Capítulo 15 - ᘏ Ɓяαηcσ თ
Dafne ficou um pouco pensativa, e o nome bruxa Avalon veio em sua mente.
— Será que a criadora desse templo não seria a bruxa de Avalon? Indagou pensativa.
Apolo paralisou e a olhou nos olhos, desviando o olhar rapidamente.
— Quem te falou dela afinal?
— Devo ter ouvindo em algum lugar do reino do Ar. Só não me recordo onde foi?
— A bruxa Flor-de- Lis de Avalon foi a parceira e conselheira de Katryna Alucard a protetora dos mundos a 3 mil anos atrás.
— Tanto tempo assim...
— O templo de Sindria; o maior templo erguido para ritos de consagração dos cinco reinos, conhecida por sua torre adornada com um enorme cristal de quartzo rosa circular vindo direto do reino dos humanos. Dizem que foi um presente deles por Katryna ter os protegido contra uma possível aniquilação. Mas ninguém sabe se é verdade ou não!
— Gostaria de conhecer esse templo algum dia?
— Talvez eu te leve lá para a nossa consagração. As palavras do Decaído a deixaram vermelha e muito quente.
— Em Saluja a terceira ilha, tem Princess Dark; uma taverna criada para divertimentos, jogos e lutas. Tanto a taverna em si quanto a região ao redor ganha vida apenas quando a noite cai. É onde acontece a vida noturna desta pequena ilha.
— Que tipos de jogos são esses?
Ele sorriu de lado e não fez questão de lhe dizer mais nada. O que atiçou mais ainda a sua curiosidade de fêmea.
— Mas acredito que as fêmeas preferem a ilha Ria, Avenida Turmalina; famosa rua de compras de Ria, mais de 1km de extensão. Acompanha a linha dos vortex, portais e as embarcações. Se engana se acredita que é só em Sindria que tem comércio, em Ria se vende as armas e poções do reino das águas, terra e gelo. Com certeza sua soberana adoraria visitarmos. Disse com ironia.
— Realmente você é bem insuportável sabia?
— Eu me sinto bem nos Campos Elísios; o lugar mais mágico da cidade de Sindria, onde moram as bruxas sombrias, como as brancas, verdes e etc, magas e feiticeiras. Temos as sereias e as ninfas que fazem seus cantos e encantos no Ópera; construída por apreciação do dom da música. Tem no total 1100 assentos, feitos de cristais coloridos e se utiliza também da alta magia. Espetáculos renomados no reino da terra e das águas, todos se apresentam ali.
— Nunca imaginei que esses reinos teriam tanta cultura e fossem tão desenvolvidos assim. No reino dos ventos sempre nos disseram que todos não passavam de seres bárbaros. Que só almejavam a guerra.
Apolo apenas continuou contando sobre as ilhas em volta. E sempre fazendo círculos com as pontas dos dedos, mudando os quadros e as imagens diante dela.
— A matriarca decidiu até fazer um Museu; isso ela tirou do tempo dos humanos. Lá temos coleções permanente da história dos seres de cada reino. Várias exibições de uma variedade de temas relacionados à nossa lendas.
— Incrível...
— O observatório de Bridge; a torre data das Eras Ancestrais de quando os seres sobrenaturais era um só povo, sem separam ou ódio entre as raças. O observatório apenas abre quando a visibilidade do céu é boa. Logo abaixo está o mais alta taverna de Sindria que tem uma bela panorâmica da ilha e seus arredores. Isso tudo foi criado pela matriarca Etra inspirada pela DeusaTríplice. Por isso, a lua é a representação dela. Com suas diversas faces e cores.
— Nunca havia ouvido sobre essa deusa? Me conte mais...
— Sei pouco sobre ela, mas lhe direi o que a matriarca me explicou. Na lua nova/crescente, quando ela está normal no céu e sem nenhuma mudança, ela apenas reflete a luz solar - que é branca, mas formada por ondas de vários comprimentos, portanto, de várias cores. é a Donzela (representando a pureza e a busca pelo conhecimento). Normalmente a lua tem sua cor meio branca acinzentada, mas ela pode variar tendo outras cores como azul, vermelho ou laranja. Na lua cheia, é a (representando poder, proteção e carinho maternal). É quando ele aparece vermelha, Lua Sangrenta ou Lua de Sangue... é um período de grande poder. A "Lua Azul" é um fenômeno raro envolvendo o aparecimento de uma segunda lua cheia no dia das bruxas. A Lua Negra ocorre nos três últimos dias da Lua Minguante. Lua amarela ou laranja... Rosa é a lua dos desejos... Na lua minguante, é a Anciã (representando sabedoria, conhecimento e renovação).
— Por que não mora ou melhor não escolhe as outras ilhas para viver lá para sempre?
Apolo ficou quieto outra vez e parecia estar entretido pelo barulho das ninfas.
— Minha casa fica aqui, na ilha Marsias. Já lhe disso isso.
Dafne não fez nenhum comentário; que diferença poderia fazer se aquela criatura estranha escolhesse Marsias, Sindria, Saluja ou Ria, para morar?
Além do mais, aquele lugar distante e rude combinava muito bem com ele. Afinal, era a terra de seres selvagens e guerreiros, os tritões, um povo pagão e supersticioso que acreditavam nas lendas dos antigos deuses... A terra escura e sombria por onde a tal Deusa Tríplice costumava passear, cercado de fantasmas e bruxas que guiavam os outros seres desavisados para as montanhas e as torturavam. Era o lugar onde o sangue dos seres inocentes clamava por piedade na véspera de suas mortes. Sim, era o lugar ideal para um Decaído como Apolo de Orco que carregava em seu sangue ruim o ódio dos Alucard. Mas mesmo assim...
Dafne olhou outra vez para seu perfil, observando seus traços duros, mas nobres, seus maxilares firmes e proeminentes, suas feições aristocráticas de um soberano líder. Franziu a testa e desviou o olhar, pois não queria se deixar enganar por aquela mudança no comportamento dele. Ele era um inimigo, um selvagem primitivo cuja protetora não hesitaria em matá-la se a tivesse nas mãos.
— No que está pensando, minha fênix de fogo?
— Em você! Ela respondeu e olhou novamente para o Decaído, impelida por uma força à qual não conseguia resistir.
— Em mim? Ficou surpreso e um pouco desconfiado. — Devo me sentir honrado ou ter pena de mim?
— Não pensava nem bem, nem mal. E não me julgue sem saber o que se passa em minha mente.
— Pensava em quê, então?
— Que este lugar infernal combina muito com você. Ele deu uma gargalhada e seu rosto se transformou.
— Acha que mereço a salvação? Já lhe avisou que não sou um demônio, pois tais criaturas só existem no imaginário humano.
— Não acho que exista algum ser que não mereça a salvação.
— Isso não responde à minha pergunta. Seja mais direta e menos evasiva filha do fogo.
— Acho que você poderia ser diferente... mas que não deseja mudar.
Ficaram em silêncio e Dafne pensou ter ouvido um suspiro de seus lábios. Apolo ficou olhando para a outra margem do rio através dos cristais de obsidiana. As pequenas colinas estavam envoltas pelas sombras e tinham o aspecto de ondas do mar.
— Vamos voltar? Dafne disse, pois sentia-se perturbada pelo silêncio entre eles.
Ele se virou de repente e perguntou diretamente a segurando para que não se levantasse.
— Por que você não tem medo de mim, Dafne de Gosmel? Sua voz tinha um tom duro e áspero. — Seria lógico que estivesse aterrorizada. Mas age de outra maneira sempre!
— Já lhe disse isso antes. Não tenho medo de suas ações e nem de suas ameaças. Ela respondeu com calma. — O medo não é uma de minhas fraquezas. E disse também que não penso em um problema antes que ele exista realmente.
— Eu poderia mudar de ideia esta noite!
— Creio que sim, mas não acho que fará isso.
— Que confiança! Será que está esperando ser resgatada ainda por sua amiga feiticeira ou melhor a sua soberana chegarem a qualquer momento?
— Sinceramente espero que sim. Respondeu com franqueza. — Não pretendo permanecer muito tempo neste lugar selvagem. E muito menos sobre o seu poder. Falando nisso por que não desbloqueia a magia que está paralisando meus poderes do fogo?
— Acho que está claro que não gosta de minha terra natal. E para que entenda de uma vez, eu não estou bloqueado nenhum dos seus poderes. É você mesma que está fazendo isso. Que tal descobrir o porquê disso? Ele a puxou para mais perto do seu corpo o que fez ela perder o fôlego por alguns instantes.
— Não gosto? E não acredito em você Decaído. Ela repetiu, surpresa pelo fato dele ter lhe dito uma coisa dessas. — Eu a odeio na verdade!
— Assim como odeia a mim?
— Exato, assim como o odeio.
— Pois saiba que eu e minhas terras somos assim por causa de sua maldita maldição fênix de fogo.
Para seu espanto, ele não pareceu ter se incomodado com a resposta. Esperava que fosse ficar furioso e apertar os lábios com raiva, antes de lhe responder com alguma grosseria. Ao invés disso, Apolo ficou quieto e pensativo, franzindo as sobrancelhas a afastando dele. Por um momento, Dafne imaginou ter sentido pena dele...
Pena? Dessa criatura? Ele merecia desaparecer dos cinco reinos, e não pena! Mas por que ele a havia acusado de lhe lançar uma maldição.
Essa criatura só poderia estar ficando louca!
— Quero voltar para torre agora! Ela disse. — Estou cansada.
O tom de voz da fêmea era um pouco áspero e Apolo perguntou, preocupado.
— Há algo de errado?
— Que pergunta mais sem cabimento! Está tudo errado!
— Você está irritada e de mau humor; acho que nunca a havia visto assim. Andou tendo sonhos ou pesadelos ruins!
— Quero voltar para a torre! Elevou a voz irritada.
— Muito bem. Levantou-se e ofereceu sua mão para ajudá-la, mas ela ignorou seu gesto. — Fêmeas depois reclamam que somos sem educação! Pegue em minha mão!
— Muito obrigada, mas não creio que precise de sua ajuda!
Mal tinha acabado de falar, Apolo pegou fortemente em seu braço, torcendo seu pulso com raiva.
— Não ouse me tratar assim! Você me deve obediência e nunca, nunca se esqueça disso! Estou me cansado de suas pirraças!
Dafne olhou no fundo de seus olhos negros; apesar da dor que sentia no braço e, mesmo estando pálida por causa do susto, não demonstrava medo. Não disse nada e continuou olhando para ele, intrigada com o brilho de seu olhar; era intenso e profundo, simplesmente devorador.
De repente, ele passou o outro braço ao redor de sua cintura e a trouxe para junto de si; Dafne fechou os olhos e sentiu quando Apolo pegou em seu rosto, obrigando-a a ficar de frente para ele.
Então curvou-se e beijou seus lábios com a mesma ferocidade de seus antepassados; ela tentou se soltar de seus braços, mas desistiu. Sabia que seria inútil tentar resistir ao calor de seu beijo que a queimava por dentro e por fora.
— E, de agora em diante, talvez me obedeça quando eu lhe der uma ordem! Disse ameaçadoramente sussurrando sobre os lábios delas dando pequenas mordidas e beijos.
Seus lábios ainda estavam próximos aos de Dafne. Ela podia sentir sua respiração quente e ofegante e ver o fogo da paixão em seus olhos... Imaginou se seu controle duraria além daquela noite.
— Já que abomina tanto o fato de eu tocá-la, iremos de mãos dadas até minha casa! E nem tente negar ou vou castigá-la de outras maneiras.
Muito tempo depois, ela estava caminhando pelo quarto como um animal enjaulado. Desconfiava que ele ia entrar esta noite s sentia-se desesperada com a ideia. Se ao menos pudesse fugir pela janela! Seus pensamentos se interromperam e Dafne ficou parada, imóvel; Apolo estava subindo as escadas...
Colocou a mão no peito para tentar evitar a palpitação de seu coração; por quanto tempo ainda teria nervos para aguentar essa situação? Não seria possível continuar vivendo dessa maneira. Por que ninguém não chegava para resgatá-la?
Tinha certeza de que Karina já tinha tomado todas as providências necessárias para encontrá-la. A amiga feiticeira com certeza já estava no reino do Ar, o Decaído lhe dera sua palavra.
Ouviu quando ele parou do lado de fora da porta e girou a chave na fechadura; a porta se abriu e Dafne, branca como cera, encostou-se na parede e esperou que ele entrasse.
Mas Apolo parou na entrada do quarto; tinha uma expressão estranha no rosto. Olhava para ela; Dafne sabia que ele já havia percebido que seu coração saltava aos pulos e que ela estava completamente desesperada. Mesmo assim, continuava apertando a mão contra o peito, e foi com surpresa que viu a expressão do Decaído mudar totalmente.
— Boa noite, minha Lua de fogo. Ele disse, gentil. — Durma bem. E sonhe comigo novamente.
E, sem ao menos esperar por uma resposta, saiu do quarto.
Dafne ouviu o barulho da chave na fechadura outra vez; pouco depois podia escutar seus passos, descendo as escadas. Ele não estava indo para o seus aposentos para onde estaria indo afinal?
Com muitas coisas em mente e seus sentimentos bagunçados Dafne adormeceu depois de horas rolando de um lado para o outro em seu leito.
Não era possível que seu corpo clamava pelo dele.
Seria a maior loucura de sua existência!
Fechou os olhos e sentiu seu corpo estranho de novo...
Havia uma sombra que a perseguia, a cercava em todos os momentos e instantes, a encurralando de diversas formas tanto durante o dia como a noite, em seus sonhos e pesadelos... É algo tão intenso, incontrolável como a própria personificação da fúria que nascia em seu coração... Fria como as mais baixas temperaturas abaixo de zero das terras desconhecidas... É indomável, incontrolável e quando menos se espera, ela parte para o ataque, a deixando completamente paralisada.
Após ouvir uma voz macabra dizendo um estranho idioma, ela se deparou em um lugar escuro, onde não conseguia ver nem mesmo sua mão a sua frente, tudo silencioso e estranho até que apareceu um grande feixe de luz em tom de azul claro, quase a cegando, fazendo seus olhos arderem e lacrimejarem.
— Siga sempre em frente pequena alma atormentada. Ouviu a voz lhe dizendo friamente.
Quando seus olhos se acostumam com a claridade, percebeu que luz se mostra uma silhueta masculina, quando tentou se aproximar para ver melhor ou falar algo, logo outro clarão surgiu e dessa vez o feixe de luz era de uma cor arroxeada, a mesma também revelava a silhueta do mesmo homem, e sem dar tempo de que ela possa fazer algo uma voz forte ecoa em todo o local.
— Faça a sua escolha outra vez! Disse a voz. — Presente ou Futuro?
Após isso, Dafne perdi o fôlego, como se alguém tentasse sufocá-la. Mesmo sem ar ela tenta se aproximar mais dos dois seres para tentar pedir ajuda, sua voz parecia ter sumido, e quando ela finalmente consegue chegar perto dos dois, um buraco se abre sobre os seus pés e de repente....
Em um pulo acaba parando sentada na sua cama, sentindo o suar frio por todo o seu corpo, e fica se perguntar, que tipo de sonho foi esse? Ou seria um pesadelo na verdade?
Seu relógio simplesmente é iluminado pela luz da lua rosa demonstrado o horário, que marca exatamente 00:00. Então é isso – Pensa ela – Feliz ano novo para mim, ou devo dizer feliz aniversário?
Ela deve estar ansiosa pela data que tanto desejou.
Bem, você deve estar se perguntando quem sou eu não é?! Desço da cama e paro diante de um enorme espelho negro. Sou uma fada comum no mundo sobrenatural que ansiava por se tornar membro do conselho de fadas e começar a fazer suas missões no mundo humano.
Meu nome é Alis, e não eu não sou uma humana, sou uma fada dos desejos e sim, é meu nome é diferente, mas enfim, os deuses assim me consagraram, ai no fim das contas são eles que sempre escolhem nossos nomes e destinos mesmo, e eles jamais vão abrir mão disso.
De certo modo até gosto do meu nome. E hoje é dia Beltain da Era da Primavera, ou seja, meu aniversário. Quando mais nova eu até gostava mais de aniversário, mas dos 150 anos pra cá só serviu para eu entrar em crise existencial e acabar fazendo uma grande besteira uma atrás da outra e não vou negar que por muitas vezes eu me divertir quebrando as regras.
A propósito faço 180 anos hoje e sinceramente, mesmo com esse sonho estranho creio que esse dia não tem como dar errado, meu ânimo para a minha consagração está consideravelmente elevado, hoje é um dia especial então eu e meus amigos poderemos curtir muito, sendo assim não tenho do que reclamar.
Sobre as minhas medidas, vejamos, tenho 2,69 mas não me considero uma fada de classe superior, pois elas podem variar de 2 a 12 metros de altura, a maior fada que existiu tinha 13 metros de altura e era considerada uma deusa. A nossa deusa na verdade...
E porque só vivo com fadas grandes, sou magra e isso me define de várias maneiras, não tenho nada no corpo que seja exagerado como perna ou bunda grande, no entanto é tudo bem harmônico, tenho olhos com heterocromia devido uma tentativa falha de fazer uma invocação em uma lua rosa que causou esse tipo raro de reação em mim sendo assim tenho um olho mel e o outro azul esverdeado, o que me dá certo charme. E sobre nada exagerado sobre mim, tem uma coisa só, meu cabelo, sempre amei cabelos desde que surgi, o meu então sem se fala. Ele está em um tom de ruivo laranjinha mais puxado para o natural das folhas quando entram no outono/inverno, refletindo um brilho claro porque não fui agraciada pelo dom de nascer ruiva como as demais do meu clã, mas com certeza e a cor que mais me destacou. No fim eu sou apenas uma fada comum com olhos de cor diferente e um cabelo diferente das demais que chama atenção.
3117 Palavras
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro