65. sixty five
Olhei para os quatro garotos do outro lado da mesa e respirei fundo, digitando no notebook a cena de mais cedo cliquei na tela e ampliei deixando visível para eles.
——— temos um problema – cruzei os braços e me levantei enquanto os quatro continuaram sentados ——— isso, não fui eu e acho que é bem obvio, enquanto eu almoçava pedi para que Plutão procurasse mais sobre ele
——— e o que temos? – Harry se esticou na cadeira, cruzando os braços
——— ele é conhecido como Kraven, um caçador da África e que em certo momento decidiu que caçar animais com armas era totalmente tediante e começou a caçar com as próprias mãos – comecei e Peter me olhou horrorizado ——— a roupa de leão que ele está vestido é da pele de um rei da selva que ele matou, o problema aqui é que ele queria o Peter e viu o homem aranha ali como uma oportunidade, sendo assim você e a tia May precisão de mais segurança – olhei para o menino
——— e o que pretende fazer? – Parker perguntou
——— acabar com ele – disse como se fosse óbvio ——— é só um, acho que dou conta
——— não – Peter murmurou e eu o olhei denovo ——— não vai se meter em encrenca por minha causa, eu te coloquei nessa
——— Peter, com todo respeito mas não estou pedindo sua permissão, se você está ameaçado eu também estou. – suspirei ——— eu não vou deixar de ser a atena porquê fiz uma coletiva de imprensa, eles vão distorcer todas minhas falas para que no final eu ainda pareça a vilã.
——— mas ele tá certo, você não tem que se arriscar se esse tal de Kraven está atrás do Peter – Benjamin se pronunciou pela primeira vez e me olhou ——— você não tem que se arriscar por ninguém
——— posso só deixar registrado o quão feliz eu estou em poder entrar no seu escritório? – Harry disse ——— me sinto até mais leve
——— você não pode entrar? – Parker perguntou para ele
——— não, ele derrubou água no meu box de Harry Potter. – expliquei
——— podemos ficar esse dia sem pensar em derrotar vilões? Você já foi para uma coletiva, sei o quanto odeia isso. – Harry me olhou ——— anda, vamos sair daqui
——— mas... – o menino se levantou da cadeira e foi até atrás de mim, me empurrando
——— anda, passei no correio e peguei seus presentes, tem um do seu tamanho. – ele disse ——— vocês três também, se eu não posso ficar aqui vocês também não podem.
Bufei e comecei a andar em direção a sala, subi as escadas e olhei confusa para o urso enorme parado ali.
——— não me pergunte como eu coloquei isso dentro do carro, eu só coloquei. – Harry cruzou os braços e se encostou na parede
——— ele é do meu tamanho – disse, parando ao lado do urso sentado, na sua mão havia um buquê com as flores um pouco murchas ——— tadinhas, acho que faz muito tempo que estão lá
——— que lindo querida – ouvi a voz de May e me virei ——— tem cartão?
——— não sei – me aproximei do buquê e encontrei um pequeno papel entre as campânulas azuis ——— "azul como os seus olhos, que são como o oceano... é impossível não se afogar neles. É como se quiséssemos a mesma estrela, um efeito borboleta no meu coração. Espero ser a última coisa que você observe no fim do dia, para sempre nós, loirinha."
——— tem remetente? – Parker perguntou e eu neguei, levantando o olhar
——— de qualquer forma, eu amei. – sorri e andei até as mãos do urso de pelúcia enorme que estavam fechadas, quando a abri uma caixinha caiu de lá ——— gente, muitos presentes
——— abre – May disse e eu a olhei, segurando o riso ——— desculpa, estou curiosa
——— certo, pode segurar pra mim? – entreguei o buquê para ela que pegou, me abaixei pegando a caixinha, veneza? Estranhei assim que vi a logo ——— um anel, que lindo – sorri e o tirei de lá, colocando no dedo anelar direito
——— caraca, que lindo. – Harry se aproximou e puxou minha mão com força ——— tem bom gosto pelo menos
——— o seu filho de uma senhora, me puxa denovo que eu te soco – me levantei e puxei minha mão de volta, o garoto me olhou e revirou os olhos ——— com licença que agora vou levar meu urso gigante para meu quarto
——— consegue sozinha? – Ben me olhou
——— é óbvio que eu consigo – me abaixei para pegar o urso enorme ——— ta, não consigo
O menino riu e veio até mim, peguei em uma parte e ele em outra, fomos até o elevador e eu coloquei a pelúcia ali.
——— agora temos que subir as escadas, jura? – olhei para o menino e ri
——— eu não tenho culpa que ele ocupou todo elevador – me virei e fui até a escada, sendo seguida por ele
Assim que subimos, eu esperei a porta do elevador abrir para tirar o urso de lá, o colocamos no meu quarto e eu suspirei, tirando o anel
——— Ben, pega essa caixa aqui para mim. – andei até o closet e apontei para a prateleira de cima
——— criança. – ouvi ele murmurar e dei uma cotevelada fraca em sua barriga ——— to brincando, toma
——— obrigada – sorri e abri guardando o anel lá, junto da pulseira vermelha e fotos minhas e do Peter
——— como sabe que foi ele? – fechei a caixa e entreguei para ele, que colocou no mesmo lugar que pegou
——— um verso de uma música, loirinha e a caixa do anel estava escrito veneza. – forcei um sorriso e sai do closet ——— só ele e o Harry me chamam de loirinha
——— idiota foi ele que te deixou escapar – o menino passou a mão no meu rosto
——— e você vai me pegar quando?
——— Maya, você me deixa sem palavras – ri quando percebi o garoto ficar vermelho e passar a mão na nuca
——— relaxa, Benzinho. – dei um beijo em sua bochecha e sai do quarto
Havia anoitecido já, e mais uma vez eu estava sem sono.
——— diz o que a fulaninha tem que você não tem em dobro? O que poderia seu sorriso superar – cantei, mudando a voz conforme mudava o personagem e mexi nas batatas
——— amo os shows particulares – me virei, vendo Benjamin ali ——— o que você ta fazendo?
——— que susto, to fritando batata e daqui a pouco vou fazer milkshake – respondi e voltei minha atenção para a panela
——— e ouvindo músicas da Disney? Quantos anos você tem mesmo – me virei para ele, cruzando meus braços e pausando o filme que passava na TV ——— e desde quando tem uma televisão aqui?
——— estou assistindo a noiva cadáver, tenho 20 anos e a TV fica escondida na parede. – fui até a geladeira, pegando o leite e abri o freezer tirando o sorvete de lá ——— perdeu o sono?
——— não, desci pra dormir no sofá quis dar privacidade para os noivinhos. – assenti e apontei para o liquidificador dentro do armário, ele se virou e pegou para mim ——— já pensou em fazer móveis planejados para anões?
——— to começando achar que você queria ter a minha altura, sabe? – peguei o eletrodoméstico e coloquei em uma tomada, colocando um pouco de leite e sorvete de creme ali
——— sim, meu sonho não chegar nem aos 1,55 de altura. – mostrei a língua para o garoto ——— ih, quem mostra língua pede beijo
——— o que adianta pedir se você não dá? – liguei o liquidificador e me virei para o fogão, tirando a batata da panela e colocando no prato que já estava com papel toalha
Me assustei quando virei e o garoto estava na minha frente, senti sua mão na minha nuca e a outra na minha cintura, fechei os olhos sentindo seus lábios no meu e passei um braço ao redor do seu pescoço enquanto com o outro eu puxei a sua blusa, juntando mais nossos corpos.
Senti sua mão apertando minha cintura e parei o beijo com selinhos, dando um sorriso.
——— finalmente – disse e ele riu
——— em minha defesa, era impossível saber se você queria mesmo. – Ben deu um passo para trás, se encostando no balcão
——— tava quase escrevendo na minha testa, Benjamin. – desliguei o liquidificador e peguei meu copo ——— vai querer?
——— não, obrigada. – coloquei sal na batata e dei play no filme denovo, puxei um banco e me sentei, colocando o milkshake no copo e comendo os dois junto
O menino se sentou ao meu lado e começou a prestar atenção no filme.
——— então ela se apaixona por um cara, mas no final não fica com ele porque ele gosta de outra? – ele perguntou assim que o filme acabou
——— ele também gostava dela, mas não tinha como eles ficarem juntos. – expliquei e tomei o ultimo gole do milkshake
——— achei muito profundo o "eu te amo, Vitor, mas você não é meu" – ele fez um tom dramático com a voz e eu ri
——— tem um colchão no meu quarto, mais confortável que o sofá. – coloquei a louça suja dentro da pia e apertei o botão para a TV subir
——— você quer abusar do meu corpinho que eu sei – soltei um riso baixo e neguei com a cabeça ——— fica tranquila, eu durmo no sofá sem problemas
——— então tabom, depois não vem dizer que sou uma anfitriã ruim. Boa noite, Ben
——— Boa noite, Maya. – dei um beijo na bochecha do menino e voltei para o meu quarto.
oi bebês, ces tão bem? Espero que sim
o tão esperado por alguns saiu 🙏🏻
o que ces acharam do presente do Peter que chegou um pouco atrasado? Menino ta até com a consciência pesada agora.
Maya guardando tudo que ele deu pra ela, enfim, a superada de Taubate
e relaxem que ninguém vai brincar com sentimento alheio ok 🙌🏻
Espero que tenham gostado ❤️
capítulo não revisado.
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