Capítulo 11 - ᘏ AмαяєƖσ თ - Segunda Fase
Apolo olhou em volta e percebeu outros seres caídos em volta. Por essa ele não esperava, diante deles haviam um portal aberto e do outro lado um espaço totalmente confuso.
O portal vibrava de maneira estranha e descontrolada, seu interior pulsava vigorosamente. De repente ele mudou de cor e começou a puxar tudo a sua volta para dentro do mesmo.
— Maldição, isso não me parece ser nada bom. Disse ele caminhando me direção ao portal. A força do mesmo estava apenas aumentando gradualmente.
Nisso uma mão feminina surge e o para, o tocando com força descomunal em seu peito.
— Não tente fechá-lo sem estar pronto. A mulher de longos cabelos avermelhados lhe disse e avançou contra o portal inesperadamente. De suas mãos haviam duas espadas Nefilins.
Cortou o vento e impediu os demais de serem sugados de volta ao portal, além disso, continuou vibrando suas armas fazendo um som celeste característico de vozes. Nisso ela continuou cortando a magia com suas armas até que não houve nenhum vestígio dele.
— Katryna?... Ariadne disse observando a vampira guardar suas espadas e abaixar seu capuz negro.
— Eu só poderia agir quando o equilíbrio da falsa rainha do Ar estive no ápice. Mil perdões por não ter conseguido libertar você e seu consorte antes. Mas sua irmã sabe que não posso me interferir neste mundo como eu gostaria.
— Então é verdade? Minha irmã me aprisionou em outro mundo e assumiu o meu lugar?
— Não sei por que o espanto? Você como um dos maiores oráculos dos cinco reinos sabia dessa possibilidade e não agiu a tempo.
— A sua solução na época seria exterminar ela e todos que a seguiam. Jamais poderia fazer isso com minha irmã. Explicou Ariadne irritada.
— Pois era isso mesmo que deveria ter feito. Teria poupado a diversos seres de um sofrimento futuro. E eu não teria que estar quebrando as malditas regras de novo. Sabe que Eras atrás quando fiz isso, perdi mais do que desejava.
— Então a culpa agora é toda minha por não agir como queria?
Katryna cruzou os braços e ajeitou seu capaz, cobrindo todo o seu rosto. Dando de costas e caminhando para a parte mais escura da floresta.
— Não é a mim que deve uma explicação ou desculpas, mas a todos que morreram neste reino por seu excesso de bondade. E a ele principalmente Soberana Ariadne.
Suas últimas palavras deixaram todos em silêncio. Airy não estava entendendo nada e preferiu permanecer quieto e em silêncio. Assim como surgiu Katryna, ela desapareceu outra vez.
Dafne e Veldra haviam mudado a rota sem que Apolo soubesse. Dias antes Veldra contou a fada do fogo sobre a caverna dos deuses e as duas resolveram que iriam até lá. Juntas descobririam o que aconteceriam e se fortaleceriam para a batalha final. Elas corriam para o norte da floresta, assim que acordaram do descanso, se apressaram a repor as energias que precisariam para chegar à caverna dos deuses ocultos ou como era conhecida através das lendas do reino a Gruta de Cristais.
Queriam canalizar toda energia que pudessem para saber mais detalhes sobre os próximos dias. Enquanto moviam-se com rapidez por entre a floresta, os pensamentos voltavam ao passado. Dafne dividia os pensamentos com Veldra, isso lhes poupava tempo. Pensava na última vez que viu os olhos de Apolo, que juntos eles tiveram de abdicar de seus sonhos e desejos, em como conheceu a verdade sobre tudo o que os envolvia.
Em como se apaixonou na mesma hora em que colocou os olhos naquele estranho ser. Não teria como salvá-lo do poder maléfico da rainha Ariadne, eles eram uma ameaça, e ela sabia bem como as forças da rainha do ar ali existentes lidavam com ameaças.
No momento em que esteve com ele a primeira vez, nem foi preciso magia para saber que tudo aquilo já estava predito pra acontecer. Ela sentiu que Apolo algum dia viria para confrontar a rainha do Ar.
Sentiu que o maior sentimento que poderia sentir não era aquele pelo Decaído de olhos enegrecidos que conhecera, mas sim pelo futuro regente que agora ela carregaria consigo por toda a sua existência.
Em meio a todos esses pensamentos, ambas se preocuparam, se até mesmo essas chegadas inesperadas de tempos em tempos não eram controladas pela loucura da rainha, afinal, acontecera o mesmo no tempo de sua mães, acontecera o mesmo com Veldra, e agora mais magia obscura estava se espalhando por todos os lugares, seria por isso tanta animação de sua parte?
Esse seria o final de tudo? A última batalha?
Seria sua vez de dar descendência à linhagem do clã dos Alucard? Por que então ela não teria se interessado por nenhum macho durante a sua existência?
Por que a rainha do Ar buscava por encontrar com Apolo e selaria seus destinos com a desculpa de que ele seria uma ameaça? Dafne trocava olhares com Veldra sem nada a dizer. Apenas assentia como quem entendia perfeitamente o raciocínio. Tudo isso não era compartilhado com Apolo, isso estava só entre as duas. Há alguns benefícios de tantos anos praticando magia.
Dafne depois de despertar e assim que recuperou as suas memórias do passado teve a certeza dos reais planos da rainha. Ela ainda precisava do Apolo vivo, o envio de fadas de todos os reinos foi um teste, todas foram modificadas com Magia sombria. O desejo dela era produzir uma grande quantidade de frutos sagrados, mas todos sobre o seu controle. Seres tão poderosos que poderiam invadir e tomar o controle dos outros reinos. Último reino a ser conquistado seria o dos homens, por isso, a protetora havia retornado - Katryna - A Imortal, estava de volta. A rainha só não contava com isso.
Seguindo as instruções da vampira lendária as duas corriam contra o tempo nesse exato momento.
Por que Apolo tinha que ser tão teimoso? Pensou Dafne impulsionando o seu corpo no limite.
— Por que ele é um macho! Afirmou Veldra aumentando a sua velocidade também.
Dafne bufou e concordou levemente com sua cabeça. Ambas mantiveram o silêncio por causa da magia do vento que podia avisar a rainha aonde elas estavam.
Por todas as dúvidas e questionamentos que tinham, duvidar dos propósitos dos deuses e da protetora dos mundos não estava na lista. Queriam mesmo era saber o que os valentes soldados do Fogo e do Ar queriam, o que vieram buscar, se voltariam ou se as forças da Natureza ou mesmo de Katryna os tomaria para si como da última vez que houve conflitos entre os seres sobrenaturais.
O incrível diante delas surgia a cada passo, diversos corpos caídos e pendurados pelas árvores, o caminho havia sido limpo pela vampira de cabelos de fogo. Katryna tinha dizimado um grupo inteiro da guarda real, mais de cem fadas fortemente armadas.
Chegando à gruta deram as mãos antes de cruzarem a passagem que as levariam para dentro. Com as mãos dadas imaginaram uma luz em cima de suas cabeças, essa luz ia descendo e limpando toda energia que não fosse pura de seus corpos, quando a luz ao chão chegou, passando por seus pés, estavam limpas e puras o bastante para não contaminar o interior da gruta com energias impuras do exterior.
Katryna havia lhes contado que essa gruta fazia parte da herança dos Nefilins e não dos deuses como todos imaginavam. Ali dentro era levado os de sangue nefilin para receber suas bênçãos, seu destino final dado pelos oráculos celestiais. Ela também nos revelou que o sangue Alucard e Nefelin corria nas veias de várias criaturas dentro dos cinco reinos.
Esse era o segredo dos clãs, eles haviam espalhados sua semente aos cinco cantos do reino. Ariadne ou qualquer outro soberano jamais conseguiria apagar a existência deles. A não ser que se autodestruíssem também. Era isso que a vila dos Alucard faziam em secreto a milhares de Eras.
O interior era sagrado e não poderia conter nenhuma energia, nenhum pensamento que não fosse o mais iluminado e puro. Os cristais demoraram anos para limparem o lugar, purificando o ambiente com magia superior. Estar em seu interior era como ter deixado o corpo do lado de fora e ter entrado apenas em forma de espírito. Era de uma leveza quase flutuante. Era perfeito. Haviam cristais de várias formas e tamanhos, de inúmeras cores claras.
Seus brilhos poderiam queimar os olhos de seres mortais, Amortais ou mesmo até imortais caso eles não fossem puros de coração.
A gruta era úmida com gotas de água que pingavam do teto por alguns cristais presos ao teto. Em um dos cantos havia um pequeno lago, tão azul quanto se tivesse sido pintado à mão. Veldra e Dafne sentaram-se em posição de lótus e entregaram-se à meditação, ali, em frente às águas claras. Os cristais começaram a refletir diversos tons e uma voz soou pela gruta. Sentiram uma brisa suave e perfumada de rosas, pareciam que seres alados dançavam em volta das duas.
— Abram os olhos. E assim fizeram ambas.
A água começou a transmitir perfeitas imagens, fadas, ninfas, tritões, homens, sim, homens tomando erguendo suas espadas num riacho tão bonito quanto o que costumavam banhar-se quando eram jovens, mas com certeza não seria esse. Homens e seres sobrenaturais juntos montando tendas, alguns procurando algo para ascender fogueira. Uma sucessão de acontecimentos mostrou-se a elas. Tanto coisas boas, quanto coisas ruins. Agora já sabiam o que esperar do futuro. Os seres se uniriam mas par travar uma guerra sem precedentes.
Pediram orientação de como proceder em meio a tudo isso e a resposta foi rápida.
— A história já está escrita, não há de se fazer nada. Disse a voz. — A não ser que aquele que nasceu da escuridão volte as origens. Que ele volte a provar o sangue de quem ama e odeia.
As duas mulheres saíram da gruta e foram em direção onde estavam Apolo e Alec.
Enquanto isso...
Em algum lugar, muito distante, ouvia-se uma gargalhada histérica, não dava para saber se estava se divertindo ou com extrema raiva por causa dos últimos acontecimentos.
Ah! Ah! Ah! Ah!"
Que vinha de um castelo enorme e antigo, bem no meio de uma floresta totalmente sombria e assustadora, que parecia ficar em uma outra dimensão. Um dos diversos refúgios usados pela rainha do Ar.
— Adoro assistir e controlar esses deliciosos mortais.
Falou a fada do Ar atenta ao que conseguia ver através do seu espelho negro.
Ela não era uma fada feia e decrépita nem tão pouco como as bruxas das histórias infantis. Muito pelo contrário, ela e suas filhas tinham uma aparência bem jovial, e eram extremamente lindas. Afinal de contas, elas eram fadas adeptas da magia sombria e podiam ter a aparência que quisessem.
— Está brincando com eles de novo, mamãe?
Perguntou Ellie, uma das filhas de Morgan, seu nome verdadeiro a muitas Eras jamais pronunciado. Quando usurpou o trono e o reino de sua irmã gêmea, Morgan que também pode ser considerada uma bruxa muito poderosa, e igualmente bonita e sexy.
— Deixa a mamãe se divertir um pouco com esses seres inferiores, Ellie! Vamos continuar preparando a nossa tão sonhada vitória.
Convidou suas irmãs, Morgan, enquanto tentava descobrir o que nem seus conselheiros haviam conseguido.
Quem havia cruzado o portal que surgiu no meio de seu reinado?
— Todas se negaram a vir. Elas não querem se envolver em suas batalhas.
— Malditas ingratas, eu deveria ter afogado cada uma delas no foço quando tive chance.
— Sabe muito bem que todas estão do lado dos outros reinos e pelo que eu fiquei sabendo elas fizeram um acordo com o Decaído. Explicou Ellie sorrindo satisfeita.
Agora sim ela seria reconhecida como a única herdeira da rainha do Ar. As outras logo seriam banidas definitivamente ou melhor executadas por alta traição a soberana do Ar.
— Sabe muito bem o que deve fazer agora, não é Mamãe?
— CALADA, EU ENTENDI MUITO BEM. Grita a rainha irritada. — Eu nunca estou errada! Sou eu que tomo todas as decisões. A minha palavra é absoluta! Por certo tudo o que digo é a única verdade! Nada ou ninguém deve me contrariar. E todos aqueles que tentarem, merecem apenas uma coisa: A MORTE!
Sorriu mas uma vez em triunfo Ellie e fez uma leve reverência a sua mãe.
— Agora vá Ellie e traga a nossa presa. Mas tenha isso em mente, se você falhar terá o mesmo fim dos meus inimigos! Disse Ariadne entregando um colar a sua filha. — Use isso para que o Decaído veja o que os olhos dele desejam!
Ambas sorriram e se despediram...
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