo tinha uma energia diferente, o olhava profundamente ao ponto de parecer intimidante. Aquela alma parecia difícil, mas pelo senhor o faria voltar.
— O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade. — Quando ouviu aquela voz alta, Jisung juntou as sobrancelhas, o ódio consumiu todo o ser, virou a cabeça para trás e seu olhar chocou contra o do anjo, os braços eram esmagados pela blusa social.
— Provérbios 12:22. — Respondeu lentamente, e o olhar subiu, a testa estava molhada e os fios dourados grudados, Jisung sabia o que era promiscuidade, mas jamais tinha feito.
Não com um anjo.
E naquele momento, decidiu que teria aquele ser puro. Talvez fosse vaidade ou soberba decisão, mas o teria.
Porque se o criador enviou aquele presente, aproveitaria.
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